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  • Canecas penduradas no pescoço. Os alunos participantes da 3ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente mostram, com essa imagem, sua preocupação com o futuro do lugar onde vivem. Sem gastar copos plásticos durante os cinco dias de encontro que ocorre em Luziânia (GO), os estudantes ajudam a preservar o meio-ambiente com ações práticas, além de muita discussão.

    São 670 alunos de ensino fundamental de todo o país, entre 11 e 14 anos. Todos eles foram eleitos delegados representantes de seus estados, por se envolverem efetivamente com a questão ambiental. Participaram de discussões, palestras e atividades ambientais em suas escolas e nos estados de onde vêm, antes de reunir idéias e propor soluções conjuntas para um país mais sustentável.

    “É uma lição de vida estar aqui porque tudo mexe com a gente. Vou voltar pra minha cidade ensinando bastante”, diz a aluna de Parobé (RS), Jaqueline Lima. Aos 13 anos, ela conta que desde os nove participa de atividades ambientais na escola, mas, pela primeira vez, compartilha suas experiências na conferência nacional.

    “Todo ano desenvolvemos projetos na escola. Em 2008, a gente realizou mutirões para recolher o lixo da comunidade e incentivou cada um a limpar o seu pedacinho”, orgulha-se. “Este ano o projeto é para limpeza do rio, que está muito sujo”.

    Desde sexta-feira, 3, os estudantes participaram de reuniões, debates e oficinas sobre questões como mudanças ambientais, aquecimento global, consumo consciente, desenvolvimento sustentável, entre vários temas.

    “Este é um processo que vem desde as escolas, passou por conferências estaduais, regionais, pela formação de professores, para chegar a este evento”, explica a a coordenadora da conferência, Raquel Trajber. “O importante é ver a conferência como um pretexto pedagógico para que temáticas como mudanças ambientais globais, no clima, no regime de águas, no uso da terra e do solo, na alimentação, na saúde, possam ser abordadas de maneira crítica”, enfatiza.  

    O encontro se encerra nesta terça-feira, 7, às 15h, com uma caminhada pela Esplanada dos Ministérios e a entrega da Carta das Responsabilidades para o Enfrentamento das Mudanças Ambientais Globais, desenvolvida pelos participantes, a autoridades, entre elas o ministro da educação, Fernando Haddad.

    Maria Clara Machado
    Repórter TV MEC: Rodrigo Lins


  • O encerramento da 3ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente na noite desta terça-feira, 7, em Brasília, foi marcado pelo protagonismo dos alunos participantes. Os 670 estudantes de 11 a 14 anos que vieram de todo o país tomaram a Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional com cartazes, rostos pintados, gritos de guerra, coreografias e muitas idéias em favor da preservação ambiental.

    Na cerimônia, apresentada por dois alunos, os estudantes entregaram a Carta das Responsabilidades para o Enfrentamento das Mudanças Ambientais Globais às autoridades presentes. Participaram do encerramento os ministros da Educação, Fernando Haddad, e do Meio Ambiente, Carlos Minc, a senadora Marina Silva, o secretário de educação continuada, alfabetização e diversidade do MEC, André Lázaro, e a coordenadora da conferência, Raquel Trajber.

    “Vocês hoje nos dão uma lição, porque não vieram fazer reivindicações às autoridades, mas dizer o que vocês vão fazer pelo Brasil e pelo planeta”, disse a idealizadora da conferência, a senadora Marina Silva, referindo-se à carta de responsabilidades feita pelos estudantes durante a conferência.

    No documento, os alunos se comprometem a cuidar do meio ambiente a partir de ações como a reciclagem do lixo, o consumo consciente e a constante reflexão sobre as questões que afetam o planeta. Para o ministro do Meio Ambiente, a educação ambiental se dá dentro e fora das escolas. “Não é com decoreba, é com mudança de comportamento, como vocês fizeram vindo até Brasília”, disse Minc. “Essa é a voz de uma juventude consciente e ecológica”, enfatizou.

    Na visão do ministro Fernando Haddad, essa geração representa um pensamento novo por vislumbrar um futuro de desenvolvimento e preservação para o país. “Vocês defendem a melhoria das condições de vida, mas não em detrimento do meio ambiente, garantindo que o planeta não seja destruído.”

    Durante a cerimônia, a coordenadora Raquel Trajber apresentou aos participantes um selo dos Correios com a logomarca da conferência. A idéia é usar o selo para que cada criança possa enviar a carta de responsabilidades às autoridades da sua comunidade.

    Também participaram da 3ª conferência 70 observadores internacionais de 43 países. Eles vieram conhecer a experiência brasileira para ajudá-los a realizar conferências infanto-juvenis em seus países como preparação para um encontro internacional sobre o tema, que será em 2010 no Brasil.

    Maria Clara Machado
    TVMEC: Rodrigo Lins

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