Portal do Governo Brasileiro
Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página
  • Secretário executivo explica mecanismos de financiamento da educação pública a conselheiros dos direitos da criança e do adolescente e a conselheiros tutelares (Foto: Júlio César Paes)Integrantes de conselhos estaduais e municipais dos direitos da criança e do adolescente e de conselhos tutelares de todo o país conheceram melhor os mecanismos de financiamento da educação básica pública. Nesta quarta-feira, 8, e na quinta, 9, eles participam, em Brasília, do encontro O PDE e os Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente, no Hotel Nacional.

     

    O secretário-executivo do Ministério da Educação, Francisco das Chagas Fernandes, destacou as mudanças trazidas pelo Fundo da Educação Básica (Fundeb), que financia desde a creche até ensino médio. Chagas explicou que o fundo é composto por um percentual de vários impostos estaduais e municipais e por uma complementação feita pela União.

     

    Os impostos recolhidos por todos são distribuídos a estados e municípios de acordo com o número de alunos matriculados em cada etapa e modalidade de ensino. Assim, a rede que reúne mais alunos recebe mais recursos. Por isso, de acordo com o secretário, o crescimento do número de crianças na educação infantil dos municípios resultou na maior transferência de recursos pelos estados, este ano. Eram 56% de crianças de quatro e cinco anos matriculadas em 2005; hoje, o índice chega a 70%. Conseqüentemente, para financiar a educação de mais estudantes nas redes municipais, as transferências estaduais passaram de R$ 8,1 bilhões em 2006 para R$ 9,7 bilhões em 2008.

     

    O valor arrecadado em cada estado e em cada município depende da política fiscal. Alguns não conseguem recursos suficientes para assegurar o valor mínimo anual por aluno de R$ 947,24. Nesse caso, recebem a complementação da União — saltou de 0,6%, na época do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), para 5,12% atualmente.

     

    Esse índice é uma média geral e varia de acordo com cada caso. No Pará, por exemplo, a complementação da União representa 31,50% dos recursos do fundo, pois o estado não consegue arrecadar o suficiente para garantir o valor mínimo por aluno. Para os municípios, o estado só contribui com 0,6%. A complementação é feita, portanto, com recursos da União.

     

    Ainda no Pará, o município de Altamira, sem a complementação, só poderia destinar R$ 234,64 para cada aluno. “Mas, com o Fundeb, quem tem mais e quem tem menos investe o mesmo volume de recursos”, afirmou Chagas. Para ele, o fundo permite a melhor distribuição dos recursos públicos e ajuda a equalizar as oportunidades educacionais.

     

    “Agora, a aplicação do dinheiro depende do controle social, de conselhos como os de vocês”, enfatizou o secretário. Chagas ressaltou que os conselheiros podem ajudar a fiscalizar a destinação dos recursos, dos quais 60% (no mínimo) devem ser usados para pagar os profissionais do magistério em exercício.

    Maria Clara Machado

    Leia mais...


    Seqüência de ações municipais em educação 
    Metas do PDE exigem mobilização social

Fim do conteúdo da página