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  •  Protótipo da embarcação, exposto na Rio+20, para transporte de estudantes: comunidade ribeirinha do Pará será a primeira beneficiada (foto: Roberto Narazaki)Rio de Janeiro — Um barco movido a energia solar levará crianças ribeirinhas do Pará à escola. O protótipo, desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), está em exposição no Pier Mauá, no Rio de Janeiro, como parte das amostras de projetos de desenvolvimento sustentável da conferência Rio+20.

    A embarcação atenderá a comunidade ribeirinha de Santa Rosa, nas proximidades de Belém, com o transporte de estudantes do primeiro ao nono ano do ensino fundamental, turnos matutino e vespertino. Hoje, o trajeto dos alunos até a escola e de volta para casa é feito por cerca de 40 pequenas embarcações contratadas pela prefeitura local.

    Alexandre Montenegro, pesquisador da UFSC, participante do grupo que concebeu o projeto, afirma que na escolha da unidade de ensino a ser beneficiada foi considerada a demanda regional e a localização, próxima a um câmpus da Universidade Federal do Pará, que pode servir de apoio. Segundo Montenegro, o barco solar permitirá a redução da poluição por parte das embarcações movidas a diesel nos leitos dos rios. Ajudará também a reduzir o estresse dos animais da região. “Os motores elétricos são silenciosos, ao contrário dos movidos a combustão”, explica.

    O barco solar, em fase de finalização, terá módulos solares instalados no teto, com potência de 4kWp (quilowatt-pico); capacidade para 22 pessoas sentadas; conjunto de baterias com autonomia para cinco horas de navegação à noite; dois conversores de corrente contínua (das baterias) para corrente alternada (dos motores elétricos) e dois motores elétricos, responsáveis pelo sistema de propulsão, com sistema de refrigeração a água — 30% mais leves do que os similares com refrigeração a ar.

    Oficina — No atracadouro, junto à escola, será construída uma oficina solar, com potência de 16kWp e banco de baterias. Quando o barco atracar, as baterias serão carregadas por meio de conexão com tomada especial a um terminal elétrico. Assim, contará com armazenagem extra de energia, necessária em dias de muita chuva, comuns na região.  

    Na oficina também haverá refrigeradores para permitir à comunidade acondicionar de forma apropriada alimentos perecíveis, como peixes e frutas. Ali será instalado também um sistema de purificação de água por luz UV (ultravioleta).

    O projeto, concebido pelo grupo Fotovoltaica, da UFSC, é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação(MCTI) e tem o apoio da Eletrobras.

    Letícia Tancredi
  • A ideia é que a iniciativa alie economia de gastos públicos a sustentabilidade

    Dyelle Menezes, do Portal MEC

    As instituições federais de educação profissional e tecnológica de todo o país vão ganhar um incentivo para investir em energia sustentável. O Ministério da Educação (MEC) liberou R$ 60 milhões para a aquisição e instalação de 852 usinas fotovoltaicas em 38 institutos federais, dois centros de educação tecnológica (Cefet) e no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. A proposta deve gerar uma economia de R$ 17,7 milhões, anualmente, com contas de energia elétrica.

    Cada placa solar, quando em funcionamento, deve gerar, em média, 30,3 MWh/ano. Isso representa, aproximadamente, uma redução de R$ 20,8 mil nas contas de luz de cada instituição. O valor pode variar de acordo com a radiação média dos estados brasileiros e da tarifa vigente da concessionária de energia.

    Com isso, o que for economizado, poderá ser destinado para ensino, pesquisa e extensão dos campi. Somente em 2018, as instituições gastaram R$ 168 milhões com energia elétrica.

    A energia fotovoltaica utiliza a radiação emitida pelo Sol para gerar energia elétrica. Após a instalação das usinas, mais de 5 mil toneladas de CO2eq (equivalente de dióxido de carbono) devem deixar de ser emitidas para a atmosfera. Cada placa solar tem, em média, vida útil superior a 25 anos.

    Rede federal  As instituições da rede federal de educação profissional, científica e tecnológica são responsáveis pela ampliação, interiorização e diversificação da educação profissional e tecnológica no país. Hoje, 11.766 cursos são ofertados em diferentes áreas, desde o nível básico até a pós-graduação, para quase um milhão de alunos.

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