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  • Em São José, Santa Catarina, estudantes do sétimo ano (sexta série) do Colégio Posição prepararam um banquete com receitas medievais, sem talheres, de acordo com os costumes da época. A ideia de desenvolver o projeto Banquete Medieval surgiu com a leitura, em sala de aula, de obras sobre os hábitos de então e sobre as normas de etiqueta desenvolvidas pelo humanista holandês Erasmo de Rotterdam (1466-1536).


    “Os estudantes puderam vivenciar a experiência, comendo com as mãos. Por incrível que pareça, a aula transcorreu normalmente, e as explicações das receitas foram ouvidas por todos”, diz o professor de história Dismael Sagás. “Os alunos perguntaram o que se comia, e como, naquela época. Sugeri, então, que fizessem uma pesquisa. Depois, marcamos o banquete.”


    Segundo o professor, o projeto, desenvolvido em 2006, cumpriu com os objetivos didáticos. Sagás procura desenvolver pequenos projetos durante as aulas. É uma forma, segundo ele, de estimular a vivência dos alunos, a compreensão dos fatos e a formação da visão crítica. “Já trabalhei com produção de vídeos de diversos assuntos, recriação de fotos antigas, narração de lendas, criação de paródias e de jornais, elaboração de tábuas de argila (como os antigos sumérios) e simulação de tribunais”, relata.


    No período da manhã, o professor desenvolve, no Colégio Visão, um projeto de rádio com os estudantes — a Rádio Corredor. À noite, no Centro Educacional Municipal Jardim Solemar, atua na educação de jovens e adultos. “Nas aulas noturnas, os recursos são limitados. Dificilmente conseguimos aplicar um projeto”, lamenta.


    O professor coordena, no momento, a elaboração de vídeos sobre a Segunda Guerra Mundial. Mantém, ainda, dois blogs, o História e Projetos, aberto à discussão de projetos de história, e o Blog do Disma, para divulgar e discutir diversos assuntos.

    Fátima Schenini


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  • Com o dinheiro que aprenderam a economizar, os estudantes da escola de Ivoti conseguiram pagar o aluguel do ônibus e os ingressos para ir a Porto Alegre e visitar o Museu de Ciências e Tecnologia da PUC-RS (foto: saojosedonorte.rs.gov.br)Uma discussão sobre o valor arrecadado pela professora para custear fotocópias usadas nas aulas de matemática deu origem a uma proposta pedagógica premiada. O projeto Aprendendo a Poupar, desenvolvido com alunos do oitavo ano do ensino fundamental da Escola Estadual de Educação Básica Professor Mathias Schütz, em Ivoti (RS), foi um dos vencedores da oitava edição do Prêmio Professores do Brasil, promovido pelo Ministério da Educação.

    De acordo com a professora de matemática Denise Brandão Kern, autora do projeto, alguns alunos consideravam alto o valor a ser pago pelas cópias. Ela propôs aos estudantes que anotassem todos os gastos. “Assim, poderiam identificar se aquele valor era justo”, esclarece. De acordo com Denise, o envolvimento dos pais e de outras pessoas da comunidade no processo de discussão e de reflexão sobre o tema enriqueceu a aprendizagem.

    De março a outubro de 2013, os alunos participaram de diversas atividades, tanto em sala de aula quanto em passeios. Em visita a um supermercado, eles tiveram como tarefa anotar os produtos que custavam menos de R$ 1 e os preços daqueles mais consumidos nos lanches. Durante visita a uma agência bancária, conversaram com o gerente sobre o funcionamento do estabelecimento.

    Outra atividade foi a abertura de uma conta de poupança da turma, com previsão de depósitos mensais. O total arrecadado ao final do projeto permitiu custear uma viagem de estudos ao Museu de Ciências e Tecnologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. “Com o dinheiro economizado, conseguimos pagar o ônibus e os ingressos. E ainda sobraram R$ 6,50 para cada um”, revela a professora.

    Em sala de aula, o conteúdo sobre números decimais foi trabalhado a partir dos valores pesquisados no supermercado. “As discussões ajudaram os alunos, que aprenderam a se posicionar com respeito, a ouvir e a argumentar”, esclarece a professora. “As aulas contribuíram na formação da cidadania.”

    Reconhecimento— Para Denise, receber o Prêmio Professores do Brasil representa reconhecimento. “O trabalho de um professor, em nosso país, ainda é pouco valorizado, e a visibilidade que um prêmio como esse nos dá ajuda a acreditar que vale a pena ser professor”, enfatiza. “Estar entre os selecionados é uma forma de representar a classe dos professores que lutam dia a dia para fazer a diferença na educação no Brasil.”

    Denise tem licenciatura plena em ciências e em matemática e mestrado em ensino de ciências exatas. Há 25 anos no magistério, ela diz esperar que sua influência seja sempre positiva na vida dos alunos e os ajude a fazer boas escolhas.

    Fátima Schenini

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