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  • A professora Roberta procura variar as atividades desenvolvidas na sala de aula para atrair a atenção dos estudantes para a geografia (foto: acervo da professora)Professora na rede pública e particular da Grande Florianópolis desde 2006, Roberta Althoff Sumar leciona geografia para alunos do ensino fundamental e médio do Colégio Gardner, no município catarinense de São José. Também exerce a função de tutora presencial do curso de pedagogia a distância da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

    Criativa, Roberta, que tem graduação em licenciatura em geografia e especialização em gestão educacional e metodologia do ensino interdisciplinar, procura variar as atividades desenvolvidas na sala de aula, de modo a atrair a atenção dos estudantes para a disciplina. Assim, adota ferramentas tecnológicas, leitura de textos em conjunto com a turma, elaboração de esquemas no quadro, saídas de campo com a professora de ciências e também aulas expositivas.

    “Apesar de estar atenta às novas tecnologias e ter recursos à disposição, uso muito o quadro e direciono os alunos a anotarem no caderno, com a data e o conteúdo de cada aula”, revela a professora. Ela considera isso fundamental no estudo individual dos alunos em casa.

    Para Roberta, a geografia tem a missão de fazer o estudante compreender o mundo e seu papel nele, de modo a se tornar um cidadão critico e participativo. Segundo ela, é difícil mostrar a alunos com situação financeira privilegiada que eles têm responsabilidades com o Brasil. “Tenho dificuldades em fazer com que percebam seu papel na sociedade e o quanto são importantes nas transformações desse lugar”, enfatiza.

    Desde 2007, ela mantém o blog Geoprofessora, com atividades de geografia e dicas para estudantes. É usado também como um arquivo pessoal de trabalho. “Gosto de divulgar as práticas de ensino que realizei, entre outras informações geográficas”, salienta.

    Roberta recebe mensagens de professores do Brasil inteiro sobre prática de ensino de geografia e troca de experiências. “O blog, hoje, conta com mais de 1,6 milhão de acessos”, diz, entusiasmada. Em eleição promovida pelo Portal InfoEnem, o Geoprofessora ficou em terceiro lugar entre os 10 melhores blogs de geografia do país. “Fiquei muito feliz e com um compromisso ainda maior.”

    Desafios— Os estudantes consultam o blog em busca de complemento das aulas e para responder aos desafios propostos. Cada turma tem um link, no qual a professora publica arquivos de aulas e atividades complementares e divulga outros links interessantes. “A cada trimestre, lanço uma questão; os estudantes têm de argumentar e postar a resposta”, explica.

    Na visão de Roberta, apesar de os alunos, muitas vezes, minimizarem a relevância da geografia diante de outras disciplinas, eles gostam da matéria e das aulas. “Converso muito com eles sobre isso, até porque a geografia contribui bastante na relação de assuntos, correlação de teoria e prática”, ressalta.

    Todos os anos, ela desenvolve projetos sobre a América Latina em conjunto com as professoras Mônica Valéria Serena, de espanhol, e Ana Paula Vansuita, de história. Com esse propósito, os estudantes devem elaborar, sobre os países da região, telejornais que mostrem aspectos gerais, localização, fatos históricos marcantes e até mesmo a origem e características do subdesenvolvimento. O registro completo dos trabalhos realizados pode ser conferido em um blog específico, o projeto telejornal.

    Fátima Schenini

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  • Entre as universidades norte-americanas que recebem professores brasileiros está a de Oregon (foto: arquivo da OSU)A vida da professora de inglês Estela Knitter Barros mudou depois da participação em programa de aperfeiçoamento nos Estados Unidos, no início de 2011. Durante seis semanas, ela tomou parte em atividades de capacitação e de treinamento na Universidade de Oregon, na cidade norte-americana de Eugene, com outros professores brasileiros da rede pública, integrantes de um grupo de 20 selecionados.

    Para a professora, formada em letras (português e inglês), com especialização em literatura brasileira, foi uma oportunidade de aprimorar os estudos, praticar o idioma em ambiente real, melhorar a pronúncia e vivenciar a cultura local. Além disso, ela pôde avaliar comportamentos, atitudes, maneiras de pensar e estilo de vida que, embora não apareçam detalhados em livros, despertam a curiosidade dos alunos.

     

    “Foi uma experiência incrível, que me deixou mais confiante, segura, menos temerosa em relação àquilo que é novo ou que não conheço”, ressalta Estela. A professora destaca ainda as amizades feitas em outras regiões do Brasil. “Percebi que não é tão difícil conviver com pessoas tão diferentes em uma situação nova, mas é preciso ter paciência, compreensão, moderação, saber ceder em muitos momentos.”

     

    Estela recomenda a experiência a outros professores. “É uma oportunidade única de vivenciar o que ensinamos, já que minha experiência com o idioma era a proporcionada pelos livros, filmes”, diz. Com os alunos, ela procura aplicar o que aprendeu ao desenvolver atividades que enfatizam a pronúncia e estimulam a conversação. Há 14 anos no magistério, ela leciona no Centro Cultural de Línguas Padre Raimundo José (CCL), em Teresina. Também dá aulas na rede pública de ensino de Caxias, Maranhão, município vizinho à capital piauiense.

     

    A professora participou do Programa de Aperfeiçoamento para Professores de Língua Inglesa nos EUA, uma parceria da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação com a Comissão para Intercâmbio Educacional entre EUA e Brasil (Fulbright) e com a Embaixada dos EUA no Brasil. Na primeira edição, em 2011, o programa atendeu 20 professores. Na segunda, em 2012, outros 50.

     

    Dimensão — Em 2013, o programa ganha nova dimensão e novo nome: Programa de Desenvolvimento Profissional para Professores de Língua Inglesa nos Estados Unidos (PDPI). A oferta agora é de 540 bolsas em 19 universidades norte-americanas. Os professores selecionados para a primeira edição deste ano embarcaram em janeiro. A professora Diane Blank Bencke, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, câmpus de Farroupilha, está entre eles. Segundo ela, a experiência na Universidade do Missouri, em Kansas City, representará a oportunidade de aperfeiçoamento profissional, desenvolvimento do domínio da língua inglesa e da competência de ensino do idioma, além do contato com a cultura norte-americana.

     

    Com mestrado em letras, graduação em letras (português–inglês e respectivas literaturas) e experiência de nove anos no magistério, Diane espera apreender aspectos linguísticos e culturais do inglês falado nos EUA e fazer contatos profissionais. “Sabemos do avanço de várias pesquisas na área de letras nos EUA”, enfatiza a professora. “Poderei aprofundar conhecimentos sobre técnicas de ensino, especialmente sobre o ensino de uma língua estrangeira a partir de novas tecnologias”, destaca.

    Em junho e julho próximos, mais 540 professores de língua inglesa em exercício na rede pública terão oportunidade de participar das aulas nos EUA.


    Fátima Schenini

     

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  • O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes), em parceria com a Secretaria de Estado da Justiça, sindicatos patronais e o Tribunal de Justiça, realiza um programa de ressocialização para a população carcerária de Viana. O projeto consiste em oferecer cursos de formação inicial para detentos daquela unidade, e possivelmente em outros municípios do estado, nas áreas da construção civil e indústria metalmecânica.

     

    Na unidade de Viana, a Secretaria da Justiça forneceu os equipamentos dos laboratórios e fez as adequações necessárias. Neste local foi construído o Centro de Formação Profissional de Viana (CEFOP) 01, com capacidade de atender até 120 internos diariamente. O Ifes responsabilizou-se pela parte pedagógica, professor, material de consumo e didático. Os sindicatos patronais ficaram com a empregabilidade dos formandos e outros apoios emergenciais que possam surgir durante o processo de formação. O Tribunal de Justiça ficou por conta do acompanhamento sistemático dos detentos na família, na qualificação e postos de trabalho.



    Os cursos do CEFOP 01 foram escolhidos pelos parceiros do programa. A inauguração oficial aconteceu a 15 de dezembro de 2008, mas o centro já funcionava desde 11 de dezembro, capacitando 40 internos com cursos na área da construção civil. Dos 40, 33 receberam os certificados e 20 estão no mercado de trabalho com carteira assinada.



    Com essa política de inclusão social, a meta do instituto é diminuir o retorno do preso às unidades carcerárias do estado, contribuindo para a mudança do quadro social do país e conseqüentemente proporcionar uma vida mais digna a esses cidadãos.



    Para o sucesso do projeto, o Ifes também investe na política da parceria, que propõe, para o ano de 2009, a inauguração do CEFOP 02, no Município de Cachoeiro de Itapemirim, assim como implementar a formação profissional de 300 detentos ainda no primeiro semestre.



    Assessoria de imprensa do Ifes

  • Entre as atividades do projeto Magia da Física e do Universo, do Departamento de Ciências da Ufla, está a exibição de vídeos e documentários sobre o cosmos (foto: ufla.br)Projeto de divulgação científica do Departamento de Ciências Exatas da Universidade Federal de Lavras (Ufla), em Minas Gerais, A Magia da Física e do Universo desenvolve diversas atividades destinadas a despertar a curiosidade e o interesse das pessoas pelo funcionamento do universo. Criado em janeiro de 2009, o projeto integra ensino e pesquisa científica e inclui atividades dirigidas a escolas da região e à população em geral.

    A apresentação de experimentos que demonstram diferentes conceitos científicos, elaborados com materiais de fácil acesso e baixo custo, é uma das atividades oferecidas. Durante as exibições, o público pode interagir com os experimentos, sob a orientação de monitores, estudantes da Ufla. Atualmente, 20 alunos participam do projeto. “Os experimentos são escolhidos de forma que contrariem o que as pessoas entendem como normal”, destaca o professor José Alberto Casto Nogales Vera, que coordena o projeto com a professora Karen Luz Burgoa Rosso.

    Segundo Nogales Vera, que tem graduação, mestrado e doutorado em física, durante as apresentações não há explicações, somente orientações para que cada um construa a própria ideia sobre o que ocorre nos experimentos. O propósito é incentivar a pessoa a buscar e construir o próprio conhecimento. “Espera-se que o indivíduo desenvolva independência para descobrir o mundo”, ressalta.

    Outra atividade é a Festa das Estrelas, realizada aos sábados. Ela se caracteriza como oficina, com ciclos de documentários e palestras. Convidados especiais tratam de temas como constelações, galáxias, estrelas, planetas, universo e cosmologia. Já foram realizadas 64 edições. “Após o documentário ou palestra, apresentamos as oficinas sobre observação do céu a olho nu ou com lunetas e telescópios”, esclarece o professor. No fim de cada oficina são feitas observações astronômicas. Para isso, quatro telescópios estão disponíveis.

    Apoio— Por meio de oficinas teóricas e práticas, o projeto também oferece apoio a participantes das olimpíadas de robótica, física, astronomia e astronáutica e da Mostra Brasileira de Foguetes. As oficinas ocorrem duas vezes por semana, durante dois meses, de forma contínua. “A programação é enviada às escolas, e os interessados — professores, estudantes e familiares — entram em contato conosco para fazer as inscrições”, explica Nogales.

    Uma vez por semana, há exibição de documentários e filmes no Museu de História Natural da Ufla. Desde o início do projeto, já foram realizados sete ciclos de filmes e três de documentários, com um total de 90 filmes ou documentários científicos. “No fim da exibição de cada ciclo, os filmes são comentados sob uma perspectiva científica e social”, esclarece o professor.

    O projeto é procurado também por escolas de municípios vizinhos, interessadas em exibições itinerantes. Os integrantes do projeto vão até as escolas, e os estudantes, ao museu, onde ocorre a exposição dos experimentos. As visitas devem ser marcadas pelo telefone (35) 3829-1206 ou no endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Fátima Schenini


    Saiba mais no Jornal do Professor e no blogue do projeto A Magia da Física e do Universo

  • Recursos de R$ 98 milhões foram repassados este mês pelo Ministério da Educação à Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). O valor, que beneficiará diretamente mais de 4 milhões de pessoas, entre professores, pesquisadores e estudantes de todo o país, corresponde ao total de recursos de fomento para este ano destinados à rede.

    Hoje, as principais instituições de educação superior e produção de conhecimento e inovação do Brasil, principalmente universidades, institutos federais de educação, ciência e tecnologia, unidades de pesquisa estaduais, hospitais de ensino e museus, são conectados em alta velocidade pela rede avançada da RNP — no total, 1.237 unidades.

    Os recursos repassados pelo MEC somam-se aos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações para o cumprimento das metas do contrato de gestão da RNP, que prevê não só a conexão pela internet de alto desempenho das instituições de ensino, mas a oferta de serviços de comunicação e colaboração a distância. Essas aplicações dão suporte a atividades em educação e pesquisa de organizações como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a Biblioteca Nacional, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

    O contrato de gestão da RNP estabelece ainda programas de pesquisa e desenvolvimento para a criação de protocolos, serviços e aplicações em tecnologias da informação e comunicação (TIC) e a capacitação de recursos humanos. Dessa forma, especialistas e gestores de tecnologia das instituições podem se manter permanentemente atualizados e preparados para o uso inovador da rede acadêmica.

    Do total dos recursos, R$ 8 milhões, aproximadamente, são empregados no desenvolvimento da plataforma de colaboração a distância da Universidade Aberta do Brasil (UAB) e do Portal de Periódico da Capes, biblioteca virtual brasileira com um acervo de 38 mil periódicos científicos, 150 mil livros e 27 revistas eletrônicas digitais. Essa infraestrutura de software, desenvolvida e mantida pela RNP, amplia o acesso a conteúdos educacionais e integra equipes e bases de dados.

    Com os recursos destinados à RNP, também são beneficiados hospitais públicos universitários ligados à Rede Universitária de Telemedicina (Rute), que conecta 150 unidades de saúde e está presente em 120 de telemedicina e telessaúde em todo o Brasil.

    Fundada em 1999, a Associação Rede Nacional de Ensino e Pesquisa é uma sociedade civil sem fins lucrativos, cuja missão é promover o uso inovador de redes avançadas. Qualificada como organização social (OS) em 2002, mantém, opera e desenvolve a internet acadêmica brasileira. É executora do programa interministerial RNP, com gestão dos ministérios da Educação, da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, da Saúde, da Cultura e da Defesa. Juntas, essas pastas estabelecem diretrizes, financiam e acompanham o alcance dos benefícios projetados. O MEC considera os serviços da RNP essenciais para a educação.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Salvador – As secretárias de educação Audacy Requião e Dilma Lopes eram diretoras de escolas de ensino fundamental em seus municípios até assumirem os novos cargos, em janeiro. Elas já conhecem a realidade das escolas de suas pequenas cidades, mas ainda não sabem muito bem como executar as ações previstas em seus Planos de Ações Articuladas (PAR), elaborados nas gestões anteriores.



    Assim como Audacy e Dilma, vários outros secretários – cerca de 400 – chegam nesta segunda-feira, 9, a Salvador, para conhecer os programas e ações do Ministério da Educação – além de sua própria realidade educacional. O encontro no hotel Pestana, no bairro do Rio Vermelho, será aberto esta noite e encerrado na sexta-feira, dia 13.


    Mirangaba, cidade a 380 quilômetros de Salvador, onde Dilma ocupa o cargo de secretária de educação, só tem uma creche. “Ainda não sei como podemos resolver isso com a ajuda do MEC. Tudo ainda está meio obscuro”, diz. Ela conta que no PAR de seu município há demandas por creches financiadas pelo Proinfância, mas que é preciso mais recursos para a construção novas unidades.



    A colega Audacy é secretária do município de Miguel Calmon, vizinho a Mirangaba. Lá, relata, há oito escolas de educação infantil. “Mas a estrutura física de todas compromete a qualidade do ensino”, afirma. Ela também quer mais recursos federais para a educação infantil de sua cidade.



    O diretor de articulação de programas da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Romeu Caputo, informa que é possível rever as demandas do PAR. “Caso seja uma pequena adaptação, como o aumento do número de creches, basta mandar um e-mail e uma justificativa ao ministério”, explica. O MEC analisa as alegações dos gestores e, caso a demanda seja compatível com a realidade do município, faz a alteração. Para fazer pequenas modificações no PAR, os gestores devem enviar mensagens a Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.



    Se o gestor quiser mudar completamente uma demanda, como incluir ou retirar o pedido por formação de professores, será preciso refazer o diagnóstico local, com apoio das secretarias de educação e de técnicos das universidades públicas. “Nesses casos, precisamos monitorar os municípios”, diz Romeu.



    No encontro desta semana, Dilma e Audacy também querem entender melhor como funciona a Universidade Aberta do Brasil. “Faltam professores formados em matemática em Miguel Calmon”, justifica Audacy. Na palestra de abertura do encontro, a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda, vai dar um apanhado geral de todos os programas e falar da importância do trabalho de cooperação entre os gestores locais e o Ministério da Educação. “O papel dos secretários é fundamental para garantir a qualidade da educação, porque eles são 5.563 pessoas. É preciso que conheçam o MEC, as políticas e projetos”, observou a secretária.



    Passo a passo para revisar o PAR



    Maria Clara Machado

  • Exibido pela TV Escola, o programa Salto para o Futuro apresenta a série Aventura de Conhecer nesta semana. O objetivo da edição é discutir, entre outros temas, a falta e o excesso de informações, o conhecimento na escola, o tempo da informação e o do conhecimento.



    Os episódios vão ao ar até sexta-feira, 13, com 60 minutos de duração e tendo início sempre às 19h. Episódios apresentados até quinta-feira, serão reprisados nos dias seguintes às exibições, às 8h e 15h. Já o episódio de sexta-feira, o último da série, será reprisado na segunda-feira, no mesmo horário dos demais.



    Nesta terça-feira,10, será exibido o episódio Tempo da Informação, Tempo do Conhecimento: Velocidade, que reflete sobre as diferenças entre os processos de informação e de conhecimento. Na quarta-feira, 11, a série apresenta o programa Os Múltiplos Conhecimentos. O episódio trata do próprio conhecimento, sua natureza, suas formas e modos de manifestação, sua multiplicidade e valor.



    Quinta-feira,12, é a vez do programa Estações do Conhecimento. O episódio mostra a necessidade de espaços e projetos destinados às aprendizagens informacionais na escola, a necessidade de projetos e de profissionais preparados para atuar nesses espaços.



    Na sexta-feira, 13, finalizando a série, vai ao ar o programa A Busca do Conhecimento na Escola que mostra as diferenças essenciais entre o transmissivismo e o construtivismo pedagógico, tendo em vista situar a importância da pesquisa escolar, ou seja, da busca, seleção, organização e análise das informações nos processos de construção do conhecimento pelos aprendizes.



    A TV Escola pode ser sintonizada via antena parabólica (digital ou analógica) em todo o país. Seu sinal está disponível também nas tevês por assinatura DirecTV (canal 237) e Sky (canal 27).



    Veja a grade de programação da TV Escola.

    Assessoria de Imprensa da Seed

  • Uma carreta adaptada, com cerca de 30 metros de comprimento, mexeu com a curiosidade de alunos e servidores do campus Pelotas do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense. Em seu interior, produtos desenvolvidos pela Parker Hannifin, fabricante líder mundial de tecnologias e sistemas de movimento e controle. Nos dois dias em que ficou na instituição, a unidade móvel recebeu dezenas de visitas, a maioria de alunos e ex-alunos do curso técnico em mecânica.


    Batizada de Parker Road Show, a carreta carrega uma sala de reuniões, frigobar e um show room com o que há de mais moderno entre os 900 mil itens existentes na linha de produção da empresa. De acordo com Ricardo Siqueira, instrutor de treinamento da Parker, a exposição itinerante segue à risca um extenso calendário de visitas, que contempla praticamente todos os estados do país. “Nesses quatro anos de estrada, o caminhão já percorreu quase todo o Brasil diversas vezes, menos os estados do Acre e de Rondônia”, informa.


    Por ano, o instrutor calcula que são realizadas, em média, aproximadamente 100 visitas e mais de 300 palestras. Em Pelotas, por exemplo, foram três, dirigidas a alunos do curso técnico em mecânica oferecido pelo instituto federal. Os temas abordados foram tecnologias hidráulica, pneumática e de controle de fluidos. Também foram distribuídas apostilas de treinamento e dicas de downloads gratuitos de materiais didáticos que podem ser baixados do próprio sítio da Parker.


    “Ficamos satisfeitos com o interesse demonstrado pelos alunos, que acabaram sendo beneficiados com um importante certificado de participação. Além disso, o show room móvel possibilitou que eles se deparassem antecipadamente com componentes industriais existentes hoje no mercado de trabalho”, avalia o professor do curso técnico em mecânica, Aldrovando Gayer, que conheceu a Parker Road Show há seis anos, em São Paulo.


    Para o coordenador do curso técnico em mecânica, Rafael Leitzke, a demonstração de produtos e sistemas, além das palestras, foi extremamente importante, já que, segundo ele, Pelotas e região não são um pólo metalomecânico. “Diante disso, é necessário sair na frente e trazer aos nossos alunos o que há de novo no mercado”, explica.


    O coordenador adiantou que a unidade móvel da Parker foi apenas uma prévia do que virá pela frente. Conforme Leitzke, outras atividades serão realizadas em comemoração aos 55 anos do curso técnico em mecânica este ano.


    De acordo com o reitor do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense, Antônio Carlos Barum Brod, a credibilidade da instituição foi um dos fatores responsáveis pela vinda da Parker Road Show a Pelotas. “Com certeza, a parceria é fundamental para o processo de formação de nossos alunos. Faz parte da qualidade educacional que oferecemos em nossos cursos”, afirma.


    Assessoria de Imprensa do Instituto Sul-Rio-Grandense

  • Florianópolis, 27/4/2010 — A ampliação da obrigatoriedade do ensino, dos quatro aos 17 anos, foi o principal tema de debates na 11ª reunião do Grupo de Trabalho das Grandes Cidades, na segunda-feira, 26, na capital catarinense. Prefeitos e secretários municipais de educação participaram das discussões, na abertura da 57ª reunião da Frente Nacional de Prefeitos (FNP).

    De acordo com a Emenda Constitucional nº 59, que também estabelece o fim gradual da desvinculação das receitas da União (DRU) para a educação, a ampliação do tempo de ensino deve estar consolidada até 2016. Para a secretária de educação básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda, essa ampliação permite uma mudança radical na educação brasileira. “Universalizar esse acesso é dizer que todas as crianças e jovens do Brasil têm direito à educação de qualidade. E se esse país não for para cada uma dessas crianças e jovens, ele não será para nenhum de nós”, afirmou.

    Maria do Pilar explicou que o atendimento educacional para a faixa etária de quatro e cinco anos de idade é peculiar. “Até o prédio da escola precisa ser diferente, como o é também a formação dos profissionais de educação que trabalham com essas crianças”. Ela anunciou ainda que o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC 2) dará ênfase à construção de escolas de educação infantil.

    O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Carlos Eduardo Sanches, pediu o apoio da FNP para garantir o ingresso das crianças no ensino fundamental. “A criança tem seu tempo de aprendizagem e deve iniciar o ensino fundamental aos seis anos completos”, destacou.

    Assessoria de Imprensa da SEB

  • Pelotas – A partir deste mês, a música novamente toma conta dos intervalos no Instituto Federal Sul-Rio-Grandense, campus Pelotas. Trata-se da 2ª edição do Momento Musical. Na primeira apresentação de 2009, o Grupo Rastrea animou a platéia e mostrou o  talento artístico dos alunos da instituição.


    Foram apenas 15 minutos, mas o suficiente para agradar o público. O local escolhido foi o saguão principal, próximo à cantina e ao espaço cultural, onde também fica localizada a biblioteca campeira. Aluna do curso técnico em eletrônica, Talita Gonçalves, aproveitou o intervalo para ouvir o som do Grupo Rastrea. “Curti muito a banda. É certo que estarei aqui nas próximas apresentações”, elogiou.


    De acordo com o coordenador de atividades extraclasses, professor Rony Soares Jr., as exibições ocorrerão uma vez por semana, sempre às quartas-feiras, em três momentos: das 9h45 às 10h, das 15h45 às 16h e das 18h30 às 19h. “Os alunos que tiverem interesse em se apresentar, basta procurar a Coextra. O espaço está aberto a todos”, comentou.


    O Momento Musical teve início em 2008. Para este ano, a diretora-geral do campus Pelotas, Gisela Loureiro Duarte, espera uma participação ainda maior dos alunos e que o evento se torne um dos destaques do calendário de atividades extraclasses. O reitor Antônio Carlos Barum Brod elogiou a iniciativa. Ele ressaltou que o apoio às atividades extraclasses tem sido uma das preocupações de sua gestão. “Procuramos sempre incentivar a integração da comunidade acadêmica e dar oportunidades para o surgimento de novos talentos”, disse.


    Assessoria de Imprensa do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense

  • A TV Escola, canal de educação do MEC, é finalista em duas categorias do Prêmio TAL, que reconhece as melhores produções das televisões públicas e culturais da América Latina. O canal concorre ao troféu por melhor série infantil, com Chico na Ilha dos Jurubebas 2, e melhor conteúdo educativo, por Hora do Enem.

    O Prêmio TAL é uma das atrações do DOCMontevideo, feira anual de documentários de televisões latino-americanas, que começou no último dia 19 e vai até a próxima sexta-feira, 28, em Montevidéu, no Uruguai. Os representantes da TV Escola vão aproveitar o encontro para a aquisição de conteúdos audiovisuais e compor a nova grade de programação da emissora, com estreia prevista para outubro deste ano.

    Além dos prêmios, a TV Escola quer assinar um novo acordo com a Rede de Televisoras Latino-americanas (TAL), parceira da organização há mais de uma década. Ao longo desse período, a emissora brasileira já exibiu mais de oito mil horas de programação cedida por seus associados, os principais canais públicos ou de caráter educativo e cultural da região.

    Democratização – A TV Escola é um canal distribuído em multiplataforma, que visa democratizar o ensino básico e elevar a qualidade da educação brasileira. Há mais de 20 anos no ar, tem como público professores, coordenadores e gestores escolares, além de alunos da pré-escola ao ensino médio da rede pública.

    A programação procura atender às demandas de pais preocupados com a educação de seus filhos e de todos os interessados em aprender. A TV Escola pode ser acessada via satélite, parabólica, DTH, TV a cabo e TV digital, somando mais de 80 milhões de espectadores; além da web, presente em aplicativos para smartphones, tablets, smartTVs e computadores.

    São 12 milhões de usuários via web, mais de 370 mil seguidores nas redes sociais, 20 mil downloads do aplicativo para aparelhos de TV conectados e mais de 180 mil downloads para smartphones. Em sua grade, um dos destaques é o Hora do Enem, programa diário apresentado por Land Vieira, com participação de professores experientes e voltado para estudantes que se preparam para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Lançamento do PDE 

     

    Excelentíssimo senhor presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, excelentíssimo senhor presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros, excelentíssimo senhor presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, excelentíssima ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, em nome de quem cumprimento e homenageio os meus colegas de ministério presentes, sobretudo pela generosidade que tiveram em somar esforços junto ao MEC para o anúncio dessas medidas, uma boa parte das quais interministeriais como vocês puderam constatar, senhores senadores, senadoras, deputados, deputadas, educadores, reitores, diretores de Cefets, de escolas técnicas e agrotécnicas, secretários estaduais e municipais de educação, prefeitos e governadores presentes:

     

    Eu vou tentar em trinta ou quarenta minutos, foi o prazo destinado para essa apresentação, provavelmente fazer aquilo a que vou dedicar toda a minha vida. Que é explicar e ajudar a executar em qualquer circunstância, como professor ou como ministro o PDE. Para facilitar a exposição, eu gostaria de inicialmente fazer referências a uma série de medidas interministeriais que foram tomadas, nas quais eu não vou me deter por muito tempo, ao longo da apresentação, mas sem as quais este plano de desenvolvimento não seria o mesmo. Faço referência, por exemplo, ao esforço do Ministério da Ciência e Tecnologia e ao Ministério das Comunicações. E se somar o Ministério da Educação que põe a tarefa de implantar nas escolas públicas os laboratórios de informática, que sem a conectividade que o Gesac vai propiciar, sem os conteúdos educacionais digitais que essa parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia vai propiciar, não teria a mesma serventia que terão em função desse arranjo de forças. Faço referência às portarias que foram assinadas com o Ministério da Saúde. Se queremos educação de qualidade, precisamos integrar as escolas públicas ao programa Saúde da Família, precisamos deflagrar, como fizemos com o Brasil Sorridente, o programa Olhar Brasil que vai garantir exames oftalmológicos para as crianças das escolas públicas e para os jovens e adultos do Brasil Alfabetizado.

     

    Se queremos a escola pública de tempo integral, temos que somar esforços com o Ministério da Cultura, o Ministério do Esporte, o Ministério do Desenvolvimento Social, para que possamos integrar as ações do governo federal e ajudar os municípios e os estados a integrarem as suas ações no âmbito local, para fazer com que a criança permaneça por mais tempo sob a responsabilidade da escola, em atividades extraclasse.

     

    Se queremos melhorar a infra-estrutura das escolas, precisamos somar esforços com o Ministério do Esporte e elencar critérios objetivos para construção de quadras poliesportivas, sobretudo naquelas localidades onde a infra-estrutura para a prática do desporto deixa muito a desejar.

     

    Se queremos uma educação de qualidade, precisamos contar com o BNDES, que acaba de aprovar créditos no valor de R$ 600 milhões, para, sendo generoso, renovar a frota de veículos escolares do Brasil. Eu digo sendo generoso, porque alguns veículos que estão deslocando as crianças das suas residências para as escolas são absolutamente inapropriados para isso. Nós precisamos e fizemos isso com a ajuda do Ministério das Cidades, com o Ministério do Desenvolvimento Econômico, a quem agradecemos a especificação de um veículo seguro para o transporte de crianças que vai possibilitar, com esses créditos do BNDES, a renovação de toda a frota circulante hoje no país em dez anos. Permitindo que ao final desse período, a frota que estiver sendo comprada agora tenha recursos de financiamento para sua contínua renovação.

     

    Nós não podemos conviver mais com crianças sendo transportadas em carroceria de caminhão, sendo transportadas em veículos sem a menor segurança para transporte de pessoas, quanto mais de crianças. Veículos que deveriam transportar cargas, muitas vezes sendo utilizados para fazer a criança chegar à escola. Isso tem que mudar, e mudar rapidamente no nosso país, se quisermos, como fizeram os países desenvolvidos, estabelecer um novo marco na educação brasileira, que inclui, evidentemente, a questão da locomoção, do acesso e da permanência das crianças na escola.

     

    Se nós pudéssemos sintetizar numa palavra, numa expressão o Plano de Desenvolvimento ora enunciado, eu diria que ele é a tradução legítima daquilo que eu e o ministro Tarso Genro, atual ministro da Justiça, e a nossa equipe que se mantém nos últimos três anos, fez questão, junto com os educadores de todo o país, de secretários municipais a reitores, defender como conceito estrutural do sistema educacional brasileiro, que vem a ser a visão sistêmica da educação.

     

    A visão sistêmica da educação que se traduz no compromisso do poder público, com todo o ciclo educacional, da creche à pós-graduação. E agora, neste dia, até mesmo com o pós-doutoramento nós estamos comprometidos, porque o Brasil perdia talentos para países desenvolvidos, porque formava doutores e não havia um programa de manutenção desses quadros de elevada competência técnica em território nacional. E graças ao ministro Sérgio Resende a ao presidente da Capes, Jorge Guimarães, nós estamos estabelecendo um programa que visa manter, mediante concessão de bolsas, o doutor colaborando com as instituições de ensino superior do país.

     

    Visão sistêmica que também se estabelece quando, pela primeira vez, nós anunciamos um programa para construção e expansão da rede de educação infantil, o Proinfância. No Brasil, nós ajudamos a construir escolas de ensino fundamental, de ensino médio, às vezes escolas técnicas, mas hoje  sabemos por todos os estudos internacionais, que se nós quisermos oferecer eqüidade no sistema de ensino, essa eqüidade se garante com a educação infantil. Essa eqüidade se garante fazendo a criança, sobretudo os filhos das famílias mais pobres do país, ter acesso à educação em tenra idade, para que as oportunidades sejam absolutamente equivalentes, e nós possamos oferecer a todos os brasileiros, rigorosamente, as mesmas condições e as mesmas oportunidades.

     

    Cito o Proinfância e o Programa de Pós-Doutorado da Capes e do NCT, para explicar o conceito de visão sistêmica que deve perpassar níveis, fases, modalidades e níveis de ensino.

     

    Nós também não abdicamos da intervenção do poder público em nenhum eixo que estrutura a educação. Da alfabetização de jovens e adultos, passando pela educação básica, profissional e tecnológica, até a educação superior, nós temos que estruturar o nosso sistema de ensino, de tal maneira a ampliar o horizonte educacional de todo brasileiro e de toda brasileira.

     

    Os pilares de sustentação desse projeto passam por financiamento adequado, passam por avaliação e responsabilização dos agentes públicos que comandam o sistema educacional, passam pela formação de professores e valorização do magistério e pela gestão e mobilização das comunidades.

     

    No campo da educação básica, o decreto mais importante que o presidente da República assina hoje é aquele que estabelece o plano de metas Compromisso Todos pela Educação. O que vem a ser esse plano de metas? Graças ao trabalho técnico elaborado pelo nosso instituto de pesquisas, o Inep, nós conseguimos conjugar dois indicadores que medem a qualidade da educação. O primeiro de fluxo e o segundo de desempenho nos exames nacionais de avaliação.

     

    Sobre fluxo, senhor presidente, eu gostaria de dizer que nós temos que desmontar duas indústrias que se criaram no país. De um lado a indústria da repetência, e de outro, a indústria da progressão automática. Nenhuma das duas nos interessa. Nós temos que criar um sistema desenvolvido de educação, pelo qual todos os alunos progridam, mas progridam aprendendo. Obtendo competências e habilidades compatíveis com a sua idade, para que nós não observemos mais o que tem sido a regra da criança chegar ao quarto ano, à quarta série do ensino fundamental sem aquelas competências mínimas para a sua idade, como saber ler e escrever, saber as operações matemáticas próprias da sua idade. Situação com a qual nós não podemos conviver mais. Queremos a progressão dos alunos, mas aprendendo de acordo com as suas possibilidades. Respeitada a sua idade, respeitado o seu sistema educacional, respeitadas até a cultura e a tradição da sua escola, mas sem perder de vista que o foco da escola é o aprendizado. É lá que se ensina, é lá que se aprende. E o resgate simples desse conceito talvez seja o conceito mais revolucionário desse plano de desenvolvimento da educacional. Fazer da escola o que ela nunca poderia deixar de ter sido, que é a igreja do saber. O local onde as crianças vão aprender, e vão se emancipar como indivíduos. É na escola, com ajuda das famílias, com a ajuda inestimada dos professores e dirigentes educacionais, com apoio dos governos locais e regionais, que essa construção se tornará possível.

     

    Eu gostaria de fazer uma referência à questão do financiamento. Nós estabelecemos um indicador de desenvolvimento da educação básica para todos os sistemas municipais do país. E o que se constata, senhores, é que não se encontra uma única cidade pobre, dentre aquelas com melhores indicadores de qualidade, não se encontra uma única cidade rica, dentre aquelas com os piores indicadores da qualidade. Portanto, àqueles que insistem em dizer que o volume de investimento na área da educação é o suficiente, a eles eu convido: estudem o trabalho e a radiografia feita pelo Ministério da Educação, pelo seu instituto de pesquisa, e vocês vão verificar que os municípios mais pobres desse país dependem, vigorosamente, da ação do governo estadual e do governo federal para promoverem a qualificação dos seus sistemas.

     

    O fato que nos chamou a atenção, é que dos mil municípios com os piores indicadores de qualidade, praticamente nenhum teve acesso a transferências voluntárias do FNDE. O que significa dizer que esses municípios muitas vezes sequer têm a capacidade técnica de responder a uma resolução do Ministério da Educação. E eu tenho dito, presidente, que se esses municípios não vêm a Brasília, se esses municípios não vêm ao MEC, é o MEC que tem que ir a esses municípios.

     

    Graças ao apoio da Unesco, oitenta consultores estão sendo contratados, e serão capacitados pelo Ministério da Educação, e farão uma verdadeira caravana da educação neste país, visitando cada um desses mil municípios, que o ministério quer ver atendidos daqui a doze meses. Nós estamos às vésperas do Dia Nacional da Educação, que é o dia 28 de abril. Nós estamos assumindo um compromisso de que no dia 28 de abril de 2008, daqui a um ano, no Dia Nacional de Educação, nós estaremos comemorando a assinatura de pelo menos mil planos de ação articulada plurianual com os municípios mais pobres deste país.

     

    Além disso, cada escola pública deste país também terá o seu indicador de qualidade. Esse indicador que vai variar de zero a dez, vai estabelecer metas para cada escola e para cada sistema educacional.

     

    Nós sabemos pela experiência que quanto pior a situação é relativamente mais fácil melhorar. Quem sai de um patamar muito elevado precisa fazer um esforço muito grande para conseguir uma melhora adicional. Quem sai de um patamar muito inferior, se contar com apoio técnico e financeiro da União, consegue despertar o seu sistema para a qualidade. Nós queremos, nos valendo do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), premiar as escolas que cumprirem as suas respectivas metas. De maneira que a escola, se tem um indicador de zero a dez em um ponto e a sua meta de um e meio para o ano de 2007, essa escola vai receber um adicional, não é punição, um adicional no seu PDDE, a partir de 2008, de 50% do valor.

     

    E se a escola for rural, não tendo feito a Prova Brasil, que é o exame aplicado em escolas públicas urbanas, todas receberão esse adicional. Porque no caso da educação no campo, antes de cobrar, senhor presidente, nós temos que estender as mãos. Nós temos que fazer chegar a essas escolas, por um bom tempo, os recursos financeiros necessários para equipá-las, para tornar a sua infra-estrutura digna do recebimento de professores e alunos, para garantir as condições mínimas e adequadas para que aquele estabelecimento receba digtitle_aliasnte o nome de escola pública. Nós precisamos garantir isso, independentemente de metas, porque a educação no campo será uma das prioridades do Ministério da Educação. E não é por outra razão que o Proinfo, que é o programa de laboratórios de informática, está sendo modificado e criado o Proinfo Rural. Se estamos falando em inclusão digital, temos que falar de inclusão digital também no campo, e não só na cidade. O transporte escolar com a ajuda do BNDES; o Brasil Alfabetizado, que vai recrutar professores da rede pública para se tornarem professores alfabetizadores, sobretudo no campo, onde está o brasileiro não- alfabetizado; e a parceria com o Ministério das Minas e Energia que se comprometeu a priorizar, no âmbito do programa Luz para Todos, a conexão de todas as escolas públicas à rede elétrica. O que vai ser possível com essa mudança e priorização que foi acatada pelo ministro Silas Rondeau. Nós temos ainda 1,5% das nossas crianças em escolas sem energia elétrica. São 18 mil escolas, o número assusta, mas é 1,5 % da matrícula. Mas nenhum aluno pode permanecer numa escola que não esteja minimamente equipada para receber equipamentos que o Ministério da Educação passa a destinar, como é o caso tanto dos laboratórios como do programa TV Escola e DVD Escola.

     

    Eu já me referi ao programa Mais Educação, que tem a intenção de aumentar a jornada, sob a responsabilidade da escola, das crianças das escolas públicas.

     

    A Provinha Brasil, que já foi discutida na imprensa no último mês. A idéia de que nenhum aluno possa chegar aos oito anos sem saber ler e escrever. Portanto, nós estamos rompendo com o ciclo que não tem solução. Um ciclo que apura as competências adquiridas pelo aluno só aos 10 ou 11 anos de idade, situação em que há pouco a se fazer. Nós temos que acompanhar o processo de alfabetização com todo respeito à idade da criança, mas a partir dos seis anos, para garantir que aos oito todos estejam alfabetizados, e aos dez todos sejam capazes de atender aos requisitos mínimos de qualidade, expressos nas matrizes dos exames de avaliação nacional.

     

    Dentro desse contexto, entra também em parceria com o Centec e o Itaú Cultural uma encomenda do presidente de muito tempo, a olimpíada Escrevendo o Futuro da Língua Portuguesa.

     

    A implantação, já referida pelo presidente, dos mil pólos da Universidade Aberta. Eu gostaria de divulgar, senhor presidente, que o segundo edital foi respondido por nada menos do que 800 municípios. Ou seja, no primeiro edital, nós tivemos 400 propostas, 300 das quais aprovadas e com previsão de início de atividade em 2007. No segundo edital, nós obtivemos a resposta de 800 municipalidades, para selecionar 200 pólos a cada ano. Daqui, até o final do seu mandato, para que nós tenhamos os mil pólos instalados. E cada professor de educação básica deste país filiado a uma universidade pública federal, estadual ou municipal. Garantindo a formação inicial e continuada permanente para o nosso magistério. O que evidentemente se soma à iniciativa de fixação do Piso Nacional do Magistério, que já se encontra no Congresso Nacional, e que certamente será aperfeiçoado pelos deputados e pelos senadores.

     

    O presidente também fez referência às ações no âmbito da educação especial, na construção das salas de equipamentos adequados para recepção desses alunos. Que são as salas de recursos multifuncionais. São 400 salas multifuncionais por ano. A eletrificação das escolas públicas, a que eu já me referi. A Gesac, a que eu já me referi.

     

    Editais de conteúdos digitais. Sobre isso eu gostaria de um breve esclarecimento. Muitas vezes um pesquisador faz um estudo e chega à conclusão de que um computador na escola não ajuda o desempenho, o que muito provavelmente é verdade. Mas nós temos hoje segurança em dizer que a inclusão digital na sua inteireza inclui o laboratório de informática, a conexão com a internet e o acesso a conteúdos digitais educacionais. Nós não temos mais a menor dúvida de que se impacta muito favoravelmente à qualidade da educação básica, como vai ser constatado a partir da divulgação de um estudo, que já está pronto, do Inep, demonstrando essa correlação. O Proinfância, que são as creches financiadas pelo governo federal. O programa A Caminho da Escola, que eu também já falei. O PDDE.

     

    No caso da alfabetização, nós estamos fazendo uma mudança muito significativa no desenho do Brasil Alfabetizado. O que nós queremos daqui para frente é que os professores da rede pública sejam os professores alfabetizadores.

     

    Do nosso magistério na zona rural, 62% estão em regime de 20 horas. É na zona rural que se encontra o público por excelência do Brasil Alfabetizado. Se nós conseguirmos recrutar esses professores da rede pública, e no contraturno formar uma turma de jovens e adultos de alfabetização, nós vamos garantir várias coisas simultaneamente. Pelo menos três. A primeira delas: fazer o Brasil Alfabetizado chegar àquele que mais necessita do programa. Em segundo lugar: remunerar mais adequadamente os professores que vão ser bolsistas da União, a partir da sua adesão ao programa. E em terceiro lugar, nós vamos permitir a capacitação desses professores, não apenas para a alfabetização de jovens, mas também para a alfabetização das crianças. Uma vez que é nessas mesmas localidades que a taxa de analfabetismo de crianças de 10 a 15 anos é superior a de todo o país. São três subprodutos importantes desse redesenho do Brasil Alfabetizado.

     

    A meta do Brasil Alfabetizado é credenciar 100 mil professores bolsistas, que receberão, em conta corrente própria desses professores, a bolsa prevista no programa.

     

    Na hora da educação profissional, presidente, o senhor fez menção a 150 cidades-pólo que serão anunciadas hoje. Eu quero lhe dizer, presidente, com toda a segurança, serão sete ministérios envolvidos na definição dessas cidades. Governadores, secretários estaduais, secretários municipais consultados para definição dessas cidades. O senhor poderá até ser, injustamente, acusado de ter esquecido algum município. Mas eu quero dizer que jamais alguém vai poder dizer que o senhor esqueceu do Brasil na área da educação profissional.

     

    O senhor assume a Presidência da República em 1° de janeiro de 2003, com 140 escolas técnicas instaladas. E eu lembro ao senhor que a primeira foi instalada em 1909 por Nilo Peçanha. De 1909 a 2002, o governo federal instalou 140 escolas técnicas no país. O senhor deixará como legado do seu segundo mandato, contando com o plano de expansão do primeiro, 354 escolas técnicas federais. São 64 escolas técnicas que ficarão prontas até 2007, e de 2008 até 2010, outras 150 escolas técnicas. Não, são 140 mais 214. Não estou tão bom na tabuada.

     

    Ainda no que diz respeito à educação profissional, nós estamos relançando o Proep, o Proep 2, que mantém o nome, mas muda o caráter do Proep 1. Que é o fato de estarmos apoiando as redes estaduais de educação profissional, sobretudo no que diz respeito à integração da educação de ensino médio com a educação profissional.

     

    Nós estamos remetendo para o Congresso Nacional o aperfeiçoamento da LDB. Nós queremos fortalecer o ensino médio propedêutico, mas por outro lado, o ensino médio integrado à educação profissional. Para isso, o Proep vai ajudar, mas o edital, lançado pela Seed, que cria uma espécie de universidade aberta do Brasil de nível médio integrada à educação profissional, vai permitir às escolas de ensino médio das periferias das grandes metrópoles um apoio da União que nunca tiveram. E nós vamos poder, nessas regiões metropolitanas, nas mesmas escolas de ensino regular, nos valermos desse equipamento, para à noite, à tarde, ou de manhã oferecer um complemento aos estudos da juventude, que vão permitir a ela uma formação geral, como é obrigação do ensino médio regular, mas também um acesso a uma profissão.

     

    E nós vamos, com isso, presidente, com toda certeza, verificar que os índices de desemprego dessa faixa etária vão cair drasticamente, porque tudo o que o jovem quer é trabalhar e para isso ele precisa de uma profissão.

     

    Além disso, nós estamos encaminhando, 30 anos depois de criada a Lei de Estágio, que é de 1977, do então ministro Ney Braga, uma reformulação completa das normas regulando o estágio. Gostaria de agradecer ao ministro Marinho, ao ministro Lupi, que assinam o projeto de lei, junto com o Ministério da Educação, encaminhado ao Congresso Nacional.

     

    Estágio é ato educativo. Estágio não é expediente de precarização de mão-de-obra no país, senhor presidente.

     

    Há vários projetos tramitando no Congresso Nacional, já fizemos uma compilação de todos os projetos, agregamos o trabalho feito pela comissão instituída pelo MEC e o Ministério do Trabalho e conseguimos chegar a um projeto de lei consensual para remetermos ao Congresso Nacional. Nós queremos promover o estágio, mas nós não queremos que o estágio seja um expediente de substituição dos trabalhadores. Nós queremos que os estudantes tenham a oportunidade de ingressar numa fábrica, num escritório, num hotel, aprender turismo, aprender contabilidade, aprender gestão, mas nós temos que tratar esses estudantes como tal. E as atividades do estágio têm que estar minimamente integradas aos currículos do ensino médio, se nós quisermos que esses alunos saiam com uma qualificação profissional.

     

    Nós estamos avançando muito na educação profissional ao integrá-la ao ensino médio, ao expandirmos a rede federal de educação profissional e, sobretudo, regulamentando a lei de estágio.

     

    Eu queria, antes de passar para a educação superior, finalizando a minha apresentação, fazer um agradecimento aos três conselhos Concefet - Conselho Nacional dos Dirigentes dos Centros Federais de Educação Tecnológica, Coneaf - Conselho das Escolas Agrotécnicas e Condetuf - Conselho das Escolas Técnicas vinculadas às universidades federais, que representam todas as escolas técnicas, Cefets e escolas agrotécnicas do país, inclusive aquelas vinculadas às universidades. Nós, a muitas mãos, criamos um novo conceito pedagógico da educação profissional que é o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. Nós queremos, senhor presidente, que essas 150 novas escolas tenham um novo perfil acadêmico, um perfil que atenda à educação básica, um perfil que forme professores, sobretudo nas áreas de física, química, biologia e matemática para a rede pública de ensino regular e que tenha um compromisso com a educação tecnológica de nível superior, mas montada para os novos arranjos produtivos locais.

     

    Eu agradeço a participação dos diretores aqui presentes na formatação do decreto que cria um novo modelo de educação profissional que é o Ifet, e que eu tenho certeza que vai ser saudado por especialistas em educação profissional e por cientistas de todo o país que reclamam há muitos anos de um apoio mais enfático do governo federal na área da formação científica e da divulgação científica.

     

    Na área da educação superior, os desafios não são menores, nós, em parceira com a Andifes, eu cumprimento o reitor Paulo Speler, presidente da Andifes aqui presente, resolvemos encarar um desafio enorme, reitor, que é o de reestruturar do ponto de vista acadêmico as nossas instituições para que possamos cumprir esse desafio colocado pelo presidente da República de acolher um número muito maior de jovens brasileiros nas nossas universidades.

     

    Nós estamos criando um colchão orçamentário para cada instituição de 20% de seu orçamento total para financiar esses projetos de reestruturação e expansão, cujos objetivos centrais são flexibilidade curricular, aproveitamento de créditos, mobilidade estudantil, cursos noturnos, assistência estudantil para garantir a permanência dos jovens de baixa renda nas nossas universidades, uma visão mais larga do que é a graduação, evitar a profissionalização precoce dos nossos jovens para que eles possam ter uma formação geral robusta antes de escolher uma profissão.

     

    A Andifes teve um papel destacado na formatação desse decreto e eu tenho a certeza de que nos próximos anos nós vamos poder ampliar e muito o acesso à educação superior pública de qualidade da nossa juventude que vai contar, além da expansão da universidade pública federal, com mais bolsas do programa Universidade para Todos por uma simples modificação da lei do Fies.

     

    Eu quero esclarecer isso com alguma calma. Muitas instituições de ensino superior não aderiam aos inúmeros programas de refinanciamento de dívidas e nós fomos investigar a razão disso, por que instituições devedoras não aderiam a programas de refinanciamento de dívida ativa. E nós encontramos a resposta, é relativamente simples, essas instituições não podiam usar os títulos que recebem do financiamento estudantil para o pagamento de dívida passada, mas apenas de tributo corrente. O que essa lei encaminhada ao Congresso Nacional fará é permitir que as instituições possam usar os títulos que recebem do governo federal do Fundo de Financiamento Estudantil também no pagamento das suas dívidas pregressas que serão consolidadas a partir desse programa.

     

    Então, temos aí dois importantes programas que vão ampliar e muito o acesso à educação superior que será qualificada por esses dois programas como nós podemos verificar no último Enade, que demonstrou que os alunos do ProUni têm desempenho superior em todas as áreas analisadas do que o dos alunos pagantes, o que comprova a regra, clara ao Ministério da Educação, de que é possível, sim, compatibilizar acesso e qualidade na área educacional.

     

    Eu gostaria de dar em primeira mão, e agradeço aos ministros Guido Mantega e Paulo Bernardo por esse ato corajoso de confiança nas universidades federais. A área econômica resolveu reunir esforços junto com o Ministério da Educação para caminharmos um tema que é caro a nossa universidade, que é a questão da autonomia universitária. Presidente, reitor Paulo Speler, assinar um decreto que durante dois anos foi discutido no âmbito do governo, que é um decreto que recebeu a alcunha apropriada de faxina da Andifes, um decreto que remove uma série de penduricalhos que inibia o exercício da autonomia por parte das nossas instituições. E no bojo desse decreto um dado muito importante é de que todas as universidades federais vão contar, a partir de hoje, com um banco de professores, um banco de professores à prova de sucateamento, porque quando um professor se exonera ou quando um professor se aposenta nós criamos os mecanismos necessários para a reposição automática do corpo docente, evitando que as universidades passem pelo constrangimento sofrido no passado.

     

    Senhoras e senhores, é um conjunto de mais de 40 medidas, todos têm uma agenda, a hora do almoço se aproxima. Nós teremos a oportunidade de discutir detalhes pela imprensa, na Comissão de Educação do Senado, na Comissão de Educação da Câmara e no próprio Ministério da Educação de todas as questões que foram levantadas e argüidas por todos vocês que ajudaram na construção desse plano. O MEC, como sempre esteve, continuará aberto a sugestões e se nós pudermos aperfeiçoar o nosso trabalho, nós não relutaremos em admitir eventuais falhas para que esse plano possa ser abraçado por todo o país como um plano de Estado ou um plano de uma geração e não um plano de partido ou um plano de um governo. Muito obrigado, bom dia a todos.

     

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