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  • Com licenciatura plena em letras (português–inglês) e formação técnica em gestão escolar, Nancy Oliveira Santana ocupa o cargo de secretária-geral da Escola Estadual Gercina Borges Teixeira, de Jussara (GO). Embora não exerça a função de professora, ela não deixa de se sentir educadora e de participar das atividades pedagógicas da instituição.

    “Estou sempre criando e desenvolvendo projetos e dando sugestões à coordenação”, afirma. “Entre uma folga e outra, navego em páginas educativas na internet em busca de novidades que auxiliem as escolas”, diz Nancy, que inicia, neste semestre, um curso de especialização em mídias na educação. Os muitos desafios educacionais a estimulam. “Eles me dão ânimo e inspirações novas”, salienta.

    Em 2010, ela criou o projeto O Carteiro Chegou, com o objetivo de estimular a prática da leitura e da escrita entre os estudantes. Mais de 200 pessoas participaram, entre alunos, professores e servidores da escola, funcionários dos Correios, membros da comunidade virtual e do site de relacionamento Orkut, entre outros. De acordo com Nancy, os alunos ficaram entusiasmados com o projeto. Sempre que o carteiro chegava, “era uma festa”.

    Entre as lições dessa experiência, ela destaca a de que educar é uma responsabilidade social e contínua. Portanto, vai além dos muros das escolas. Outra, a de que educar é um processo dinâmico, que requer inovação e aperfeiçoamento, sempre. Com persistência e objetivos coerentes, segundo Nancy, boas ações são realizadas, e o sucesso é possível. “Toda escola precisa de bons e comprometidos parceiros”, observa. “Os ganhos com o projeto foram coletivos e o sucesso, de todos; valeu a pena.”

    Fátima Schenini

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  • Na escola carioca, há livros à disposição em todas as salas de aula; os professores leem para os alunos ou algum aluno lê para os demais (foto: arquivo da EM Portugal)Inserir os estudantes no mundo da leitura é o marco do projeto político-pedagógico da Escola Municipal Portugal para os 514 alunos, da educação infantil ao sexto ano do ensino fundamental. Todos os dias, os professores promovem o Momento da Leitura, quando leem para os alunos ou algum aluno lê para os demais. As turmas também fazem momentos de leitura individual. Cada estudante pode escolher o livro. A instituição está localizada no bairro de São Cristóvão, Zona Norte do Rio de Janeiro.

    “A escola mantém livros à disposição em todas as salas de aulas”, explica o coordenador pedagógico da instituição, Alexandre Roque de Araújo. “O acervo é atualizado periodicamente, com rodízio de obras entre as turmas ou trocas feitas diretamente na biblioteca.”

    A biblioteca, também conhecida como sala de leitura, conta com um professor regente, que desenvolve projetos para estimular o hábito de ler entre os alunos. Além de participar de atividades dirigidas, as crianças podem escolher livros para ler em casa e partilhar com os familiares, semanalmente.

    Segundo Alexandre, uma prática que contribui para o desenvolvimento do hábito de ler e de escrever é o uso de um diário por alunos das turmas do quarto ao sexto ano. “Eles usam o diário para escrever livremente sobre o que querem e têm a liberdade de partilhar ou não os registros para a turma”, revela. Há 12 anos no magistério, Alexandre é habilitado para o magistério das séries iniciais e graduado em história.

    A Escola Portugal também participa de trabalho voltado especificamente para os estudantes do primeiro ano do ensino fundamental. É o projeto Trilhas, composto por diferentes materiais para uso de professores e alunos, desenvolvido em parceria do Ministério da Educação com o Instituto Natura. “É um projeto de alfabetização e formação de leitores”, diz Alexandre.

    Um dos resultados já verificados com a aplicação do projeto foi o despertar da curiosidade das crianças para diversos tipos de textos, como parlendas — rimas infantis, usadas em brincadeiras ou como técnica de memorização —, poesias e contos. “Também auxiliou no processo de aquisição da escrita”, analisa o coordenador. De acordo com Alexandre, o momento dedicado às atividades do projeto tornou-se o preferido na sala de aula. “As crianças podem viajar no mundo do faz de conta e liberar a imaginação.”

    Professora responsável pela implementação do projeto Trilhas em duas turmas do primeiro ano, Daysi dos Santos Fonseca destaca como maior contribuição do trabalho o resgate cultural, para despertar nas crianças a vontade e a curiosidade de participar das rodas de leitura e tornar o ato de ler um momento descontraído e lúdico.

    Outro ponto que Daysi, com 30 anos de magistério, considera relevante é a riqueza cultural do projeto, até mesmo para os professores que não vivenciaram na infância as cantigas e brincadeiras de roda, agora resgatadas.

    Fátima Schenini

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  • A professora Maria Rosana defende a necessidade de as crianças aprenderem a ordenar os pensamentos e a usar as regras do idioma para expressá-los: “Depois de jovens e adultos, podem se manifestar sem medo” (foto: arquivo da professora)Professora de português, Maria Rosana Guimarães Zwieczykowski acredita na importância de escrever bem. Tanto que desenvolve atividades para levar os estudantes a evoluir na redação. “Quando eles adquirem essa habilidade, podem expressar as ideias de forma clara e objetiva e, assim, ser entendidos”, justifica.

    Maria Rosana defende a necessidade de as crianças aprenderem a ordenar os pensamentos e a usar as regras do idioma para expressá-los. “Depois de jovens e adultos, podem se manifestar sem medo e, dessa forma, ser aceitos pelos demais”, ressalta a professora, que atua no magistério público do Paraná há 25 anos e há 19 leciona no Colégio Estadual Professor Dario Veloso, do município de Mallet. Ela tem alunos do ensino fundamental e médio e do curso de formação de docentes.

    Para a professora, erros ortográficos comprometem a imagem profissional. Por isso, a preocupação em capacitar os alunos para a escrita e, assim, ajudá-los a se tornar cidadãos mais seguros e confiantes.

    No primeiro semestre deste ano, Maria Rosana desenvolveu o projeto Cuidando do Meio Ambiente, para incentivar a escrita entre os alunos do 6º ano do ensino fundamental e colaborar na criação de uma consciência cidadã. Os estudantes foram desafiados a enviar cartas à população do município para tratar de temas como lixo e limpeza urbana. “Deu bons resultados”, garante.  “Os alunos, motivados, escreveram outras cartas para falar sobre os cuidados para evitar a dengue.”

    Algumas cartas foram publicadas no jornal da cidade. “Eles gostam quando as cartas aparecem no jornal e querem escrever bem para que sua produção seja a escolhida”, revela Maria Rosana. “Muita gente comentou, as cartas foram lidas em outras escolas, e isso é um incentivo para que os alunos melhorem cada vez mais a escrita.” Na próxima etapa, as cartas tratarão da importância da preservação das nascentes e rios do município.

    Leitura — Outro projeto desenvolvido por Maria Rosana com os alunos do 6º ano é voltado para a leitura. “Ela é a base para a boa escrita”, garante. Nesse projeto, os estudantes são estimulados a pegar livros nas bibliotecas da escola e do município, por empréstimo. Os que mais leem recebem prêmios. “É gratificante perceber que todos os alunos se empenham para participar do concurso”, diz. “Com isso, estão criando o hábito da leitura, e as produções estão cada vez melhores e mais criativas.”

    Com os estudantes do 9º ano, a professora desenvolve, desde o ano passado, um projeto de blogue. “Eles fazem tudo: criaram o blogue, escrevem e postam. Eu apenas incentivo e ajudo.” Com alunos do 3º ano do ensino médio, o projeto envolve a leitura de temas polêmicos, de interesse dos próprios estudantes. Cada grupo fica com um tema. A partir da leitura, os alunos selecionam informações, vídeos, charges, notícias e outros textos sobre o assunto e os apresentam ao restante da turma. Depois da apresentação e de debate sobre o tema, eles produzem texto dissertativo.

    “Desde que comecei a trabalhar dessa maneira, percebo que as produções melhoraram muito, pois eles têm mais facilidade para escrever quando conhecem melhor o assunto”, justifica. Maria Rosana tem graduação em letras e pós-graduação em língua portuguesa e literatura e em mídias da educação.

    Fátima Schenini

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  • “A maior dificuldade de aprendizagem apresentada pelos estudantes está na apropriação da escrita e da leitura”, afirma a professora Andrea Job de Souza, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dr. Guilherme Hildebrand, no município gaúcho de Santa Cruz do Sul. “Não há fórmula mágica para fazer o aluno aprender mais rapidamente; cada aluno ou turma tem a própria trajetória. Ou seja, seu próprio tempo.”

    Há sete anos no magistério, Andrea salienta que em 2014, as principais dificuldades também têm recaído “na aquisição de uma leitura fluente e na escrita correta das palavras”. Segundo ela, é necessário estimular a capacidade de aprender de cada um, além de valorizar e incentivar cada avanço dos alunos.

    À frente de uma turma de terceiro ano e de outra de reforço escolar, Andrea ressalta que o desenvolvimento de projetos que envolvam o hábito da leitura em sala de aula tem trazido avanços satisfatórios à prática pedagógica. “Diariamente, proporciono um espaço para que isso aconteça de maneira prazerosa e se desenvolva o gosto pela leitura”, destaca a professora, que tem formação em pedagogia e pós-graduação em educação infantil. Ela tenta fazer os estudantes perceberem que cada letra e cada sílaba representam um som e que cada palavra faz parte de um contexto e pode contar uma história.

    O planejamento deste ano inclui trabalhar passo a passo, a partir do conhecimento do potencial de cada aluno, para ampliar os conhecimentos e flexionar atividades e conteúdos de acordo com as dificuldades por eles apresentadas.

    Em 2013, Andrea teve um aluno diagnosticado com dislexia. Durante todo o ano, ela trabalhou com o som que cada letra e cada sílaba faziam quando se juntavam, associando sempre som e imagem. “A maior barreira superada por aquele aluno tinha relação com a autoconfiança em sua capacidade de ler”, analisa. Assim, à medida que adquiria mais confiança em si mesmo e na professora, o estudante controlava o nervosismo e a ansiedade que demonstrava inicialmente.

    A partir dos bons resultados obtidos com esse aluno, a professora resolveu dar ênfase, com a turma deste ano, à realização de trabalhos diferentes e ao atendimento diário, na mesa de cada estudante, a fim de acompanhar o processo de desenvolvimento das atividades.

    Avaliação — Supervisora escolar na mesma instituição de ensino, Mara Núbia Sandim revela que os principais problemas de aprendizagem detectados entre os alunos, embora haja alguns casos de dislexia, são o déficit de atenção e a hiperatividade. De acordo com Mara, os professores são orientados a planejar atividades diferentes e a realizar avaliação flexível, com exercícios variados, testes escritos e orais e trabalhos específicos para cada problema de aprendizagem. “A escola procura sempre atender o aluno em suas necessidades de aprendizagem e, quando há professores com carga horária disponível, é organizado reforço pedagógico no turno contrário ao das aulas”, salienta.

    Caso detecte algum problema de aprendizagem, o professor é orientado a encaminhá-lo à supervisão pedagógica, que o analisa com a área de orientação educacional. Os aspectos nos quais o aluno apresenta dificuldades são discutidos para a elaboração de estratégias de atendimento, com a realização de atividades diversificadas em sala de aula. “A família é chamada, pois muitas vezes desconhece o problema”, diz Mara.

    Quando se percebe que o estudante precisa de atendimento especializado, o caso é encaminhado à Secretaria de Educação e Cultura do município para que seja programado atendimento com equipe multiprofissional, composta por psicólogo, psicopedagogo e educador especial. “Em alguns casos, a família é orientada a encaminhar o estudante ao neuropediatra.”

    Há 25 anos no magistério e há oito na função de supervisora escolar na rede municipal de ensino, Mara tem pós- graduação em supervisão escolar e psicopedagogia.

    Fátima Schenini

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  • O professor Sérgio de Jesus resume a ideia do projeto: “As principais atividades consistem na leitura de obras literárias como suporte ideológico, social e, ao mesmo tempo, cultural, na prática da produção escrita” (foto: arquivo do professor)Levar os estudantes a uma compreensão melhor do processo de aprendizagem da escrita e proporcionar experiência mais agradável e produtiva em relação ao ato de escrever é o objetivo do 1º Simpósio sobre Práticas Discursivas na Amazônia, promovido pelo campus de Cacoal do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), esta semana.

    O evento, que tem como tema o Texto como Prática Social, será realizado até sábado, 15. O simpósio faz parte do projeto Língua, Linguagem e Literatura, desenvolvido desde 2013 pelo professor Sérgio Nunes de Jesus. Criado para atender estudantes do próprio campus, o projeto foi ampliado em 2014 e passou a abranger outras instituições de ensino da região interessadas em ajudar alunos com dificuldades no processo textual.

    Com duração de um ano letivo, o projeto desenvolve o processo interdisciplinar do texto em diferentes situações na educação básica, de forma a conciliar os conhecimentos e as práticas dos estudantes. “As principais atividades consistem na leitura de obras literárias como suporte ideológico, social e, ao mesmo tempo, cultural, na prática da produção escrita do texto científico, produzido após análises com apresentações em formato de banners”, explica o professor. Também ocorrem práticas de leitura e análise do livro-texto Produzir Texto na Educação Básica, de Celso Ferrarezi Júnior e Robson Santos de Carvalho, quando são usadas técnicas do ato de redigir e escrever como prática metodológica.

    Segundo o professor, inúmeros alunos foram beneficiados nesses três anos de realização do projeto, não só com aprovação em vestibulares, mas com o reconhecimento social. Há 21 anos no magistério, Sérgio dá aulas de língua portuguesa, literatura e produção de textos em turmas dos cursos técnicos em agropecuária e em agroecologia e de metodologia do trabalho científico, no curso de licenciatura em matemática. Com licenciatura em letras (inglês–português), ele tem mestrado em linguística e doutorado em educação.

    Concurso — No campus do instituto em Colorado do Oeste é desenvolvido este ano o projeto Poder da Palavra, com professores das redes municipal, estadual e particular de ensino do município. Criado pelo professor Moisés José Souza, visa a discutir e fomentar iniciativas que respaldem o trabalho com as práticas discursivas. “Em sala de aula, faz-se necessário, sobretudo no trabalho com a língua portuguesa, contemplar as práticas discursivas”, salienta Moisés. “Por meio delas, ao conhecer as nuances e usos, os alunos podem desempenhar significativamente a linguagem no cotidiano, expressando-se com eficácia.”

    O projeto é dividido em três partes. A primeira propicia momentos de estudo para os professores de língua portuguesa, com discussões para troca de relatos de experiências e estratégias; a segunda fomenta a produção de textos em sala de aula; a terceira é um concurso de produção de textos voltado para alunos de escolas públicas e particulares de educação básica, ensino técnico, tecnológico e superior de todo o município. “São atendidos cerca de 4.550 estudantes”, ressalta Moisés.

    O projeto contempla seis gêneros textuais. Assim, os alunos dos três primeiros anos do ensino fundamental podem participar no gênero desenho–ilustração; do 4º e 5º anos, fábula; do 6º e 7º anos, poema; do 8º e 9º anos do ensino fundamental e 1º ano do ensino médio, memórias; do 2º e 3º anos, artigo de opinião. Os do ensino superior, artigo científico.

    No dia 21 próximo, será realizado o evento de encerramento, com a premiação dos dez melhores textos em cada categoria e apresentações culturais das escolas envolvidas.

    Há 20 anos no magistério, Moisés tem graduação em letras, especialização em língua portuguesa e mestrado em educação. Ele leciona em turmas do ensino médio, técnico, tecnológico e superior.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor, e nas páginas dos campi de  Cacoal e de Colorado do Oeste do IFRO na internet

  • Os jogos ajudam a desenvolver habilidades acadêmicas e ampliar a atenção, a concentração e o autocontrole (foto: carminatimaricato.blogspot.com.br)Os jogos, com suas regras, podem ser recurso pedagógico eficaz para a aprendizagem de estudantes que apresentam transtorno de déficit de atenção–hiperatividade (TDAH). Além de contribuir para desenvolver habilidades acadêmicas como leitura, escrita e aritmética, eles colaboram para a melhoria da atenção, da concentração e do autocontrole.

    A conclusão faz parte dos resultados da dissertação de mestrado em educação da psicopedagoga Rebeca Andrade, na Universidade de Brasília (UnB). Ela investigou a influência dos jogos no desempenho escolar e no desenvolvimento de habilidades sociais de crianças com TDAH. As atividades foram desenvolvidas no primeiro semestre de 2011, com estudantes de turmas do segundo ao quarto ano do ensino fundamental da rede pública do Distrito Federal.

    Com graduação em pedagogia e habilitação em magistério para séries iniciais e para educação especial, Rebeca já atuou como professora em turmas do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental, de educação infantil e de educação de jovens e adultos (EJA). Atualmente, trabalha como pedagoga institucional da Escola-Classe 10 de Sobradinho, uma das regiões administrativas do Distrito Federal. Uma de suas funções é atender demandas de dificuldades de aprendizagem, em atuação interventiva e preventiva com os alunos.

    De acordo com a professora, o primeiro passo de uma intervenção é fazer a avaliação das crianças quanto ao desenvolvimento cognitivo. São feitas aferições pedagógicas e psicológicas para investigar indícios de deficiência intelectual ou problemas de ordem psicológica, neurológica ou até mesmo psiquiátrica que estejam inibindo o processo de aprendizagem escolar. “Nesse caso, fazemos encaminhamentos externos, de modo que a família possa procurar o atendimento médico necessário para a complementação diagnóstica”, esclarece.

    Histórico — No processo de avaliação são consideradas, segundo Rebeca, informações das famílias sobre o histórico de desenvolvimento da criança e relatos dos professores quanto às dificuldades por ela apresentadas e intervenções já desenvolvidas para sanar as dificuldades percebidas. Após esse processo de investigação inicial, os alunos são encaminhados a atendimento em grupo, individual ou indireto (por meio de atividades sugeridas ao professor para desenvolvimento em sala de aula). “O atendimento sempre privilegia o uso de jogos”, ressalta.

    Rebeca também assessora o trabalho pedagógico dos professores e da direção e oferece subsídios para a realização das atividades. “Se um professor relata que os alunos não estão conseguindo aprender operações de soma com reagrupamento, minha função é planejar, com esse professor, atividades diferenciadas para alcançar essa aprendizagem.”

    Outra função que a professora exerce é a de promover formação continuada durante o ano letivo, com assuntos variados, como inclusão escolar, adaptação curricular e TDAH. “No momento, estamos desenvolvendo formação em educação matemática para atender à demanda das dificuldades identificadas no início do ano, principalmente entre alunos do quarto e do quinto anos”, salienta.

    Fátima Schenini

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  • Na escola de Mossoró, jornais são usados em sala de aulas para tornar as aulas de língua portuguesa mais descontraídas e ajudar na aprendizagem, pois contemplam vários gêneros textuais (foto: arquivo da escola)A necessidade de dominar a língua portuguesa para melhorar a interação entre as pessoas torna a disciplina muito importante na Escola Municipal Genildo Miranda. Localizada na área rural de Mossoró, Rio Grande do Norte, a instituição tem 146 estudantes matriculados em turmas do sexto ao nono ano do ensino fundamental.

    “O domínio da língua materna é de fundamental importância para a comunicação e interação entre as pessoas”, diz a professora Elisabeth Marques, coordenadora pedagógica da unidade de ensino. “Nesse sentido, nossa escola investe em atividades de leitura, compreensão e produção de textos.”

    Com experiência de 26 anos de magistério, 21 dos quais na sala de aula, como professora polivalente em turmas do primeiro ao quinto ano e da educação infantil, Elisabeth tem especialização em linguagens e educação. Ela explica que a escola dá ênfase à leitura. Tanto que, este ano, desenvolveu o projeto Leitura e Escrita, um Compromisso de Todas as Disciplinas. Durante as aulas, os estudantes participam de diferentes atividades, com livro didático e caderno e também com computadores, no laboratório de informática.

    Na mesma escola, a professora Jeane Mendes Pinheiro usa jornais nas aulas. Segundo ela, além de tornar as aulas de língua portuguesa mais descontraídas, os periódicos contribuem para a aprendizagem, pois contemplam vários gêneros textuais. “Os resultados são os melhores possíveis”, diz Jeane, que leciona a turmas do sexto ao nono ano.

    Sempre que ensina um conteúdo, Jeane leva jornais à sala de aula para que os estudantes façam leitura espontânea. Ao verificar que todos estão envolvidos no processo, ela pede que identifiquem temas relacionados aos conhecimentos gramaticais inseridos na leitura. “Eles vão reconhecendo as classes gramaticais de forma bem interessante, seja um substantivo, um adjetivo, um pronome”, destaca. “E a aprendizagem vai ocorrendo naturalmente. Os jornais oferecem informações que enriquecem os conhecimentos dos alunos e os tornam leitores proficientes.”

    Formada em letras, com experiência de dez anos no magistério, a professora também usa nas aulas recursos como debates, rodas de leitura e produção de textos.

    Livro— De acordo com o diretor da escola, Luciano Ricardo Lima, os professores sempre aplicam novas metodologias para alcançar bons resultados na aprendizagem dos alunos. Assim, textos e histórias em quadrinhos produzidos pelos estudantes serão transformados em um livro, que fará parte do acervo da biblioteca da instituição. Há nove anos na direção dessa escola, Lima é formado em letras, com especialização em gestão escolar.

    Fátima Schenini

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    Confira o blog da EM Genildo Miranda
  • Projeto de leitura e escrita na escola cearense visa à melhoria da proficiência dos alunos a partir do estudo e da produção de textos narrativos (foto: arquivo da EEM Antônia de Morais)Professora de língua portuguesa, Fabiana Pereira Fernandes define a leitura como o meio pelo qual os estudantes desenvolvem o senso crítico e construtivo. “Pela leitura, o indivíduo aprende a conhecer o mundo e a transformá-lo; também aprende a transformar a si mesmo e o modo de existir”, justifica. A escrita, por sua vez, de acordo com a professora, possibilita a materialização das ideias e torna possível que outros as vivenciem nos espaços de aprendizagem da escola e da sociedade.

    Na Escola de Ensino Médio Dona Antônia Lindalva de Morais, onde leciona, no município de Milagres (28,4 mil habitantes), no sul do Ceará, Fabiana desenvolve projetos em parceria com outros professores. A instituição incentiva esse trabalho, por entendê-lo como uma forma de estimular o aluno a ter liberdade para aprender e produzir conhecimento. “No projeto político-pedagógico da escola para 2015, a equipe deu prioridade ao desenvolvimento dessa proposta como prática que permeia todas as disciplinas”, diz. Fabiana e os demais professores da área de linguagens articulam-se com colegas de outras disciplinas para realizar atividades que busquem o desenvolvimento da capacidade cognitiva dos alunos.

    Como exemplo de parceria, Fabiana cita a inclusão, nos planos de aula de todos os professores, independentemente da disciplina, de pelo menos duas atividades com produção de textos. “Essa prática contribui de forma significativa para o trabalho dos professores de linguagens”, avalia. Com licenciatura plena em letras e pós-graduação em língua portuguesa e literaturas brasileira e africana, ela está no magistério há três anos.

    Proficiência — O projeto O Aluno é o Autor, idealizado por Fabiana e pelo professor de história Carlos César Pereira de Sousa, iniciado em novembro de 2014, tem como resultado a evolução dos estudantes em relação à leitura e à escrita. O trabalho visa à melhoria da proficiência dos alunos a partir do estudo e da produção de textos narrativos. Os estudantes com mais domínio de leitura e escrita orientam os demais.

    “Os alunos começaram pesquisando o sentido de narratividade para a sociedade e a história da narração”, explica Carlos César. “Depois, estudaram a linguagem narrativa e suas principais características e realizaram pesquisa sobre lendas e contos folclóricos do município entre moradores idosos.” Por fim, os estudantes passaram a produzir textos narrativos a partir dessas lendas.

    De acordo com Carlos César, que também dá aulas de filosofia, já é possível verificar a evolução dos alunos em relação à leitura e à escrita, bem como maior reconhecimento da importância das narrativas orais para a identidade da comunidade. Com licenciatura plena em história, ele está no magistério há cinco anos.

    Experiências — Outros projetos voltados para a leitura e a escrita na escola são o Bate-Papo Literário e a Quinta Literária. O primeiro é realizado semestralmente, durante um turno de aula, e reúne uma turma por dia para compartilhar experiências de leitura, ouvir músicas e discutir arte.

    O segundo projeto consiste em direcionar a atenção de toda a escola para o estudo de um único autor durante um dia de aula. As obras do autor escolhido são estudadas e discutidas por alunos e professores de todas as áreas. A primeira edição da Quinta Literária foi realizada em maio deste ano, em homenagem a José de Alencar [1829-1877]. Alguns alunos apresentaram-se caracterizados como personagens das principais obras do autor cearense.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor e no blogue da EEM Dona Antônia Lindalva de Morais

     

  • Para superar dificuldades de aprendizagem, alunos da escola de Cubatão aprendem a se expressar por meio da escrita e da leitura de poemas (foto: arquivo da professora Milene Pinheiro)A poesia foi o recurso adotado pela professora paulista Milene Pinheiro para enfrentar desafios de aprendizagem não superados pelos alunos da Unidade Municipal de Ensino João Ramalho, em Cubatão, São Paulo. Para ajudar os estudantes do quarto ano do ensino fundamental que faziam recuperação paralela, em razão de dificuldades relacionadas ao processo inicial de alfabetização, Milene optou pelo limerique, estilo de poesia difundida no Brasil pela escritora russa Tatiana Belinky [1919-2013].

    Com o projeto Oficina de Limeriques, desenvolvido de março a junho de 2012, a professora reforçou o trabalho com os alunos da turma de recuperação e também da turma regular do segundo ano do ensino fundamental. Nesse período, os estudantes aprenderam a escrever poemas com cinco versos, com a mesma rima na primeira, segunda e quinta linhas e outra na terceira e na quarta.

    As dificuldades na escrita não impediram os alunos de produzir os próprios poemas. “Eles foram aprendendo esse estilo de escrever, engraçado, rimado e, ao mesmo tempo, desafiador, por exigir controle das palavras de cada verso, com contagem de sílabas poéticas”, diz a professora. Como incentivo, ela inscreveu os alunos das duas turmas em um concurso regional de poesias. A escola concorreu com 12 alunos, oito deles da turma de recuperação paralela. “Embora nenhum deles tenha vencido, esse tipo de reconhecimento foi muito importante para a autoestima de todos”, diz Milene.

    O projeto foi concluído com a realização de um sarau na escola. O evento teve leitura de poemas autorais e de escritores como o inglês Edward Lear [1812-1888] e a paulista Viviane Veiga Távora, idealizadora do Prêmio Tatiana Belinky de Limeriques.

    Com o sucesso do projeto, Milene continuou a desenvolvê-lo. Este ano, com alunos do segundo ano. “Eles puderam se expressar através da escrita e leitura de poemas, além de observar algumas normas e fazer uso delas, como a identificação e seleção de rimas, perfeitas e imperfeitas.”

    Pedagoga com pós-graduação em alfabetização e letramento, há 11 anos no magistério, Milene também é, em Cubatão, professora na Unidade Municipal de Ensino Estado do Espírito Santo.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor e no blogue da professora Milene Pinheiro

  • O Pró-Letramento - Mobilização pela Qualidade da Educação - é um programa de formação continuada de professores para a melhoria da qualidade de aprendizagem da leitura/escrita e matemática nos anos/séries iniciais do ensino fundamental.
    O programa é realizado pelo MEC, em parceria com universidades que integram a Rede Nacional de Formação Continuada e com adesão dos estados e municípios. Podem participar todos os professores que estão em exercício, nas séries iniciais do ensino fundamental das escolas públicas.

    O Pró-Letramento funcionará na modalidade semipresencial. Para isso, utilizará material impresso e em vídeo e contará com atividades presenciais e a distância, que serão acompanhadas por professores orientadores, também chamados tutores. Os cursos de formação continuada oferecidos pelo programa têm duração de 120 horas com encontros presenciais e atividades individuais com duração de 8 meses.
    Os objetivos do Pró-Letramento são:

    • oferecer suporte à ação pedagógica dos professores dos anos/séries iniciais do ensino fundamental, contribuindo para elevar a qualidade do ensino e da aprendizagem de língua portuguesa e matemática;
    • propor situações que incentivem a reflexão e a construção do conhecimento como processo contínuo de formação docente;
    • desenvolver conhecimentos que possibilitem a compreensão da matemática e da linguagem e de seus processos de ensino e aprendizagem;
    • contribuir para que se desenvolva nas escolas uma cultura de formação continuada;
    • desencadear ações de formação continuada em rede, envolvendo Universidades, Secretarias de Educação e Escolas Públicas dos Sistemas de Ensino.


    O Pró-Letramento prevê uma estrutura organizacional que funciona de maneira integrada. São parceiros: o Ministério da Educação, as universidades da Rede Nacional de Formação Continuada e os sistemas de ensino.

    Funções

    -Ministério da Educação
    O MEC, por meio da SEB, é o coordenador nacional do programa. Para isso, elabora as diretrizes e os critérios para organização dos cursos e a proposta de implementação. Além disso, garante os recursos financeiros para a elaboração e a reprodução dos materiais, e a formação dos orientadores/tutores.

    - Universidades (Acesse a lista)
    A parceria com as universidades é formalizada por convênio. As universidades que integram a Rede Nacional de Formação Continuada nas áreas de alfabetização/linguagem e de matemática são responsáveis pelo desenvolvimento e produção dos materiais para os cursos, pela formação e orientação do professor orientador/tutor, pela coordenação dos seminários previstos e pela certificação dos professores cursistas.

    - Sistemas de Ensino
    A parceria com os sistemas de ensino é formalizada com assinatura de um termo de adesão. As secretarias de educação têm a função de coordenar, acompanhar e executar as atividades do programa.

    Contato:
    Secretaria de Educação Básica
    Diretoria de Apoio a Gestão Educacional
    Telefone: 0800 61 61 61 opção 6
    Email:Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

  • Resolução CD/FNDE Nº 24, de 16 de agosto de 2010



  • ProfessorOrientador de Estudos / Tutor
    Deve ser um professor ou coordenador concursado da rede pública de ensino com formação em nível superior (pedagogia, letras, matemática) ou com curso normal (magistério, nível médio).  Cada professor orientador/tutor trabalhará, no máximo, com duas turmas de 25 professores e receberá uma bolsa.


    Professor Cursista
    Deve estar vinculado ao sistema de ensino e trabalhar em classes das séries iniciais do ensino fundamental e participar de reuniões com o tutor para discutir os textos lidos, retomar as atividades realizadas e planejar futuras ações.
          

    Coordenador-Geral
    O coordenador-geral é um profissional da Secretaria da Educação com a função de acompanhar e dinamizar o programa, na instância de seu município; participar das reuniões e dos encontros agendados pelo MEC e/ou pelas universidades; prestar informações sobre o andamento do programa no município; subsidiar as ações dos tutores; tomar decisões de caráter administrativo e logístico; garantir condições materiais e institucionais para o desenvolvimento do programa.

  • Louis Braille, inventor da técnica de leitura e escrita em relevo, é homenageado este ano, em selo comemorativo que lembra o bicentenário do seu nascimento. Criado no povoado rural de Coupvray, a 40 quilômetros de Paris, ele tinha apenas 15 anos quando criou o método de comunicação utilizado até hoje na alfabetização de cegos em todo o mundo.


    O sistema braille foi o primeiro grande passo para a inclusão de crianças com deficiência visual na educação brasileira (Foto: João Bittar)A cerimônia de lançamento oficial do selo será realizada no Instituto Benjamin Constant (IBC), no Rio de Janeiro, na quarta-feira, dia 22. No mesmo dia, terá início seminário sobre as diferentes metodologias didático-pedagógicas de atendimento a crianças e jovens com múltipla deficiência.


    No Brasil, o sistema braille começou a ser ensinado em 1854, no Imperial Instituto dos Meninos Cegos, hoje Instituto Benjamin Constant, vinculado ao Ministério da Educação. O primeiro professor do novo método no Brasil foi José Álvares de Azevedo, filho do poeta Manoel Álvares de Azevedo. Cego desde o nascimento, ele foi enviado pela família para estudar na França. Ao voltar ao Rio, passou a ensinar a filha do médico do imperador D. Pedro II, que era cega. Pouco tempo depois, o educandário para cegos foi criado.


    “Estamos comemorando o nascimento de um benfeitor da humanidade, de alguém que criou um sistema de leitura, lazer e trabalho para os cegos, dando a eles o significado de cidadania”, diz Maria da Glória de Souza Almeida, vice-diretora do IBC. “O sistema braille foi o primeiro grande passo da inclusão da pessoa cega na educação brasileira. E o Brasil desempenha papel de destaque na América Latina.”


    O Imperial Instituto dos Meninos Cegos, que em 1891 passou a se chamar IBC, e é a escola de cegos mais antiga da América latina. O segundo centro especial para cegos no Brasil é o Instituto São Rafael, de Belo Horizonte, criado em 1920.


    Somente em 1949, ocorreu a inserção dos cegos na escola regular. “O IBC é a matriz da educação especial no Brasil. Ele foi criado em 1954, ano da universalização do sistema braille”, lembra Maria da Glória.


    Diário — Louis Braille ficou cego aos três anos, ao ferir o olho esquerdo na oficina do pai, fabricante de arreios e selas. Uma infecção provocou a cegueira total. Aos sete anos, ele foi matriculado na Instituição Real para Crianças Cegas, na França, mas achava “lento e não prático” o método de leitura desenvolvido pelo professor Valentin Haüy. À época, escreveu em seu diário: “Se meus olhos não me deixam obter informações sobre homens e eventos, sobre ideias e doutrinas, terei de encontrar uma outra forma”.


    Em 1829 já era professor do instituto em que estudara, quando publicou seu método exclusivo de leitura, o sistema braille.


    O selo impresso com a imagem de Louis Braille foi produzido na Casa da Moeda do Brasil para a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT). A tiragem é de um milhão de unidades. Os selos serão comercializados até 2012.


    A inscrição para o 2º Seminário Nacional sobre Deficiência Múltipla custa R$ 50. Mais informações na página eletrônica do IBC.

    Assessoria de Comunicação Social

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