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  • Aulas de judô no câmpus de Taguatinga: o esporte aumenta a capacidade cognitiva e, consequentemente, o desempenho escolar dos estudantes (foto: arquivo do professor Guilherme Magalhães)A prática de esportes afasta a criança e o adolescente das drogas, aumenta a capacidade cognitiva do aluno, traz benefícios consideráveis à saúde e gera cooperação e socialização entre os estudantes. Os benefícios decorrentes da prática desportiva na escola são descritos pelo professor Guilherme Lins de Magalhães. Ele dá aulas de judô no câmpus de Taguatinga do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília.

    O professor, que está há 12 anos na atividade, ministra as aulas às terças e quintas-feiras, no turno vespertino, a 30 alunos, divididos em duas turmas. No judô, arte marcial centenária, a pessoa usa o próprio corpo para derrubar ou conter o adversário. As aulas de Magalhães começam sempre com o aquecimento, que inclui atividades específicas da modalidade, como autoprojeção (rolamento), movimentos e treinamento de golpes e de pegadas no quimono (traje específico usado pelos praticantes) e atividades de ginástica. Em seguida os, alunos, que têm em média 10 anos de idade, aprendem movimentos, como os de contenção e imobilização, e a aplicar golpes que imobilizem ou derrubem o adversário.

    A prática desportiva contribui para a prevenção de problemas sociais. De acordo com o professor, a criança em situação de vulnerabilidade social, privada de oportunidades, corre o risco de ser atraída pelo crime, principalmente o de roubo e o de tráfico de drogas. “Quando a criança pratica esporte e participa de eventos esportivos tem a oportunidade de enxergar que não há diferenças sociais e econômicas no tatame ou na quadra”, salienta. “Essa criança passa a ver que pode ser atleta ou professor nessa modalidade.”

    Preparação— Para Magalhães, além de afastar o jovem do mundo das drogas, o esporte aumenta a capacidade cognitiva e, consequentemente, o desempenho escolar dos estudantes. “O esporte educacional, desde que trabalhado de maneira pedagógica pode produzir vários benefícios, como aumentar a cooperação e a socialização e a desenvolver o espírito de liderança e o respeito”, afirma. “O esporte é um importante elemento na preparação de crianças e jovens para a vida em sociedade.”

    Formado em educação física, com pós-graduação em educação física escolar, Guilherme aponta também os benefícios da prática do esporte para a saúde. Ele cita a melhoria do sistema cardiorrespiratório e da coordenação motora; o aumento do tônus muscular e da força física; a redução dos riscos de contrair doenças crônicas e o desenvolvimento da noção do espaço corporal, do sentido de disciplina e da capacidade de persistência e perseverança e de traçar estratégias.

    Ana Júlia Silva de Souza

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  • Competições, como as de futsal, estão entre as atividades desportivas oferecidas aos estudantes da escola de Palmas, com resultados importantes no processo de aprendizagem (foto: blog do CEM Castro Alves)A motivação inicial do professor de educação física Márcio Ricardo Medeiros Oliveira, ao criar um blog sobre esporte, era a de usar a internet para atrair a atenção de alunos. Três anos depois, e mais de 180 mil acessos, o blog é um sucesso entre os estudantes do Centro de Ensino Médio Castro Alves, em Palmas, Tocantins. Os resultados obtidos na aprendizagem vêm superando as expectativas.

    “É uma ferramenta que pode fazer a diferença no aprendizado dos estudantes”, diz o professor. Criado em 2009, o blog faz parte do projeto Ensino Aprendizagem, Educação em Rede, elaborado por Márcio Ricardo para servir como elo entre o conhecimento e o aprendizado, de modo a contribuir para a abertura de uma perspectiva no processo de conhecimento.

    No blog da escola, os alunos têm acesso ao conteúdo ministrado nas aulas de educação física e a todas as informações disponíveis sobre essa área, com links de acesso total ao conteúdo. Os estudantes também podem conferir notas ou faltas nos diários do professor. O processo de avaliação é feito no próprio blog, com provas postadas de acordo com cada série escolar.

    É possível encontrar, ainda, material sobre temas transversais, como drogas, sexualidade, meio ambiente e benefícios da prática esportiva. “Levar essa tecnologia para a escola foi um desafio”, explica o professor, que precisou criar mais 38 blogs, que funcionam como links do principal.

    Com licenciatura plena em educação física e bacharelado em comunicação social, com habilitação em jornalismo, Márcio Ricardo criou também um link com mais de duas mil fotos de projetos desenvolvidos por outros professores da escola, um mural de recados para os alunos e um espaço destinado aos estudantes de ensino médio, com provas e gabaritos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Hoje, todos os integrantes da escola reconhecem a importância do blog”, destaca.

    Diante do êxito, do interesse e do envolvimento manifestado pelos alunos, o professor espera dar continuidade à ação e buscar inovações que deixem o blog sempre atraente e dinâmico.

    Jogos— Márcio Ricardo também dá aulas e treinamento em basquete e futsal ao estudantes que participam dos Jogos Estudantis do Tocantins. Como a quadra de esportes não tem espaço para espectadores, a escola deu início, este mês, ao projeto Arquipet, destinado à construção de arquibancadas com o uso de garrafas plásticas (pet). O projeto prevê ainda a construção de um depósito para material esportivo, vestiário e mesas para jogos de xadrez e de tênis de mesa.

    Fátima Schenini

    Confira o blog do CEM Castro Alves

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  • Na escola brasiliense, a prática desportiva significa, para os estudantes, benefícios como disciplina, respeito às regras, desenvolvimento de qualidades físicas e melhora da autoestima (foto: blog do CEF 05)O Centro de Ensino Fundamental 05 (CEF 05) do Guará, região administrativa do Distrito Federal, a 11 quilômetros de Brasília, oferece aulas de futsal e de judô no horário oposto (contraturno) ao das aulas regulares. As atividades, inseridas como oficinas em projeto de educação integral, atendem não apenas os 480 alunos matriculados na instituição. São estendidas a crianças e adolescentes da comunidade próxima, matriculados ou não em escolas da rede pública.

    “O esporte é essencial para o desenvolvimento integral do aluno e contribui para a formação de um cidadão capaz de interagir plenamente na sociedade”, afirma a diretora da escola, Josceline Pereira Nunes. Há planos de implantação de outras oficinas, como caratê e capoeira. Com licenciatura plena em história e formação em administração escolar, Josceline está no magistério há 24 anos, 12 dos quais na direção.

    “Trabalhamos no tripé esporte, respeito e educação”, explica o professor Carlos Antônio Cândido Reis, graduado em educação física e faixa-preta de judô. Conhecido como professor Carlão, ele ensina a modalidade desde 1990. “Meu principal objetivo é mostrar que um esporte individual pode ser o mais coletivo de todos”, afirma. “Sempre há a necessidade do outro para essa prática.”

    Além das aulas, Carlão ministra palestras sobre diversos temas, como alimentação sadia, respeito aos idosos, higiene corporal e trato com os amigos. O trabalho tem bons resultados, fundamentados por relatos, feitos pelos pais, de melhoria no comportamento dos estudantes. Os alunos são registrados na Federação Metropolitana de Judô (Femeju), no ato da matrícula, e encaminhados à participação em eventos esportivos tão logo estejam em condições de competir.

    Equipe— O CEF 05 mantém uma equipe de futsal, que participa de competições, como os Jogos Escolares do Distrito Federal e os Jogos do Serviço Social do Comércio (Sesc). O principal objetivo do professor Maurício Cesar Ribeiro, responsável pelas oficinas de futsal, é aprimorar as táticas da modalidade e as qualidades físicas e técnicas dos estudantes, além de promover o bem-estar geral.

    Para Maurício, que tem 18 anos de magistério, a prática desportiva significa, para os estudantes, benefícios como disciplina, respeito às regras, desenvolvimento de qualidades físicas e melhora da autoestima. Graduado em educação física, com pós-graduação em fisiologia do exercício, o professor tem recebido relatos de colegas de outras disciplinas sobre melhor rendimento escolar dos alunos que praticam esportes na escola.

    Também professora de educação física, Sheyla de Castro Félix dá aulas a dez turmas de sexto ano do CEF 05. No aprendizado das regras desportivas, ela aponta uma forma de o estudante estabelecer correlação com as regras sociais. “Aprender a ganhar e a perder são conceitos primordiais para o crescimento e o amadurecimento do indivíduo”, ressalta Sheila, que tem pós-graduação em esporte educacional.

    Interclasse— A escola brasiliense aproveitou a realização das Olimpíadas de Londres para promover uma miniolimpíada escolar. Os Jogos Interclasse foram realizados na primeira semana de julho e na primeira de agosto. A atividade incluiu competições de futsal, basquete, queimada, handebol e atletismo, além de trabalhos interdisciplinares, com a participação de professores de educação física, artes, história, geografia e inglês.

    “Cada turma da escola escolheu um país dos cinco continentes, como os que participam das Olimpíadas, para representar no campeonato”, revela Sheyla. Os professores de educação física ficaram responsáveis pela organização e arbitragem dos jogos. “Sempre promovemos eventos esportivos na escola, e quando temos oportunidade também participamos de campeonatos ou atividades esportivas em outras instituições, para estimular a prática de esportes entre nossos alunos”, explica a professora.

    Fátima Schenini

    Confira o blog do CEF 05 do Guará

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  • As aulas de judô estão entre os principais atrativos do projeto esportivo desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Anísio Teixeira, em Ariquemes (RO). A escola também oferece aulas de futsal, handebol, vôlei, xadrez e caratê aos 1.470 alunos matriculados em turmas da educação básica regular e da educação de jovens e adultos.

    “Vários estudos comprovam que crianças e adolescentes praticantes de esportes e fisicamente ativos têm a capacidade de aprender sensivelmente melhorada. Isso por si só já justifica o esporte na escola”, afirma Lucas Henrique da Silva, professor de judô desde o ano 2000. Ele é voluntário do projeto Judô Anísio desde 2011. Lucas revela, no entanto, a existência de outros fatores influenciados pelo esporte no ambiente escolar, que incluem a melhoria nas relações sociais entre os alunos, o controle da agressividade e a percepção da autoimagem, além de aspectos relacionados à saúde.

    De acordo com Lucas, embora o judô seja uma modalidade individual, é possível verificar o espírito de grupo que se cria entre os alunos quando passam a integrar equipes em viagens para participar de competições. “Os alunos passam a se relacionar de forma mais próxima e fraterna e criam vínculos de amizade mais sólidos”, relata. De acordo com o professor, isso deixa os estudantes predispostos a cumprir tarefas que se apresentem como condições para manter a equipe integrada.

    Lucas entende que a prática do esporte está intimamente ligada às competições. Para alguns alunos, segundo ele, as competições são fatores de motivação. Para outros, são vistas como meios de superação de limites, de desafio pessoal. “A competitividade, quando estimulada na medida certa, sem excessos e na idade correta, é importante ferramenta de educação emocional, que visa a desenvolver no indivíduo a capacidade de controle emocional e dos níveis de ansiedade, coragem, cautela, ponderação e reflexão”, avalia o professor, que tem licenciatura em educação física.

    Desenvolvimento — Na visão de Selma Cristina Dionísia, que dirige a escola há dez anos, a prática esportiva como instrumento educacional visa ao desenvolvimento integral dos alunos. “Implantamos o esporte na escola para atrair o estudante na busca da aprendizagem e para que realmente possamos desenvolver o aluno plenamente”, diz. Bem recebido pela comunidade, o projeto esportivo desenvolvido na escola Anísio Teixeira tem participação de estudantes de outras instituições de ensino.

    Para Selma, o esporte capacita os alunos a lidar com as necessidades, desejos e expectativas. Dessa forma, eles podem desenvolver as competências técnica, social e comunicativa, essenciais ao processo de crescimento individual e social. Ela considera o esporte essencial na educação, pois não só contribui para que o aluno alcance diferentes maneiras de aprender um movimento, mas para se integrar ao meio social. “É um aprendizado que serve para diversos momentos na vida”, diz Selma. Há 22 anos na área da educação, ela tem licenciatura em pedagogia e pós-graduação em gestão escolar.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor e no blogue da EEEFM Anísio Teixeira

  • Rachel Batista, de 31 anos, professora de Educação Física no Instituto Federal do Amazonas (IFAM), tem transformado a vida de um grupo de estudantes por meio do esporte adaptado, no município de Tefé, cidade localizada a 520 quilômetros de Manaus.

    Após vivenciar episódios e até ocorrências de bullying envolvendo um de seus alunos com deficiência visual, a professora lançou como desafio aos estudantes a prática de novas modalidades esportivas.

    "A gente percebe que o aluno que está sendo motivo dessas brincadeiras fica mal. A princípio eu mostrei todo o esporte paraolímpico, e dentre todos, nós escolhemos o futebol de 5, a bocha, o golbol, atletismo (corrida)”, disse a docente.

    Motivada pelo interesse dos alunos em torno das temáticas do esporte adaptado, Rachel foi em busca de conhecimento. Logo, ela descobriu que havia um curso em Manaus, ministrado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, em parceria com o Ministério da Educação, voltado exatamente para docentes interessados em desenvolver atividades esportivas com pessoas com deficiência.

    “Tive que sair de barco daqui de Tefé. São dois dias e meio pra poder chegar em Manaus. Foi complicado porque a gente fica na expectativa: será que vou chegar a tempo? Será que vou conseguir me inscrever?”, relatou.

    Deu tudo certo e a professora Rachel acredita ter sido uma das experiências mais exitosas em sua trajetória como docente. “Conseguimos rever totalmente a nossa metodologia no sentido de facilitar essa interação. Ajudou na própria reorganização do planejamento de aula e isso foi com certeza um grande aprendizado."

    Com o desenvolvimento das atividades, Rachel notou que a dinâmica entres os alunos estava mudando. Principalmente em relação à convivência com o colega com baixa visão.  

    Depois do primeiro curso feito pela professora, há quatro anos, no terreno do esporte adaptado, o trabalho desenvolvido por ela foi sendo aperfeiçoado. E o que antes tinha o objetivo de acolher apenas um aluno com deficiência visual, acabou ampliado para atender estudantes também com deficiência auditiva e autistas.

    Outros professores e alunos, inclusive aqueles sem deficiência, passaram a demonstrar interesse, por exemplo, pela Linguagem Brasileira de Sinais (Libras).

    Saiba mais – A história da professora Raquel Batista é o tema da edição desta sexta-feira, 21 de junho, do programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Estudantes da rede pública de ensino terão, a partir deste ano, mais contato com um esporte que alia o vigor físico à concentração, o taekwondo. Para agradecer o apoio ao desenvolvimento do esporte nas escolas brasileiras, o embaixador da Coréia do Sul no Brasil, Kyu Hyung Cho, fez uma visita ao Ministério da Educação nesta quinta-feira, dia 16.


    O ministro recebeu um quimono e uma faixa preta do grão-mestre Yong Min Kim, da Confederação Brasileira de Taekwondo (Foto: Julio Céasr Paes)Segundo o ministro Fernando Haddad, a prática do esporte pode ajudar a melhorar o desempenho dos alunos brasileiros, assim como ocorre com os sul-coreanos, que em sua maioria o praticam desde cedo. O embaixador Kyu Hyung Cho, que entregou a Haddad uma placa de reconhecimento do governo sul-coreano, considera positiva a política para difundir a modalidade. “Além de proporcionar saúde e vigor, o taekwondo é bom para a saúde mental e ajuda os estudantes a ter mais ordem e disciplina”, destacou.


    Nas escolas públicas brasileiras, o esporte será difundido por meio do programa Mais Educação, que amplia o tempo e o espaço educacional dos estudantes. De acordo com a diretora de educação integral da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), Jaqueline Moll, o MEC tem condições de repassar recursos para até cinco mil escolas que queiram aderir ao programa e oferecer o taekwondo. A verba será destinada à compra do material necessário, como tatames, quimonos e capacetes.


    O grão-mestre Yong Min Kim, representante da Confederação Brasileira de Taekwondo, entregou ao ministro uma proposta para ajudar a difusão do taekwondo nas escolas. De acordo com o projeto, professores e monitores seriam capacitados pela própria confederação para oferecer a prática do esporte.

    Letícia Tancredi

  • A ênfase do esporte na escola catarinense está, principalmente, na parte lúdica e recreativa para que os estudantes possam interagir e construir atitudes de respeito, companheirismo e solidariedade (foto: catracalivre.com.br)No município catarinense de Videira, a Escola de Educação Básica Municipal Joaquim Amarante estimula as práticas esportivas entre os alunos. Os mais de 500 estudantes matriculados têm oportunidade de praticar basquete, vôlei, futsal, capoeira e tênis de mesa.

    “O esporte ajuda na interação e na sociabilidade entre os alunos e permite que conheçam e respeitem as diferenças e aprendam a importância do trabalho em equipe”, salienta a pedagoga Maria Lúcia Deluque Altenhofen, que dirige a escola há seis anos. “Os benefícios são físicos e psicológicos. Além de fortalecer ossos e músculos, a prática de esportes ajuda na concentração e na coordenação motora.”

    Maria Lúcia acredita que o esporte amplia o conceito de coletivo e, consequentemente, auxilia na realização de trabalhos em equipe, estimula a competitividade e ensina o respeito às regras. Na visão da diretora, que está há 24 anos no magistério, a participação em competições e em outros eventos é essencial para que os estudantes, além de representar a instituição, interajam com outros grupos e, assim, ampliem a ideia de socialização e fortaleçam a de cooperação. “Com a participação dos alunos em competições, a escola visa sempre ao trabalho em equipe e ao desenvolvimento físico e psicológico”, explica.

    De acordo com Maria Lúcia, até 2013, eram oferecidas atividades esportivas somente durante as aulas de educação física, com a realização, por voluntários, de projetos de basquete e de futsal, no contraturno. Com a adesão ao programa Mais Educação, a partir deste ano, a escola passou a oferecer oficinas que incluem atividades esportivas, pedagógicas e de lazer. A instituição aderiu também ao programa Atleta na Escola, com opção pelo vôlei.

    Solidariedade — “O oferecimento de atividades esportivas pela escola possibilita aos alunos experimentar diferentes modalidades”, diz Sabrina do Amaral, professora de educação física. Segundo ela, a ênfase do esporte na escola não está no rendimento profissional, mas na parte lúdica e recreativa. Isso possibilita a crianças e adolescentes interagir, compartilhar momentos de socialização e cooperação e construir atitudes de respeito, companheirismo e solidariedade.

    Para a professora Dulcilene Araújo Marinho, que também leciona educação física, os alunos, com a prática de esportes, aprendem não apenas a competir: “Aprendem ainda que para ser o primeiro, continuar nas competições e ter um bom rendimento é preciso ter metas, responsabilidade, força de vontade e interesse”, destaca.

    Este ano, a escola conquistou o primeiro lugar na competição de vôlei dos Jogos Intercolegiais e obteve o quarto lugar entre as escolas participantes dos Jogos Estaduais.

    Os resultados observados com a prática de esportes pelos estudantes têm sido positivos. “É visível a mudança de comportamento e de atitudes, pois eles aprendem a respeitar regras e a trabalhar em equipe”, justifica Dulcilene.

    Fátima Schenini

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  • Descobrir talentos para a prática da canoagem é uma das propostas do projeto desenvolvido no campus de Muzambinho do IF Sul de Minas (foto: arquivo do professor Thales Bianchi)Defensor das atividades esportivas na escola, o professor Thales Teixeira Bianchi, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, campus de Muzambinho, tem a convicção de que as atividades esportivas contribuem para o desenvolvimento físico, social e mental de crianças e adolescentes. “Os estudantes aprendem a seguir regras e a assumir responsabilidades dentro de uma equipe, a conviver em grupo, com formas diferentes de pensar, e a lidar com derrotas e vitórias, que são comuns no dia a dia”, destaca.

    Com graduação em educação física e pós-graduação em treinamento esportivo, Thales está há 12 anos no magistério. Segundo ele, além das aulas oferecidas aos próprios alunos, o campus de Muzambinho participa de atividades de iniciação esportiva de crianças expostas a risco social, como os programas Segundo Tempo e Minas Olímpica Geração Esporte, subsidiados pelos governos federal e estadual.

    Técnico de canoagem pela confederação brasileira da modalidade, a CBCa, Thales coordena o projeto Canoagem. Os atletas têm participado de diversas competições, como o 1º Festival Brasileiro de Canoagem da Juventude 2012 (conquistaram o segundo e o terceiro lugares na categoria caiaque velocidade); o Australian Youth Olympic Festival 2013 (33º lugar, também em caiaque velocidade); a seletiva nacional para os Jogos Sul-Americanos da Juventude 2013 (quarto e quinto lugares na mesma categoria).

    Segundo Thales, o campus de Muzambinho mantém parceria com a CBCa e com a Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento (Snear) do Ministério do Esporte, que mantém no local um núcleo de alto rendimento de canoagem de velocidade. “O objetivo é descobrir talentos para a prática da modalidade em nossa região”, revela. “É importante que os alunos participem de competições e de outros eventos esportivos para vivenciar uma nova realidade e conhecer uma nova cultura”, diz o professor. A seleção é feita de acordo com os níveis que o aluno alcança durante os treinamentos.

    Comportamento — Entre os benefícios observados com os estudantes que participam dos eventos esportivos, Thales cita a integração com pessoas e o respeito à hierarquia dentro de uma equipe de competição. “É possível verificar que o comportamento dos alunos que integram equipes e participam de treinamentos e competições é bem diferente frente a outros alunos”, analisa. De acordo com o professor, atitudes de respeito, responsabilidade e preocupação com a conservação de materiais ficam evidenciadas no dia a dia.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor e na página do IF Sul de Minas na internet

  • Na escola gaúcha, a prática do hóquei sobre grama motivou os alunos, o que levou ao aumento da frequência escolar e consequente melhora no desempenho de cada um (foto: arquivo do professor Diego Model)O propósito de ampliar o número de modalidades esportivas oferecidas nas aulas de educação física levou o professor Diego Telles Model, do município gaúcho de Igrejinha, a pesquisar alternativas para diversificar as atividades físicas desenvolvidas pelos alunos. O professor, que dá aulas a turmas do quarto ao nono ano do ensino fundamental na Escola Municipal Vila Nova, acredita que as modalidades alternativas, além de proporcionar melhor desenvolvimento motriz, torna o aprendizado mais lúdico.

    Assim, em 2009, após pesquisa, Diego passou a desenvolver, com os alunos, projeto que incluía croquet, manbol, tchoukball, ultimate frisbee e quimbol. As atividades continuam, agora com as turmas do oitavo e do nono anos, com rotação de modalidades.

    Naquela época, surgiu o interesse pelo hóquei. Após participar de curso de formação na Confederação Brasileira de Hóquei sobre Grama (CBHG) e conseguir a doação de tacos, Diego deu início ao trabalho. As atividades começaram nas aulas de educação física. Logo, devido ao interesse demonstrado pelos estudantes, o professor resolveu oferecer a modalidade também em escolinhas. “Em 2010, as atividades contavam com cerca de 20 alunos, com idade entre 11 e 16 anos”, afirma.

    Com o passar do tempo e maior divulgação, o projeto cresceu. Os estudantes começaram a participar de competições, com bons resultados. Em 2012, conquistaram o primeiro lugar no campeonato brasileiro sub-17, feminino. “Em 2013, passamos a atender mais alunos e de outras escolas”, diz o professor. “Os pais começaram a ficar mais próximos, participando dos treinos e ajudando nas demais necessidades.”

    Ampliação — Segundo Diego, há a possibilidade de ampliar o projeto este ano, pois a Federação de Hóquei sobre Grama do Estado do Rio Grande do Sul (Fhers) desenvolveu curso de capacitação e liberou material para o esporte ser divulgado nas demais escolas municipais.

    Diego explica que o hóquei é estudado e praticado nas aulas de educação física a partir do quinto ano. Quem tem interesse, pode participar do grupo, às quartas e sextas-feiras, no contraturno. Nas manhãs de sábado, o projeto atende ex-alunos, estudantes de outras escolas e a comunidade em geral.

    O professor tranquiliza alguns pais, que associam a modalidade ao hóquei no gelo e, consequentemente, imaginam um esporte agressivo e violento. As regras do hóquei sobre grama e indoor visam à preservação dos jogadores e punem a violência severamente.

    Divulgação — De acordo com o professor, há também um projeto-piloto de hóquei de rua. “Os alunos levam o material para jogar em local público; quem quiser aprender é convidado a participar”, afirma. “É uma iniciativa dos alunos para divertimento e divulgação da modalidade.”

    Entre os resultados da prática do hóquei sobre grama, o professor cita o aumento da frequência escolar e a consequente melhora no desempenho, além da aproximação das famílias com a escola, por meio do projeto. “Sem dúvida, os maiores ganhos percebidos aconteceram em fatores psicossociais, como responsabilidade, companheirismo, respeito às diferenças, liderança, trabalho em equipe, integridade e a comunicação”, enumera.

    Outros pontos importantes, para Diego, são a promoção da igualdade, o desenvolvimento do espírito esportivo, da autodescoberta e da autoafirmação. Ele cita também a noção maior de espírito de solidariedade e respeito pelo semelhante e de virtudes como autocontrole, fair-play e respeito às regras.

    O professor ressalta, ainda, os ganhos do ponto de vista do desenvolvimento global das crianças. “O hóquei exige movimentação intensa e constante de todos os jogadores e trabalha com todos os músculos do corpo”, assegura. Graduado em educação física, com pós-graduação em metodologias de ensino e gestão da educação, Diego está no magistério há dez anos.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor e no blogue da EM Vila Nova

  • Atividades esportivas, como vôlei, são oferecidas aos estudantes para desenvolver o espírito de cooperação e a disciplina, incentivar o trabalho coletivo e ampliar a noção de igualdade socioeconômica (foto: arquivo do IF do Espírito Santo)O professor de educação física Danilo Abdala tem a convicção de que a prática do esporte aumenta a capacidade cognitiva e resulta em benefícios à vida dos estudantes. Professor e técnico de voleibol, há 27 anos, no câmpus de Vitória do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo, ele discorda da tese segundo a qual o esporte provoca dispersão de concentração e, consequentemente, reduz o rendimento nos estudos.

    A posição do professor foi defendida na tese de mestrado em ciências do movimento humano A Associação do Treinamento Desportivo e o Rendimento Educativo dos Alunos do Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo. Durante um ano, Abdala acompanhou o desempenho de 70 estudantes que praticavam esportes rotineiramente e de outros 70 alunos que não tinham interesse nessa atividade. Na tese, ele comprova que o esporte, além de aumentar a capacidade cognitiva dos estudantes, os estimula a se envolver com o ambiente escolar. Muitas vezes, por permanecerem mais tempo na escola. “Se o aluno tem aulas de manhã e treina à noite, não volta para casa à tarde; permanece na biblioteca”, explica.

    Segundo Abdala, que tem doutorado em educação, as atividades esportivas também ajudam a desenvolver o espírito de cooperação e a disciplina, incentivam o trabalho coletivo e ampliam a noção de igualdade socioeconômica. “Na quadra, não há desigualdades entre os alunos”, ressalta.

    Na avaliação do professor, o esporte contribui para elevar a autoestima. “Nos jogos regionais, todos os atletas ficam no mesmo hotel e se alimentam da mesma comida”, destaca. “Isso aumenta a autoestima.”

    Abdala dá aulas de voleibol a estudantes das três séries do ensino médio e de graduação. Equipe por ele dirigida conquistou, em 2010, o título de campeã brasileira em competição nacional que envolve os institutos federais e tem se destacado também em competições da região Sudeste.

    O professor, no entanto, revela que o instituto capixaba não pretende ser referência no vôlei. “Nosso objetivo é levar o aluno a participar das competições e representar bem a escola”, afirma. “Mas nosso parque esportivo é muito bom, e a escola dá um grande apoio ao esporte.”

    Ana Júlia Silva de Souza


    Confira a página do Instituto Federal do Espírito Santo na internet

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  • A conquista do título de vice-campeã de futsal na etapa nacional dos Jogos Escolares de 2011 deixou orgulhosos os integrantes da Unidade Escolar Raul Sérgio, de ensino fundamental e médio, no município de Simões, sudeste do Piauí. Pela primeira vez, o estado passava à etapa final nacional dos jogos e subia da primeira divisão para a divisão especial.

    “Quando há empenho, as coisas acontecem, independentemente da estrutura da escola, do município ou do estado em que ela se encontra”, enfatiza a diretora da instituição, Maria Aparecida de Carvalho e Silva.

    Segundo a diretora, a prática de esportes pode resultar em muitos benefícios para a vida dos estudantes, tanto intelectuais e sociais quanto para a saúde, de modo geral. Com 35 anos de magistério, cinco dos quais na direção, Maria Aparecida se diz apaixonada pelo trabalho. Ela é formada em letras, com habilitação em línguas portuguesa e inglesa e respectivas literaturas.

    Na visão do professor Tarcísio Alves Carvalho, conquistar títulos com a equipe é motivo não apenas de orgulho. Significa compromisso, competência, e empenho de todos. “O título foi fruto de um treino muito intenso e de muito suor”, avalia. Graduado em educação física, com sete anos de magistério, Tarcísio revela que a conquista tem motivado os estudantes na busca de novas vitórias.

    O fato de a escola obter destaque no esporte tem atraído novos alunos. Além das aulas práticas realizadas no período da disciplina de educação física, a escola oferece treinos técnicos e táticos de futsal e de handebol feminino no turno oposto ao das aulas regulares (contraturno). De acordo com o professor, a prática de futsal desenvolve e aprimora as habilidades do desporto, melhora a disciplina e o espírito de grupo. “Faz bem para a saúde e, consequentemente, para a vida”, ressalta.

    Habilidades — Em Sorocaba, no interior de São Paulo, a Escola Estadual Professor Dionysio Vieira também estimula a prática de esportes. A instituição, que tem 1.850 alunos matriculados, do sexto ao nono ano do ensino fundamental, oferece treinamento nas modalidades de futsal, basquete, vôlei, handebol, xadrez e tênis de mesa como parte integrante de atividades extracurriculares, em horário diferente do estabelecido para as aulas de educação física.

    De acordo com o diretor da escola, Mozart Galdino Barros, o objetivo é ajudar, por meio da prática de esportes, os estudantes a desenvolver as habilidades motoras e estimular a socialização e o senso de cooperação e equipe. Separados por faixa etária, todos os alunos podem participar das atividades de treinamento esportivo. “A escola tem várias equipes esportivas”, revela o professor de educação física Eduardo Santos Ribeiro.

    Fátima Schenini

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