Recife, 23/2/2017 – Durante a agenda em Pernambuco, o ministro da Educação, Mendonça Filho, assinou a liberação de mais de R$ 6 milhões para a restauração do Palácio da Faculdade de Direito do Recife. A obra é considerada emergencial e inclui ações de conservação e restauro, beneficiando, ao fim, mais de 1,5 mil alunos da instituição. Essa liberação atende a execução da primeira parte da quinta etapa.
“Recuperar o prédio da Faculdade de Direito é muito importante, pois ele é um patrimônio histórico do Recife e do Brasil”, ressaltou Mendonça Filho. “É uma instituição das mais respeitadas do país, com reconhecimento internacional, e que terá a sua recuperação garantida a partir dessa nossa iniciativa. “Com essa recuperação, vamos proporcionar um espaço para as aulas de direito, no centro da cidade, digno, decente e seguro para todos os estudantes, professores e servidores”.
O curso de direito da Faculdade de Direito do Recife (FDR) é o mais antigo do país. Foi criado em 11 de agosto de 1827 por um decreto imperial, juntamente com a Faculdade de Direito de São Paulo. Teve sua primeira sede no Mosteiro de São Bento, em Olinda. Em 1854, foi transferido para a capital do estado, finalmente incorporando-se à Universidade do Recife em 1946, ano de surgimento da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Atualmente, o prédio da Faculdade de Direito é mantido pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ligado ao Centro de Ciências Jurídicas (CCJ). O edifício foi construído por José de Almeida Pernambuco e ocupa uma área de 3,6 mil m². Seu projeto arquitetônico, com predominância do estilo neoclássico, é de autoria do arquiteto francês Gustave Varin.

Obras – O reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Anísio Brasileiro, destaca que os recursos serão fundamentais para melhorar a faculdade. “A Faculdade de Direito do Recife é um símbolo do direito brasileiro”, lembrou.
Nesta fase, serão restaurados o forro do anfiteatro B (atual nº 5), a fachada sudoeste (lado da rua do Riachuelo), com sua torre do relógio e campanário, abóbada e forros sobre os ambientes do acervo da biblioteca e esquadrias da fachada noroeste. O atual projeto atualizará e complementará projetos executivos produzidos nos anos de 2004 e 2010.
A fachada a ser recuperada na atual etapa da obra e os ambientes restantes do primeiro projeto acumulam problemas provenientes da oxidação das ferragens e desprendimento dos elementos decorativos. Isso tem se agravado ao longo dos anos e vem expondo a comunidade universitária a riscos de acidentes, bem como a infiltrações em períodos de chuva, o que compromete o acervo da biblioteca, onde constam diversas obras raras.
Assessoria de Comunicação Social