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  • O investimento em tecnologias para a correção do fluxo escolar é uma resposta do Ministério da Educação aos pedidos formulados pelos municípios nos planos de ações articuladas em 2007 e 2008 (Foto: João Bittar)Mais de 680 mil estudantes do ensino fundamental que estão em séries ou anos incompatíveis com a idade receberão atendimento específico durante o ano letivo de 2010, até superar a defasagem. Para vencer esse obstáculo em escolas de 1.147 municípios, o Ministério da Educação vai investir cerca de R$ 78 milhões.

    A correção do fluxo escolar será feita com o uso de tecnologias educacionais desenvolvidas pelos institutos Ayrton Senna e Alfa e Beto e pelo Grupo de Estudos sobre Educação, Metodologia de Pesquisa e Ação (Geempa). Todas elas pré-qualificadas pelo MEC.

    No conjunto, as três entidades vão atender instituições de ensino dos 26 estados que pediram ajuda tecnológica para enfrentar o problema. Essas escolas registraram baixos índices de desenvolvimento da educação básica (Ideb) em 2005 e 2007. A média nacional do Ideb em 2005 foi de 3,8 pontos e em 2007, de 4,2 pontos, numa escala até dez.

    De acordo com o coordenador-geral de tecnologias da educação da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Raymundo Carlos Machado Ferreira Filho, o Instituto Ayrton Senna será responsável pelo atendimento a 505 municípios e a 276,3 mil alunos. A tecnologia usada será o programa Acelera, Brasil. O Instituto Alfa e Beto vai atender 402 municípios e 275,9 mil estudantes com a tecnologia Programa de Correção de Fluxo Escolar. O Geempa estará em 240 municípios para atender 131 mil alunos com a tecnologia Correção de Fluxo Escolar na Aprendizagem. Os institutos e o Geempa trabalharão um ano e meio com as escolas.

    Etapas— A primeira etapa, já iniciada, é de formação e capacitação dos gestores das escolas a serem atendidas e dos professores das classes dos alunos com defasagem de idade em relação à série ou ano. A capacitação, com calendários diferenciados, deve ser concluída até fevereiro do próximo ano. A segunda fase será a de acompanhamento das atividades dos professores nas salas de aula e de avaliação do processo durante o ano letivo de 2010. A última etapa é a entrega dos resultados ao MEC.

    Ao investir na correção de fluxo escolar, o Ministério da Educação espera, segundo Raymundo Ferreira, que ao final de 2010 os estudantes sejam integrados à série ou ano correspondente à idade. O segundo resultado esperado é o aumento do Ideb nas escolas atendidas. A aferição será feita com a aplicação da Prova Brasil, em 2011.

    O investimento na aplicação de tecnologias na correção do fluxo escolar é uma resposta do Ministério da Educação aos pedidos formulados pelos municípios nos planos de ações articuladas (PAR), em 2007 e 2008. São prioritários os municípios com baixo Ideb.

    Ionice Lorenzoni
  • A maior taxa de evasão revelada pelo Censo Escolar entre 2014 e 2015 foi de 12,7% dos alunos matriculados na primeira série do ensino médio, seguida por 12,1% dos matriculados na segunda série. A terceira maior taxa de evasão é no nono ano ensino fundamental, que registrou 7,7%. Os números fazem parte dos indicadores de fluxo escolar na educação básica, divulgados pela primeira vez pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), nesta terça-feira, 20.

    A terceira série do ensino médio teve 6,7% de evasão, que chegou a 11% do total de alunos nessa etapa de ensino. A metodologia que tornou possível esse levantamento, feito a partir do acompanhamento longitudinal da trajetória dos estudantes, completa 10 anos, e os resultados foram apresentados durante o seminário 10 Anos de metodologia de coleta de dados individualizada dos censos educacionais, realizado pelo Inep.

    Os números inéditos representam um grande avanço no monitoramento da educação e na condução das políticas públicas e só são possíveis a partir da coleta de dados individualizados, adotada pelo Censo Escolar desde 2007, e que permitiram um acompanhamento do estudante ao longo de sua trajetória escolar. Uma das principais contribuições é a possibilidade de acompanhar os indicadores de todo o território nacional.

    A série histórica revela, em todas as etapas de ensino, uma queda progressiva na evasão escolar de 2007 a 2013, mas o comportamento se altera em 2014, quando as taxas aumentam. A evasão é maior nas escolas rurais, em todas as etapas de ensino. O estado do Pará tem a mais alta taxa de evasão em todas as etapas de ensino, chegando a 16% no ensino médio.

    Migração – A migração para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) é mais expressiva ao final do ensino fundamental, quando chega a 3,2% e 3,1%, no sétimo e oitavo anos, respectivamente. Em relação à rede de ensino, a migração é maior na rede municipal dos anos finais do ensino fundamental, quando alcança uma taxa de 3,8%. Já no ensino médio, a migração é mais expressiva na rede estadual de ensino, com 2,2%.

    Já os indicadores de promoção e repetência não são inéditos, mas pela primeira vez são divulgados com detalhamento para todo o território nacional. É possível, por exemplo, observar as taxas de cada unidade da Federação e município. Entre 2014 e 2015, a repetência na primeira série do ensino médio chega a 15,2%. O índice também é alto no sexto ano do ensino fundamental, com taxas de 14,1% de repetência.

    Rendimento – Os indicadores de rendimento se referem à situação final do aluno ao final de um período letivo declarada no Censo Escolar, podendo o mesmo ser aprovado, reprovados ou ter abandonado a escola durante aquele ano letivo. Já os indicadores de fluxo escolar avaliam a transição do aluno entre dois anos consecutivos considerando os seguintes cenários possíveis: promoção, repetência, migração para EJA e evasão escolar.

    O Seminário 10 Anos da Metodologia de Coleta de Dados Individualizados dos Censos Educacionais faz parte das comemorações dos 80 anos de fundação do Inep e será encerrado nesta quarta-feira, 21, em Brasília.  A programação envolve debates sobre os ganhos informacionais com a mudança da metodologia de coleta de dados, a potencialidade de uso das bases de dados estatísticos e os desafios futuros.

    Nesta quarta-feira, 21, o Inep reapresentará os indicadores de trajetória do discente da educação superior, divulgados no Censo da Educação Superior 2015, além de divulgar dados inéditos sobre a remuneração média dos docentes da educação básica.

    Assessoria de Comunicação Social 

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