Para promover a inclusão das pessoas com deficiência no contexto escolar, o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) recebe, neste sábado, 23, os Leões Brancos, equipe de futebol composta por atletas com diferentes graus de paralisia cerebral. A programação busca discutir as possibilidades esportivas e profissionais para essas pessoas.
Das 8h às 10h haverá uma palestra, seguida de bate-papo no auditório, e das 10h às 12h serão apresentados, no campo soçaite, o futebol de 7, formação praticada por atletas com paralisia cerebral, e a bocha paraolímpica. As atividades serão realizadas no campus 1, no bairro Nova Suíça, em Belo Horizonte.
Os Leões Brancos são apoiados pelo Cefet-MG, por meio de projeto de extensão, e treinam regularmente no campo soçaite da instituição. A equipe foi convocada para participar da segunda divisão do campeonato brasileiro da modalidade. Esta é a segunda vez que participam do campeonato e, na primeira, em 2017, ficaram em sétimo lugar. A expectativa agora é de que os leões fiquem entre as cinco melhores equipes da modalidade. Para participar da competição, A Associação Mineira de Paradesporto (AMP) está promovendo uma campanha de arrecadação via internet, por meio da página Vakinha. As doações são para custeio dos gastos com a viagem dos atletas e pode ser feita por boleto bancário ou cartão de crédito.
A professora Dallila Tâmara Benfica é quem coordena a ação extensionista no Cefet-MG, que prevê, em parceria do Departamento de Educação Física e Desporto (Defisd) com a AMP, o uso do campo soçaite para treino dos atletas às terças à noite e aos sábados pela manhã. Dallila explica que entre as metas do projeto de extensão está a inclusão de estudantes do Cefet-MG nos treinos e a divulgação do esporte paraolímpico para a comunidade.
O resultado da parceria tem sido animador. “Os atletas são muito comprometidos com os treinos, inclusive saindo de bairros distantes para participar. O ganho motor dos atletas é visível, porém são imensuráveis os ganhos emocionais, psicológicos e sociais que eles têm. O esporte tem sido transformador da vida desses atletas”, comemora a professora.
A presidente da AMP, Lina Vitarelli, conta que a equipe foi formada em 2015 e, antes da parceria com o Cefet-MG, treinava em uma quadra pública. Eram comuns os casos em que os atletas chegavam ao local e a quadra já estava ocupada. “Não conseguíamos manter o ritmo de treino desejado. Agora, com a regularidade dos treinos no Cefet-MG, há um desenvolvimento maior da modalidade, dando aos atletas melhor condicionamento de jogo”, garante.
Outro ganho com a ação extensionista foi o aumento do número de atletas. Antes da parceria a equipe era composta de, no máximo, oito atletas. Hoje são 14. “Quando um pai leva o seu filho para treinar na estrutura do Cefet-MG, isso dá a ele mais confiança, segurança e credibilidade no trabalho que é feito”, avalia Lina.
Sete – O futebol de 7 é praticado por atletas das classes menos afetadas por paralisia cerebral e que não usem cadeira de rodas. Cada time tem sete jogadores e cinco reservas. A partida tem dois tempos de 30 minutos, com um intervalo de 10 minutos. Não existe regra para impedimento e a cobrança lateral pode ser feita com apenas uma das mãos, rolando a bola no chão.
Acesse a página Vakinha, para contribuições
Assessoria de Comunicação Social, com informações do Cefet-MG