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  • Para ampliar o debate sobre história e cultura afro-brasileiras nas escolas, o Ministério da Educação apoia o projeto Conhecendo Nossa História: Da África ao Brasil, da Fundação Palmares, instituição vinculada ao Ministério da Cultura. Dentro das atividades do projeto, multiplicadores participam em Brasília, nesta terça-feira, 18, e quarta-feira, 19, de uma capacitação para aplicar os conteúdos dos mais de 40 mil kits que estão sendo distribuídos em 16 cidades de todas as regiões do país.

    O objetivo é dar subsídio aos profissionais da educação para que possam levar a história e a cultura afro-brasileiras para as salas de aula. A maior parte dos multiplicadores é composta de professores com experiência curricular com o tema.

    Para Rita Potiguara, diretora de políticas de educação do campo, indígena e para as relações étnico-raciais do MEC, os multiplicadores têm um importante papel na realização do projeto. “Nossa intenção é que se discutam as relações étnico-raciais, conhecendo as políticas desenvolvidas pelo MEC como também pelos diversos entes federados, como os órgãos locais de cultura e representações da Fundação Palmares, além de secretarias de educação e universidades”, explica a diretora.

    O projeto visa conscientizar estudantes sobre a importância do respeito às diferenças e do combate ao preconceito, ao racismo, à discriminação e à intolerância religiosa. O kit conta com o livro O que você sabe sobre a África, que trata da trajetória do povo afro-brasileiro. O material tem ainda uma revista com passatempos com a mesma temática. O material foi adquirido pela Fundação Palmares. Ao MEC coube o apoio pedagógico do projeto e do material.

    O presidente da Fundação Palmares, Erivaldo Oliveira, afirmou que não há possibilidade de se promover nenhuma mobilidade social sem educar as pessoas. Ele ressaltou a importância das parcerias entre os órgãos de cultura e de educação. “Este projeto é nosso carro-chefe. Estamos viajando pelo país, mostrando que é possível reduzir o preconceito e a intolerância, que ainda se manifestam com força nas escolas e em nossa sociedade”, destacou.

    O kit será distribuído inicialmente nas cidades de Salvador e Santo Amaro (BA), Maceió e União dos Palmares (AL), Campina Grande e João Pessoa (PB), Macapá (AP), São Gonçalo – a confirmar – e Paraty (RJ), Belo Horizonte e Ouro Preto (MG), Vila e Cariacica (ES), Porto Alegre e Pelotas (RS), Florianópolis e Campo Grande.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Ministério da Educação lançou nesta sexta-feira, 21, os livros Síntese da coleção História Geral da África e História e cultura africana e afro-brasileira na educação infantil. A iniciativa é uma parceria da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC com a Unesco no Brasil, no âmbito da lei nº 10.639 de 2003, que determina a inclusão de conteúdos sobre a história da cultura afro-brasileira e africana na educação básica nos sistemas de ensino.

    Durante as comemorações do Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, o ministro da Educação, Henrique Paim, afirmou que é preciso investir mais em ações concretas na luta contra o preconceito. Segundo ele, o lançamento desses dois volumes pedagógicos representa um grande legado para o país.

    Serão distribuídos inicialmente 86 mil livros para as escolas da rede pública. A intenção é que esse material sirva de subsídio para os professores em sala de aula. O MEC ainda estuda ampliar a oferta de livros para o ensino fundamental e médio.

    Incentivo à cultura –A segunda edição do Festival Curta Histórias foi lançada também nesta sexta-feira, 21.Esta é uma premiação voltada aos alunos matriculados na educação básica da rede pública de ensino de todo o país. O tema deste ano é personalidades negras. Cada escola poderá inscrever apenas um vídeo, produzido por uma equipe formada por um professor ou educador responsável e até cinco alunos.

    A secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC, Macaé Evaristo, reforçou a necessidade de ações que ajudem a engajar os jovens brasileiros. “Queremos dar voz à juventude, porque temos certeza que eles têm muito a dizer”, afirmou.

    Esta iniciativa visa incentivar novos talentos e estimular o desenvolvimento das atividades pedagógicas e audiovisuais de cunho cultural e educativo em escolas públicas brasileiras.

    Assessoria de Comunicação Social

    Obtenha mais informações sobre o festival

  • Uma Viagem pela África do Século 14. É assim que se chama o videodocumentário que a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) está produzindo para o Ministério da Educação. A obra fará parte do acervo didático-pedagógico sobre a temática étnico-racial, história e cultura afro-brasileira que o ministério está construindo para uso de professores e estudantes da educação básica pública.


    Com cerca de 25 minutos de duração, o videodocumentário fala sobre a viagem que o marroquino Ibn Battuta empreendeu entre 1352 e 1353 ao Sudão ocidental. Para o coordenador do projeto do vídeo, José Rivair Macedo, professor de História da UFRGS, a viagem de Ibn Battuta “abre uma perspectiva inovadora para pensar, reconhecer e reconstruir a história dos povos africanos a partir de um ponto de vista interno”.


    O relato do viajante, que constitui a base do documentário, mostra a variação geográfica, econômica, social e cultural do continente africano e particularidades dos povos com quem Ibn Battuta manteve em contato. “É um texto riquíssimo em informações geográficas e descrições de costumes dos povos visitados, de aventuras e episódios curiosos”, diz o coordenador.


    A esse material, segundo descreve o professor José Rivair, serão acrescentadas explicações de especialistas em história da África, além de pesquisa musical, imagens, fotografias e mapas.


    Temas como a travessia do deserto feita pela caravana de comerciantes que Ibn Battuta integrou, a audiência pública que teve com o governante do império do Mali, aspectos das habitações e vestimentas descritos pelo marroquino serão recriados especialmente para o documentário. Na explicação do coordenador do projeto, o vídeo-documentário vai articular narrativa textual, imagens, sons e entrevistas.


    Livro e caderno – Acompanharão o vídeo um livro de pesquisa para os professores e um caderno para os alunos. Os materiais serão ilustrados com mapas das principais rotas percorridas pelo viajante marroquino, explicação de vocabulários, informações de pesquisadores e historiadores entrevistados para a realização do vídeo, notícias do mundo no tempo de Ibn Battuta, sugestões de pesquisas, discussão do relato objeto do vídeo.


    O material trará também uma mini-biografia do viajante e a informação de que, na língua árabe, a partícula Ibn não indica nome próprio, mas uma ascendência. Ibn significa, portanto, Filho de Battuta. A UFRGS também oferecerá uma página eletrônica na internet com material de pesquisa disponível para cópia.


    Testes – Na agenda do coordenador do projeto, o vídeo, o livro e o caderno devem ficar prontos no final de novembro deste ano. Antes de ser entregue ao MEC, o pré-roteiro do documentário será apresentado a professores da educação básica para avaliação. A intenção do professor José Rivair é que os professores colaborem na construção do roteiro final.


    Ibn Battuta – Ibn Battuta nasceu em 25 de fevereiro de 1304 em Tanger, no Marrocos. Em 1325, a pretexto de realizar uma peregrinação a Meca, principal centro religioso do Islã, iniciou uma série de viagens aos territórios islâmicos. Entre 1325 e 1353 visitou os povos de todos os continentes conhecidos. Na Europa foi a Al Andaluz (hoje sul da Espanha); no império Bizantino visitou Constantinopla; no Oriente Médio visitou Meca e Damasco (na Síria); esteve na Pérsia, na Índia e China, e também foi ao Egito.


    Pedidos dos municípios – Em 2008, o MEC selecionou 27 universidades públicas, federais e estaduais, para organizar cursos de formação de professores (aperfeiçoamento, especialização ou extensão) e produção de materiais didático-pedagógicos na temática étnico-racial. Os materiais didáticos e a qualificação de professores foram solicitados por 72% dos municípios nos planos de ações articuladas (PAR), em 2007 e 2008.


    Para executar essa tarefa, as 27 universidades receberam R$ 3,6 milhões do programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (Uniafro). Cada projeto recebeu entre R$ 100 mil e R$ 150 mil. Das 27 instituições, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) foi selecionada para criar materiais didáticos e a UFRGS para produzir um vídeo-documentário. A abordagem dos conteúdos segue o que determina a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que inclui a história da África e das relações étnico-raciais no currículo da educação básica.


    O Plano de Ações Articuladas (PAR) é um diagnóstico e planejamento das ações educacionais realizado por estados e municípios para um período de cinco anos, de 2007 a 2011.

    Ionice Lorenzoni

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