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  • Foi encerrada nesta quinta-feira, 13, a primeira edição da Oficina de Inovação em Saúde, realizada desde segunda-feira, 10, no campus de Porto Alegre do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), durante a 38ª edição da Reunião dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Reditec). Durante os quatro dias de evento, os alunos enfrentaram desafios propostos para questões relativas à saúde do idoso, divididas nos eixos de prevenção à cegueira, de situação de risco ao idoso, do hospital 2.0 e do hospital amigo do idoso.

    O evento foi uma oportunidade para a troca de experiências entre estudantes de diversas disciplinas e das mais variadas regiões, não só educacional, mas também culturalmente. Eles aprovaram a dinâmica da oficina.

    Luiz Guilherme Portela, do curso técnico em informática do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), destacou a importância de desenvolver produtos para beneficiar os idosos. “No início, alguns de nós achávamos difícil chegar ao final com o desafio resolvido, e muitas vezes esperávamos pouco de nós mesmos, mas vimos que não devemos nos impor limites”, disse.

    Frederico Willig, do curso de tecnólogo em sistemas para internet do Instituto Federal Farroupilha, espera novas edições da oficina. “Foi interessante trabalhar com pessoas de lugares diferentes e com ideias diferentes”, afirmou. “Muitos dos conceitos que aplicamos aqui só tínhamos visto em sala de aula. Foi uma experiência que revela um formato novo de aprendizado.”

    Surpresa— Para o professor Milton Yogi, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que atuou como facilitador no evento, o aprendizado foi também dos professores e coordenadores. “Foi uma surpresa ver o quanto são promissores esses jovens talentos”, disse. “Ter esse contato com eles e trocar ideias e experiências foi enriquecedor.”

    Segundo Rejane Vago, representante da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, a dinâmica da oficina, além de atrair o estudante, motivou os institutos federais a adotar esse modelo de aprendizagem. “Além do entusiasmo dos alunos, percebemos o interesse dos representantes dos institutos em replicá-lo em suas unidades”, afirmou.

    Propostas— No eixo de situação de risco ao idoso, alunos dos institutos federais da Bahia e do Rio Grande do Sul apresentaram o projeto de uma cinta guardiã, com mecanismos capazes de emitir aviso em caso de eventual queda do idoso, além de controlar a frequência respiratória. O segundo projeto do grupo é uma caixa de medicamentos com programação mensal para fornecimento de remédios na hora certa, por meio de aviso.

    No eixo de prevenção à cegueira, estudantes dos institutos federais do Ceará e do Rio Grande do Norte, apresentaram uma adaptação de óculos que permite aos idosos aplicar colírio corretamente. Na mesma linha, foi criado um identificador desse medicamento.

    No eixo do hospital amigo do idoso, alunos de institutos federais da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Sul criaram instrumento interativo para ser instalado na sala de espera de consultórios. O dispositivo estimula os idosos a participarem de jogos enquanto aguardam o atendimento. O equipamento também tem a função de avaliar e gerar dados sobre o movimento motor e o tempo de raciocínio dos idosos.

    No eixo do hospital 2.0, estudantes de institutos gaúchos apresentaram dispositivo para acesso on-line do paciente a qualquer unidade hospitalar conveniada, com informações sobre exames e consultas realizadas, além do mapa de localização.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Setec

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  • A simulação das dificuldades vividas pelos idosos foi uma das atividades dos estudantes que participam da Oficina de Inovação em Saúde, na 38ª edição da Reunião dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Reditec), em Porto Alegre. Antes de iniciar os trabalhos de desenvolvimento de projetos e produtos inovadores voltados para a saúde do idoso, os estudantes usaram uma vestimenta que limita os movimentos e óculos que simulam doenças como catarata e glaucoma, dentre outras.

    Aisha Queiróz, aluna do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), sentiu a experiência direta dos problemas enfrentados pelos idosos. Ela revela que a sensação foi estranha. “As articulações não fechavam completamente, não tinha um movimento completo dos braços e das pernas, a coluna não conseguia ficar ereta”, relatou. “Existia muita dificuldade de pegar alguma coisa ou estender o braço. Foi bem complicado.”

    Passar pela situação com o traje ajudou a estudante a estimular a criatividade para a busca das soluções inovadoras que auxiliem os idosos. “Estando na pele da pessoa, sabemos o que ela está sentindo”, disse. “Isso facilita para criarmos uma solução.”

    O objetivo da simulação foi o de mostrar aos estudantes, e fazê-los sentir, na prática, o que se passa com idosos. "É uma possibilidade de os estudantes desenvolverem por conta própria soluções para a saúde do idoso, dentro da realidade dos hospitais universitários da rede pública”, salientou o chefe do Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Paulo Schor, um dos coordenadores da oficina no Campus de Porto Alegre do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS).

    De acordo com Schor, dentro dos temas propostos para a criação de soluções — prevenção à cegueira, situação de risco ao idoso, hospital 2.0 e hospital amigo do idoso —, a partir da experiência criada, os alunos tendem a se sentir mais seguros no desenvolvimento de ideias e soluções. “O objetivo é apresentar ideias para oferecer melhor qualidade de vida aos idosos que sofrem com as limitações”, afirmou. “Quando as pessoas ficam idosas, começam a ter limitações, como a mobilidade e a visão.”

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Setec

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  • A inserção social do idoso, sintonizada com os cuidados exigidos pela velhice, é a proposta das Universidades Abertas à Terceira Idade (UnATI) espalhadas por todo país. Há dez anos, dona Magnólia Pedrina Silvestre encontrou o apoio que precisava na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Lá, são oferecidas gratuitamente consultas médicas e nutricionais, atividades lúdicas e manuais, dança, coral, oficinas de memória além de um trabalho de resgate da história e da cultura do indivíduo.

    Quando conheceu a UnATI, dona Magnólia sentia uma apatia comum às pessoas com idade acima de 60 anos. “É nessa fase da vida que ficamos sozinhas, os filhos se casam, os maridos morrem ou vão embora, e ainda paramos de trabalhar”, diz. Hoje com 73 anos, a funcionária pública aposentada é professora de dança sênior em um projeto de extensão da UnATI.

    De origem alemã, a dança sênior é praticada em círculos e com músicas alegres, que lembram cantigas da infância. Magnólia afirma que as coreografias trabalham a memória, concentração, lateralidade, reflexo, coordenação motora e paciência. “A dança me fez muito bem, e dar as aulas me faz ainda melhor”, afirma. “Eu me sinto gratificada e preenchida profissionalmente; vou continuar até quando eu puder.”

    Além de contribuir para melhorar a qualidade de vida dos idosos, as atividades desenvolvidas pela UnATI ampliam os conhecimentos essenciais para a formação dos profissionais voltados para o atendimento a pessoas nessa fase da vida. Em 19 anos de história, a instituição atendeu a mais de 4 mil idosos, auxiliou na formação de 190 estagiários do serviço social e ainda possibilitou trabalhos de graduação, dissertações de mestrado e teses de doutorado.

    Orientadas pelo Núcleo de Estudos e Assessoramento à Pessoa Idosa (Neeapi) do Departamento de Serviço Social da Ufes, as atividades da UnATI são realizadas de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h. As expectativas para 2016 são ampliar as atividades já existentes em sala de aula e levar as ações da instituição para fora da Ufes, com o projeto UnATI Itinerante.

    Facilitar o acesso aos diversos serviços oferecidos pela Ufes, tanto para estudantes quanto para a comunidade externa, é a finalidade do aplicativo Union-Universidade On-Line. Desenvolvida por estudantes do curso de administração, a ferramenta, além das informações sobre serviços gratuitos que a universidade oferece, torna disponíveis o cardápio do restaurante universitário, o calendário acadêmico, notícias, oportunidades de estágio e orientações sobre formas de chegar à Ufes por ônibus, táxi ou bicicleta.

    Para quem dispõe de smartphones ou tablets, o aplicativo Union-Universidade Online está disponível para download gratuito na Play Store, para o sistema operacional Android, e em breve, também estará disponível para IOS.
    Mais informações na página Universidade Federal do Espirito Santo (UFES) na internet.

    Assessoria de Comunicação Social

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