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  • Nesta quarta-feira, o Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) divulgaram as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por Escola de 2014 e apresentaram novos indicadores para interpretar melhor os dados obtidos das instituições de ensino.

    Entre os indicadores, é importante destacar dois: o nível socioeconômico (Inse) e a formação docente. O Inse é a média do nível socioeconômico dos estudantes, distribuído em sete níveis (7 é o mais alto). O cálculo parte das informações dos próprios estudantes no questionário contextual. Por meio desse indicador, é possível observar como o contexto social dos estudantes tem impacto direto sobre o desempenho escolar. Os dados mostram que quanto mais alto o nível socioeconômico, melhores são as notas em todas as áreas de conhecimento avaliadas.

    Quanto à formação docente, o indicador aponta a proporção de professores, de cada escola, que lecionam no ensino médio e têm a formação adequada, nos termos da lei, a partir dos dados do Censo Escolar da Educação Básica. As maiores médias foram apresentadas pelos estudantes cujos professores têm formação acadêmica específica nas disciplinas que lecionam.

    A divulgação dos dados do Enem por escola permite ainda a consulta ao desempenho médio de cada unidade de ensino e os percentuais de estudantes em cada um dos níveis de desempenho. Foi calculada, ainda, a média dos 30 melhores estudantes de cada instituição. Com isso, é possível comparar, de forma mais adequada, escolas que têm projetos pedagógicos diferentes em relação à seleção dos estudantes.

    Recurso — Os resultados foram divulgados preliminarmente às escolas em 9 de julho último. Os dirigentes escolares tiveram prazo de dez dias para entrar com recurso no Inep. “Tivemos apenas 30 escolas que recorreram, o que é um número muito baixo comparando com outros anos. Isso é um sinal de que o sistema é praticamente a prova de erros”, destacou o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro.

    Os dados são calculados para estabelecimentos de ensino que tenham, matriculados, no mínimo, dez estudantes da terceira ou da quarta série do ensino médio regular seriado e 50% de estudantes dessas mesmas séries como participantes do Enem.

    Proficiência — Desde 2009, a proficiência dos participantes do Enem nas provas objetivas é calculada por meio da teoria de resposta ao item (TRI). Além de estimar as dificuldades dos itens e a proficiência dos participantes, essa metodologia permite que os itens de diferentes edições do exame sejam posicionados em uma mesma escala.

    São quatro as áreas de conhecimento avaliadas: ciências humanas e suas tecnologias (história, geografia, filosofia e sociologia); ciências da natureza e suas tecnologias (química, física e biologia); linguagens, códigos e suas tecnologias e redação (língua portuguesa, literatura, língua estrangeira – inglês ou espanhol –, artes, educação física e tecnologias da informação e comunicação) e matemática. Cada uma das áreas do conhecimento avaliadas no Enem tem uma escala própria.

    Redação — A correção da prova de redação avalia o domínio da norma padrão da língua escrita; a compreensão da proposta de redação; a capacidade de selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; o conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação e a elaboração de propostas de intervenção para o problema abordado, respeitados os direitos humanos.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

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  • O ministro Janine Ribeiro, entre o presidente do Consed, Eduardo Deschamps, e o presidente do Inep, Chico Soares, apresentam os dados do Enem por Escola 2014 (Foto: João Neto/MEC)A sociedade vai conhecer melhor as instituições de ensino que realmente ajudam os alunos a melhorar nos estudos. Isso será possível com novos indicadores propostos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e pelo Ministério da Educação. A medida foi anunciada em entrevista coletiva de divulgação das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por escola, edição de 2014. Participaram da coletiva o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, o presidente do Inep, Chico Soares, e o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Eduardo Deschamps.

    Tiveram os resultados divulgados 15.640 escolas, que reúnem 1.295.954 estudantes que fizeram o Enem em 2014. O indicador de permanência na escola mostra se o estudante cursou total ou parcialmente o ensino médio no mesmo estabelecimento de ensino. Outra inovação é a inclusão das taxas de rendimento (aprovação, reprovação e abandono), levantadas pelo Censo Escolar da Educação Básica e disponíveis no portal do Inep, no sistema de divulgação, para facilitar a consulta.

    “A informação sobre as escolas é importante para que conheçamos aquelas que oferecem educação de qualidade durante todo o ensino médio e aquelas que, simplesmente, selecionam alguns para cursarem apenas o 3º ano”, destacou o presidente do Inep.

    Há dois outros indicadores, lançados anteriormente: o nível socioeconômico (Inse) e a formação docente. “Queremos mostrar esses dados para explicar que não basta olhar para o ranking puro e achar que as escolas em posições inferiores estão ruins. É preciso entender, por exemplo, fatores externos, como a loteria de nascer nas classes menos favorecidas”, afirmou o ministro Renato Janine Ribeiro. “Se nós colocamos os dados sem levar em conta a condição social dos alunos, nós estamos entendendo que uma escola é melhor quando, na verdade, ela não é melhor. A condição social dos alunos é que é melhor. E sobre esse ponto, a capacidade da escola intervir é muito baixa”, disse.

    O ministro lembrou, ainda, que pode ser considerado uma evolução alguém “que entrou na escola com uma nota 200 e depois conseguiu atingir 400, em vez de outra pessoa que entrou com 400 e chegou a 500”.

    Já o presidente do Inep explicou que “as escolas de ensino médio brasileiras formam um conjunto heterogêneo, principalmente em relação às características socioeconômicas de seus estudantes, e esses fatores precisam ser levados em consideração”.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

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