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  • Um jogo inspirado na obra do pintor espanhol Salvador Dalí auxilia o ensino de arte a estudantes. É sobre isso que o pesquisador Salvador Lemos, da Universidade Federal de Goiás (UFG), fala no programa Educação no Ar, produzido pela TV MEC e exibido pela NBR nesta quinta, 31, às 9h45. Ele desenvolveu o Dalí eX, um aplicativo que desenvolveu e que pode ser baixado gratuitamente para celulares e tablets da plataforma Android.

    A pesquisa sobre o aplicativo teve início em 2015, quando Santiago foi aprovado em um concurso para professor da rede estadual e passou a trabalhar no Ciranda da Arte, um órgão da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás. “Comecei a dar aulas no ensino fundamental, para jovens de 10 a 15 anos, e percebi que poderia usar tecnologias a favor do ensino de artes visuais e de educação estética”, conta. A ideia se consolidou com uma proposta de sua autoria aprovada no programa de pós-graduação Ensino na Educação Básica no Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação (Cepae), da UFG.

    O jogo tem como referência o gênero RPG (Role Playing Game), tipo de atividade muito popular que em português significa jogo de interpretação de personagens. “O jogador, que pode ser um aluno ou um professor, passa por um enredo”, explica o professor. “O Salvador Dalí pede ajuda aos participantes porque teve seu universo invadido. Os jogadores recebem informações sobre os comandos e instruções para solucionar os problemas, até finalizar o conflito.”

    Elementos que remetem ao surrealismo, movimento artístico de que Dalí fazia parte, estão presentes em todas as fases do jogo. “O conteúdo educativo é passado de forma leve e descontraída”, diz Santiago, que se inspirou em Dalí por admirar a abrangência de sua obra. “Ele pintou, modelou, foi ator”, complementa.

    Tecnologia – Para Santiago Lemos, a tecnologia é ferramenta importante no processo de aprendizagem. “Hoje os professores estão muito travados na questão do texto. Os jogos facilitam o aprendizado e representam uma área de que os alunos gostam.”  

    O aplicativo, informa o pesaquisador, já foi baixado até em outros países, como China e Espanha. “O jogo já está sendo utilizado em salas de aulas. Espero que daqui a algum tempo todo mundo já tenha brincado com ele.”

    Clique aqui para baixar o Dalí eX.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Durante aula prática da disciplina de algoritmo e lógica de programação no curso técnico em informática, o aluno Renan Felipe de Sousa desenvolveu software de jogo que tem como ideia central o combate aos focos do mosquito da dengue. Renan estuda no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), campus de Altamira.

    O game Contra a Dengue: o Jogo é um software educativo, voltado para o público infantil. Com ele, as crianças aprendem sobre a formação dos focos do mosquito da dengue, o Aedes aegypti. “No jogo, as crianças pulverizam e recolhem todos os focos encontrados em cada fase e recebem dicas sobre o que fazer com cada um”, explica o estudante.

    Dado o sucesso do game, o campus estuda proposta de parceria com a Secretaria de Saúde do município de Altamira para que o software seja usado nas escolas de ensino fundamental. “O jogo busca despertar a conscientização dos alunos e da comunidade”, diz Renan. O estudante pretende seguir na área de programação de jogos digitais e incentiva outras pessoas a buscar os objetivos. “Corra atrás, estude, pesquise e não desista”, diz. “Mesmo que ninguém queira fazer junto, faça sozinho.”

    Reconhecimento — O software ficou entre os dez melhores jogos no Desafio Games e Educação (GamEdu2015), realizado pelo Laboratório de Jogos Digitais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A competição visa a incentivar a criatividade e competências relacionadas à concepção de jogos digitais.

    O jogo desenvolvido por Renan também se destacou no 1º Encontro Potiguar de Jogos, Entretenimento e Educação (EpoGames2015), realizado este mês, também por iniciativa da UFRN.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Setec


  • Já pensou em aprender a história da capoeira por meio de um jogo de tabuleiro? Pois é exatamente isso que está acontecendo em algumas escolas da rede pública de Campina Grande (PB). A iniciativa partiu de uma pesquisa acadêmica e mistura arte marcial, dança, música e cultura popular. Essa história você escuta nesta semana no Trilhas da Educação, programa produzido e transmitido pela Rádio MEC.

    O projeto, do designer Wagner Porto Alexandrino da Silva, debate a representatividade negra de forma lúdica e intuitiva com os jovens do ensino fundamental. Tudo começou em 2018, quando Wagner estava envolvido com o trabalho de conclusão do curso de design, na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

    A partir do trabalho, surgiu a vontade de colocar em prática um projeto sobre representatividade negra. Foi quando ele mergulhou, por meio de pesquisa, no universo da capoeira – e desse contato com a história e tudo que a cercava, teve início a produção do material.

    “Pesquisando temas, eu decidi que ia trabalhar com a representatividade negra. Eu sei a importância disso e o quanto isso tem que ser discutido em nosso país”, conta o designer. “Resolvi focar na capoeira. Eu não conhecia a capoeira, não pratico a capoeira, e pesquisando eu vi ainda mais o valor que ela tem para o nosso país, para nossa cultura e para a cultura afro-brasileira.”

    Em 2008, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tombou a capoeira como uma forma de expressão e, em 2014, como Patrimônio Imaterial da Humanidade. A capoeira reúne cantigas, movimentos, músicas e símbolos da herança africana. É na roda de capoeira que os iniciantes são batizados, consagrados e onde se formam os grandes mestres.

    “Eu comecei a falar com especialistas, praticantes, mestres de capoeira, pessoas que pesquisaram isso na minha graduação. Também peguei bibliografias sobre a cultura brasileira, a cultura negra. Li muitas coisas, pesquisei muito”, relembra. Depois da fase de pesquisa, ele começou a produzir o jogo.

    Paranauê - E foi assim que surgiu o Paranauê. Um jogo que se passa no século dezoito, quando a capoeira era perseguida no Brasil. Para jogar, cada participante assume a identidade de um mestre que precisa montar a sua própria roda de capoeira. Para testar a ideia, Wagner convidou os amigos, vizinhos e crianças conhecidas para jogar. Dessa forma, foi adaptando o jogo até chegar ao conceito final.

    Com a metodologia definida, partiu para a prática e apresentou a proposta aos alunos da rede pública de Campina Grande. “Eu levava para as salas de aula. Muitos já tinham tido contato com a capoeira, algumas crianças já a praticavam, e elas se identificaram muito com o projeto”, conta.

    Além dos estudantes, os professores e diretores também ficaram encantados com o jogo. Agora, Wagner estuda a viabilidade de produção do material para distribuição nas escolas que se interessarem pela ideia.     

    Assessoria de Comunicação Social

     

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