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  • Vence na próxima quarta-feira, 18, o prazo para que os gestores das secretarias municipais de educação façam a adesão ao Programa Nacional do Livro Didático para Jovens e Adultos (PNLD-EJA) 2013-2014. A adesão é requisito para que o município possa escolher os livros didáticos no próximo ano. Serão contempladas todas as séries da educação de jovens e adultos – das classes de alfabetização ao ensino médio.

    Dados da diretoria de políticas de alfabetização e educação de jovens e adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), desta sexta-feira, 13, mostram que, enquanto 100% dos municípios do Ceará já aderiram ao programa, secretarias de educação de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo não atingiram nem 50% de suas redes. A adesão é ainda menor em municípios de Goiás, Mato Grosso, Bahia e Maranhão, segundo a Secadi.

    A adesão garante ao gestor senha específica emitida pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que dá acesso à escolha dos livros. Ao fazer a adesão, o gestor deve informar: nome do dirigente municipal que escolherá as obras didáticas, CPF, RG, telefone de contato e e-mail. A informação da senha será comunicada pelo e-mail informado.

    Livros– Em 2014, o FNDE, autarquia responsável pelo Programa Nacional do Livro Didático, distribuirá livros para todos os estudantes matriculados na educação de jovens e adultos – classes de alfabetização, anos iniciais e anos finais do ensino fundamental, e ensino médio. Em janeiro, as secretarias terão acesso ao Guia do Livro Didático, que é um instrumento que orienta a escolha das obras, com indicações e resenhas dos livros aprovados pelo MEC.

    Vinte editoras cadastraram obras para o programa do livro dirigido a jovens e adultos. O PNLD-EJA 2013-2014 contempla também obras regionais das diversas áreas do conhecimento.

    Ionice Lorenzoni

    Acesse o portal do PNLD para fazer a adesão
  • Os órgãos da administração prisional e socioeducativas têm até o dia 1º de setembro para manifestar interesse em aplicar o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para pessoas privadas de liberdade e jovens sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade (Encceja Nacional PPL) 2017. Os órgãos devem firmar termo de adesão, responsabilidades e compromissos com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), pelo portal do Inep ou diretamente no sistema de adesão. Depois, as unidades prisionais e socioeducativas devem fazer o mesmo procedimento.

    Cada unidade indicada pelos órgãos da administração prisional e socioeducativas terá um responsável pedagógico para representar os participantes na inscrição e certificação, além de intermediar questões relacionadas ao Encceja PPL com o Inep e as instituições aplicadoras. Ele será responsável pela inscrição e por repassar todas as informações necessárias aos participantes. Durante a inscrição, o responsável pedagógico também deve informar se há necessidade de atendimento especializado e os respectivos recursos de acessibilidade para a realização das provas, de acordo com as opções previstas.

    Inscrições e aplicação – As inscrições dos participantes do Encceja PPL serão realizadas de 28 de agosto a 8 de setembro. Para participar é preciso ter, no mínimo, 15 anos de idade para quem busca a certificação do Ensino Fundamental; e 18 anos para quem busca a certificação do Ensino Médio. As provas do Encceja PPL 2017 serão realizadas em 24 e 25 de outubro, nas unidades prisionais e socioeducativas indicadas pelos órgãos competentes. O Exame é dividido em quatro provas objetivas, por nível de ensino, e uma redação.

    Acesse o edital do Encceja PPL 2017

    Acesse o portal do Inep

    Acesse o sistema de adesão ao Encceja PPL 2017

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

  • Estados e municípios têm prazo até 4 de julho para aderir ao Programa Brasil Alfabetizado e informar ao Ministério da Educação as metas de alfabetização de jovens e adultos em 2010. A expectativa do MEC é alcançar 1.450 parceiros e matricular 2,2 milhões de adultos e jovens com mais de 15 anos.

    De acordo com Mauro Silva, coordenador de alfabetização da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, até esta sexta-feira, 25, foram registradas 1.392 adesões — 23 estados, o Distrito Federal e 1.368 municípios. Nos planos plurianuais de alfabetização (PPAlfa), estados e Distrito Federal informaram que a meta é matricular 1,4 milhão de pessoas e os municípios, 700 mil. Ainda não aderiram ao programa os estados de São Paulo, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.

    O mapa das adesões, explica Mauro Silva, traz duas situações que preocupam. Em 266 municípios, o cadastro foi iniciado, mas ainda não foram preenchidas as informações sobre número de alfabetizadores, coordenadores de turmas e de alunos a serem matriculados em 2010. Esses gestores, diz Silva, precisam apressar a inclusão de dados e completá-los até 4 de julho.

    A outra situação diz respeito a municípios prioritários do programa Brasil Alfabetizado que ainda não manifestaram interesse em participar dessa edição — municípios prioritários são aqueles que, no censo demográfico de 2000, registram taxa de analfabetismo superior a 25% da população jovem e adulta. Dos 1.928 prioritários, 86% estão na região Nordeste e 14% pertencem a Acre, Tocantins e Pará.

    Ionice Lorenzoni
  • A Agenda Territorial de Desenvolvimento Integrado de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos tem o objetivo de firmar um pacto social, para melhorar e fortalecer a educação de jovens e adultos (EJA) no Brasil.

     

    A proposta é reunir periodicamente representantes de diversos segmentos da sociedade, de cada estado brasileiro, para trabalhar em conjunto, seguindo a filosofia do compromisso pela educação, impetrada pelo Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). A intenção é estabelecer uma agenda de compromissos para o ano, em que cada estado trace metas para a educação de jovens e adultos. O Ministério da Educação é responsável por acompanhar a implementação dos trabalhos em cada localidade.

     

    Carta Compromisso Todos Pela Eja

    Agendas Estaduais de Eja

    Texto Agenda Territorial

    Roteiro Plano Estratégico

    Pauta Agenda Territorial

    Proposta de Pauta Fóruns EJA_Dez09

    Síntese Videoconferência

    Apresentação Agenda Territorial

  • Os participantes transexuais e travestis – pessoas que se identificam e querem ser reconhecidas socialmente em consonância com sua identidade de gênero – inscritos no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2017 e que desejam atendimento pelo nome social devem fazer a solicitação até 25 de agosto. A oportunidade de atendimentos diferenciados faz parte da política de inclusão social do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que contempla, além do atendimento por nome social, atendimento específico e atendimento especializado em suas avaliações e exames.

     A solicitação de atendimento por nome social deve ser feita pela página do participante. É necessário comprovar a condição que motiva a solicitação com documentos como fotografia atual, individual, colorida, com fundo branco, da cabeça e do tronco sendo que a cabeça deverá estar descoberta; cópia digitalizada de um dos documentos de identificação oficial com foto; e cópia assinada e digitalizada do formulário de solicitação de atendimento pelo nome social disponibilizado na página do participante. Os documentos devem conter todas as informações solicitadas, ser legíveis e estar no formato PDF, PNG ou JPG, no tamanho máximo de 2MB.

    Acesse a página do participante do Encceja 2017

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

  • Roselita Nunes da Conceição Silva entrou na faculdade depois dos 50 anos, formou-se e hoje faz pós-graduação em gestão escolar (Arte: ACS/MEC)
    Durante o dia, vassoura e rodo nas mãos. À noite, lápis e caderno. Foi com muita dedicação e esforço que Roselita Nunes da Conceição Silva foi aprovada no concurso de faxineira da Secretaria da Educação do Distrito Federal em 1990. Com apenas o ensino fundamental incompleto até então, Roselita prometeu a si mesma que iria concluir os estudos e melhorar sua condição educacional e financeira.

    Mesmo com dificuldade, conseguiu terminar o ensino fundamental e, depois de alguns anos, se matriculou na Escola Centro Educacional 06 de Taguatinga (DF), onde concluiu o ensino médio por meio do programa de educação de jovens e adultos (EJA). “Quanto mais estudava, mais tinha sede em aprender”, conta Roselita.

    Aos 55 anos, conseguiu entrar na faculdade para cursar pedagogia. Três anos depois, graduou-se e começou uma pós-graduação em gestão escolar. Hoje, é readaptada como agente de portaria da Escola Centro de Ensino Especial nº 1 em Taguatinga, onde trabalha há mais de 25 anos.

    Roselita fala com orgulho de ter se graduado aos 58 anos de idade e de não se arrepender por ter passado dias e noites estudando. “Eu vim de uma família humilde e nunca tive o incentivo dos estudos. Essa vontade de melhorar e aprender sempre esteve dentro de mim e, mesmo com a idade já avançada para os estudos, eu nunca vi isso como empecilho. Por isso, venci. Eu acreditei no meu potencial”, enfatiza.

    A educação de jovens e adultos é uma das prioridades do governo federal. E, ao celebrar o Dia Nacional da Alfabetização, nesta terça-feira, 14, o ministro da Educação, Mendonça Filho, ressalta que a alfabetização não se baseia unicamente no ato de aprender a ler e a escrever. “Também se considera a importância do desenvolvimento da capacidade de compreensão, interpretação e produção de conhecimento”, lembra.

    Programa – Em funcionamento desde 2003, o Programa Brasil Alfabetizado, gerido pelo Ministério da Educação, tem o objetivo de alfabetizar jovens com 15 anos ou mais, adultos e idosos. O programa também busca contribuir para a progressiva continuidade dos estudos em níveis mais elevados, promovendo o acesso à educação em qualquer momento da vida, por meio da responsabilidade solidária entre as três esferas de governo. Em 2017, foram apoiadas 200 mil vagas de alfabetização de jovens e adultos em 22 estados e no Distrito Federal, o que totaliza, aproximadamente, 20 mil turmas.

    Para a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC, Ivana de Siqueira, a alfabetização de jovens, adultos e idosos configura-se como uma ação estratégica da política educacional brasileira e se integra a outras políticas públicas voltadas à inclusão de grupos sociais historicamente excluídos. “O Dia Nacional da Alfabetização é uma boa oportunidade de nos juntarmos todos, gestores públicos e sociedade civil, pelo enfrentamento do analfabetismo e pela criação de mais e melhores oportunidades para prosseguimento dos estudos, assegurando a todos o direito à educação”, destaca.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • As redes públicas estaduais e municipais de educação básica que oferecem educação de jovens e adultos presencial e a distância terão de seguir, a partir de agora, uma série de diretrizes, instituídas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Tempo de duração dos cursos, infraestrutura de apoio pedagógico ao aluno e padrões de qualidade das escolas estão entre as normas.

    A Resolução nº 3/2010 da Câmara de Educação Básica do CNE estabelece carga horária mínima de 1,6 mil horas de estudos para os anos finais do ensino fundamental. A idade do aluno será de 15 anos completos no dia das provas. Para o ensino médio, 1,2 mil horas e 18 anos de idade. O CNE deixa a critério das redes de ensino a definição da carga horária dos anos iniciais do ensino fundamental.

    As secretarias que oferecem educação profissional técnica integrada ao ensino médio devem assegurar 1,2 mil horas de educação geral e acrescentar a elas a carga horária mínima da habilitação escolhida pelo estudante. Para ampliar o acesso à educação formal, a resolução indica que os sistemas de ensino devem abrir cursos presenciais e a distância diurnos e noturnos.

    No caso da educação de jovens e adultos a distância, a Câmara de Educação Básica determina a oferta em polos dotados de infraestrutura e estabelece uma série de itens, como livros didáticos e de literatura, biblioteca de apoio pedagógico, acesso a rádio, televisão e internet, além de professores licenciados nas disciplinas.

    O padrão de qualidade dos cursos a distância também integra as diretrizes. Será responsabilidade do Ministério da Educação, em cooperação com as redes estaduais e municipais, estabelecer padrões, normas e procedimentos para autorizar, reconhecer e renovar o reconhecimento das instituições que oferecem educação de jovens e adultos. Os cursos autorizados a funcionar antes da Resolução nº3 têm um ano para fazer a adequação dos projetos político-pedagógicos.

    Ionice Lorenzoni
  • O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) realiza exames que, além de diagnosticar a educação básica brasileira, possibilitam meios para certificar saberes adquiridos tanto em ambientes escolares quanto extraescolares. O Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) é um desses exames.

    O Encceja tem como principal objetivo construir uma referência nacional de educação para jovens e adultos por meio da avaliação de competências, habilidades e saberes adquiridos no processo escolar ou nos processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais, entre outros.

    A participação no Encceja é voluntária e gratuita, destinada aos jovens e adultos residentes no Brasil e no exterior, inclusive às pessoas privadas de liberdade, que não tiveram oportunidade de concluir seus estudos na idade apropriada.

    No Brasil e no exterior, o Encceja pode ser realizado para pleitear certificação no nível de conclusão do ensino fundamental e ensino médio. Para certificação do ensino fundamental, é preciso ter, no mínimo, 15 anos completos na data de realização do exame. A certificação do ensino médio exige a idade mínima de 18 anos completos no dia de aplicação da prova.

    O Encceja oferece atendimento especializado e específico, além de atendimento pelo nome social, para participante travesti ou transexual que quiser tratamento pela sua identidade de gênero. Os atendimentos especializados, específicos e os auxílios ou recursos de acessibilidade devem ser solicitados durante a inscrição.

    O Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos constitui-se de provas estruturadas da seguinte forma:

    Para o ensino fundamental:

    • Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Artes, Educação Física e Redação;
    • Matemática;
    • Historia e Geografia;
    • Ciências Naturais.

    Para o ensino médio:

    • Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação;
    • Matemática e suas Tecnologias;
    • Ciências Humanas e suas Tecnologias;
    • Ciências da Natureza e suas Tecnologias.

    Essas áreas do conhecimento foram estabelecidas a partir do currículo da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN's).

    Para se preparar para o exame, o Inep disponibiliza em sua página na internet o material didático pedagógico de apoio aos participantes e professores que é composto por um volume introdutório, quatro volumes de orientações aos professores e oito volumes de orientações para o estudante (quatro para o ensino fundamental e quatro para o ensino médio).

    A Matriz de Competências e Habilidades, também disponível na página eletrônica do Inep, possui 30 habilidades e continua subsidiando o estudo individual. As competências do sujeito são eixos cognitivos que referem-se, também, ao domínio de linguagens, compreensão de fenômenos, enfrentamento e resolução de situações-problema, capacidade de argumentação e elaboração de propostas. Dessas interações resultam, em cada área, habilidades que são avaliadas por meio das 30 questões objetivas (múltipla escolha) e pela produção de um texto em prosa do tipo dissertativo-argumentativo, a partir de um tema de ordem social, científica, cultural ou política (redação).

    Todos aqueles que tenham realizado o Encceja Nacional em anos anteriores e não obtiveram média para aprovação na área de conhecimento, poderão inscrever-se novamente no Exame para eliminação do componente curricular desejado, caso tenham interesse.

    Para mais informações sobre o exame, acesse a página do Inep.

  • Os resultados do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), edição de 2017, direcionados ao ensino fundamental, serão divulgados até 29 de março. A informação é do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação do exame.

    De acordo com o Inep, autarquia vinculada ao Ministério da Educação, os estudantes terão acesso ao desempenho por meio da própria página do exame na internet, após informar o número do CPF e a senha cadastrada no momento da inscrição. No ano passado, 301.583 candidatos do ensino fundamental fizeram as provas do Encceja, o equivalente a 19% dos mais de 1,5 milhão de inscritos (1.272.279 prestaram para o ensino médio, ou 81%). Em fevereiro passado, o Inep há havia divulgado o resultado para o ensino médio.

    O Encceja é composto por quatro provas objetivas por nível de ensino e uma redação. Cada prova tem 30 questões de múltipla escolha. No ensino fundamental, as áreas de conhecimento avaliadas são: ciências naturais, matemática, língua portuguesa, língua estrangeira moderna, artes, educação física, redação, história e geografia. No ensino médio, são testados os conhecimentos de ciências da natureza e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, linguagens e códigos e suas tecnologias e redação, além de ciências humanas e suas tecnologias.

    O exame é realizado em parceria com as 27 secretarias estaduais de educação. Apesar de ser aplicado pela autarquia, cabe às secretarias estaduais e aos institutos federais de educação, ciência e tecnologia definir os procedimentos complementares para certificar os participantes ou emitir a declaração parcial de proficiência, com base nos resultados das provas.

    Dessa forma, as secretarias estaduais de educação listadas no edital do Encceja utilizam os resultados individuais para a certificação no nível de conclusão do ensino fundamental e do ensino médio. Já os institutos federais o fazem somente para certificar a conclusão do ensino médio.

    Os resultados individuais permitem a emissão da certificação de conclusão dos dois níveis de ensino ao participante que obtiver a nota mínima exigida nas quatro provas objetivas e na redação, bem como da declaração parcial de proficiência, ao candidato que obtiver a nota mínima exigida em uma das quatro provas, ou em mais de uma, mas não em todas.

    A inscrição e a realização das provas, no entanto, não garantem a certificação. Segundo o Inep, recebe o certificado apenas o participante que atinge o mínimo de 100 pontos em cada uma das áreas de conhecimento do Encceja e que obtém, adicionalmente, no caso de língua portuguesa, língua estrangeira moderna, artes e educação física no ensino fundamental, e de linguagens e códigos e suas tecnologias no ensino médio, proficiência de pelo menos cinco pontos na prova de redação.

    O Encceja também é aplicado nas modalidades Nacional PPL, para pessoas privadas de liberdade, em parceria com o Ministério da Justiça, e Exterior e Exterior PPL, este também para privados de liberdade, cuja cooperação é realizada com o Ministério das Relações Exteriores, nos dois níveis de ensino, médio e fundamental. 

    Assessoria de Comunicação Social

  • Promover a cidadania é uma das preocupações da Escola Municipal Professora Emília Ramos, no bairro Cidade Nova, na periferia de Natal. A instituição atende cerca de mil alunos do primeiro ao terceiro ano do ensino fundamental e da educação de jovens e adultos. Os estudantes, na maioria, são filhos de trabalhadores com renda abaixo do salário mínimo.

    “A promoção da cidadania na escola tem como meta contribuir para a formação dos alunos, permitir que eles se reconheçam como cidadãos de direitos e deveres e possam se conduzir na sociedade de forma crítica e autônoma”, diz a vice-diretora da escola, Regina Maria da Silva Dantas, 22 anos de magistério, pedagoga com especialização em educação de jovens e adultos.

    Com o programa Emília em Família, a escola desenvolve ações de acordo com os temas de ensino-aprendizagem usados diversos níveis de ensino. “Abordamos temas de relevância para a construção da cidadania, com visão de mundo crítico-reflexiva”, explica a coordenadora pedagógica Tânia Maria Fernandes Oliveira. “Buscamos estimular os alunos a projetar o futuro pelo resgate dos estudos.”

    Mestre em educação, há 26 anos no magistério, Tânia salienta que a principal meta da escola é a aproximação de pais ou responsáveis na proposta curricular e administrativa.

    Um dos projetos do programa é o Encontro com a Família. Nele, são promovidas oficinas para permitir aos pais compreender melhor as atividades realizadas na escola. Há também encontros de formação para funcionários, destinado a melhorar a qualidade do trabalho oferecido à comunidade. Este ano, o tema do encontro com os funcionários foi A Ética Voltada para a Formação do Ser.

    De acordo com Tânia, os encontros com as famílias incluem momentos lúdicos, palestras, estudos de casos e oficinas que sintetizam a vivência dos filhos na sala de aula. Dependência química, inclusão e exclusão social, desenvolvimento infantil, beleza e artesanato estão entre os temas tratados.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

  • A escolha de coleções e de livros para as turmas de educação de jovens e adultos cabe às redes de ensino estaduais e municipais (foto: Wanderley Pessoa)O Ministério da Educação prorrogou para o dia 8 próximo o prazo para a escolha de coleções e livros didáticos de alfabetização e educação de jovens e adultos. O prazo anterior expiraria na segunda-feira, 4. A escolha das obras que serão usadas por educadores e estudantes em 2011 deve ser feita pelo coletivo da escola, que compreende professores, alfabetizadores, coordenadores de turmas e gestores do programa Brasil Alfabetizado.

    A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC lembra que a escolha de coleções e livros cabe a cada rede de ensino, estadual ou municipal. Isso significa que as escolas vão receber do MEC o conjunto de obras que teve maior número de indicações pela rede à qual estão subordinadas.

    Para ampliar a oferta de obras didáticas para a alfabetização e educação de jovens e adultos nas redes públicas de ensino, o MEC lançou em 2009 o Programa Nacional do Livro Didático para a Educação de Jovens e Adultos (PNLD-EJA), que incorporou o Programa Nacional do Livro Didático para a Alfabetização de Jovens e Adultos (PNLA). O objetivo dessa iniciativa do governo federal é garantir que escolas e sistemas públicos de ensino recebam livros didáticos de qualidade. A política do livro compreende avaliação das obras, aquisição e distribuição.

    Confeccionado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o Guia dos Livros Didáticos do PNLD-EJA 2011 apresenta resenhas e a relação de obras e coleções, além de uma série de informações sobre o uso pedagógico do material.

    Assessoria de Comunicação Social
  • Estudantes dos cursos de licenciatura do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí desenvolvem uma experiência inovadora. Eles estão atuando como monitores em cursos técnicos de nível médio oferecidos a jovens e adultos. O projeto-piloto reúne dez alunos de quatro cursos de licenciatura do campus de Teresina. Sem sair do ambiente escolar, os estudantes começam a ganhar experiência profissional e ajudam pessoas que não tiveram a oportunidade de passar pelo ensino regular.

    “É uma iniciativa que traduz a proposta de interação dos institutos federais”, afirma Vânia do Carmo Nobile, coordenadora do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja). Nos institutos, segundo ela, o mundo do trabalho é inserido no cotidiano. “São instituições nas quais existe forte conexão entre a educação formal e o mercado de trabalho”, ressaltou.

    Layara Campelo dos Reis, que faz o curso de licenciatura em biologia, é uma das monitoras do instituto piauiense. Há seis meses, ela ajuda estudantes do curso técnico em edificações e também de manutenção e suporte de computadores. “É uma experiência enriquecedora”, afirma. “Conheci histórias de vida diferentes e importantes para o processo ensino-aprendizagem.”

    Ana Júlia Silva de Souza

  • Nos dias 14e 15próximos, mais de dois mil brasileiros residentes ou com contrato de trabalho temporário no Japão farão o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), o antigo supletivo. Do conjunto dos inscritos, 200 estudantes que fariam as provas em Oizumi, na província de Gunma, foram transferidos para a cidade de Ota, consequência dos estragos provocados pelo terremoto de 11 de março. Oizumi e Ota são cidades próximas.

    Os exames serão aplicados nas cidades de Nagoya (província de Aichi), Hamamatsu (Shizuoka) e Ota, onde há maior concentração de brasileiros. Também haverá provas nas penitenciárias de Fuchu, Maebashi e Tochigi e no reformatório juvenil de Kurihama. Estão inscritos para o exame 29 brasileiros detidos nessas unidades.

    As provas do dia 14 destinam-se a estudantes do ensino fundamental (jovens com 15 anos completos até o dia do exame). As do dia 15, a candidatos do ensino médio (pessoas com 18 anos ou mais).

    A 12ª edição do Encceja no Japão é uma iniciativa conjunta dos ministérios da Educação e das Relações Exteriores, com a colaboração da embaixada e dos consulados do Brasil no Japão. Os testes são elaborados e aplicados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). A certificação dos aprovados cabe à Secretaria de Educação do Distrito Federal.

    Os endereços dos locais de provas e o edital do Encceja estão na página eletrônica do exame.

    Ionice Lorenzoni

  • A medalha é o reconhecimento de ações e políticas bem-sucedidas que ajudem a reduzir o analfabetismo e que possibilitem a jovens e adultos continuar os estudos na educação básica (foto: Wanderley Pessoa)Os autores das cinco experiências em educação de jovens e adultos vencedores da quinta edição da Medalha Paulo Freire receberão a premiação na próxima quarta-feira, 14. A solenidade será realizada às 19 horas, na Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa.

    Este ano, concorreram à Medalha Paulo Freire 72 trabalhos desenvolvidos nas cinco regiões do país. São vencedores os projetos nos estados do Acre, Ceará, Mato Grosso, São Paulo e do Rio Grande do Sul. A comissão julgadora escolheu experiência da prefeitura de Teresópolis (RJ) para receber menção honrosa.

    Promovida pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação, a Medalha Paulo Freire é concedida a iniciativas nas áreas de políticas, programas e projetos que ajudem a reduzir o analfabetismo e que possibilitem a jovens e adultos continuar os estudos na educação básica. A premiação é o reconhecimento de ações e políticas bem-sucedidas. Sua concessão não está vinculada a prêmio em valor de qualquer natureza.

    Criada pelo já revogado Decreto nº 4.834, de 8 de setembro de 2003, que regulamentou o programa Brasil Alfabetizado, a Medalha Paulo Freire teve a continuidade assegurada pelo artigo 13 do Decreto nº 6.093, de 24 de abril de 2007, reformulador do programa. O prêmio, que tem o nome de um dos mais notáveis educadores brasileiros, foi entregue pela primeira vez em 2005.  

    Ionice Lorenzoni



    Confira os projetos premiados em 2011
  • A Medalha Paulo Freire é concedida a iniciativas que contribuam para a redução do analfabetismo e para que jovens e adultos continuem os estudos na educação básica (foto: Wanderley Pessoa)Experiências com educação de jovens e adultos desenvolvidas por entidades do Acre, Ceará, Mato Grosso, São Paulo e Rio Grande do Sul foram as vencedoras da Medalha Paulo Freire, este ano. A quinta edição recebeu 72 inscrições de escolas, secretarias municipais de educação, conselhos escolares e prefeituras das cinco regiões do país.

    Receberão a premiação os projetos do Conselho Escolar Omar Sabino de Paula, de Rio Branco (AC); Centro de Educação de Jovens e Adultos Paulo Freire, de Fortaleza (CE); Escola Agrotécnica Federal de Cáceres (MT), Prefeitura de Osasco (SP) e Secretaria Municipal de Educação de Gravataí (RS). A comissão julgadora escolheu a experiência da prefeitura de Teresópolis (RJ) para receber menção honrosa. A data da entrega da medalha ainda será definida.

    Promovida pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação, a Medalha Paulo Freire é concedida a cinco iniciativas, entre políticas, programas e projetos que contribuam para a redução do analfabetismo e para que jovens e adultos continuem os estudos na educação básica. O objetivo é reconhecer ações e políticas bem-sucedidas. A concessão não está vinculada a prêmio de qualquer natureza.

    Criada pelo já revogado Decreto nº 4.834, de 8 de setembro de 2003, que regulamentou o programa Brasil Alfabetizado, a Medalha Paulo Freire teve a continuidade assegurada pelo artigo 13 do Decreto nº 6.093, de 24 de abril de 2007, que reformulou o programa. O prêmio, que tem o nome de um dos mais notáveis educadores brasileiros, foi entregue pela primeira vez em 2005.

    A Portaria nº 110/2011 da Secadi, publicada no Diário Oficial da União de quarta-feira, 25, traz a relação das entidades ganhadoras.

    Ionice Lorenzoni
  • O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou nesta segunda-feira, 26, o cronograma do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) para este ano, a ser realizado no Brasil e no exterior. A publicação do edital está prevista para 24 de julho e as provas regulares no Brasil devem ser realizadas no dia 8 de outubro. Já o edital voltado ao público privado de liberdade tem previsão de ser publicado em 30 de junho, com provas em 24 e 25 de outubro.

    Com as melhorias no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) anunciadas após consulta pública, no início deste ano, a função de certificação do ensino médio voltou para o Encceja, como ocorria até 2009. O exame também será aplicado para a certificação do ensino fundamental. Nesta edição, o exame tem maior envolvimento das secretarias estaduais de educação.

    “O Encceja é o instrumento mais adequado para avaliar o desempenho desses adultos ou jovens que perderam a escolaridade na idade certa. Ele é mais amigável - não necessariamente mais fácil - e tem as mesmas referências”, afirma a presidente do Inep, Maria Inês Fini. “O Enem se caracteriza, desde 2009, muito mais como exame adequado para o acesso à educação superior”.

    Podem se inscrever pessoas com, no mínimo, 15 anos de idade completos na data da realização das provas que desejam a certificação do ensino fundamental. Aqueles que queiram pleitear a certificação do ensino médio terão que ter, no mínimo, 18 anos completos no dia do exame.

    As provas serão aplicadas em um único dia, nos turnos matutino e vespertino. Cada avaliação será composta por 30 itens de múltipla escolha com quatro alternativas de resposta. O Encceja é voluntário e gratuito. O Inep é responsável pela elaboração das provas, gestão da aplicação e correção. A emissão dos documentos certificadores é de responsabilidade da secretaria estadual de educação ou instituição educacional que firmar termo de adesão com o Inep.

    Opções - O certificado reconhece oficialmente que o educando cumpriu na íntegra todos os componentes curriculares do núcleo comum do ensino fundamental ou do ensino médio. Já a declaração de proficiência é a certificação parcial que comprova que o participante conseguiu cumprir um ou mais componentes curriculares nas áreas avaliadas pelo Encceja.

    Calendário - A publicação do edital do Encceja regular ocorrerá no dia 24 de julho. As inscrições serão realizadas entre 7 e 18 de agosto, com aplicação da prova em 8 de outubro. Serão 564 locais de provas distribuídos em todas as unidades da federação. Já o edital voltado para o público privado de liberdade será publicado em 7 de agosto. Neste caso, as inscrições serão entre 21 de agosto e 1º de setembro, com aplicação das provas nos dias 24 e 25 de outubro.

    Com as melhorias no Enem neste ano, a função de certificação do ensino médio voltou para o Encceja, como ocorria até 2009. O exame também será aplicado para a certificação do ensino fundamental (Foto: Rafael Carvalho/MEC)

    O edital destinado aos que moram fora do país sairá em 30 de junho, com inscrições previstas para 3 a 17 de julho e aplicação da prova regular em 10 de setembro. O exame será realizado nos Estados Unidos (Boston e Nova York), Bélgica (Bruxelas), Guiana Francesa (Caiena), Portugal (Lisboa), Suíça (Genebra), Espanha (Madri), Reino Unido (Londres), França (Paris), Japão (Nagóia, Hamamatsu e Ota) e Holanda (Amsterdã). Para o público privado de liberdade que mora no exterior, a prova será entre os dias 11 e 22 de setembro, somente na Guiana Francesa (Caiena) e no Japão (Tóquio).

    Estrutura – No Encceja, cada área do conhecimento tem uma matriz de referência (documento que subsidia a elaboração da prova) composta por 30 habilidades. O Inep recomenda notas mínimas para as instituições certificadoras; para as provas objetivas, a nota mínima sugerida é de 100 pontos em cada, o que representa em média 50% das habilidades que a prova de cada área afere. 

    No caso de língua portuguesa, língua estrangeira moderna, artes, educação física ou linguagens, códigos e suas tecnologias, o participante deverá adicionalmente obter proficiência na prova de redação. Esta valerá 10 pontos, sendo a nota mínima sugerida pelo Inep de cinco pontos. As provas serão aplicadas em um único dia.

    Mais informações estão disponíveis no portal do Inep.

  • Os resultados individuais do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) – referentes ao Encceja Exterior Regular, Encceja Exterior PPL (pessoas privadas de liberdade) e Encceja Nacional PPL – serão divulgados nesta sexta-feira, 8 de fevereiro, como anunciado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Nessa divulgação serão liberadas apenas as notas do ensino médio. Os resultados do ensino fundamental estão previstos para o final de fevereiro. 

    Certificado – Quem obteve a nota mínima exigida em todas as quatro áreas de conhecimento e na redação deve se dirigir às secretarias estaduais de Educação e aos institutos federais de educação ciência e tecnologia, escolhida durante a inscrição, para solicitar o certificado. Aqueles que obtiveram a nota mínima apenas em algumas áreas de conhecimento também devem procurar as secretarias para solicitar a declaração parcial de proficiência. Com a declaração, o participante fica liberado para repetir as provas da mesma área de conhecimento em futuras edições do Encceja. Ou, caso complete as declarações nas quatro áreas, já pode solicitar o certificado.

    Encceja – Criado em 2002 para aferir competências, habilidades e saberes de jovens e adultos que não concluíram o ensino fundamental ou o ensino médio na idade adequada, o exame voltou a certificar o ensino médio em 2017. O Encceja é aplicado pelo Inep, mas a emissão dos documentos certificadores (certificado e declaração de proficiência) é responsabilidade das secretarias estaduais de Educação e institutos federais de educação, ciência e tecnologia que firmaram Termo de Adesão ao Encceja.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Ministério da Educação recebe até a próxima quarta-feira, 13, inscrições de obras literárias inéditas para a quarta edição do concurso Literatura para Todos. Este ano, podem participar escritores do Brasil e de países africanos de língua portuguesa. O prêmio é de R$ 10 mil para os nove melhores trabalhos. Os autores africanos concorrem entre si, em qualquer gênero, a um prêmio do mesmo valor.

    Pelos dados da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, computados no começo da semana, 40 autores já enviaram trabalhos para o concurso. O maior número de inscritos concorrerá nas categorias poesia (12 autores) e conto (nove).

    Para participar do Literatura para Todos, os autores devem apresentar livros inéditos, escritos para neoleitores jovens, adultos e idosos em processo de alfabetização ou matriculados em turmas de jovens e adultos nas redes públicas da educação básica. Conforme o edital do concurso, as obras literárias devem ter narrativa atraente, favorecer o envolvimento afetivo e apresentar uma leitura do mundo.

    Nesta edição, o MEC vai selecionar duas obras de cada gênero — prosa (conto, novela ou crônica), poesia, texto da tradição oral (em prosa ou em verso) — uma de perfil biográfico e uma de dramaturgia. Os concorrentes de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe podem escolher uma das cinco modalidades.

    As inscrições de autores brasileiros devem ser feitas com o envio das obras literárias pelos Correios para IV Concurso Literatura para Todos – Ministério da Educação, Esplanada dos Ministérios, bloco L, sala 209. CEP 70047-900, Brasília, DF. Os africanos precisam encaminhar seus trabalhos às embaixadas do Brasil em seus países.

    Na página eletrônica da Secad são encontrados o Edital nº 5/2010, do Literatura para Todos, e um perfil dos neoleitores brasileiros, elaborado por Elisiane Vitória Tiepolo, mestre em literatura brasileira pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

    De acordo com calendário elaborado pela Secad, no dia 18 próximo haverá reunião da comissão de pré-seleção das obras. Em 8 de novembro, a primeira reunião da comissão julgadora e, em 8 de dezembro, a segunda. A publicação dos resultados provisórios, com a abertura do período de recursos, está prevista para 9 de dezembro. Em 13ou 15 de dezembro serão publicados os resultados finais.

    Criado em 2006, o Literatura para Todos premiou dez títulos na edição de 2006; nove, com uma menção honrosa, na de 2007-2008 e outros nove, também com uma menção honrosa, na de 2009. Desde 2008, a coleção integra o Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE) do Ministério da Educação.

    Ionice Lorenzoni
  • Guilherme Pera, do Portal MEC

    Abriram às 10h desta segunda-feira, 24 de junho, as inscrições para o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para residentes no exterior (Encceja Exterior). O prazo é até as 23h59 de 5 de julho.

    As provas são destinadas a jovens e adultos que buscam certificação do ensino fundamental ou do médio por não terem tido a oportunidade de concluir os estudos na idade adequada. Serão aplicadas em 18 cidades, de 12 países.

    Também nesta segunda tem início o prazo para solicitar atendimento especializado. O período é o mesmo: até 5 de julho. Podem pedir pessoas com:

    • baixa visão;
    • visão monocular;
    • deficiência intelectual (mental);
    • deficiência auditiva;
    • surdez;
    • autismo;
    • déficit de atenção;
    • discalculia;
    • dislexia e/ou deficiência física.

    Todos os detalhes constam no edital do Encceja Exterior 2019, publicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) no Diário Oficial da União de 12 de junho.

    Os interessados em tentar o certificado do ensino fundamental devem ter, no mínimo, 15 anos de idade, completos na data da prova. Já para o certificado do ensino médio, a idade mínima exigida é 18 anos.

    Países e cidades – As provas serão aplicadas no dia 15 de setembro em 18 cidades, de 12 países: Bélgica (Bruxelas); Espanha (Barcelona e Madri); Estados Unidos (Boston, Houston, Nova Iorque e Miami); França (Paris); Guiana Francesa (Caiena); Holanda (Amsterdã); Itália (Roma); Japão (Nagoia, Hamamatsu e Tóquio); Portugal (Lisboa); Reino Unido (Londres), Suíça (Genebra) e Suriname (Paramaribo).

    Provas – São quatro provas objetivas, cada uma com 30 questões de múltipla escolha, e uma redação. Para a certificação do ensino fundamental, o participante é avaliado em Ciências Naturais; Matemática; Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Artes, Educação Física e Redação; e História e Geografia.

    Para o ensino médio, as áreas avaliadas são Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias; Linguagens e Códigos e suas Tecnologias e Redação; e Ciências Humanas e suas Tecnologias.

    Certificação ou Declaração de Proficiência – A nota mínima exigida é de 100 pontos nas provas objetivas e de 5 pontos na redação. Os resultados do Encceja podem ser usados de duas formas.

    O participante que conseguir a nota mínima exigida nas quatro provas objetivas e na redação tem direito à Certificação de Conclusão de Ensino Fundamental ou do Ensino Médio. Já o participante que conseguir a nota mínima exigida em uma das quatro provas, ou em mais de uma, mas não em todas, tem direito à Declaração Parcial de Proficiência.

    Encceja Exterior PPL – O edital também apresenta as regras e o cronograma do exame para jovens e adultos submetidos a penas privativas de liberdade no exterior, o Encceja Exterior PPL (Penas Privativas de Liberdade). Nesse caso, a aplicação será apenas em unidades prisionais de Tóquio, no Japão, de 16 a 27 de setembro.

    A inscrição para detentos deverá ser feita pelos responsáveis pelo consulado-geral de Tóquio, desta segunda até 5 de julho, exclusivamente pelo Sistema Encceja Exterior PPL. O edital detalha os procedimentos para inscrição.

  • No Pará, o Movimento pela Alfabetização de Jovens e Adultos (Mova) tem trabalhado para reduzir os índices de analfabetismo nas regiões mais carentes A vida profissional da professora Denilda Maria do Socorro Martins da Silva, 51 anos, mudou quando ela ouviu a história de Paulo Freire, um dos maiores educadores brasileiros. O encantamento pelo criador do revolucionário método de alfabetização baseado na pedagogia da libertação a fez descobrir o prazer de alfabetizar jovens e adultos. Segundo a pedagogia da libertação, conhecida e pesquisada em todo o mundo, os alunos são alfabetizados com as palavras que usam no dia a dia, sempre associando o processo de alfabetização à vida.

    A transformação na carreira da professora de Belém aconteceu há oito anos, após 23 anos alfabetizando crianças. Tudo começou com o convite de uma colega para participar do Movimento pela Alfabetização de Jovens e Adultos (Mova), do governo do Pará. “Quando ouvi sobre a forma de ensino e a vida de Paulo Freire, fui me interessando, me identificando, me fascinando. Virei uma fã dele e de seu método”, revela.

    Atualmente, Denilda tem 16 alunos — 15 são mulheres — entre 26 e 76 anos. Moradora do bairro Cremação, na periferia de Belém, ela dá aulas em casa, enquanto a escola é construída, de segunda a quinta-feira, de manhã. Nos outros dois turnos, ministra aulas particulares de reforço e também ensina em uma escola particular. Mas seu maior prazer está em ensinar jovens e adultos.

    Para formar novas turmas, a professora faz, inicialmente, a chamada pesquisa antropológica — primeira fase do método Paulo Freire. Nesse trabalho de campo ela identifica os alunos e observa os problemas por eles enfrentados na comunidade, como falta de saneamento e violência. “Durante as conversas, eu retiro frases significativas ou um tema gerador que futuramente será usado nas aulas”, esclarece.

    Muitos jovens e adultos que não sabem ler ou sabem pouco não se identificam como analfabetos. Diante disso, é preciso conhecer as pessoas para conseguir atraí-las. “Os carvoeiros, por exemplo, têm a prática da matemática, mas precisam do conhecimento de escrita e leitura para ampliar esse conhecimento”, observa. O segundo passo é levar os estudantes para a sala de aula. A partir daí, a professora começa a apresentar o tema central, desenvolvido em conversa de roda, durante a qual ela insere o conteúdo.

    Após a alfabetização, os alunos são encaminhados por Denilda a uma escola tradicional. Ela envia a lista com os nomes à secretaria estadual de educação e indica a escola mais próxima do local de moradia do estudante. Quando o aluno procura a escola, a vaga está garantida. Denilda não tem ideia de quantas pessoas já formou desde 2002.

    Cidadania

    A coordenadora de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação do Pará, Rafaela Dias Pires, afirma que a política do estado estimula a conquista da cidadania com a mobilização pela leitura e a escrita. “O Mova, herdeiro nato do Brasil Alfabetizado, ganha credibilidade e adesões a cada exercício”, diz Rafaela, pedagoga com dez anos de experiência em educação de jovens e adultos. “Os índices de analfabetismo no Pará vêm caindo, mesmo que tenhamos ainda muito o que fazer para diminuí-los ainda mais.”
    Na opinião de Rafaela, as maiores dificuldades do estado estão, principalmente, na região do arquipélago do Marajó, que registra os mais altos índices de analfabetismo. “Mas as dificuldades vêm sendo vencidas pela flexibilidade que o programa Brasil Alfabetizado oferece em seu modelo”, afirma.

    Denilda diz que educar jovens e adultos é um desafio permanente. “É preciso morar e conhecer a comunidade, interessar-se pelo dia a dia do aluno, pelo conhecimento que ele tem”, salienta. “A gente conversa, se interessa e vê como formá-lo de uma maneira eficaz.”

    Como problema, a professora aponta a capacitação dos educadores populares. Ela mesma gostaria de participar dos programas de formação de professores oferecidos pelos governos federal e estadual — no Mova, participa de encontros de formação todas as sextas-feiras. No entanto, o sonho de Denilda é fazer graduação em história e aprofundar o conhecimento sobre o método Paulo Freire. “Apesar das dificuldades, sou muito agradecida pela alfabetização de jovens e adultos ter surgido na minha vida. São pessoas mais velhas que têm problemas de aprendizagem, mas é muito bom ver alguém aprender”, diz. “Eu tenho uma ex-aluna que agora ensina os netos.”

    Adriane Cunha

    Saiba mais no Jornal do Professor




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