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  • A partir desta segunda-feira, 14, diretores e professores de escolas públicas podem fazer o lançamento on-line dos dados da primeira aplicação da Provinha Brasil este ano. O prazo para envio das informações termina em 30 de setembro.

    O sistema on-line funciona como ferramenta para visualização do desempenho dos alunos e também para a produção de relatórios de desempenho por estudante, turma e escola. Em setembro, os interlocutores estaduais e municipais terão acesso aos relatórios consolidados das respectivas redes de ensino.

    A Provinha Brasil é uma avaliação diagnóstica das habilidades relativas à alfabetização e ao letramento em língua portuguesa e em matemática desenvolvidas pelas crianças matriculadas no segundo ano do ensino fundamental das escolas públicas do país. A prova é aplicada no início e no fim do ano letivo para permitir o diagnóstico e a aferição da evolução da aprendizagem dos estudantes.

    Mais informações sobre a Provinha Brasil na página do exame na internet. Na mesma página, diretores e professores devem fazer o lançamento dos dados da primeira aplicação da prova este ano.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

  • Os alunos da escola paranaense foram estimulados a ler textos sobre a velhice, como poemas e contos, fizeram visitas a um lar de idosos e leram para eles (foto: arquivo professora Érica Rodrigues)Interessada em buscar novas estratégias capazes de atrair o interesse pela leitura entre os alunos do sexto ano do ensino fundamental, a professora Érica Rodrigues, do Colégio Estadual João Gueno, no município paranaense de Colombo, buscou apoio na Universidade Federal do Paraná (UFPR). A parceria entre as duas instituições levou à realização do projeto Ação Integrada para o Letramento, vencedor da sétima edição do Prêmio Vivaleitura, na categoria 2, destinada a escolas públicas e particulares.

    Desenvolvido em 2013 e em 2014, com a participação das professoras Lúcia Cherem e Elisa Dalla Bona, da UFPR, o projeto teve como linhas de trabalho o letramento literário e a literatura em sociedade. O principal objetivo do letramento era o de despertar o interesse dos estudantes pela leitura de obras de literatura. Uma das atividades desenvolvidas foi o trabalho que teve como foco a escritora brasileira infanto-juvenil Índigo (Ana Cristina Ayer de Oliveira).

    De acordo com Érica, a leitura do livro A Maldição da Moleira entusiasmou os alunos, o que deu início a um processo de aproximação com a escritora. “Após ter conhecimento da experiência com as turmas, Índigo mandou uma caixa com quatro de seus livros”, revela a professora. “Mandamos uma carta agradecendo, e ela começou a responder às perguntas em seu blogue, dando início a uma interação virtual com os estudantes.”

    O interesse dos alunos foi aumentando à medida que estudavam outros textos da escritora e liam reportagens publicadas por ela. “Assim, a vontade de um encontro só aumentava”, revela a professora. “Após muitos esforços, foi marcada uma visita à escola.” Segundo Érica, a visita, realizada em setembro de 2014, foi um sucesso: “Toda a escola se mobilizou para recebê-la, e os alunos escreveram um livro para presenteá-la”. Índigo postou um comentário sobre o livro dos alunos em seu blogue e os provocou a escrever outro. A provocação foi aceita e, no final de 2014, uma nova obra dos estudantes foi enviada de presente à escritora.

    Velhice — Na linha de trabalho denominada literatura em sociedade, Érica estimulou a leitura, no início de 2014, de vários textos sobre a velhice, em diferentes gêneros textuais — filmes, reportagens e blogues —, culminando na leitura de textos literários, como poemas e contos. No fim do semestre, os alunos fizeram uma visita a uma instituição para idosos. Antes disso, divididos em grupos, eles selecionaram poemas a serem lidos aos usuários da instituição, confeccionaram cartões e elaboraram perguntas a serem feitas aos idosos. “O primeiro contato foi tão produtivo que gerou o desejo de novos encontros”, diz a professora. Então, mais uma visita foi agendada. Nela, os alunos leram obras cujos personagens eram pessoas idosas e fizeram um lanche com os moradores.

    De acordo com Érica, muitos dos idosos há tempos não tinham contato com um livro. “Eles riam das histórias, identificavam-se com os personagens, admiravam as ilustrações, queriam tocar o livro”, explica. Uma das idosas quis inverter o papel e ler para os estudantes, o que deixou todos emocionados. “A troca de experiências foi riquíssima e sensibilizou os adolescentes”, destaca a professora, que tem graduação em letras e mestrado em educação.

    O projeto começou a ser desenvolvido em 2013, em duas turmas de sexto ano do ensino fundamental, e teve continuidade em 2014, com os mesmos alunos, já então no sétimo ano. Os planos de Érica, para 2015, incluem a continuidade do trabalho, com novas atividades e adaptações necessárias a cada turma em que ele será desenvolvido.

    “A premiação no Vivaleitura significa o reconhecimento de um trabalho verdadeiro, construído com a participação de várias pessoas comprometidas com uma educação de qualidade”, ressalta Érica. Além disso, segundo ela, o prêmio renova a convicção de que é sim possível fazer a diferença, “independentemente das dificuldades que existam, desde que haja uma equipe envolvida, disposta a trocar experiências e se ajudar”.

    Fátima Schenini



  • Neste 8 de setembro comemora-se o Dia Internacional da Alfabetização. A data foi criada há 50 anos pela Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (Unesco) e tem como objetivo o fomento ao letramento em todo o mundo. Nesse meio século, houve uma redução de 25% de jovens e adultos analfabetos, mas há muito a se fazer: ainda há 758 milhões de adultos que não sabem ler e escrever. Desses, 13 milhões são brasileiros.

    O ministro da Educação, Mendonça Filho, expressou preocupação com o número e garantiu seguimento nos programas de governo pensados para sanar essa dificuldade. “A gente tem que mobilizar a sociedade brasileira para garantir uma alfabetização de qualidade para as crianças, mas também assegurar o acesso ao letramento para jovens e adultos. Uma criança que não é alfabetizada tem o futuro comprometido”, afirmou.

    No dia a dia das escolas, experiências compartilhadas entre professores e alunos mostram o quanto essa mobilização em prol da alfabetização é importante. Um exemplo é a história de Brian Dimitri, de sete anos de idade, estudante da Escola Classe 410 de Samambaia, no Distrito Federal, que teve a vida transformada pela leitura. O garoto passou a ler histórias para a irmã caçula, de um ano, e também assumiu a função de ajudante na cozinha: leu e fez uma receita de bolo de milho com a mãe. “Eu sei ler e escrever de tudo! Já fiz até um poema”, comemora o garoto.

    O gosto pela leitura estimula Brian a seguir estudando. Ele conta que adora escrever os nomes dos animais, embora ainda confunda se a palavra “raposa” deve ser escrita com S ou com Z. O menino sonha em estudar insetos quando crescer. Para a professora que o alfabetizou, Isabel Cristina Campos de Andrade, 41 anos, é uma alegria imensa saber que a leitura leva crianças a sonharem com uma formação. “É um sentimento de realização, de dever cumprido, de que a escola cumpriu com sua função social”, comenta.

    Para Isabel Andrade, professora de Brian Dimitri, de sete anos, o processo de alfabetização passa por acreditar na capacidade dos estudantes (foto: Rafael Carvalho/MEC)Há duas décadas no magistério, sendo a última voltada exclusivamente à alfabetização de crianças, Isabel avalia que o primeiro passo para atuar nessa função é acreditar na capacidade dos alunos. “O processo de alfabetizar é, em primeiro lugar, acreditar nas crianças. Todas têm potencial para aprender. A alfabetização tem que ter um contexto social; precisamos saber como as crianças vão usar o letramento na vida delas”, afirma.

    Isabel também trabalhou na educação de jovens e adultos, durante dois anos. “Foi uma experiência valiosa. Eu vi que da mesma forma que uma criança passa por todo um processo de alfabetização, por todo um aprendizado, o adulto também”, lembra.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é uma estratégia para alfabetizar cerca de 8 milhões de crianças nos três primeiros anos do ensino fundamental (foto: arquivo MEC – 13/3/07)Começa na próxima segunda-feira, 6, o 2º Seminário de Integração de Saberes em Linguagem e Matemática no Estado do Pará. Durante dois dias, professores universitários, orientadores de estudo e professores alfabetizadores de 122 municípios paraenses e de outros estados da região Norte vão se reunir em Belém para discutir os desafios e realizações do Pacto Nacional para Alfabetização na Idade Certa (Pnaic). O encontro ocorrerá no Centro de Convenções Benedito Nunes, no Campus Universitário do Guamá da Universidade Federal do Pará (UFPA).

    Divulgar as experiências e produções em alfabetização e letramento desenvolvidas nas salas de aula nos municípios integrantes do Pnaic no Pará é um dos principais objetivos do seminário. Ele visa, ainda, a dar visibilidade ao trabalho de formação continuada dos orientadores de estudos e professores alfabetizadores do programa e às experiências pedagógicas desenvolvidas em salas de alfabetização. Na ocasião, também serão apresentadas experiências de outros estados da região.

    “Um dos aspectos mais importantes do encontro é a socialização das experiências em sala de aula a partir do processo de formação continuada dos professores”, diz Mirna Araújo, coordenadora de formação continuada de professores da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação e responsável pelo Pnaic. “Desse modo, o professor pode se apropriar de mais estratégicas metodológicas para aplicá-las aos alunos no processo de alfabetização e letramento.”

    Estratégia — O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é uma estratégia para alfabetizar, em português e em matemática, cerca de 8 milhões de alunos, nos três primeiros anos do ensino fundamental, distribuídos em 400 mil turmas de 108 mil escolas da rede pública de educação básica. Implica uma articulação inédita com todos os secretários estaduais e municipais de educação, com o objetivo de ofertar cursos de formação continuada a professores alfabetizadores, com tutoria permanente e auxílio de orientadores de estudo capacitados em 36 universidades públicas.

    Desde que foi implantado, em 2013, o Pnaic já formou mais de 15 mil orientadores de estudos e 313 mil professores alfabetizadores, espalhados por 5.497 municípios.

    Assessoria de Comunicação Social


    Confira a programação do seminário


  • Desde que começou a lecionar, há 30 anos, a professora Maria Bernadete Souza da Silva usa a literatura como recurso para desenvolver o aprendizado da leitura e da escrita entre os alunos. Ao observar o gosto das crianças pelas histórias e o fato de que elas já conheciam quase todas, a educadora resolveu inovar nas narrativas.

    A cada ano, com base em cada letra do alfabeto, ela modifica as histórias, inventa outras ou acrescenta fatos, de acordo com o interesse da turma. “É uma prática que tem dado certo, pois as crianças associam as letras às histórias que ouvem; a alfabetização acontece naturalmente”, explica Maria Bernadete, que leciona na Escola Municipal de Ensino Fundamental David Canabarro, em Canoas (RS), na região metropolitana de Porto Alegre.

    Formada em pedagogia, a professora explica que as aulas são organizadas como se fossem um grande livro de histórias, contadas uma a uma. “Dessa forma, os alunos sentem necessidade de saber qual será a próxima, pois são despertados neles a curiosidade e o prazer pela leitura”, ressalta.

    Outro recurso usado é a dramatização. “Como conto histórias dramatizando cada passagem, acabo por transformar a aula em um grande teatro”, destaca Maria Bernadete. “A cada hora, um aluno tem a possibilidade de ser o protagonista de uma história.”

    Esses recursos, salienta a professora, são os melhores para a obtenção de um grande número de alunos alfabetizados no fim de um ano letivo. Por meio deles, Maria Bernadete sempre conseguiu bons resultados. Ela enfatiza, no entanto, que o mais importante é a alegria e o prazer que as crianças demonstram em estar na escola. Os estudantes evitam faltar às aulas para não perder a próxima história.

    Coletânea
    — Quando os alunos começam a dominar a leitura, a ida à biblioteca e a retirada de livros fica mais frequente. “Sendo eu uma contadora de histórias, acabo por plantar neles também o gosto de ouvir e contar”, avalia a educadora. Para o fim do ano, ela prepara uma coletânea das melhores histórias da turma.

    Com 700 alunos em classes do primeiro ao sexto ano do ensino fundamental, a escola Davi Canabarro tem cinco turmas de alfabetização. “Enquanto escola, temos muita preocupação com a alfabetização e o letramento”, salienta a diretora Sílvia Letícia de Senna. “Contamos com profissionais que sempre buscam novidades e mostram disposição de usar o lúdico como ingrediente especial para o processo de construção da escrita e da leitura”, salienta a diretora. Sílvia é formada em pedagogia, com habilitação em supervisão escolar, e tem pós-graduação em informática educativa.

    Cada professora da escola pode usar a metodologia que melhor domina e com a qual se sente mais à vontade. Segundo Sílvia, é possível observar diferenças nos resultados obtidos entre as diferentes turmas. Ela destaca as que adotam práticas lúdicas, com o uso de histórias. “Percebe-se um número maior de alunos que alcançam a alfabetização e também o tempo menor dos estudantes para concluir essa trajetória.”

    Fátima Schenini


    Saiba mais no Jornal do Professor
  • Locais remotos e de difícil acesso são a área preferencial de atuação do programa de letramento implantado do Amazonas há sete anos (Foto: Wanderley Pessoa)Nos últimos sete anos, o Amazonas registra redução de aproximadamente 15% para 5% no índice de analfabetismo. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 95% dos jovens e adultos amazonenses são alfabetizados — a média nacional é de 7%.

    “Ainda temos muito que trabalhar, pois traçamos metas para chegar a menos de 4%”, destaca a coordenadora do programa de letramento Reescrevendo o Futuro, Nazaré Correa. Implantado no Amazonas em 2003, o programa, planejado para atender locais de difícil acesso, como áreas rurais e aldeias indígenas, é desenvolvido em parceria entre Ministério da Educação, Secretaria de Educação, Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e prefeituras.

    Com aulas aos sábados, em horário integral, o programa de letramento prevê pagamento de bolsas aos alunos, duas refeições diárias e dois professores em cada sala de aula. Na seleção dos alfabetizadores, têm preferência estudantes universitários de pedagogia, professores da rede pública e educadores populares. “Em sete anos, diminuímos a evasão para uma média, hoje, de 6%, quando a média por município varia de 20% a 50%”, salienta Nazaré. “Ou seja, promovemos o ingresso e também a permanência dos educandos.”

    Apesar dos bons resultados, o programa enfrenta desafios. Nazaré cita, entre eles, a alfabetização em língua materna — o Amazonas registra aproximadamente 64 grupos étnicos, que falam cerca de 30 línguas. “Já foram atendidos cerca de 18 mil indígenas, de 36 diferentes etnias, em 23 municípios”, esclarece. Outro desafio, de acordo com a professora, é a continuidade dos estudos na mesma proporção de ingressos na alfabetização.

    Presença

    Para superar as longas distâncias, os instrutores usam aviões, na maioria das vezes. Onde não há linha aérea convencional, as aeronaves são fretadas. Outro meio de transporte muito usado é o barco. A opção pelo ônibus é mínima, pois apenas cinco municípios são ligados por rodovias no Amazonas. “Antes do deslocamento, é necessária toda uma articulação com representantes locais para confirmar a presença dos alfabetizadores”, explica Nazaré.

    Fátima Schenini

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  • A Provinha Brasil é uma avaliação diagnóstica aplicada aos alunos matriculados no segundo ano do ensino fundamental. A intenção é oferecer aos professores e gestores escolares um instrumento que permita acompanhar, avaliar e melhorar a qualidade da alfabetização e do letramento inicial oferecidos às crianças. A partir das informações obtidas pela avaliação, os professores têm condições de verificar as habilidades e deficiências dos estudantes e interferir positivamente no processo de alfabetização, para que todas as crianças saibam ler e escrever até os oito anos de idade, uma das metas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).

     

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    Lista de postagem 2011 - 3ª etapa

     

     

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