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  • Seguem abertas até 30 de junho as inscrições para o Prêmio Literário Ferreira Gullar, que propõe a alunos do ensino fundamental e médio o desafio de transformar trechos da obra e vida do poeta maranhense em jogos eletrônicos ou aplicativos. Serão distribuídos R$ 30 mil em premiação entre os três melhores projetos.

    “Normalmente em prêmios literários tem que ser produzido um texto. Nós pensamos em vincular a vida e a obra do Ferreira Gullar em outro formato. Como o prêmio tem a intenção de fomentar o conhecimento do autor entre os jovens, cremos que isso vai atrair mais os alunos”, disse Cristian Brayner, diretor do Departamento de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) do Ministério da Cultura, que coordena o Prêmio. Brayner foi o entrevistado desta semana no programa Educação no Ar, produzido pela TV MEC e transmitido semanalmente pela TV NBR.

    Contrário ao antagonismo entre tecnologia e hábito de leitura, o diretor afirma que o Prêmio Literário Ferreira Gullar é um caminho para provar aos jovens que a literatura pode ser algo prazeroso e um aliado da aprendizagem. Ele comenta, ainda, que o resultado final vai contribuir com isso na medida em que poderá ser usado nas escolas, tanto pelos professores, quanto pelos estudantes. Ainda de acordo com Brayner, a trajetória de Gullar é algo com o qual muitos jovens devem se ver identificados ao longo das pesquisas para participar do prêmio.

    “Ferreira Gullar foi um personagem muito importante na trajetória histórica do Brasil. Ele morreu criando polêmicas no âmbito da política e da literatura. Foi crítico, tradutor, poeta e é importante que o estudante brasileiro conheça a vida dele e que, se existe uma relação estreita em política e literatura, o Ferreira é uma prova disso”, acrescentou Brayner.

    A proposta do Prêmio Ferreira Gullar é fomentar o conhecimento do autor entre os jovens, o que, para Cristian Brayner, atrai mais a atenção dos alunos (Frame: TV MEC)Gullar foi líder do movimento literário conhecido como Neoconcretismo, surgido no Rio de Janeiro na década de 1950, e seu livro mais importante foi Poema Sujo, escrito no exílio como um testamento político. Em 2016 foi agraciado com a Ordem do Mérito Cultural (OMC) no grau máximo Grão Cruz e principal condecoração pública da área da cultura no Brasil.

    Inscrições – podem participar do Prêmio Literário Ferreira Gullar estudantes dos ensinos fundamental e médio de todo o Brasil, sejam vinculados a escolas públicas ou privadas. As inscrições devem ser feitas pela internet.

    A iniciativa faz parte do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) que tem como diretrizes a democratização do acesso à cultura e o fomento à leitura. Dentro desta proposta, o edital surge com o objetivo de estimular a leitura e, ao mesmo tempo, homenagear o escritor Ferreira Gullar (pseudônimo de José de Ribamar Ferreira), falecido em dezembro de 2016. O melhor projeto será premiado com R$ 10 mil, o segundo colocado receberá R$ 7.142,86 e o terceiro lugar terá direito a R$ 4.285,72.

    Dúvidas podem ser esclarecidas pelo telefone (61) 2024.2629 ou por Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Acesse o edital e faça sua inscrição

    Assessoria de Comunicação Social

  • Em escolas da região metropolitana de João Pessoa, a literatura de cordel é vista como importante instrumento didático e elemento da cultura. Os estudantes aprendem a produzir textos com os elementos indispensáveis do cordel, com respeito às regras de métrica, rima e tipos de estrofes mais comuns (foto: cordelnarede zip net)O professor e cordelista Francisco Ferreira Filho Diniz percorre instituições de ensino públicas e particulares das áreas urbana e rural do município paraibano de Santa Rita e da região metropolitana de João Pessoa, nos turnos da manhã, tarde e noite. Ele conta a história da literatura de cordel, lê e distribui folhetos e promove oficinas de elaboração de cordel. Também canta, acompanhado por um grupo musical.

    Com 22 anos de magistério, Francisco dá aulas de educação física na Escola Municipal São Marcus, no distrito de Várzea Nova, em Santa Rita, para alunos do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. Desde 2000, ele desenvolve o Projeto Cordel, de divulgação desse tipo de literatura enquanto veiculo de comunicação, instrumento didático e importante elemento da cultura. Seu trabalho envolve estudantes de todas as idades e a comunidade escolar em geral.

    “Quero colaborar para manter viva essa tradição cultural e provar a capacidade que o cordel tem de educar, de debater qualquer assunto, além de entreter e motivar para a leitura”, afirma Francisco. Por meio da literatura de cordel, ele promove palestras sobre temas como educação, justiça social, cultura popular e corrupção.

    Durante as oficinas nas escolas, o professor ensina a produzir textos com os elementos indispensáveis do cordel, com respeito às regras fundamentais referentes à métrica, às rimas e aos tipos de estrofes mais comuns (principalmente sextilha, septilha, décima e quarta) e à oração, ou seja, a história.

    Memória — Segundo Francisco, o cordel é uma manifestação cultural que aborda a leitura, o canto, o aspecto rítmico compassado das declamações e a ilustração das capas, por meio de xilogravura, desenho, foto ou pintura. Além disso, de acordo com o professor, o cordel possibilita a memorização de fatos históricos ou acontecimentos e deixa um registro na memória nem sempre possível no texto em prosa. “A escola tem de saber desse potencial dos folhetos de cordel para ter em mãos mais uma forma de estimular os alunos à leitura e à reflexão dos mais diversos assuntos”, enfatiza.

    Em parceria com Valentim Quaresma, Francisco escreveu seu primeiro cordel, Zumbi, o Heroi do Brasil, em 2000. Decidiu então divulgá-lo nas escolas. A boa aceitação o estimulou a realizar outros trabalhos e a divulgá-los na internet. Com o êxito obtido, decidiu dedicar-se profissionalmente ao cordel.

    Ana Júlia Silva de Souza


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  • Professora de língua portuguesa e literatura brasileira no Colégio Lauro Farani Pedreira de Freitas, no município baiano de Iaçu, Elisabeth Amorim incentiva o hábito da leitura e sempre busca novas ideias para estimular os alunos a apreciar a atividade. Assim, para combater a resistência dos estudantes em relação à leitura, ela resolveu promover oficinas, na sala de aula, para “desmontar” a literatura. “Isso significa dizer desconstruir o texto, mudando de uma série discursiva para outra”, explica Elisabeth.

    Segundo ela, os alunos passaram a transformar contos ou romances em charges, bilhetes, cartas, cartazes, cartuns, histórias em quadrinhos ou grafites em tamanho gigante. Os registros tiveram início em 2007. “Vejo tanta riqueza na produção desses estudantes que não consigo desistir de investir em uma educação de qualidade”, afirma.

    Depois da criação do projeto Arte no Muro, pela coordenadora pedagógica Simone Lima Aragão, em parceria com os professores de arte, para valorizar os talentos da escola e permitir a estudantes de todas as séries e turnos expressar os dons artísticos, Elisabeth resolveu contribuir com o subprojeto Literatura é Arte! Com a colega Tânia Menezes, que também leciona literatura, ela passou a levar os alunos ao muro da escola para a desmontagem da literatura. Obras como Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado, e Vidas Secas, de Graciliano Ramos, além de livros de Monteiro Lobato, foram para o muro da escola, transformados em grafite.

    O trabalho era precedido pela leitura de romances e contos, discussões e desmontes literários na sala de aula. Os estudantes também passaram a produzir anúncios gigantes, relacionados às obras literárias, e a espalhá-los nas paredes da escola. Para Elisabeth, era uma forma de aumentar a procura pelos livros anunciados e conquistar leitores. “Sou tão apaixonada pela literatura produzida pelos estudantes que criei uma revista para socializar as produções, a Perfil, revista literária do Lauro Farani”, revela a professora.

    A revista, publicada de 2007 a 2011, voltada para a literatura desmontada, atende a todas as áreas e mudou o nome para Perfil: o Lauro em Foco. “Todos os resultados são significantes, pois a literatura desmontada dos estudantes do Colégio Lauro Farani ganhou a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) com a minha pesquisa de mestrado em crítica cultural”, diz a professora.

    Única escola de segundo grau na cidade, a instituição, sob a direção da professora Ivanilza Queiroz, atende a aproximadamente 1,3 mil alunos nas modalidades ensino médio regular, técnico em agropecuária e Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja).

    Fátima Schenini

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  • O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) abriu nesta quinta-feira, 29, o prazo para o cadastramento de editores e pré-inscrição das obras de literatura do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) para 2013. O programa vai distribuir cerca de 6,7 milhões de obras literárias a mais de 50 mil escolas do ensino fundamental e a 18,8 mil do ensino médio em todo o país. Serão investidos aproximadamente R$ 66 milhões.

    O período de cadastramento vai até 14 de fevereiro de 2012. Já o prazo para entrega dos livros que serão avaliados e da documentação exigida será aberto em 27 de fevereiro do próximo ano e irá até 2 de março.

    O PNBE é composto por obras clássicas da literatura universal; poemas; contos, crônicas, novelas, teatro, textos da tradição popular; romances; memórias, diários, biografias, relatos de experiências; livros de imagens e histórias em quadrinhos.

    As regras para cadastramento, entrega e avaliação das obras constam do Edital nº 8/2011 do FNDE. A etapa de cadastramento de editores e pré-inscrição das obras deve ser feita pela internet, na página do Sistema de Material Didático (Simad).

    Assessoria de Imprensa do FNDE
  • A literatura de cordel, que integra o patrimônio histórico do Nordeste, é ensinada, na escola alagoana, para que o estudante reconheça a linguagem como meio fundamental na construção de significados e conhecimentos e da identidade do ser humano (foto: onordeste.com)A literatura de cordel inspira várias atividades em sala de aula na Escola Municipal Prefeito Walter Dória de Figueiredo, no município de Rio Largo, Alagoas. Naquela unidade de ensino, é desenvolvido o projeto Sinhô Cordel, com estudantes do oitavo ano do ensino fundamental.

    Para a professora Polyanna Paz de Medeiros Costa, o cordel é uma das mais expressivas formas da cultura nordestina. Professora de português, ela é a responsável pelo projeto, que estimula os alunos a participar de várias atividades, como leitura e discussão dos temas explorados pela literatura de cordel; audição de versos declamados pelo cordelista alagoano Demis Santana; produção de cordel e desenhos manuais. Os estudantes também participam de dramatizações de textos de cordel, de autoria própria, ao som de músicas do compositor Luiz Gonzaga [1912-1989].

    “Os textos cordelistas são grande aliados nas estratégias de leitura e compreensão de fatos da realidade”, defende Polyanna. Formada em letras, com habilitação em português e literatura, especialização em mídias na educação e em novos saberes e fazeres da educação básica, ela está há dez anos no magistério. Polyanna também lecionou e desenvolveu o projeto Sinhô Cordel nas escolas Mário Gomes de Barros, no município de Novo Lino, e Alfredo Gaspar de Mendonça, em Maceió.

    Na visão da professora, a literatura de cordel integra o patrimônio histórico do povo nordestino. “Ela é ensinada ao aluno para que ele reconheça que a linguagem é um meio fundamental na construção tanto de significados e conhecimentos quanto da identidade do ser humano”, explica. Além disso, segundo Polyanna, o mundo exige mais criatividade, senso crítico e capacidade de interpretação, não só de textos como do mundo.

    Os cordelistas escolhidos para estudos em sala de aula são Jorge Calheiros, Davi Teixeira, José Severino Cristovão, Vicente Campos Filho, Gerson Santos, Pedro Queiroz, João Ferreira de Lima, José Pacheco, José Francisco Borges, Pedro Costa e Antônio Gonçalves da Silva.

    A professora define o cordel como um tipo de poesia popular, impressa em folhetos e veiculada em feiras ou praças. Teve origem em Portugal, por volta do século 17, escrito em folhas volantes, também denominadas folhas soltas. Como tinha um aspecto rudimentar, era comercializado nas feiras, praças e ruas preso a um cordel ou barbante, o que facilitava a exposição.

    Ana Júlia Silva de Souza


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  • Arte: Mário Afonso/MECCriado para despertar o interesse pela literatura entre os alunos da educação infantil e torná-los multiplicadores de leitura, o projeto Literatura nas Ruas conquistou uma dimensão maior do que a esperada. “O projeto consolidou a cumplicidade entre a família e a escola”, destaca seu autor, Diovane de César Resende Ribeiro, professor no Centro Municipal de Educação Infantil Maria Eduarda Farnezi Caetano, no município mineiro de Uberaba.

    Segundo Diovane, a ação surgiu de uma necessidade pessoal. Ele queria não só comprovar a importância das artes na educação infantil como também verificar quais instrumentos poderiam ser usados para estimular o gosto dos alunos pela área. Tão logo começou a trabalhar, em 2012, procurou sensibilizar os estudantes a conhecer e apreciar diferentes linguagens artísticas. “A literatura ganhou tamanho destaque que decidimos estruturar e desenvolver o projeto”, explica.

    O professor revela que os estudantes tiveram a oportunidade de assistir à apresentação de uma companhia de teatro integrada por adolescentes, a Cia. Rogê, com a adaptação do livro A Caixa Preta, do escritor Tiago de Melo Andrade, durante a realização da 3ª Festa Literária de Uberaba (FLU). Ao despertar o interesse das crianças, o professor selecionou algumas poesias para serem distribuídas aos moradores da comunidade em que a escola está situada. Percebeu então que era possível ir além e ampliar a distribuição a outros lugares.

    Por meio de parceria com a Biblioteca Comunitária Ler é Preciso Professor Antônio Bernardes Neto, para a coleta e doação de obras literárias, o professor conseguiu vários exemplares de obras distintas. Depois de fazer a leitura dos livros arrecadados, as crianças tiveram como tarefa confeccionar marcadores de livros para distribuição, com a obra, na praça central de Uberaba. “À vontade com a situação, as crianças cumpriram com suas responsabilidades como se fosse algo natural e presente na rotina”, salienta Diovane.

    Poeta — O projeto foi encerrado com o sarau Contos e Poesias, uma Homenagem ao Poetinha, em comemoração ao centenário de nascimento do poeta, escritor e compositor Vinícius de Moraes [1913-1980]. A atividade levou a um grande envolvimento das famílias, dedicadas a ajudar seus filhos, em casa, nos ensaios das declamações.

    Paralelamente à realização dessas atividades, o professor percebeu que os estudantes queriam ler cada vez mais. “Alguns, assim que terminavam as atividades, logo escolhiam um ou mais livros do Cantinho de Leitura para preencher o tempo em que os demais colegas estavam concluindo as tarefas”, diz.

    Estudante de pedagogia, 22 anos, com formação em nível médio no curso normal, Diovane atua na área da educação desde os 15 anos — começou com trabalho voluntário na biblioteca da escola em que cursava o ensino fundamental. O projeto Literatura nas Ruas foi um dos finalistas da sétima edição do Prêmio Vivaleitura, na categoria 2, destinada a escolas públicas e particulares. “Após esta experiência, saio com a força revigorada e mais crente de que tudo é possível. Basta acreditar”, afirma.

    Fátima Schenini

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  • A Fundação Biblioteca Nacional divulgou nesta terça-feira, 22, a lista dos vencedores do Prêmio Literário Biblioteca Nacional de 2016. Os concorrentes foram premiados nas categorias conto, ensaio literário, ensaio social, literatura infantil, literatura juvenil, poesia, projeto gráfico, romance e tradução.

    Realizado anualmente desde 1994, o prêmio contempla autores, tradutores e projetistas gráficos brasileiros, ao reconhecer a qualidade intelectual e estética da produção editorial desses profissionais. As comissões julgadoras analisam as obras de acordo com critérios como qualidade literária, originalidade, contribuição à cultura nacional, criatividade no uso dos recursos gráficos e excelência da tradução.

    As obras concorrentes devem ser inéditas (primeira edição), publicadas no Brasil, e podem ser inscritas em, no máximo, duas categorias. Nesse caso, uma delas será obrigatoriamente, em projeto gráfico. A premiação, uma das mais prestigiadas do país, recebe inscrições de autores de diversos estados. As obras são analisadas por 27 julgadores, três em cada categoria, ligados ao meio cultural, com notório saber e reconhecimento em suas áreas.

    Os resultados Prêmio Literário de 2016 foram divulgados no Diário Oficial da União desta terça-feira, 22, e no portal da Biblioteca Nacional.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Em sua 16ª edição, a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, que completa 30 anos, conta com espaço de 55 mil metros quadrados e reúne 950 expositores (foto: culturall.com.br)Com programação literária voltada para crianças, jovens e adultos, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) participa a partir desta quinta-feira, 29, da 16ª Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Como nas edições anteriores, o estande no Riocentro, na Zona Oeste carioca, oferece atrações diversas.

    Para as crianças, foi montado cenário, no pavilhão verde, inspirado no tema Espaço Escola. Elas têm a oportunidade, entre as estantes de livros, áreas de jogos e leitura, de conhecer o mundo de contos e fábulas, e de participar de atividades que envolvem música, literatura, jogos, oficinas de ilustração e narração de história.

    Para jovens e adultos, o estande oferece encontros com autores como Laura Sandroni, Rui de Oliveira e Afonso Romano de Sant’Anna.

    Maior comprador de livros didáticos e de literatura do país, o FNDE usa o espaço na bienal para aproximar o público das atividades desenvolvidas na área da educação brasileira. Em uma tela interativa, os visitantes têm acesso a testes de perguntas e respostas sobre os trabalhos da instituição. Também são expostas as obras adquiridas recentemente e encaminhadas a escolas públicas de todo o Brasil.

    A Bienal do Livro do Rio de Janeiro, em sua 16ª edição, conta com espaço de 55 mil metros quadrados, ocupados por três pavilhões, que reúnem 950 expositores. Nesta edição, que marca os 30 anos do evento, o país homenageado é a Alemanha. Nos 11 dias de evento, haverá intercâmbio cultural entre alunos, professores e autores do Brasil e daquele país.

    Este ano, entre as principais atrações da tradicional feira literária estão renomados autores nacionais e internacionais, como Zuenir Ventura, Maurício de Souza, Thalita Rebouças e os norte-americanos James Hunter e Nicholas Sparks.

    A bienal se estenderá até 8de setembro, aberta à visitação das 9 às 22 horas. Nos fins de semana, a partir das 10 horas.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do FNDE
  • A escritora Monique Revillion Dinato, autora do livro Teresa, que esperava as uvas, disse nesta sexta-feira, 13, que ficou surpresa ao ser questionada se os estudantes do ensino médio poderiam ler os contos do seu livro. A obra integra a coleção do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) do Ministério da Educação.

    Na avaliação da autora, os jovens estão expostos a esses temas há muito tempo, estão muito preparados e “dão um banho na gente” na discussão sobre os assuntos tratados em Teresa, que esperava as uvas.

    Talvez a surpresa suscitada pela mídia esteja no fato da história ser narrada do ponto de vista de um dos agressores e porque coloca o leitor na ação. “É literatura, e literatura ou é boa ou é má, não gosto de classificar se é para jovens ou não”, explica. Na minha casa, diz Monique, nunca proibi o acesso dos meus filhos a qualquer livro. “A biblioteca está aberta para eles”. Monique Dinato tem 49 anos e é mãe de dois filhos.

    A obra Teresa, que esperava as uvas marca a estréia de Monique no livro individual, em 2006. Publicado pela Geração Editorial, tem 158 páginas e os contos tratam de temas universais: amor, sexo, amizade, velhice, encontros e desencontros.

    Bem recebido por leitores e pela crítica, o livro ganhou três prêmios em 2006: Prêmio Açorianos Melhor Livro de Contos; Prêmio Açorianos Livro do Ano; Prêmio O SUL, Nacional e os Livros (autora revelação).

    Em 2009, a autora lançou o segundo livro de contos, Quatro quartos, obra que integra o Projeto Dulcinéia Catadora, que é uma ação social onde jovens de baixa renda confeccionam livros artesanais. A autora doou os contos para o projeto.

    Sua carreira literária, no entanto, começou bem antes com participações em antologias. A primeira foi com Contos de oficina 18, organizada por Luiz Antônio de Assis Brasil, em Porto Alegre, em 1997.

    Depois se seguiram: Contos de algibeira (Porto Alegre), Editora Casa Verde, 2007; Contos de agora (São Paulo), autores contemporâneos brasileiros, Editora Falante, 2006; Trinta contos imperdíveis (Porto Alegre), Editora Mercado Aberto, 2006; Contos de bolsa (Porto Alegre), Editora Casa Verde, 2006; Contos premiados (UPF/IEL), Concurso Josué Guimarães, 2006; Brevíssimos (Porto Alegre), Editora Nova Prova, 2005; Histórias de quinta (Porto Alegre), Editora Bestiário, 2005; 101 que contam (Porto Alegre), Nova Prova Editora, 2004; Habitasul Revelação Literária na Feira (Porto Alegre), Habitasul, 2000.

    Formação– Monique fez graduação em comunicação social (jornalismo) na Pontifícia Universidade Católica (PUC-RS) e tem mestrado e doutorado em administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atualmente combina a carreira literária com a gerência de conteúdo e metodologia da Oscip Junior Achievement Brasil, entidade que faz cursos de administração voltados para o empreendedorismo e educação financeira, em Porto Alegre.

    Leia os depoimentos publicados em jornais sobre o livro Teresa, que esperava as uvas.

    Assessoria de Comunicação Social
  • Na escola potiguar, o projeto que inclui a literatura de cordel ajudou a aumentar entre os alunos o interesse pela leitura, interpretação e elaboração de textos (foto: arquivo da professora Sandra Barbalho)No município potiguar de Parnamirim, a literatura de cordel é estimulada nas unidades de ensino. Além do projeto Cordel na Escola, da secretaria de Educação, algumas instituições desenvolvem experiências próprias. Um exemplo é a Escola Municipal Professora Íris de Almeida Matos. Lá é feito um trabalho com literatura de cordel há três anos.

    Graduada em pedagogia, a professora Sandra Macedo Barbalho, responsável pelo trabalho, está no magistério há 11 anos, com passagem pelas escolas Professora Eulina Augusta e Neilza Gomes. Nesse período, a literatura de cordel sempre fez parte de suas aulas. “É notório o interesse por parte dos alunos”, destaca. “Consequentemente, o comportamento melhora, bem como a aprendizagem.”

    De acordo com a diretora, Andréia Cristiane dos Santos Xavier, a escola sempre desenvolveu atividades voltadas para a leitura, mas os professores se queixavam da falta de estímulo por parte das famílias. “Isso me causava inquietação”, diz Andréia. Ao constatar que algumas famílias não podiam oferecer instrumentos de leitura, tanto por questões financeiras quanto por falta de interesse, a comunidade escolar entendeu sua responsabilidade na questão. Teve início, então, uma mobilização. As primeiras atividades foram um carrinho literário e rodas de leitura.

    Percebido o interesse das crianças, foi criado o projeto Sopa de Letrinhas, destinado a formar leitores. “Para despertar a magia guardada nos livros, surgiram os mediadores mirins de leitura literária do projeto, alunos com perfil leitor, carismáticos e desinibidos”, explica Andréia, que é formada em pedagogia e especialista em coordenação pedagógica.

    O projeto cresceu e incluiu eventos literários como a Sopa de Letrinhas Sabor Cordel, com o cordelista José Acaci, a pedido da professora Sandra. Ficou acertado, então, que este ano a escola seria uma das instituições participantes do projeto Cordel na Escola, da secretaria de Educação, que a cada ano reúne quatro escolas.

    Segundo a diretora, com a realização do Sopa de Letrinhas foi possível observar diversas melhorias no comportamento dos alunos. Aumentou o interesse pela leitura, interpretação e escrita de textos, houve desenvolvimento da criatividade e do respeito em ouvir o outro. Os estudantes também ganharam postura ao se apresentar em público e se tornaram mais participativos. A escola, que tem 500 alunos do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental, passou a participar também do projeto Rede Potiguar de Escolas Leitoras, que incentiva a promoção da leitura nas instituições públicas de ensino.

    Fátima Schenini



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  • O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão vinculado ao Ministério da Educação, divulgou nesta sexta-feira, 29, os nove vencedores do concurso literário “Faça parte dessa história”, que analisou mais de 4 mil obras inscritas de alunos de escolas públicas de todos o país.

    A competição selecionou as três melhores obras de cada uma das categorias do concurso: anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º) e ensino médio. Os candidatos podiam concorrer com poemas, contos, crônicas, novelas, teatro, texto de tradição popular, romances, memórias, diário, biografias, relatos de experiências e história em quadrinhos redigidos por eles.

    “O que se pretende com esse concurso é estimular o estudo da língua portuguesa e o gosto pela escrita e pela leitura. É essencial que os nossos estudantes valorizem e se interessem por manifestações literárias”, afirma o ministro da Educação, Rossieli Soares.

    Os vencedores serão premiados durante a Bienal Internacional do Livro 2018 em São Paulo, no dia 3 de agosto. O primeiro lugar de cada categoria ganha uma viagem internacional com acompanhante para conhecer a maior feira de livros do mundo: a Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha. Todos os finalistas ganham uma viagem nacional, com passagem aérea e hospedagem, para visitar Bienal do Livro em São Paulo; uma visita para conhecer a produção e distribuição do livro didático na capital paulista e um acervo completo de livros literários. Além disso, os primeiros e segundos colocados ganham um notebook, e os primeiros e terceiros, um tablet.

    Recurso - Os candidatos que não foram premiados podem entrar com recurso e solicitar os espelhos de avaliação das obras, por meio do endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Os recursos poderão ser enviados somente nos dias 5 e 6 de julho, no endereço eletrônico www.fnde.gov.br/concursoliterario, por meio do Formulário de Interposição de Recurso. Passado este período, o resultado definitivo será divulgado no dia 12 de julho.

    Confira o resultado:

    Do 1º ao 5º ano do ensino fundamental

    • 1º lugar: Marcela Canteli Boiago,Escola Municipal de Ensino Fundamental Coronel Francisco Arnaldo da Silva de Fernandópolis (SP), com a obra “Desejos de criança”.
    • 2º lugar: Santhiago Gomes de Almeida da Escola Municipal Coronel Alonso de Morais de Frutal (MG), com a obra “O Gentileza gerou gentileza”.
    • 3º lugar: Cecília Pereira Neves da Escola Municipal João Paulo I de Goiânia (GO), com a obra “O dragão dos meus sonhos”.

    Do 6º ao 9º ano do ensino fundamental

    • 1º lugar:  Giselle Gonçalves da Silva da Escola Municipal de Referência Anita Moraes de Maracapanã (PE), com a obra “Terra ardente”.
    • 2º lugar: Finelon Ferreira Figueiredo Neto do Colégio Municipal de Colônia de 1º grau de Itaeté (BA), com a obra “Toco de menino”.
    • 3º lugar: Ester Simoura Lopes da EEEFM José Damasceno Filho de Baixo Guandu (ES), com a obra “O Sabor da diversidade”.

    Ensino Médio

    • 1º lugar:  Vinícius Cellurale Novaes da Escola Reverendo Augusto Paes de Ávila de Praia Grande (SP), com a obra “Solo mãe”.
    • 2º lugar:  Gabriella Santos Rodrigues de Souza do CIEP 493 Professora Antonieta Salinas de Castro de Barra Mansa (RJ), com a obra “Cantos da semente do martírio”.
    • 3º lugar: Beatriz Lopes Prats do Colégio Pedro II do Rio de Janeiro (RJ), com a obra “Consciência, Consequência”. 


    Assessoria de Comunicação Social

  • As coleções de livros do programa Literatura para Todos do Ministério da Educação serão lidas e ouvidas pelos detentos da Penitenciária João Bosco Carneiro e do Presídio Regional de Guarabira, município do agreste paraibano. A partir do dia 24, as obras literárias farão parte da programação diária da Rádio Alternativa Esperança.

    Criada em 2006 pelo juiz de direito Bruno César Azevedo, a emissora, comunitária, funciona no Fórum de Guarabira das 7h às 18h. Pioneiro em atividades de promoção da cidadania no município, o juiz Azevedo tem participação direta nas atividades da rádio. No Diário da Execução Penal, o meio-dia, por exemplo, ele informa o andamento de dez processos e comunica, ao vivo, as decisões tomadas. Em outros horários, ele fala sobre direitos do consumidor, funções do Poder Judiciário e cidadania.

    A leitura dos livros do Literatura para Todos na Rádio Esperança, segundo Azevedo, vai contribuir para dinamizar a educação nas duas instituições penais, despertar os detentos para o poder da leitura e da escrita, melhorar o vocabulário e ajudar na formação dos cidadãos. O juiz resume a leitura como mais um estímulo à continuidade dos estudos nas prisões.

    Hoje, 80 pessoas estudam na penitenciária, divididos em quatro turmas. O estúdio da Rádio Esperança é operado por dois detentos que cumprem pena em regime fechado. Marconi Macena, por exemplo, é operador de estúdio, mas também vende anúncios no comércio e na indústria local. Ele está no último estágio da pena, segundo Azevedo.

    Iniciativas — A alfabetização nas prisões e a oferta de educação de jovens e adultos são iniciativas conjuntas dos ministérios da Educação e da Justiça, realizadas em parceria com estados e municípios. O programa Literatura para Todos foi criado em 2006 e tem hoje 30 livros selecionados em três editais.

    As obras, de diversos gêneros, foram criadas especialmente para leitores jovens e adultos em processo de alfabetização ou em cursos de educação de jovens e adultos nas redes públicas.

    A quarta edição do programa recebe inscrições até 13 de outubro, conforme o Edital nº/2010.

    Ionice Lorenzoni
  • Na escola de Muriaé, são desenvolvidos projetos para despertar o gosto pela leitura e pela literatura, enriquecer o vocabulário e melhorar a escrita dos alunos do ensino fundamental (foto: arquivo da escola)No início de cada ano letivo, a Escola Municipal Professora Elza Rogério escolhe um autor para ser estudado e homenageado por todas as turmas do ensino fundamental durante a realização do projeto Sarau Poético. O selecionado, este ano, é o poeta Vinícius de Moraes (1913-1980). Em 2011, foi a poetisa Cecília Meireles (1901-1964). A escola está localizada no município de Muriaé, na Zona da Mata mineira, a 300 quilômetros de Belo Horizonte.

    De acordo com Vilma Assis Gomes, que dá aulas a alunos do terceiro ano do ensino fundamental, o projeto engloba a realização de diversas atividades, de acordo com a maturidade de cada classe. “Para finalizar, há apresentações de trabalhos de todas as turmas, envolvendo declamação de poesias, dramatizações e danças, dentre outras atividades”, explica a professora, que tem pós-graduação em letras — língua portuguesa e literatura brasileira. Com sete anos de magistério, seis dos quais na escola, ela já lecionou em outras unidades de ensino municipais e estaduais das áreas urbana e rural de Muriaé e do município vizinho de Miradouro.

    Outro projeto de estímulo à leitura desenvolvido na escola é o Vai e Vem, criado para despertar o gosto pela leitura e pela literatura, enriquecer o vocabulário e melhorar a escrita. Inicialmente, quando começa o ano letivo, a diretoria da instituição distribui livros de literatura em cada turma, de acordo com a idade e o nível de escolaridade dos alunos. Segundo a diretora, Maria Helena de Andrade, nas turmas do primeiro ao quinto ano, as obras ficam guardadas em sala de aula, sob a responsabilidade dos professores; do sexto ao nono, ficam na biblioteca. Nos dois casos, às sextas-feiras, os estudantes podem escolher os livros que desejam ler. O controle é feito com o auxílio de um caderno, no qual são anotados os nomes dos estudantes e os títulos dos livros emprestados e devolvidos.

    “Em geral, os livros são recolhidos na segunda-feira para a redistribuição na sexta-feira seguinte e, assim, dar sequência ao projeto”, explica a professora Vilma. Sempre que possível, os alunos participam de uma roda de apresentação dos livros lidos. “É nítida a empolgação dos alunos no momento da escolha dos títulos”, ressalta. “Um aluno sempre influencia outro colega.”

    Vilma deixa claro que a intenção do projeto não é obrigar o aluno a ler, mas permitir que ele tenha contato com o mundo mágico dos livros e que, desse modo, descubra por si mesmo o prazer de ler.

    Interesse
    — “Em minhas aulas de literatura, já faz parte da prática a ida à biblioteca onde funciona o projeto Vai e Vem”, revela Alessandra Braga Breder Peixoto, que leciona em turmas do sexto e do sétimo anos. Periodicamente, ela promove debates com os alunos para que todos possam comentar sobre as obras lidas. “A conversa desperta o interesse da turma pela leitura de um livro que o colega já leu”, relata. “Às vezes, acontece até uma disputa para ler o mesmo livro.”

    Para Alessandra, é gratificante observar, nos estudantes que vivem uma realidade difícil, o contato e a leitura de livros de poesia, de invenções ou de aventura. “É bom saber que esse aluno dedicou seu tempo simplesmente à leitura. É o máximo”, diz a professora. Graduada em letras, ela está há 20 anos no magistério.

    Fátima Schenini

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  • Livros de literatura e jogos infantis reforçarão aprendizagem de 3,9 milhões de crianças (Foto: João Bittar) Em 2012, cerca de 130 mil professores que trabalham na alfabetização de crianças de seis anos de idade, em 90 mil escolas públicas, receberão livros de literatura e jogos infantis para enriquecer as aulas. O material servirá de reforço na aprendizagem da leitura e da escrita de 3,9 milhões de estudantes do primeiro ano do ensino fundamental.

    O acervo faz parte do projeto Trilhas, parceria do Ministério da Educação com o Instituto Natura e o Centro de Educação e Documentação para a Ação Comunitária (Cedac), de São Paulo.

    De acordo com o diretor de formulação de conteúdos educacionais da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Sérgio Gotti, 2.008 municípios serão atendidos com o material. Nesse grupo de cidades estão aquelas com índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) abaixo da média nacional (em 2009, de 4,6 pontos nos anos iniciais do ensino fundamental), as 26 capitais e aquelas com mais de 150 mil habitantes, além do Distrito Federal.

    O projeto Trilhas é composto por um conjunto que compreende caderno de orientação sobre o uso dos livros e dos objetos educacionais, dirigido aos gestores das escolas; oito cadernos de orientação e sugestão de atividades para os professores; acervo de 20 livros de literatura infantil e dez jogos para cada uma das 90 mil escolas.

    Os livros e os jogos infantis que compõem o acervo foram adotados pelo Instituto Natura, criador do projeto, em 2005, e agora integram o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) do Ministério da Educação. O material foi testado em escolas de 300 municípios até o ano passado.

    Segundo Gotti, antes de integrar os livros e jogos ao PNBE, as obras foram avaliadas e, quando necessário, adaptadas à política de livros e objetos educacionais do governo federal. A revisão e a adaptação ficaram sob a responsabilidade do Cedac.

    Ionice Lorenzoni

    Confira as obras literárias integrantes do projeto
  • Belém — Filho de mãe analfabeta e pai com pouca instrução formal, o escritor cabo-verdiano José Luiz Tavares, radicado em Portugal, só conheceu uma biblioteca aos 14 anos de idade. O contato com os livros, embora ocorrido mais tarde em relação à maioria dos jovens que frequentam as escolas, foi avassalador. Ele nunca mais parou de ler, e a leitura o estimulou a escrever. Dois de seus livros foram selecionados pelo prêmio Literatura para Todos. José Luiz e outros nove autores serão premiados nesta sexta-feira, 4, no encerramento da 6ª Conferência Internacional de Jovens e Adultos (Confintea), às 11h, em Belém.


    Os livros de José Luiz — um foi escolhido na segunda edição do prêmio, em 2008, e outro, na terceira, este ano — reúnem poemas. “Mas eu comecei a escrever em prosa”, relembra. Quatro anos depois de entrar numa biblioteca e se deparar com a Odisséia, de Homero, numa edição para jovens, José Luiz começou a escrever contos e crônicas.  “Comecei muito tarde”, lamenta.


    Para ele, a capacidade de escrever tem tudo a ver com o hábito da leitura. “Mas isso não quer dizer que todo leitor será um escritor”, avisa. Na opinião do escritor, sem a leitura, porém, teria sido impossível trabalhar um dom que, até então, não fora estimulado. “Acho que ter lido a Odisséia, naquela época, foi um pouco premonitório, como se o livro estivesse me dizendo que eu, como Ulisses, me aventuraria numa odisséia para ser escritor.”


    A linguagem das obras selecionadas pelo prêmio deve ser voltada para o jovem ou adulto que esteja começando a se familiarizar com a leitura. De acordo com José Luiz, escrever para esse público significa explorar uma linguagem de fronteira, nem voltada para o público infantil, nem para o adulto. “Foi assim que eu aprendi a ler. Eu me habituei com os livros que não eram feitos supostamente com facilidade para que determinado público compreendesse.”


    Na visão de José Luiz, os livros premiados pelo concurso guardam em comum a vantagem de não ser tão fáceis nem tão difíceis de ler. Por isso, estão ao alcance tanto de quem já tem um grau de habilidade avançado com a leitura quanto do jovem ou adulto que esteja começando. “Quem está começando pode encontrar mais dificuldades, é claro, mas não vai se deparar com histórias que não correspondam a sua capacidade de imaginação.”


    O primeiro livro de José Luiz premiado na segunda edição do Literatura para Todos foi Os Secretos Acrobatas. Nele, o tema principal dos poemas é o corvo. “Apesar de o animal estar associado a maus agouros, o corvo, para mim, representa o povo cabo-verdiano, que é muito perseverante”, diz. A segunda obra, À Bolina ao Redor do Natal, também de poemas, foi inspirada em lembranças infantis do autor em relação à data.


    Premiação — Dos dez autores escolhidos, nove receberão premiação de R$ 10 mil e um, menção honrosa. Todos os livros integrarão a coleção Literatura para Todos, com tiragem de 300 mil exemplares, e serão enviados pelo Ministério da Educação a estudantes jovens e adultos que começam a ter os primeiros contatos com a literatura.

    Maria Clara Machado

  • Principal comprador de livros didáticos e de literatura do país, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) participa da 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que vai até domingo, 31, no Pavilhão de Exposições do Anhembi. O estande do FNDE exibe obras adquiridas recentemente e encaminhadas a escolas públicas de todo o Brasil. Além disso, proporciona atividades lúdicas na área de educação para crianças e jovens.

    Durante o evento, técnicos do FNDE apresentam aos visitantes a dinâmica do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE). O PNLD entrega livros didáticos, dicionários e obras complementares a escolas públicas de ensino fundamental e médio. O programa também atende alunos da educação de jovens e adultos das redes públicas e das entidades parceiras do programa Brasil Alfabetizado.

    Incentivar a leitura e democratizar o acesso às fontes de informação é a função do PNBE, além de atuar no desenvolvimento profissional do professor. Para isso, distribui nas escolas públicas acervos compostos por obras de literatura, de referência, de pesquisa e de outros materiais relativos ao currículo da educação básica.

    A 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo foi aberta na última sexta-feira, 22. A expectativa dos organizadores é de receber 800 mil visitantes até domingo. Estão representadas na bienal as principais editoras, livrarias e distribuidoras do país. São cerca de 480 expositores em um espaço de 60 mil metros quadrados.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do FNDE

  • A literatura de cordel, mais frequentemente associada ao nordeste brasileiro, também faz sucesso no sul. Projeto desenvolvido na cidade turística de Gramado, na Serra Gaúcha, agradou aos estudantes da sexta série (sétimo ano) do ensino fundamental da Escola Municipal Nossa Senhora de Fátima. A iniciativa, da professora Giovana Cristina Kuhn, foi desenvolvida nos dois primeiros trimestres de 2010.

    Além de aprender a produzir textos de cordel, os alunos conheceram a história desse tipo de literatura, origem e principais características. “Os alunos amaram”, revela a professora, que está há seis anos no magistério. Graduada em letras — português e literatura —, ela tem mestrado em análise e métodos literários.

    Para que os estudantes obtivessem um conhecimento mais profundo, Giovana abordou as semelhanças do cordel com outras formas métricas, como o repente — ou desafio — e o rap. Outro tema apresentado foi a xilogravura, a arte gravada na madeira, usada na ilustração do cordel. “Depois dessa etapa, aproveitamos cordéis de autores conhecidos, como Patativa do Assaré (Antônio Gonçalves da Silva [1909-2002]), e fizemos a análise literária”, explica a professora. Por último, os alunos produziram os próprios cordéis, que foram divulgados no mural e publicados no blog da escola.

    Giovana lamenta não ter havido grande interesse de outros professores pela interdisciplinaridade. “Seria muito válido se tivesse acontecido, e o projeto teria maior abrangência”, avalia. Ela diz que gostaria de ter produzido uma encenação, mas não houve tempo.

    Interesse — Quanto à receptividade dos alunos, revela ter sido excelente. “Eles demonstraram bastante interesse, principalmente porque conseguiram notar um parentesco entre o cordel e o rap”, salienta. Entre os resultados positivos obtidos, ela destaca a melhora na escrita no momento da produção textual. “Os alunos perceberam que língua portuguesa também pode ser divertida, alegre e emocionante, como as estórias dos cordéis.”

    Na visão da diretora da escola, Mônica Raquel Scariot, o grupo que participou do projeto mostrou-se motivado, participativo e muito empenhado em realizar as atividades. Segundo ela, as turmas foram criativas e apresentaram trabalhos de autoria própria durante o Momento Cultural, uma atividade da escola. “Hoje, nossos alunos conhecem e leem cordéis e têm curiosidade em buscar atividades desse tema para serem trabalhadas nos momentos de leitura”, destaca Mônica. Formada em educação física, com pós-graduação em gestão educacional e 16 anos de magistério, ela está há quatro anos na direção.

    Fátima Schenini

    Confira o blog da escola Nossa Senhora de Fátima

    Saiba mais no Jornal do Professor
  • O que há em comum entre a geometria e Santos Dumont? Talvez imaginar o estudo do espaço e das figuras que ocupam? Se você ficou na dúvida, terá uma boa oportunidade de saber mais sobre o tema na próxima edição do programa Hora do Enem, que será exibido na próxima segunda-feira, 21.

    Mas se você pensou que o programa tratará do pai da aviação, enganou-se. O destaque da apresentação será o computador mais rápido da América Latina, batizado com o nome do aviador brasileiro. Quem contará tudo sobre a supermáquina será o pesquisador Fabio Porto, do Laboratório Nacional de Computação Científica. Ele terá a companhia do professor Cleber Neto, que resolverá a questão 142 do Caderno Azul, do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017, sobre geometria.

    Outro tema tratado durante a semana será a biogeografia, área de conhecimento que mistura Ciências Humanas e da Natureza. Na próxima terça-feira, 22, o convidado para falar sobre o assunto é o especialista Alexandro Solórzano. Já o professor Diomário Junior resolverá a questão 52 do exame do ano passado, sobre segregação socioespacial.

    Considerado um dos mestres da literatura brasileira, Machado de Assis será outro tema da semana no Hora do Enem. O escritor inspirou muita gente a pesquisar e estudar sobre sua obra, como Silviano Santiago, crítico e especialista em Machado de Assis, que no programa de quarta-feira, 23, desvendará os mistérios dos personagens clássicos criados pelo escritor. O professor Luiz Herculano participará da exibição e revisará uma questão do Enem sobre Machado de Assis, que foi primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.

    Na quinta-feira, 24, é a vez do Hora do Enem tratar das Ciências da Natureza, com abordagens sobre citologia, fisiologia e um supercientista, como destaques. O professor Rafael Bandeira revisará questões dos exames anteriores sobre células. Já o neurocientista Stevens Rehen, pioneiro nas pesquisas de células-tronco no Brasil, abordará os estudos mais recentes nessa área.

    A última edição da semana revela uma tema chocante, porém atual: a automutilação entre os jovens e o aumento do número de casos de suicídio entre adolescentes. No programa que será exibido na sexta-feira, 25, o professor Bernardo Moura debaterá o tema, com esclarecimentos importantes para os estudantes e dicas para um bom desempenho na redação.

    O programa Hora do Enem é exibido de segunda a sexta, às 7h, na TV Escola – canal de televisão do MEC. Quem não conseguir assistir no primeiro horário, pode acompanhar as reapresentações, às 13h e 18h. Comandado por Land Vieira, a atração tem, ainda, maratonas aos sábados, às 13h, e aos domingos, às 6h. Se você preferir, pode assistir em tempo real no portal da TV Escola e também no canal da emissora no YouTube.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Ministério da Educação recebe até a próxima quarta-feira, 13, inscrições de obras literárias inéditas para a quarta edição do concurso Literatura para Todos. Este ano, podem participar escritores do Brasil e de países africanos de língua portuguesa. O prêmio é de R$ 10 mil para os nove melhores trabalhos. Os autores africanos concorrem entre si, em qualquer gênero, a um prêmio do mesmo valor.

    Pelos dados da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, computados no começo da semana, 40 autores já enviaram trabalhos para o concurso. O maior número de inscritos concorrerá nas categorias poesia (12 autores) e conto (nove).

    Para participar do Literatura para Todos, os autores devem apresentar livros inéditos, escritos para neoleitores jovens, adultos e idosos em processo de alfabetização ou matriculados em turmas de jovens e adultos nas redes públicas da educação básica. Conforme o edital do concurso, as obras literárias devem ter narrativa atraente, favorecer o envolvimento afetivo e apresentar uma leitura do mundo.

    Nesta edição, o MEC vai selecionar duas obras de cada gênero — prosa (conto, novela ou crônica), poesia, texto da tradição oral (em prosa ou em verso) — uma de perfil biográfico e uma de dramaturgia. Os concorrentes de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe podem escolher uma das cinco modalidades.

    As inscrições de autores brasileiros devem ser feitas com o envio das obras literárias pelos Correios para IV Concurso Literatura para Todos – Ministério da Educação, Esplanada dos Ministérios, bloco L, sala 209. CEP 70047-900, Brasília, DF. Os africanos precisam encaminhar seus trabalhos às embaixadas do Brasil em seus países.

    Na página eletrônica da Secad são encontrados o Edital nº 5/2010, do Literatura para Todos, e um perfil dos neoleitores brasileiros, elaborado por Elisiane Vitória Tiepolo, mestre em literatura brasileira pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

    De acordo com calendário elaborado pela Secad, no dia 18 próximo haverá reunião da comissão de pré-seleção das obras. Em 8 de novembro, a primeira reunião da comissão julgadora e, em 8 de dezembro, a segunda. A publicação dos resultados provisórios, com a abertura do período de recursos, está prevista para 9 de dezembro. Em 13ou 15 de dezembro serão publicados os resultados finais.

    Criado em 2006, o Literatura para Todos premiou dez títulos na edição de 2006; nove, com uma menção honrosa, na de 2007-2008 e outros nove, também com uma menção honrosa, na de 2009. Desde 2008, a coleção integra o Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE) do Ministério da Educação.

    Ionice Lorenzoni
  • As obras de literatura serão destinadas, entre outras, a instituições públicas que ofereçam os anos iniciais do ensino fundamental e a educação infantil (foto: João Bittar)Será aberto na próxima segunda-feira, dia 10, o processo de inscrição e avaliação de livros de literatura para o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE). As obras serão destinadas a instituições públicas que ofereçam os anos iniciais do ensino fundamental, educação infantil e educação de jovens e adultos.

    A etapa de cadastramento de editores e de pré-inscrição das obras vai até o dia 23; a inscrição e a entrega das obras e da documentação, de 31 de janeiro a 4 de fevereiro. Cada obra deve ser inscrita em apenas uma das quatro categorias previstas em edital — categoria 1, instituições de educação infantil, etapa creche; categoria 2, instituições de educação infantil, etapa pré-escola; categoria 3, instituições que atendam alunos dos anos iniciais do ensino fundamental; categoria 4, instituições que atendam alunos da educação de jovens e adultos, etapas ensino fundamental e médio.

    Os gêneros literários abrangem poema, conto, crônica, novela, teatro, texto da tradição popular, romance, memória, diário, biografia, relatos de experiências, obras clássicas da literatura universal, livros de imagens e de histórias em quadrinhos. Nas antologias, o prefácio deve apresentar  critérios que justifiquem a organização da obra.

    Serão aceitos livros que não tenham sido adquiridos em edições anteriores do PNBE, mesmo que os direitos autorais pertençam a outro editor ou que o projeto gráfico-editorial seja diferente. Na edição deste ano do programa, além dos impressos, serão aceitas inscrições de livros em formatos especiais para estudantes com deficiência. As obras terão caracteres ampliados, áudio e CD ou DVD na linguagem brasileira de sinais (Libras). Todas as obras estarão atualizadas com base no recente acordo ortográfico da língua portuguesa.

    Os livros também estarão disponíveis em formato digital na página eletrônica do Ministério da Educação. O software desse formato baseia-se no padrão internacional daisy-digital accessible information system, que permite reprodução audível com uso de gravação ou síntese de fala, navegação pelo texto, reprodução sincronizada dos textos selecionados, ampliação de caracteres e conversão para o método braile. Os livros para alunos da educação infantil serão produzidos em material atóxico para crianças até três anos.

    A convocação foi publicada no Diário Oficial da União de 22 de dezembro de 2010, seção 3, página 76.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE
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