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  • Redenção (CE)— Soraia, Nelson e Lidiana, estudantes de Cabo Verde, país insular do oeste da África, integram o primeiro grupo de africanos a ingressar na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), que tem sede em Redenção, Ceará. Buscar conhecimentos para ajudar a desenvolver Cabo Verde é a missão comum desses universitários.

    Os alunos da Unilab participaram, na manhã desta quarta-feira, 25, da aula inaugural proferida pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, em prédio cedido pela prefeitura de Redenção. As instalações servirão como espaço inicial da nova instituição de ensino.

    De acordo com Haddad, o projeto político-pedagógico da universidade tem na base a formação de jovens que, após formados, trabalharão no desenvolvimento de suas nações. É também papel da Unilab promover o intercâmbio educacional do Brasil com países da África e, especialmente, entre instituições de educação superior. Segundo ministro, está em estudo a possibilidade de universitários brasileiros e africanos cumprirem parte da graduação no Brasil e parte na África.

    A concretização da Unilab, com o início das atividades acadêmicas, foi avaliada pelo ministro do ensino superior, ciência e inovação de Cabo Verde, Antonio Correa e Silva, como símbolo da parceria entre o Brasil e nações africanas e do aprofundamento da integração acadêmica e cultural.

    Expectativas— Soraia Figueiredo, 21 anos, cursa administração pública; Nelson Coutinho, 21, e Lidiana Sabino, 19, engenharia de energias. Aproveitar o sol e os ventos de Cabo Verde para diversificar as fontes de energia é a expectativa dos futuros engenheiros Nelson e Lidiana.

    Os africanos que compõem a primeira turma da Unilab vêm da Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Angola, Timor Leste e Cabo Verde. São 43 jovens, selecionados pelas embaixadas do Brasil em cada país. A seleção dos estudantes brasileiros teve como base o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010, combinado com um bônus para estudantes de escolas públicas.

    As aulas na Unilab começaram no início deste mês, com cerca de 300 alunos matriculados nos cursos de agronomia, enfermagem, licenciatura em ciências da natureza, matemática, administração pública e engenharia de energias. O objetivo da universidade é ter na graduação 50% das vagas ocupadas por africanos e 50% por brasileiros.

    Rodrigo Dindo

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  • A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), a mais nova instituição federal de ensino superior criada no país, fará a seleção de estudantes para ingresso em cursos de graduação pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do Ministério da Educação, previsto para janeiro de 2012.

    Para concorrer a vagas em seis cursos e a um bacharelado interdisciplinar, os candidatos precisam ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2011. Os estudantes que tenham cursado todo o ensino médio em escolas públicas receberão um bônus de 10% sobre a nota do Enem.

    A Unilab, localizada no Ceará, começou a funcionar em maio deste ano, com 320 vagas. No processo seletivo de janeiro de 2012, oferece 732 vagas, sendo 50% para brasileiros e a outra metade para candidatos de países de língua portuguesa da África – Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe – e do sudeste asiático, o Timor Leste.

    A instituição tem cursos de administração pública com 80 vagas, agronomia (72), enfermagem (36), engenharia de energias (72), licenciaturas em ciências da natureza e matemática (72) e abre neste processo seletivo dois cursos novos. Uma licenciatura em letras com 80 vagas e um bacharelado interdisciplinar em ciências humanas com 320 vagas.

    No bacharelado, os universitários receberão formação geral durante um ano e meio e depois vão escolher o curso para completar a graduação. Um dos quatro cursos previstos será de pedagogia. O ingresso no bacharelado será em duas etapas, sendo que a primeira em junho de 2012. Já os estrangeiros serão selecionados em seus países.

    De acordo com o reitor da Unilab, Paulo Speller, a adesão ao Sistema de Seleção Unificada, a duplicação do número de vagas e a criação de novos cursos foi uma decisão tomada pelo Conselho Superior Universitário. Speller considera que a seleção pelo Sisu democratiza o acesso à universidade.

    Mobilidade– Mesmo sendo uma universidade com apenas 16 meses de atividade, a Unilab tem atrativos para seus alunos. Um dos atrativos, diz o reitor Paulo Speller, é a oportunidade de cursar o último ano da graduação em outro país de língua portuguesa e até em alguma nação européia com ingresso via Portugal.

    Pelo seu caráter de integração, a Unilab também despertou o interesse de países como a China e a Argentina. Segundo Speller, as duas nações manifestaram o desejo de celebrar acordos para intercâmbio de professores e universitários para estudo de idiomas. A China e a Argentina querem professores brasileiros para ensinar a língua portuguesa e estão dispostas a enviar docentes para ensinar o mandarim e o espanhol na Unilab.

    Calendário– Diferente de outras universidades, a Unilab adota um calendário mais flexível, sendo que o trimestre que compreende os meses de dezembro, janeiro e fevereiro é dedicado aos campos das artes, da cultura, ao estudo de línguas, de disciplinas optativas.

    Esse trimestre é aberto a estudantes, à comunidade e a alunos de outras instituições de ensino superior. Todos os conteúdos são ministrados por professores convidados e visitantes. Nesses três meses também é possível ao estudante da Unilab refazer alguma disciplina que não tenha obtido nota suficiente no trimestre anterior.

    Na avaliação do reitor, é impressionante o interesse que o trimestre cultural desperta no campus da Liberdade, que é a sede da universidade, em Redenção (CE). A abertura do trimestre será na próxima segunda-feira, 28. Terça-feira, o professor Marco Antonio Dias, conselheiro especial da Universidade das Nações Unidas e ex-diretor da divisão de ensino superior da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), fala sobre Educação Superior no Século 21.

    Histórico– Com sede em Redenção, cidade distante 63 quilômetros de Fortaleza, a Unilab foi criada pela Lei nº 12.289, de 20 de julho de 2010, e a primeira turma ingressou na graduação em maio de 2011. A missão da universidade é promover a integração do Brasil com os países de língua portuguesa pela via da educação.

    A universidade funciona hoje no antigo centro administrativo da prefeitura de Redenção, cedido para as atividades. A expectativa do reitor é iniciar, em 2012, as obras do campus das Auroras, situado no maciço Baturité, entre os municípios de Redenção e Acarape, em terreno doado à Unilab pelo governo do Ceará.

    Ionice Lorenzoni

    Confira os cursos, as vagas e detalhes da instituição no portal da Unilab

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