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  • Heloísa Starling, coordenadora do projeto, apresentou o cd-room nesta sexta-feira, no Ministério da Educação (foto Wanderley Pessoa)As escolas públicas de educação básica vão receber, em 2011, o cd-rom Direito à Memória e à Verdade, que narra a trajetória da vida pública de 394 brasileiros mortos ou desaparecidos durante o regime militar (1964-1985). O material multimídia, projeto conjunto da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e do Ministério da Educação, foi criado especialmente para levar a história do período ao conhecimento de crianças, adolescentes e adultos que estudam nas redes públicas federal, estaduais e municipais.

    Acompanha o cd-rom um caderno de orientação aos professores. Todo o material foi produzido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com base no livro-relatório Direito à Memória e à Verdade, lançado em 2007 pelo governo federal.

    De acordo com a coordenadora do projeto na UFMG, Heloísa Maria Murgel Starling, o cd-rom está organizado de forma didática e traz várias formas de pesquisa. Quem buscar informação por uma foto, por exemplo, vai encontrar um perfil da pessoa, o contexto histórico, imagens e canções emblemáticas, a atuação dos advogados, o cenário internacional. Conhecerá, ainda, os subterrâneos do regime.

    Para ilustrar como as forças da repressão agiam, Heloísa apresentou pesquisa sobre Lyda Monteiro, secretária da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O vídeo mostra o retrato falado do suspeito de ter colocado a bomba no envelope que matou Lyda no Rio de Janeiro, em 1980. O retrato é de um rosto sem formas, apenas com cabelo e bigode.

    Entre os vídeos pouco conhecidos, segundo Heloisa Starling, o cd-rom traz um sobre Sérgio Paranhos Fleury, delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), em São Paulo. Ele aparece, em cerimônia fechada, em 1970, recebendo condecoração da Marinha do Brasil.

    Os ministros Fernando Haddad e Paulo Vannuchi destacaram a importância da distribuição do material nas escolas para promover a educação para a democracia e a liberdade (foto Wanderley Pessoa)Liberdade — Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, o material que vai chegar às escolas tem o objetivo de promover a educação para a democracia e a liberdade com uma linguagem que interessa a professores e estudantes. “Ao navegar pelo período, os jovens vão conhecer a crueza daquele tempo e ver a esperança que a música e o teatro traziam”, disse. “Temos de reafirmar aos estudantes que democracia e liberdade andam juntas.”

    O ministro sinalizou para a possibilidade de o país, a partir do cd-rom, construir um portal dedicado à democracia para que todas as gerações possam conhecer a história do país e sua diversidade cultural e valorizar os valores democráticos.

    De acordo com o ministro-chefe da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, a obra é um instrumento pioneiro, por fazer conexões entre os acontecimentos políticos de 1964 a 1985 com a cultura, a música, o teatro e os costumes da época. “O melhor que o país faz pelos jovens e pelo povo é expor sua memória”, afirmou. “É um processo corajoso que a democracia brasileira tem todas as condições de fazer, sem revanchismo, sem idéia de vingança.”

    Ionice Lorenzoni
  • Além de guardar um grande acervo, a Fundaj digitaliza as obras (Foto: Arquivo Fundaj)

    Interpretações originais de Luiz Gonzaga, Manoel G. Barreto e Jackson do Pandeiro, gravações de histórias da época de Agamenon Magalhães e discursos de Miguel Arraes, ambos ex-governadores de Pernambuco. Essas são algumas das obras que compõem a maior coleção fonográfica do Nordeste – e uma das maiores do Brasil –, pertencente ao acervo sonoro da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), no Recife.

    As produções abrangem diferentes contextos históricos, tendências e estilos musicais. São aproximadamente 11 coleções de suportes de diversas épocas, divididos em discos de 78 rotações, gravados de 1902 até a década de 1960; LPs, que compõem uma coleção de discos de 33 rotações; compactos, de sete rotações; fitas cassetes, fitas rolos, partituras e arranjos. 

    O reconhecimento de arquivos sonoros como patrimônio cultural é relativamente recente. Em Pernambuco, o pioneiro foi o pesquisador Renato Phaelante, responsável pela fonoteca da Fundaj desde 1981. Na época, ele mantinha a coleção apenas com arquivos de gravações de seminários e congressos da casa. Com experiência em rádio e apurada sensibilidade para música, começou a organizar o acervo. O trabalho contribuiu para que, posteriormente, os áudios fossem reconhecidos como documentos. 

    Preservação –  “O que Renato fez foi ousado, pois o Instituto de Documentação tinha um olhar muito hermético sobre o que era considerado documento“, avalia a assistente de ciência e tecnologia da Fundaj, Elizabeth Carneiro. Ao longo dos anos, com o empenho do pesquisador, foram acumulados em torno de 33 mil documentos. O material chegava à Fundaj por meio de doações de coleções pessoais e de outras emissoras pernambucanas, como a Rádio Olinda e a Rádio JC. 

     “O acervo, não só pela coleção de música popular, que traz uma ampla esfera de conteúdos políticos, sociais e históricos, mas também por fonogramas que remetem a histórias importantes, é um aliado à preservação da história brasileira”, explica Elizabeth. Ela cita como exemplo o jingle Ele vem aí, composto por Manoel G. Barreto na década de 1960 e que remete a temas contemporâneos – a peça menciona a eleição de Jânio Quadros e aborda a corrupção. “Também temos as obras de Luiz Gonzaga e Rosil Cavalcanti, que revelam a dificuldade no cotidiano nordestino em termos da superação do povo”, conta a assistente. 

    Digitalização – Além das obras, outra memória presente nos arquivos é a da própria evolução dos registros em áudio. A ampla coleção de suportes, por mais valiosa que seja, enfrenta uma dificuldade: a tecnologia que lhes dá acesso está se tornando obsoleta. Criado em 2005, o Núcleo de Digitalização da Fundaj, a partir de 2013, trabalha no projeto de digitalização do acervo sonoro, contribuindo para a atualização tecnológica.

    “Toda digitalização tem um impacto de preservação, porque deixamos de manusear os originais”, analisa o coordenador do Centro de Documentação e Pesquisa da fundação, Lino Madureira. ”No caso do sonoro, boa parte do acervo tem essa característica muito forte da fragilidade.”  A digitalização é feita a partir de licitações e separada por época de acordo com os suportes.  Atualmente, estão sendo digitalizados 4,6 mil discos de vinil de 33 rotações. 

    Mesmo com a assistência da tecnologia, o acervo original continua sendo preservado. O processo de digitalização nunca se fecha por completo, pois a instituição constantemente recebe novos documentos.  “Algumas tiragens continuam sendo feitas da forma tradicional, mas isso vem sendo reduzido significativamente”, informa o coordenador. “Este projeto é uma ação contínua que fazemos em parceria com a equipe de TI [Tecnologia da Informação] da fundação, e procuramos sempre renovar. O acompanhamento disso é o nosso próximo desafio.”

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Fundaj

  • Termina nesta sexta-feira, 30, o prazo de inscrições para a escola de altos estudos Políticas de Memória: Narrativas, Esquecimento e Usos do Passado, promovida pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Ao longo de outubro próximo, os participantes terão a oportunidade de aprofundar a reflexão sobre processos de patrimonialização, com ênfase nos diferentes usos do tempo e da memória.

    A escola de altos estudos será ministrada pelo antropólogo francês Octave Debary, professor das universidades Paris Descartes e Sorbonne Paris Cité.

    Entre os dias 3 e 14 de outubro, das 9 às 12h30, o evento fará parte do Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural da UFPel, em Pelotas (RS). Nos dias 17 a 28, no mesmo horário, integrará o Programa de Pós-Graduação em Memória Social da Unirio, no Rio de Janeiro.

    As inscrições podem ser feitas pelo endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Assessoria de Comunicação Social

  • Secretários de imprensa e porta-vozes do Planalto contam em livro os bastidores do que viveram ao longo da história. (Foto: Fabiana Carvalho)Bastidores, crises, o dia-a-dia de porta-vozes e secretários de imprensa de presidentes brasileiros são temas do livro No Planalto, com a Imprensa, lançado nessa terça-feira, 14, em Brasília. A relação entre imprensa e governo, nos últimos 50 anos, sob o ponto de vista destes profissionais recupera a história e memórias de pessoas que viveram de perto esta relação delicada entre governo e mídia. Produzido pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República em parceria com a Fundação Joaquim Nabuco, do Ministério da Educação, a obra reúne os depoimentos de profissionais que atuaram desde o governo de Juscelino Kubitschek, na década de 50, até 2005.

    A cerimônia de lançamento teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Ministro da Educação, Fernando Haddad, e do presidente do Senado e ex-presidente, José Sarney, além de outros ministros, jornalistas e dos próprios ex-secretários de imprensa. No encontro, o presidente destacou a importância histórica que a publicação terá para pesquisadores, jornalistas e sociedade que poderão saber de detalhes do trabalho realizado. “Todos nós sabemos que sem um fluxo de informação não haveria como a sociedade ser bem informada. A assessoria de imprensa trata-se de uma atividade fundamental e deve funcionar de forma institucional e transparente. É fundamental que a imprensa seja livre e independente”, afirmou.

    O presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Fernando Lira, disse que o livro revela o papel do secretário de imprensa. “A evolução da história é gerada de acordo com a versão oficial que é importante, mas este livro permite ao porta-voz contar os bastidores daquilo que viveu.”

    Com organização do ex-secretário de imprensa do governo Lula André Singer e dos jornalistas Mário Hélio Gomes, Carlos Villanova e Jorge Duarte, o livro reúne entrevistas com 24 ex-secretários. O ineditismo e resgate histórico marcam o livro de 987 páginas. Além dos porta-vozes e secretários, foram ouvidas outras 20 pessoas para compor um quadro do período anterior ao de Juscelino Kubitschek. A obra nasceu com o objetivo de resgatar a memória institucional da Secretaria de Imprensa. Na edição das entrevistas, os autores optaram por preservar a fala original dos entrevistados, sem checar as versões, para não fugir da proposta original de preservação de conteúdo histórico. O resultado foi uma coletânea rica em memórias, com revelações inéditas e, em alguns casos, bombásticas, e o desabafo de homens que se incumbiram de ser a ponte entre o governo e a mídia, tendo muitas vezes que lidar com crises e atritos decorrentes da situação.

    Os autores do livro já planejam outros dois projetos: um livro com depoimentos dos ex-assessores internacionais da Presidência da República e outro com entrevistas com os ex-chefes do cerimonial. Há ainda a ideia para a criação de uma coletânea que trará a história dos atos da Secretaria de Imprensa. O objetivo é o mesmo da atual publicação: resgatar a memória institucional que não foi preservada ao longo dos anos de nossa história.

    Adriane Cunha

  • Ao lado do presidente da Capes, Carlos Nobre, o ministro Janine Ribeiro lembrou que os editais estimulam a pesquisa (Foto: Isabelle Araújo/MEC)“É preciso recuperar a história”, disse o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, durante a solenidade de lançamento dos editais de chamada pública para pesquisa e elaboração das obras Memórias Brasileiras – Biografias e Memórias Brasileiras – Conflitos Sociais, realizada na tarde desta quarta-feira, 29.

    Os editais, uma parceria entre o Ministério da Educação e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), têm o objetivo de resgatar e registrar as memórias do período republicano do Brasil.

    Para as duas chamadas, podem submeter propostas pesquisadores de instituições de educação superior e institutos de pesquisa brasileiros, públicos e particulares, que tenham programas de pós-graduação stricto sensu recomendados pela Capes.

    Segundo Janine Ribeiro, os editais são um apoio à pesquisa. “Lançar esses editais pela Capes significa que estes editais se dirigem à pós-graduação brasileira”, disse. “Esta é uma iniciativa que induz a pós-graduação a fazer pesquisa de ponta”, afirmou o ministro.

    Para o presidente da Capes, Carlos Nobre, os editais estão de acordo com o Plano Nacional de Pós-Graduação (2011-2020), que buscam criar e fortalecer centros de excelências em humanidades, além de se refletir na produção de material didático para educação básica. “Além do papel indutivo da Capes, merece destaque a vinculação que se estabelece entre a pesquisa de excelência e a melhoria da educação básica. É exigência dos dois editais que os produtos gerados em cada projeto contribuam para a educação básica”, concluiu.

    As inscrições para as duas chamadas públicasestão abertas até 28 de outubro próximo. O resultado final será divulgado a partir de janeiro de 2016.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

    Leia mais

    1. Propostas de pesquisas podem ser inscritas até 28 de outubro
  • Resgatar e registrar as memórias do Brasil. Esse é o motivo principal que leva o Ministério da Educação e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) a lançar, nesta quarta-feira, 29, os editais de chamada pública para pesquisa e elaboração das obras Memórias Brasileiras – Biografias e Memórias Brasileiras – Conflitos Sociais. Para as duas chamadas, podem submeter propostas pesquisadores de instituições de educação superior e institutos de pesquisa brasileiros, públicos e particulares, que tenham programas de pós-graduação stricto sensu recomendados pela Capes.

    As inscrições para as duas chamadas estão abertas até 28 de outubro próximo. O resultado final será divulgado a partir de janeiro de 2016.

    A primeira chamada pública tem como objetivo promover e fomentar a realização de pesquisas científicas que resultem em biografias, individuais ou coletivas, ou trajetórias de vida de pessoas ou grupos significativos para a compreensão da história do Brasil republicano. Não serão aceitas propostas de biografias individuais de pessoas vivas. Serão contempladas todas as áreas do conhecimento.

    As propostas devem ser apresentadas em duas modalidades — projetos de até R$ 100 mil, na faixa 1, e de até R$ 200 mil, na faixa 2. Estão previstas, para as duas faixas, bolsas nas modalidades de iniciação científica, mestrado e pós-doutorado, além de recursos de custeio e capital para aquisição de material bibliográfico.

    Conflitos — A segunda chamada visa a promover e estimular a realização de pesquisas científicas que resultem na publicação de livros a serem usados na educação básica. As obras devem enfocar processos e episódios (revoltas, insurreições, rebeliões populares, lutas armadas, manifestações populares entre outros) que, ao longo da história brasileira do período republicano, tenham sido significativos para o entendimento da construção do Estado e da sociedade brasileira e para a valorização de episódios pouco estudados da história do país.

    O valor total do financiamento do projeto é de até R$ 300 mil em recursos de custeio, capital, para aquisição de material bibliográfico e pagamento de bolsas. O repasse será feito em duas parcelas anuais.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes




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