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  • As merendeiras e os merendeiros de escolas públicas da educação básica de todo o país têm até a próxima segunda-feira, 26, para se inscrever no concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar. Realizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação, o concurso tem o objetivo de valorizar o papel desses profissionais na promoção de uma alimentação saudável e adequada ao ambiente escolar, além de mobilizar a comunidade escolar sobre o tema.

    As 15 melhores receitas serão premiadas e o primeiro colocado de cada região do país irá ganhar R$ 6 mil e uma viagem ao Caribe para conhecer o programa de alimentação escolar da República Dominicana. Os segundos colocados receberão R$ 3 mil e os terceiros, R$ 1 mil. Para fazer a inscrição, é necessário acessar a página eletrônica do concurso e inserir dados como CPF, o código do Inep da escola onde atua, informações pessoais, e responder um breve questionário. Depois, basta cadastrar a receita. Cabe observar que será permitida inscrição de somente uma receita por candidato, mesmo que o participante trabalhe em mais de uma escola.

    O concurso terá quatro fases, sendo a primeira delas eliminatória. A segunda etapa é uma seleção estadual; a terceira, uma regional; e a quarta e última, a etapa nacional. Os critérios de avaliação incluem criatividade e valorização de hábitos locais.

    Durante a última etapa, os 15 finalistas viajarão a Brasília e terão que preparar a receita que cadastraram durante a inscrição. Os pratos serão degustados por um júri composto de um estudante, um nutricionista, um conselheiro de alimentação escolar, um chefe de cozinha reconhecido pela crítica e um representante das entidades parceiras do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). As despesas relativas à viagem, como hospedagem, passagens e alimentação, serão custeadas por parceiros do concurso.

    Esta é a segunda edição do concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar. Na primeira, realizada em 2015, o prêmio principal foi uma viagem de intercâmbio ao Chile.

    Para se inscrever, ter acesso ao regulamento do concurso e obter mais informações, basta acessar a página eletrônica do concurso. Dúvidas podem ser enviadas para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Assessoria de Comunicação Social 

  • O Senado Federal aprovou na noite de quarta-feira, dia 27, a medida provisória que estende a merenda e o transporte escolares a  estudantes da rede pública de educação básica. Aprovada anteriormente na Câmara dos Deputados, a medida determina que 30% dos recursos da merenda sejam destinados à compra de produtos da agricultura familiar para estimular a atuação de pequenos produtores locais. Para a medida provisória virar lei falta apenas a sanção presidencial.

    Antes restrito ao ensino fundamental, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) vai beneficiar mais 12 milhões de estudantes do ensino médio e da educação de jovens e adultos. Serão liberados este ano cerca de R$ 2 bilhões para a compra de merenda.

    O programa promove a transferência suplementar de recursos financeiros a estados, Distrito Federal e municípios para suprir, parcialmente, as necessidades nutricionais dos estudantes. O Pnae é um dos maiores programas na área de alimentação escolar no mundo e o único com atendimento universalizado.

    Quanto ao transporte, serão beneficiados 1,1 milhão de crianças e jovens matriculados no ensino infantil e médio de escolas nas áreas rurais. Criado em 2004, o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate) abrangerá agora cerca de 4,7 milhões de alunos com uma verba prevista para este ano de R$ 478 milhões.

    A transferência automática de recursos financeiros do programa, de caráter suplementar, é destinada a gastos relativos à manutenção de veículos, serviços de mecânica, compra de combustíveis e lubrificantes e pagamento de serviços terceirizados, entre outros fins. Cabe a estados e municípios complementar os recursos para garantir o transporte dos estudantes.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

    • Se não entregar a prestação de contas do programa até o dia 28 de fevereiro do ano subsequente ao do atendimento.
  • A proposta do concurso é valorizar o papel das merendeiras na promoção da alimentação saudável e reforçar a importância da educação alimentar e nutricional nas escolas públicas do país (foto: João Bittar/MEC – 12/5/11)Para marcar os 60 anos das primeiras iniciativas do governo federal na área de alimentação escolar, o Ministério da Educação e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) lançam, nesta quinta-feira, 10, em Brasília, o concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar. Serão selecionadas, premiadas e divulgadas receitas de profissionais que preparam a merenda nas escolas públicas do país.

    As inscrições serão abertas na sexta-feira, 11, e se estenderão até 25 de outubro próximo. Realizado em quatro etapas, o concurso elegerá, ao final, as cinco melhores receitas, uma de cada região.

    O concurso será lançado às 11h, no Centro de Ensino Fundamental 2, da Cidade Estrutural, uma das administrações regionais do Distrito Federal. Está prevista a participação dos ministros da Educação, Renato Janine Ribeiro; do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, e da Saúde, Arthur Chioro.

    Os vencedores receberão prêmio de R$ 5 mil e uma viagem internacional, além de conjunto de manipuladores de alimentos, com touca e avental personalizados, e certificado de participação. Também terão a oportunidade de participar de curso de elaboração de receitas e boas práticas na alimentação escolar. “O objetivo do concurso é valorizar o papel das merendeiras na promoção da alimentação saudável e reforçar a importância da educação alimentar e nutricional”, afirma o presidente do FNDE, Idilvan Alencar.

    A primeira etapa será eliminatória. Podem participar redes de ensino que alcancem pontuação mínima em relação a critérios relevantes na execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), como contar com nutricionista, responsável técnico, cadastrado no FNDE e usar 30% dos alimentos oriundos da agricultura familiar, entre outros aspectos.

    Após a fase eliminatória, serão realizadas as etapas estaduais, nas quais serão selecionadas cinco receitas em cada estado e no Distrito Federal. Em seguida, a disputa se dará em nível regional. Cada região do país escolherá três receitas para a fase final, em Brasília, em 17 e 18 de dezembro próximo.

    Seleção — A escolha das melhores receitas, nas fases estadual e regional, contará com a participação de nutricionistas cadastrados e de presidentes de conselhos de alimentação escolar (CAE). Os votos, dados pela internet, na página do concurso, devem se basear na criatividade, na valorização de hábitos locais e na viabilidade da receita no Pnae — possibilidade de replicação no contexto da alimentação escolar.

    Para participação na etapa regional, os responsáveis pelas receitas devem ainda inserir, na página do concurso na internet, a descrição de atividade de educação alimentar e nutricional, desenvolvida na escola, relacionada à receita classificada.

    Na etapa final, as 15 receitas classificadas serão avaliadas por comissão formada por um estudante da rede pública de educação básica, um chefe de cozinha, um nutricionista, um conselheiro de alimentação escolar e um representante de entidades públicas parceiras do Pnae. As receitas serão preparadas durante a fase final, em Brasília. A comissão julgadora apontará a melhor de cada região.

    As inscrições devem ser feitas na página do concurso na internet.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • A pernambucana Gilda Rosângela Cordeiro foi a vencedora da região Nordeste no Concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar, com o Caldo Nordestino Nutritivo (Foto: Mariana Leal/MEC)

    Após alguns meses de expectativa e depois de passarem por quatro fases do concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar, as merendeiras vencedoras de cada região do país foram anunciadas no último dia 26. A competição, promovida pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação, teve o objetivo de valorizar o papel dos profissionais da merenda na promoção de uma alimentação saudável e adequada nas escolas públicas brasileiras. As receitas vencedoras serão divulgadas na íntegra nas próximas semanas no portal do MEC.

    A merendeira Gilda Rosângela Cordeiro foi a representante do estado de Pernambuco, ganhadora da região Nordeste. Ela trabalha na Escola Estadual Juazeiro, no município de Tacaratu, na região do sertão pernambucano, e escolheu participar da competição com o prato Caldo Nordestino.

    O Caldo Nordestino de Gilda é feito com mandioca, couve e coxão de bode, itens advindos da agricultura familiar e da horta da escola. A merenda é servida para os 259 alunos da escola. “O principal ingrediente do meu prato é amor e carinho pelos estudantes. Amo minha profissão; para mim, é a mais importante do mundo”, destaca Gilda, sem esconder a felicidade por sair vitoriosa na disputa e faturar o prêmio de R$ 6 mil e uma viagem ao Caribe, com tudo pago.

    Confira a receita:

    O caldo nutritivo de Gilda leva carne de bode e mandioca, entre outros ingredientes (Foto: Mariana Leal/MEC)Caldo Nordestino Nutritivo
    Tempo de preparo – 1h30
    Número de porções – 10


    Ingredientes:

    1kg de carne de ovino (bode)
    200g de cebola crua
    150g de tomate vermelho maduro cru
    100g de pimentão verde cru
    30g de alho cru
    10g de pimenta de cheiro
    10g de açafrão
    20g de folha de louro
    20ml de limão tahiti espremido
    20g de sal de cozinha
    20g de semente de cominho
    100g de couve crua
    1kg de mandioca crua ou cará
    3L de água

    Modo de Preparo:

    Cozinhe a mandioca ou o cará com 2 litros de água
    e reserve. Tempere a carne de bode com sal, alho, limão, tempero seco, folhas de louro e o açafrão. Junte o tomate, a cebola, o pimentão, a pimenta de cheiro e refogue por 2 minutos.

    Acrescente 1L de água, o coentro e cozinhe até que a carne fique bem macia. Bata a mandioca ou o cará no liquidificador com a água do cozimento em velocidade máxima por aproximadamente 3 minutos. Misture a macaxeira ou cará batido no liquidificador com a carne de bode cozida; caso seja necessário, acrescente um pouco mais de água.

    Corte a couve em tirinhas bem finas e misture ao caldo. Leve para cozinhar em fogo baixo por dez minutos, mexendo de vez em quando. Desligue o fogo, salpique cheiro verde e sirva.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Crianças da escola Professora Joana Dark, de Cuiabá, passaram a ter melhor rendimento depois da implantação da horta (Foto: divulgação)Alface, beterraba, cebolinha, cenoura, coentro e rúcula são alguns dos vegetais que passaram a enriquecer o cardápio da merenda na Escola Municipal de Educação Básica Professora Joana Dark da Silva, em Cuiabá. O cultivo dos produtos, pelos próprios estudantes, contribui para uma alimentação saudável, ajuda a desenvolver valores relacionados a questões ambientais e produz outros benefícios.

    “O trabalho com a horta escolar tem colaborado para a melhoria da aprendizagem dos alunos, além de ser uma saída para manter as crianças por mais tempo afastadas das ruas, da internet, da televisão, dos jogos eletrônicos”, diz o diretor da escola, Watson Pereira Rezende.
    Há 13 anos no magistério e há oito meses no exercício da função de diretor, Watson, professor de educação física, criou o projeto Horta Sustentável e Gastronomia no ano passado, quando era o articulador do programa Mais Educação. No projeto, incluído entre os vencedores da sétima edição do Prêmio Professores do Brasil, categoria Educação Integral e Integrada, os estudantes trabalham na horta no turno oposto ao das aulas. “Há um fortalecimento nas ações pedagógicas, com melhoria na qualidade de ensino”, diz Watson.

    “É possível ter a horta escolar como elemento capaz de nortear o desenvolvimento de todo o projeto educativo, ao desenhar uma rede de saberes interdisciplinares que podem ser trabalhados a partir dela e gerar mudanças no hábito alimentar”, diz o professor. Watson sustenta que a horta contribui para conscientizar a todos sobre a importância de uma alimentação saudável. “Os produtos da horta eram bem aceitos, tanto pelos alunos quanto pelas merendeiras”, diz. “Tivemos uma diminuição significativa de salgados e doces no lanche que os estudantes traziam.”

    Preservação — Os canteiros da horta foram construídos com garrafas plásticas, a fim de promover, paralelamente, uma ação de preservação do meio ambiente. A escola também mantém um pomar, onde são cultivadas frutas como acerola, banana, coco, goiaba, jabuticaba, limão e manga. As folhas secas são transformadas em composto orgânico, usado na horta.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

  • A merendeira, durante o preparo do prato: “Nós incentivamos os alunos a se alimentarem melhor” (Foto: Mariana Leal/MEC)
    O prato campeão da região Centro-Oeste, no concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar, foi o de legumes ao creme de milho, feito pela merendeira Debora de Souza Leal Ribeiro, da cidade de Taquarussu (MS).

    Debora considerou maravilhoso participar do concurso e mais ainda vencer a competição. Segundo a merendeira, após a repercussão do prêmio, até a consideração dos alunos por ela mudou. “Quando se fala em escola, lembramos, primeiramente, do professor e do diretor. Muitas vezes, esquecemos que a merendeira também faz parte da educação escolar; nós incentivamos os alunos a se alimentarem melhor. Após o concurso me sinto mais valorizada e respeitada”, comemora.

    A competição, promovida pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação, teve o objetivo de valorizar o papel dos profissionais da merenda na promoção de uma alimentação saudável e adequada nas escolas públicas brasileiras. A premiação das cinco ganhadoras – uma de cada região do país – ocorreu no dia 26 de outubro. As receitas vencedoras têm sido divulgadas na íntegra no portal do MEC.

    Debora Ribeiro, de Taquarussu (MS), exibe o creme de legumes ao milho com o qual venceu a etapa Centro-Oeste do concurso Melhores Receitas (Foto: Mariana Leal/MEC)
    Confira a receita dos legumes ao creme de milho:
    Tempo de preparo – 1 hora
    Número de porções – 10

    Ingredientes:
    500g de cenoura crua
    500g de vagem crua
    600g de milho verde cru
    500g de couve-flor crua
    500g de carne de frango
    50g de salsa crua
    20g de cebolinha crua
    40g de margarina vegetal sem sal
    5g de alho cru
    15g de sal de cozinha
    1,5l de leite de vaca integral

    Modo de preparo:
    Corte todos os legumes em pedacinhos pequenos e cozinhe de modo que fiquem firmes. Retire o milho da espiga e cozinhe metade (300g). A outra metade, bata no liquidificador com o leite, coe e reserve.

    Frite o frango em cubinhos em 20g de margarina, até que fique dourado, e reserve. Junte o frango, os legumes e o milho já cozidos em uma só panela com 20g de margarina, alho e sal. Jogue, a seguir, o caldo do milho batido com leite e mexa até engrossar.

    Desligue o fogo, coloque a salsinha e a cebolinha. Mexa e sirva quente.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Maria Cláudia Ferreira dos Santos (e), na preparação do prato durante a etapa final do concurso Melhores Receitas (Foto: Mariana Leal/MEC)
    A merendeira Maria Cláudia Ferreira dos Santos é uma das vencedoras do concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar deste ano. Representante da região Norte, Maria Cláudia participou da competição com a macarronada paraense.

    “Fiquei muito feliz em ganhar o prêmio, principalmente, pelo reconhecimento dessa profissão que eu amo. Costumo dizer que a merendeira nunca pode faltar, e é assim que lido com meu trabalho, de forma séria e respeitosa”, avalia. Maria Cláudia trabalha na Escola Municipal José Alves Cunha, localizada no bairro Tapanã, em Belém, e destaca que, por ser uma escola de periferia, todos ficaram lisonjeados com a premiação. “Meu segredo para vencer foram dois ingredientes: amor e carinho”, afirma.

    A competição, promovida pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação, teve o objetivo de valorizar o papel dos profissionais da merenda na promoção de uma alimentação saudável e adequada nas escolas públicas brasileiras. A premiação das cinco ganhadoras – uma de cada região do país –ocorreu no dia 26 de outubro. As receitas vencedoras têm sido divulgadas na íntegra no portal do MEC.

    Confira a receita da macarronada paraense:

    Tempo de preparo – 2 horas
    Número de porções – 10

    Ingredientes:

    500g de peito de frango
    25ml de tucupi
    15g de alfavaca
    75g de jambu
    500g de macarrão espaguete
    45g de coentro em folha
    45g de cebola
    45g de chicória
    75g de alho
    30g de pimentão verde
    15g de sal
    15g de manjericão fresco
    30g de urucum
    45g de tomate vermelho
    300g de limão tahiti
    30g de berinjela
    6 unidades de ovo de galinha
    15g de beterraba
    30g de cenoura
    30g de óleo de soja

    Modo de Preparo:

    Lave o filé de peito de frango com limão e tempere com sal, limão, alho, cebola, urucum, manjericão, pimentão, tomate, chicória, alfavaca e coentro. Leve o frango ao fogo na panela de pressão para refogar e cozinhe por quarenta minutos. Desfie o frango na própria panela, acrescente o jambu cortado bem fino e leve novamente ao fogo por mais cinco minutos.

    Coloque o tucupi já temperado para ferver em outra panela. Refogue os temperos, quebre o macarrão, mexa e adicione ao tucupi. Deixe o macarrão ao dente, para que fique cremoso. Acrescente o frango ao macarrão e misture. Decore com folhas de alface, ovo cozido em rodelas, lascas de berinjela, tomate, cenoura e beterraba.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • O Ministério da Educação, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, garante a transferência de recursos financeiros para subsidiar a alimentação escolar de todos os alunos da educação básica de escolas públicas e filantrópicas. O repasse é feito diretamente aos estados e municípios, com base no censo escolar realizado no ano anterior ao do atendimento.

    Acesse aqui

  • Escolas de ensino fundamental de todo o pais têm reservados espaços para o cultivo de hortas escolares pelos estudantes (foto: João Bittar/MEC – 2/6/10)A merenda escolar, servida nas escolas públicas há 50 anos, vem se transformando em alimento farto para variadas disciplinas. Professores e gestores têm usado a cozinha e a horta para criar práticas pedagógicas e estimular os alunos, tanto na aprendizagem de conteúdos quanto na aquisição de hábitos alimentares saudáveis. Às vésperas do ano da realização da Copa do Mundo, a alimentação equilibrada e a prática de atividades físicas foram temas de projetos apresentados em todo o Brasil durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, de 21 a 27 de outubro último.

     

    Em Brasília, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) apresentou experiência com a alimentação escolar. Alunos de escolas públicas e particulares puderam participar de oficinas e aprender a elaborar pratos saudáveis. “Durante muito tempo, o foco da merenda escolar era combater a evasão escolar. O legislador entendia que o aluno ia para a escola para comer. Hoje, há um entendimento que a merenda é um processo educativo, de formação de hábitos saudáveis e que deve contribuir para aprendizagem e o rendimento escolar”, observa Albaneide Peixinho, coordenadora-geral do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

     

    Operacionalizado pelo FNDE, o Pnae é referência para vários países em todo o mundo. O programa permite às prefeituras pagar até 30% a mais por produtos de origem orgânica originários da agricultura familiar. “O foco do Pnae não é dar comida de qualquer jeito, mas oferecer um cardápio equilibrado, elaborado por nutricionista, e envolver professores na alimentação saudável”, acrescenta a coordenadora. “Os professores devem entrar com a teoria para orientar os alunos.”

     

    Desde 2010, escolas e creches públicas são construídas com base em desenho arquitetônico apresentado pelo FNDE. São reservados espaços para o cultivo de hortas escolares. “Com a educação integral, há repasse a mais de recursos para que a merenda escolar assegure pelo menos 70% das necessidades nutricionais diárias dos alunos”, ressalta Albaneide. “Os nutricionistas sabem que essa alimentação deve garantir o gasto calórico a mais de estudantes que serão incluídos em atividades esportivas nessa jornada ampliada da escola.”


    Pirâmide — Durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, a alimentação saudável foi um dos temas expostos no estande montado em Brasília pelos estudantes do módulo de educação e cultura do Serviço Social do Comércio (Sesc). A base da tradicional pirâmide alimentar passou a ser a ingestão de água e a prática de educação física. Em seguida, os alimentos integrais, como pães, cereais e macarrão, que contêm maior quantidade de fibras, vitaminas e sais minerais. Antes, o segundo andar da pirâmide continha apenas alimentos refinados.

     

    No estande, a turma do curso de análises clínicas explicava as consequências da alimentação desequilibrada e da vida sedentária. “Os obesos têm baixa taxa de HDL, o colesterol bom, e o acúmulo de gordura pode causar entupimento das artérias e até infarto”, diz Julie Cristina Soares, 18 anos. “É preciso evitar comer salgadinhos e sucos industrializados, que contêm altas concentrações de sal e de açúcar.”


    Esportes — No Rio Grande do Norte, a importância do esporte na vida do jovem foi tema de projeto pedagógico desenvolvido neste segundo semestre com estudantes do primeiro ano do ensino médio da Escola Estadual Teônia Amaral, em Florânia, a 226 quilômetros de Natal. “Nosso objetivo foi misturar conhecimentos de biologia e educação física para melhorar a saúde dos alunos que estão, nas últimas décadas, desinteressados das práticas esportivas e mais sedentários”, explica a professora de biologia e de química Juraci de Araújo, coordenadora do projeto.

     

    Para envolver a comunidade escolar, foram realizadas atividades teóricas e práticas, que incluíram leitura e pesquisas, rodas de conversas e trilha ecológica. A professora conta que os moradores muitas vezes desprezam o valor nutricional das diferentes frutas, comuns nos quintais das casas. “Ficam comendo biscoitos recheados e enlatados quando, em casa, têm goiaba, manga, banana, acerola, mamão, caju, coco e abacate. Muitas dessas frutas são transformadas em suco e oferecidas aos alunos na merenda”, diz Juraci.

     

    Professor de educação física há 22 anos na escola, João Maria de Souza lamenta a redução da grade curricular para a prática de esportes. “Educação física é movimentar o corpo, espaço e tempo para socialização e aprender regras esportivas”, afirma. “Antes, tínhamos dois dias. Agora, resta apenas um para levar os alunos para a quadra esportiva, pois o outro dia é para ensinar teoria.”

     

    Para o professor, o projeto foi importante para motivar os demais educadores a usar os espaços públicos e desenvolver atividades fora do horário escolar para melhorar a saúde e afastar os jovens das drogas.


    Rovênia Amorim

     

    Saiba mais no Jornal do Professor

  • As cinco vencedoras do concurso serão apresentadas na manhã desta quinta-feira, 26, em cerimônia de premiação (Foto: Mariana Leal/MEC)

    Com um olho na panela e outro no relógio, as finalistas do concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar, promovido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), deram um show de criatividade e habilidade na etapa final, nesta quarta-feira, 25, em Brasília. A prova ocorreu na cozinha experimental do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Taguatinga (DF), onde foram apresentados aos jurados pratos que remetem às tradições alimentares de todos os cantos do Brasil. Teve caldo de bode, lasanha de fubá, panqueca de polenta e outras preparações que fazem sucesso entre estudantes das mais variadas regiões.

    As finalistas foram divididas em duas turmas – manhã e tarde – e se revezaram na preparação e apresentação dos pratos. Após o preparo, cada uma teve cerca de 15 minutos para mostrar seu talento aos jurados e contar a história por trás do sucesso das receitas. As concorrentes também apresentaram vídeo sobre uma atividade de educação alimentar e nutricional promovida em seus municípios, a novidade do concurso.

    "Nesta edição, tornamos obrigatória a inscrição de uma atividade de educação alimentar e nutricional promovida pela merendeira em parceria com um nutricionista de sua região ligado ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). A intenção, com isso, é fomentar hábitos alimentares saudáveis, principalmente em nosso contexto atual, no qual o Brasil enfrenta a problemática de sobrepeso e obesidade entre crianças e adolescentes", destacou Karine dos Santos, coordenadora-geral do Pnae.

    Chefe de cozinha do restaurante Bloco C, um dos mais antigos de Brasília, Marcelo Petrarca foi um dos jurados que se mostrou empolgado com o desempenho e paixão das participantes pela atividade que desenvolvem. "Esse concurso é a valorização da atuação de todas as merendeiras que trabalham com amor", destacou o chefe.

    Também fizeram parte do júri Mariana Rocha, representante do Centro de Excelência Contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas (ONU); Lorena Medeiros, do Conselho Regional de Nutrição em Brasília; Alda Oliveira, presidente do Conselho de Alimentação Escolar do estado de Roraima e Sofia Marinho, estudante do sexto ano do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 104 Norte, em Brasília.

    As donas das cinco receitas ganhadoras, uma de cada região do país, serão apresentadas na manhã desta quinta-feira, 26, na cerimônia de premiação que vai ocorrer no Sebrae Nacional, em Brasília. Durante o evento, as vencedoras receberão um prêmio de R$ 6 mil e uma viagem internacional.

    "Estamos muito satisfeitos com a dinâmica do concurso e tudo o que ele representa. A intenção é potencializar todo esse trabalho desenvolvido já em 2018, no sentido de replicar as receitas e práticas apresentadas em outros municípios e estados brasileiros", afirmou o presidente do FNDE, Silvio Pinheiro, com a perspectiva de preparar a terceira edição do concurso para 2019.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do FNDE

  • Merendeiras representantes das cinco regiões brasileiras conheceram a experiência de escolas da República Dominicana (Foto: FNDE/Divulgação)

    As cinco merendeiras vencedoras da segunda edição do concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar tiveram, na última semana, a oportunidade de trocar experiências com profissionais da República Dominicana e conhecer de perto a realidade das escolas do país. Acompanhadas por representantes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao MEC, elas visitaram escolas, estiveram em plantações que produzem alimentos oferecidos aos estudantes, trocaram receitas e aprenderam sobre a cultura local.

    A viagem foi um dos prêmios da segunda edição do concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar, promovido pelo FNDE. Em visita à escola sustentável El Bosque, em Monte Plata, as merendeiras representantes de escolas públicas das cinco regiões brasileiras, aprenderam sobre o sistema de segurança alimentar e nutricional dos estudantes locais, que é desenvolvido na província pelo Instituto Nacional do Bem-Estar dos Estudantes (Inabie).

    “Essa experiência abriu meus olhos, me fez enxergar a importância de uma merendeira para os alunos, ver que não sou apenas uma merendeira e sim uma educadora alimentar”, disse entusiasmada a representante do Nordeste, Gilda Rosângela de Souza, que prepara refeições diariamente para meninos e meninas da Escola Juazeiro, na cidade de Tacaratu, em Pernambuco. “O concurso mudou muito minha vida, pois fez tornar público um sentimento que eu guardava dentro de mim, o amor pelo que faço.”

    A criadora do famoso Caldo Nordestino, que tem como principal ingrediente a carne de bode, não escondeu a alegria por vivenciar sua primeira viagem internacional e ainda por cima mostrando um pouco do seu trabalho. “Sou muito grata por tudo! Tenho muito orgulho de ser merendeira e hoje posso dizer que sou muito mais feliz!", afirmou.

    Após os cinco dias de visitações e passeios, Gilda e as merendeiras Daniela Fernanda Felizardo (Sul), Luciana Aparecida Pinheiro (Sudeste), Debora de Souza Leal Ribeiro (Centro-Oeste) e Maria Claudia Ferreira dos Santos (Norte) foram homenageadas pelo governo de Santo Domingo, em cerimônia no escritório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.

    Concurso – A segunda edição do concurso, realizada no segundo semestre de 2017, recebeu mais de duas mil inscrições. Os principais objetivos da inciativa são valorizar o papel de merendeiras e merendeiros que trabalham diariamente em prol da alimentação de qualidade nas escolas públicas do Brasil, promover a alimentação saudável e mobilizar a comunidade escolar para a temática da educação alimentar e nutricional.

    De acordo com o presidente do FNDE, Silvio Pinheiro, mais que mostrar o papel das profissionais, o foco do concurso é valorizar o que o Brasil tem de melhor no que se refere à alimentação escolar. “As merendeiras conseguem traduzir as regras e leis que o Governo Federal estabelece, em refeições muito saborosas. O papel da merendeira é, sem dúvida, essencial para o sucesso das políticas públicas de educação”, disse.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do FNDE  

  • Merendeiras do CEF 2 da Cidade Estrutural: rede pública de ensino do DF concorrerá com cinco receitas na etapa estadual do concurso (foto: João Neto/MEC)Ao som do Batidão da Alimentação e do Rock das Frutas, em apresentação dos alunos do Centro de Ensino Fundamental 2 da Cidade Estrutural, região administrativa do Distrito Federal, foi lançado, na manhã desta quinta-feira, 10, o concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar. “Fico muito feliz em ver as crianças desenvolvendo atividades como esta”, disse o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro.

    No concurso, que terá as inscrições abertas nesta sexta-feira, 11, com prazo até 25 de outubro, serão selecionadas, premiadas e divulgadas receitas de profissionais que preparam a merenda nas escolas públicas do país. “Isso não é apenas um concurso qualquer”, afirmou o ministro. “Isso mostra que o Brasil valoriza as merendeiras de todo o país e sabe da importância da alimentação para o desenvolvimento da criança.”

    Acompanhado do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, o ministro Janine Ribeiro visitou a escola, localizada em área ocupada por população carente, a 13 quilômetros do Plano Piloto de Brasília. A comitiva passou por salas de aula e conheceu toda a parte de alimentação, como a cozinha e a despensa. Rollemberg apresentou ao ministro o trabalho feito por cooperativas agrícolas com alimentos orgânicos.

    O concurso das melhores receitas de merenda faz parte das comemorações de 60 anos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). “É um dos programas mais eficazes na garantia do direito à alimentação, elemento determinante no processo de aprendizagem”, disse o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Idilvan Alencar, que participou da visita. “A criação de um concurso de receitas representa também a valorização desses profissionais.”

    Janine Ribeiro, ao lado de Rollemberg, visitou o CEF 2 da Cidade Estrutural e conheceu as instalações onde é preparada a merenda escolar (foto: João Neto/MEC)Etapas — Serão realizadas quatro etapas ao longo do concurso. Da primeira, eliminatória, podem participar redes de ensino que alcancem pontuação mínima em relação a critérios relevantes na execução do Pnae, como contar com nutricionista, responsável técnico, cadastrado no FNDE e usar 30% dos alimentos oriundos da agricultura familiar, entre outros aspectos. Após a fase eliminatória, serão realizadas as etapas estaduais, nas quais serão selecionadas cinco receitas em cada estado e no Distrito Federal. Em seguida, cada região do país escolherá três receitas para a fase final, em Brasília, em 17 e 18 de dezembro próximo.

    Na etapa final, as 15 receitas classificadas serão avaliadas por comissão formada por um estudante da rede pública de educação básica, um chefe de cozinha, um nutricionista, um conselheiro de alimentação escolar e um representante de entidades públicas parceiras do Pnae. As receitas serão preparadas durante a fase final, em Brasília. A comissão julgadora apontará a melhor de cada região.

    Para concorrer, os profissionais da merenda devem inscrever a receita e mobilizar a escola em que trabalham para desenvolver pelo menos uma atividade de educação alimentar e nutricional que esteja relacionada à preparação da receita.

    As inscrições devem ser feitas na página do concurso na internet. Mais informações no regulamento do concurso.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do FNDE


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    Concurso vai premiar e valorizar profissionais que tenham as melhores receitas de merenda

     

  • O Concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar provocou uma intensa mobilização nas cozinhas escolares de diversos municípios brasileiros, algo que deve se repetir ao longo dos próximos meses. Nesta terça-feira, 11, o Ministério da Educação e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) lançaram a próxima edição do concurso, com edital ainda a ser divulgado, que vai selecionar e premiar receitas preparadas por merendeiras e merendeiros de todo o país, como forma de valorizar esses profissionais e promover a formação de hábitos alimentares saudáveis nas escolas.

    Durante o evento de lançamento, que contou com as dez melhores colocadas nas edições anteriores do concurso, o secretário-executivo do MEC, Henrique Sartori, destacou a importância dessas profissionais. “Vocês (merendeiras) têm uma missão das mais lindas do mundo. Muitas das vezes é a única oportunidade de uma alimentação rica e que cuide do desenvolvimento das crianças. E é isso o que faz com a nossa missão aqui seja bonita e importante. Fico emocionado de ver que tem pessoas que representam a boa política pública, este Brasil que muitos desconhecem. E isto é o que faz com que a missão do nosso ministério seja das mais importantes do país.” 

    O diretor de Ações Educacionais do FNDE, José Fernando Uchoa, também falou sobre o papel dos profissionais que cuidam da merenda escolar. “Neste momento as merendeiras do Brasil estão produzindo alimentação para mais de 40 milhões de crianças e jovens em nosso país. São mais de 40 milhões de refeições por dia e para muitas dessas crianças, talvez, a única refeição do dia.”

    Ao final foi lançado o livro Melhores Receitas da Alimentação Escolar, que contém as receitas finalistas e semifinalistas de todas as regiões brasileiras participantes da edição anterior do concurso.

    As 10 merendeiras vencedoras das mais recentes edições do concurso Melhores Receitas estiveram em Brasília para o lançamento da próxima (Foto: Mariana Leal/MEC)

    As políticas de segurança alimentar e nutricional vinculadas à Educação se realizam dentro do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O PNAE tem mais de seis décadas de existência e é considerado um dos maiores, mais abrangentes e duradouros programas de alimentação escolar do mundo. Por meio dele são servidas mais de 10 bilhões de refeições por ano, com acompanhamento de mais de 8 mil nutricionistas. Os recursos federais, de caráter suplementar ao aporte obrigatório feito por estados e municípios, somam em 2018 quase R$ 4,1 bilhões – e representam, em muitos casos, a principal fonte para aquisição de alimentos destinados às escolas.

    Super Merendeiras – As dez merendeiras presentes no lançamento do Concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar participaram do reality show Super Merendeiras, cuja final será exibida pela TV Escola em 21 de dezembro. Entre as participantes estava a merendeira Osmarina Pereira, de Iporá, no interior de Goiás. “Para nós é muito gratificante estar aqui participando dessa comemoração e espero que nos próximos anos a gente esteja aqui também, porque é muito bom. A gente ama o que faz, e fazemos com muito orgulho e paixão. Eu acho que cada uma vai levar um pouquinho de cada dia que estivemos naquele reality show”.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Luciana Aparecida Pinheiro, de São Sebastião do Paraíso, acertou na escolha ao inscrever sua receita na competição (Foto: Mariana Leal/MEC)
    Entre tantas delícias preparadas pela merendeira Luciana Aparecida Pinheiro, da cidade de São Sebastião do Paraíso (MG), a escolhida por ela para participar do concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar foi o Arroz Minerim. A escolha foi acertada: o prato foi um dos vencedores da competição, representando a região Sudeste.

    “Minha ideia foi criar uma receita colorida e saborosa, aproveitando talos e outros ingredientes que chamassem a atenção dos alunos, despertando neles a vontade de comer. E deu certo”, comemora Luciana. A merendeira conta que participar do concurso foi um momento único em sua vida, e ser uma das ganhadoras foi especial, porque ama o que faz. “A sensação de ganhar é muito boa, não tem como explicar a emoção que senti”.

    A competição, promovida pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação, teve o objetivo de valorizar o papel dos profissionais da merenda na promoção de uma alimentação saudável e adequada nas escolas públicas brasileiras. A premiação das cinco ganhadoras – uma de cada região do país – ocorreu no dia 26 de outubro. Todas as receitas vencedoras foram divulgadas na íntegra no portal do MEC.

    Arroz Minerim, o prato vencedor: ideia foi utilizar ingredientes coloridos par despertar o apetite (Foto: Mariana Leal/MEC)

    Confira a receita do Arroz Minerim:

    Tempo de preparo – 2 horas e 40 minutos
    Número de porções – 10

    Ingredientes:

    300g de arroz branco
    100g de folha de beterraba
    60g de couve manteiga
    60g de brócolis
    60g de abóbora cabotian
    60g de cenoura
    200g de peito de frango
    100g de tomate vermelho
    30ml de óleo de soja
    10g de sal
    30g de cebola
    15g de alho
    15g de salsinha
    15g de cebolinha
    Água

    Água

    Modo de Preparo:

    Em uma panela de pressão, cozinhe o peito de frango com tomate, cebola e alho. Após o cozimento, desfiá-lo e reservar. Refogue com óleo, cebola, alho e sal os talos de brócolis, a casca da abóbora e os talos da couve. Reserve-os.

    Em outra panela, refogue os talos de beterraba com óleo, alho, cebola e sal. Reserve-os. Em uma panela maior, refogue o arroz com óleo, cebola, alho e sal e, quando a água estiver quase secando, misture a cenoura ralada. Depois de tudo pronto e cozido, misture em uma única vasilha, salpique a cebolinha e a salsinha por cima e sirva.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Termina na próxima quinta-feira, 31, o prazo para estados e municípios apresentarem a prestação de contas dos recursos recebidos do governo federal, em 2010, para a alimentação escolar. Quem não enviar a documentação ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), gestor do Programa Nacional de Alimentação Escolar, ou não comprovar a correta destinação do dinheiro, pode ficar sem o apoio financeiro federal para a merenda.

    Isso não significa que os alunos vão ficar sem comida. Pela Constituição, a alimentação escolar é um dever dos três entes federados, ou seja, da União, dos estados e dos municípios. Caso o governo federal suspenda a transferência por problemas causados pelos estados ou municípios, cabe a eles fornecer a merenda com recursos próprios.

    O orçamento do programa para 2011 é de R$ 3 bilhões. Os repasses são feitos mensalmente, em dez parcelas, durante o ano letivo. As duas primeiras são pagas automaticamente no início de cada ano. A partir da terceira, quem não entregar a prestação de contas tem os recursos bloqueados.

    Conselhos– Além de problemas na prestação de contas, outro fator pode impedir o repasse do dinheiro: a inexistência de conselho de alimentação escolar, obrigatório a cada estado e município. Levantamento feito pelo FNDE na última sexta-feira, 25, mostra que 116 prefeituras têm conselhos com o mandato vencido e, por isso, estão impedidas de receber os recursos do programa de alimentação escolar.

    O processo de prestação de contas começa no início do ano. O gestor estadual ou municipal deve juntar extratos bancários, demonstrativo sintético de execução físico-financeira e relatório de gestão do programa e encaminhá-los, até o dia 15 de fevereiro, ao conselho de alimentação escolar local.

    Encarregado de acompanhar e fiscalizar a execução do programa em cada município ou estado, o conselho analisa a documentação e emite parecer aprovando ou não as contas. O parecer e os documentos da prestação de contas devem ser remetidos até 31 de março ao FNDE, que faz a análise final.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE
  • Desde que a alimentação servida nas mais de 500 escolas do Amazonas passou a incluir produtos regionais, em 2012, os estudantes passaram a consumir peixes como pirarucu, aruaná e mapará, frutos como açaí, banana-pacová e cupuaçu, além de outros itens como abóbora, batata-doce e farinha de tapioca.

    Na Escola Estadual Senador Flávio da Costa Brito, na zona oeste de Manaus, que tem 382 alunos, matriculados em turmas dos anos iniciais do ensino fundamental, a medida tem sido bem recebida. “Todos os produtos oferecidos são bem aceitos pelas crianças”, diz a diretora da instituição, Eliana Nascimento. “Elas comem com prazer e satisfação, sabendo da importância de seus benefícios.”

    Para a pedagoga, que está há 29 anos no magistério e há dez na direção, a boa alimentação é de grande importância para o desempenho e a aprendizagem dos alunos. Eliana ressalta que os profissionais responsáveis pela merenda participam, semestralmente, de cursos de treinamento promovidos pela Secretaria de Educação e Qualidade do Ensino (Seduc) do Amazonas. O objetivo é oferecer alimentação escolar preparada com base em padrões de higiene. “Nossa merenda contribui para formar hábitos saudáveis, pois oferecemos diariamente uma alimentação diferenciada, nutritiva e saborosa”, destaca.

    Na Escola Estadual Professora Hilda de Azevedo Tribuzy, na zona norte da capital amazonense, a merenda também é apreciada pelos estudantes. Segundo a diretora, Simone Odalea de Castro e Costa, os produtos regionais, contribuem para isso. “O que é servido é do paladar dos alunos”, garante. “Se fossem produtos de outras regiões, haveria risco de rejeição.”

    Com 2.350 alunos, a escola atende estudantes do ensino fundamental regular durante o dia e da educação de jovens e adultos, à noite. De acordo com a diretora, a merenda é a principal refeição do dia para muitos. “A alimentação escolar contribui para que os alunos tenham mais concentração nos estudos”, justifica. Com licenciatura em geografia e pós-graduação em gestão escolar, Simone está há 11 anos no magistério, três dos quais na direção.

    Fátima Schenini

     

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  • Todos os municípios brasileiros. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), implantado em 1955, garante, por meio da transferência de recursos financeiros, a alimentação escolar dos alunos da educação infantil (creches e pré-escola) e do ensino fundamental, inclusive das escolas indígenas, matriculados em escolas públicas e filantrópicas.


    O Pnae tem caráter suplementar, como prevê o artigo 208, incisos IV e VII, da Constituição Federal, quando coloca que o dever do Estado (ou seja, das três esferas governamentais: União, estados e municípios) com a educação é efetivado mediante a garantia de "atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade" (inciso IV) e "atendimento ao educando no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde" (inciso VII).


    O repasse é feito diretamente aos estados e municípios, com base no censo escolar realizado no ano anterior ao do atendimento. O programa é acompanhado e fiscalizado diretamente pela sociedade, por meio dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAEs), pelo FNDE, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pela Secretaria Federal de Controle Interno (SFCI) e pelo Ministério Público.

  • O direito ao transporte e à alimentação escolar para os alunos do ensino médio e da educação de jovens e adultos agora está garantido por lei. Os recursos da merenda escolar foram ampliados em R$ 400 milhões para atender 12 milhões de alunos a mais.

    O presidente da República em exercício, José de Alencar, e o ministro da Educação, Fernando Haddad, assinaram na tarde desta terça-feira, 16, Projeto de Lei de Conversão nº 8/2009, em que a Medida Provisória nº 455, de 28 de janeiro de 2009, passa a ser lei.

    A MP dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar aos alunos da educação básica e disciplina outros assuntos. “Alimentação na escola não é luxo. É essencial para aprender”, disse o ministro.

    Desde janeiro, a partir da Medida Provisória nº 455, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) ampliou o orçamento da merenda em R$ 400 milhões para estender o atendimento a nove milhões de alunos matriculados no ensino médio e a outros três milhões de estudantes da educação de jovens e adultos.

    Os recursos saltaram de R$ 1,7 bilhão para R$ 2,1 bilhões ao ano apenas para assegurar merenda escolar a todos os alunos da educação básica. Os estudantes atendidos passaram de 35 milhões a 47 milhões, de acordo com o presidente do FNDE, Daniel Balaban.

    Segundo a lei, estados e municípios devem usar 30% dos recursos repassados à alimentação escolar para a compra de produtos da agricultura familiar. “Isso significa que R$ 600 milhões, que são 30% do orçamento da merenda, têm obrigatoriamente que ser destinados à compra da agricultura familiar. Isso dinamiza a economia local e permite que o recurso fique na localidade”, avalia Balaban.

    A lei também permite ampliar o apoio do governo federal a estados e municípios para que ofereçam transporte escolar aos alunos matriculados no ensino médio das escolas do campo. “O orçamento do setor passou de R$ 300 milhões para cerca de R$ 400 milhões”, informou Balaban.

    O programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) também ganhou reforço. “Com a ampliação dos recursos, 30 mil escolas a mais receberão dinheiro direto na sua conta.” No total, 180 mil escolas passaram a ser atendidas. O PDDE repassa recursos diretamente às escolas para sua manutenção, com obras e pequenos reparos, por exemplo.

    Para o presidente em exercício, a sanção da lei representa a garantia de direitos fundamentais do cidadão. “Esse é um ato que ameniza um pouco a desigualdade social”, frisou Alencar. A lei será publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira, 17.

    Maria Clara Machado
  • Saiba como funciona o Programa Nacional de Alimentação Escolar. 


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