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  • Juliana orienta os alunos sobre a tecnologia: “Ao usar o blog como ferramenta pedagógica, os estudantes demonstram mais cuidado com a própria escrita, o que favorece a aprendizagem” (foto: arquivo da professora)Temas relacionados à educação e às turmas com as quais trabalha são tratados basicamente nos blogs da professora Juliana Seabra Laudares, de Rolim de Moura (RO). Pedagoga, especializada em alfabetização, ela leciona na rede pública há 14 anos. Juliana dá aulas em turma do segundo ano do ensino fundamental da Escola Estadual Coronel Aluízio Pinheiro Ferreira, mas a experiência como professora inclui turmas de educação infantil e superior.

    O primeiro blog, Linda Menina (já fora do ar), foi criado em 2007 para que ela aprendesse a usar a ferramenta no contexto escolar. Em 2010, ao fazer curso de especialização em mídias na educação, no Ambiente Colaborativo de Aprendizagem (e-ProInfo) do  Ministério da Educação, Juliana criou o blog Jornal Superlegal. Uma das atividades do curso era o desenvolvimento de projeto, para aplicação em sala de aula, baseado em pelo menos duas mídias. No projeto, destinado a identificar o registro histórico e cultural do município por meio de fotografias, notícias, relatos, entrevistas e produções dos alunos, ela usou o blog e um jornal.

    Como todas as atividades previstas no projeto eram postadas no blog, logo os alunos mostraram interesse em ter os próprios blogs. As mães, por sua vez, transformaram-se em seguidoras. Isso levou à realização de uma oficina para alunos e mães, no laboratório de informática da escola. O encontro proporcionou maior interação entre escola e famílias e mais autonomia aos alunos, que mantinham blogs com características próprias.

    Embora Juliana não dê mais aulas a esses estudantes, ela os incentiva a continuar usando a ferramenta. O Jornal Superlegal continua, mas com outra turma e diferentes projetos. A professora criou também o blog Ler e Escrever, um Prazer!, para a publicação de artigos sobre educação.

    Nesse período em que vem trabalhando com blogs, Juliana tem observado mudanças nos alunos. Segundo ela, é possível perceber preocupação maior dos estudantes ao produzir um texto, ao fazer comentários nos blogs e a articular idéias, com influência na leitura e na escrita. Além disso, a possibilidade de o conteúdo postado ser visto por muitas pessoas ajuda a melhorar a autoestima dos alunos. “Ao usar o blog como ferramenta pedagógica, os alunos demonstram mais cuidado com a própria escrita, o que favorece a aprendizagem”, afirma.

    O contato com a tecnologia estimula os estudantes a buscar conhecimentos. Dessa forma, aprendem a elaborar planilhas, visualizar mapas, capturar e postar imagens, entre outras atividades. Outro ponto destacado por Juliana é a apresentação estética do blog, que envolve questões como imagem, legenda e som. Os estudantes buscam outros tipos de conhecimento para tornar a produção cada vez melhor. “Ao ter contato com as mídias e tecnologias disponíveis, eles têm o interesse despertado para as mais variadas possibilidades do uso da leitura e da escrita”, enfatiza.

    Cartas — De acordo com Juliana, o blog possibilita o contato com outros professores, compartilhamento de projetos, sugestões de leituras e de imagens e até mesmo ajuda na elaboração de projetos ou planejamento de aulas. Em um grupo de Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., ela conheceu a  professora Sintian  Schmidt, da Escola Municipal Villa-Lobos, de Caxias do Sul (RS). Em 2008, desenvolveram o projeto Cartas que Ensinam a Ler, com 60 alunos do terceiro ano do ensino fundamental.

    Nos blogs das respectivas turmas, elas postavam as atividades desenvolvidas, o que permitia o acompanhar o andamento do projeto nas duas escolas. Ao fim do processo, mais de 90% dos alunos estavam alfabetizados. “Apesar de realidades e regiões diferentes, foi possível fazer um planejamento comum a partir das informações que trocávamos por meio dos blogs, por e-mail e também pelo MSN”, destaca Juliana. (Fátima Schenini)

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  • Mídias na Educação é um programa de educação a distância, com estrutura modular, que visa proporcionar formação continuada para o uso pedagógico das diferentes tecnologias da informação e da comunicação – TV e vídeo, informática, rádio e impresso.O público-alvo prioritário são os professores da educação básica.

    Há três níveis de certificação, que constituem ciclos de estudo: o básico, de extensão, com 120 horas de duração; o intermediário, de aperfeiçoamento, com 180 horas; e o avançado, de especialização, com 360 horas.

    O programa é desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (Seed), em parceria com secretarias de educação e universidades públicas – responsáveis pela produção, oferta e certificação dos módulos e pela seleção e capacitação de tutores.

    Entre os objetivos do programa estão: destacar as linguagens de comunicação mais adequadas aos processos de ensino e aprendizagem; incorporar programas da Seed (TV Escola, Proinfo, Rádio Escola, Rived), das instituições de ensino superior e das secretarias estaduais e municipais de educação no projeto político-pedagógico da escola e desenvolver estratégias de autoria e de formação do leitor crítico nas diferentes mídias.

    Conheça os módulos do programa

    Instituições participantes

    Contato: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

  • AC - UFAC
    AL - UFAL
    AM - UFAM
    AP - UNIFAP 
    BA - UESB
    CE - UFC
    DF - UnB
    GO - UFG
    MA - UFMA
    MG - UFOP
    MG - Unimontes
    MS - UFMS
    MT - UFMT
    PA - UFPA
    PB - UFCG/UFPB
    PE - UFPE
    PE - UFRPE
    PI - UFPI 
    PR - UFPR
    RJ - UFRJ 
    RJ - UFRRJ
    RN - UERN
    RN - UFRN
    RO - UNIR
    RR - UFRR
    RS - CEFET
    RS - FURG
    RS - UFRGS
    RS - UFSM
    SE - UFSE
    SP - USP
    TO - UFT
  • A repercussão do programa Nas Ondas da Educação levou a um aumento na procura por cursos para jovens e adultos no município gaúcho de Venâncio Aires (foto do arquivo da professora)A necessidade de elaborar um projeto como trabalho de encerramento do curso de formação continuada Mídias na Educação, promovido pelo Ministério da Educação, levou três professoras gaúchas a criar um programa de rádio. Nas Ondas da Educaçãofoi idealizado por Cláudia Lourenço da Luz, Ionara Bencke e Joice Gassen para ser produzido e apresentado por alunos da educação de jovens e adultos de quatro escolas de Venâncio Aires (RS).

    “Professores e alunos ficaram tão envolvidos que o programa continuou até no período das férias escolares, promovendo encontros de alunos e professores nas casas de um e de outro para o planejamento”, diz Ionara, que na época trabalhava na secretaria de Educação do município. Segundo ela, a repercussão do programa na comunidade provocou um aumento na procura por cursos de educação de jovens e adultos. Algumas pessoas ficaram motivadas com os depoimentos de alunos. Outras, simplesmente porque também queriam participar do programa de rádio.

    Há dois anos no ar, o programa ampliou sua proposta e, hoje, mobiliza alunos e professores também do ensino fundamental de todas as escolas da rede municipal. Com meia hora de duração, Nas Ondas da Educação é transmitido ao vivo pela Rádio Venâncio Aires AM 910, às sextas-feiras, das 20h às 20h30, sem custos e sem intervalo comercial.

    De acordo com Ionara, as professoras não se envolvem mais com a coordenação do programa. No início, em 2008, elas acompanhavam desde o planejamento até a apresentação, embora toda a pauta fosse escolhida e organizada pelos alunos, com orientação dos professores. “É um projeto que deu certo. Ele saiu do papel, de um mero trabalho de conclusão de curso, para uma situação real de aprendizagem”, destaca.

    Formada em letras, Ionara dá aulas de português, inglês e artes na Escola Municipal de Ensino Fundamental Alfredo Scherer e faz especialização em mídias na educação. Também é responsável pelo desenvolvimento dos programas de rádio de responsabilidade da escola, que este ano produziu três edições do Nas Ondas da Educação. “Para o primeiro programa, tive de trabalhar com a elaboração e a diagramação da pauta radiofônica com minha turma do oitavo ano (sétima série). No segundo e no terceiro, os alunos já trabalharam com plena autonomia”, garante.

    Fátima Schenini

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