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  • Kézia Vitória Vieira Santos, 11 anos, fez pedidos ao bom velhinho e ganhou uma boneca e uma blusa (Rafael Carvalho/MEC)Uma cartinha para o Papai Noel pode ser muito mais que um pedido de presente no final do ano. Para as crianças do quarto ano da Escola Classe 5 do Cruzeiro (DF) foi um aprendizado que uniu redação, matemática e muita expectativa. Tudo isso em um só projeto, concluído no início de dezembro. O resultado é que as crianças adoraram todo o processo.

    A professora Patricia Cardigos, que trabalha na escola há três meses, conta que o projeto surgiu a partir do convívio com as crianças. Ao todo, foram duas semanas de trabalho em sala com os alunos do turno integral. Cada uma das 19 crianças escreveu uma carta e listou três presentes que gostaria de ganhar: um mais caro, um de valor mediano e um terceiro mais barato.

    Para a produção das cartinhas, a professora trabalhou conceitos interdisciplinares que uniram redação, com a própria estruturação e escrita da carta; conceitos matemáticos, com valores, medidas e sistema monetário, já que eles tiveram que optar por presentes de diferentes preços; e geografia, com a localização dos seus endereços.

    “Trabalhamos com um pouco de cada matéria. Muitos ainda não sabiam o endereço de casa”, conta. “Eles responderam bem ao projeto. Estão todos preparados para o quinto ano”, garantiu a professora.

    Solidariedade – A escola fica na região central de Brasília, conhecida como Plano Piloto. Porém, também atende crianças de áreas mais vulneráveis, como a Cidade Estrutural, que nasceu a partir do lixão que leva o mesmo nome. Por isso, com as cartas em mãos, a professora foi em busca de amigos dispostos a doar um dos brinquedos sugeridos nas cartas. Feito que ela conseguiu. Na manhã de terça-feira, 13, as crianças tiveram uma grande surpresa quando chegaram à escola e encontraram a sala cheia de presentes.

    “Eu gostei de tudo”, comemora Kézia Vitória Vieira Santos, de 11 anos e moradora da Cidade Estrutural. Para ela, que ganhou uma boneca e uma blusa, o projeto trouxe esperança. “Tem que acreditar nas coisas e nunca desistir”, disse com brilho nos olhos.

    Para Carmen Moreira de Castro Neves, diretora de Formulação de Conteúdos Educacionais, da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, a professora soube trabalhar a interdisciplinaridade dos conteúdos, essencial para o desenvolvimento das crianças.

    “Esses conceitos são importantíssimos para a criança perceber que a aprendizagem está profundamente conectada com a vida”, avalia. “Não é só desenvolver conteúdos, mas o ser humano como um todo. Normalmente, isso vem agregado a uma motivação muito grande das crianças, que provoca encantamento com a sala de aula, com o aprender. Essa dimensão faz a escola ter sentido e alegria na vida do aluno.”

    Pedro Henrique Medina da Silva, 10 anos e morador do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), região próxima ao Cruzeiro, disse que gostou “de tudo”. Ele ganhou uma bola e estava muito animado para contar como foi a experiência de escrever para o bom velhinho. “Eu gostei de pedir presente para o Papai Noel porque é bom ganhar”, disse com sinceridade. E o que aprendeu com tudo isso? “Aprendi que é bom a gente ter bons modos e educação", falou com um sorriso no rosto.

    Assessoria de Comunicação Social

  • .Essa história de um Natal feliz, com preocupações ecológicas e sociais, foi vivida por ele mesmo, o próprio Papai Noel. Sentado em uma cadeira, num canto do pátio da escola decorado com enfeites natalinos que nem pareciam ter sido construídos com garrafas plásticas, ele observava a alegria das crianças reunidas em coro para cantar ou encenar o nascimento do Menino Jesus. Outras se lambuzavam com o algodão doce, cor de nuvem, que era distribuído de graça e à vontade. Uma a uma, elas iam até ele. Algumas ressabiadas demais; outras, curiosas e falantes. Mas para todas havia uma boneca, um carrinho, uma bola, um jogo, um abraço e um carinho.

    Pelo terceiro ano, a comunidade rural Barra Mansa, de pequenos agricultores, a 54 quilômetros de Canoinhas, cidade catarinense de 52 mil habitantes, ajuda a realizar o Natal na Escola Básica Municipal Evaldo Dranka. “Recolhemos doações e contribuições para que todas as 85 crianças do pré ao quinto ano, que são carentes, possam ter uma festa de Natal, com lanche especial e um presente”, conta a diretora, Giovana Carliny, encantada com a decoração especial para a festa de 2016.

    Com o tradicional gorro vermelho, Pollyana Bollmann, 5 anos, participou de uma coreografia da música Vem Chegando o Natal. “A festa estava muito bonita; a escola, toda enfeitada. Minha filha ganhou uma boneca e ficou muito feliz”, emocionou-se a mãe da menina, Patrícia Aparecida Bollmann, que ajuda o marido na lavoura. Emocionada também ficou a professora Jocineri Martins Pires, de educação física, que ajudou a ensaiar as crianças para a festa do encerramento do ano letivo de 2016. “São crianças. E sempre, nas apresentações, se envolvem mais do que a gente imagina. Fica tudo muito bonito”, disse.

    Além do tradicional pinheiro, bombons, pirulitos, cupcakes e bolas gigantes preenchiam o pátio e a quadra coberta. “É o nosso Natal mágico com garrafas pet”, comentou a diretora. As 15 peças de enfeites foram doadas pelo Centro de Atendimento Psicossocial (Caps) de Canoinhas. As peças com motivos natalinos são produzidas ao longo do ano por cerca de cem integrantes do Caps, entre pessoas com transtorno mental e usuários de drogas e álcool. Dois artesãos de Canoinhas ajudam a construir as estruturas metálicas a serem decoradas. ”É um trabalho que começamos em 2013 e ganhou uma dimensão muito grande”, conta a psicóloga Viviana Stanger, responsável pela coordenação do trabalho de assistência social do município.

    Atualmente, o material produzido pelos integrantes do Caps enfeita as praças da cidade no Natal. Os moradores da comunidade ajudam, com a doação de garrafas de plástico. “É um trabalho que também ajuda na preservação do meio ambiente”, diz Viviana. “Por semana, recebemos de 500 a 600 garrafas”, calcula. E, assim, o trabalho que se restringia a uma função social, acabou por se transformar em projeto artístico. Segundo a psicóloga, o reconhecimento do trabalho artístico dos novos artesãos tem elevado o índice de recuperação dos usuários de drogas e de álcool. “Eles se sentem valorizados pelas pessoas da cidade e estão trabalhando numa coisa que gostam de fazer”, explica.

    Ambiente — Os enfeites natalinos produzidos pelo Caps de Canoinhas ajudaram no cenário da festa de encerramento do ano letivo de 2016 de outra escola pública da região. Quinze peças de um presépio gigante foram doadas à Escola Básica Municipal Achiles Pazda, da comunidade rural Rio do Pinho. Os enfeites construídos com garrafas plásticas não são o único exemplo de preocupação com o meio ambiente que chega aos alunos. As 14 escolas rurais do município participam desde 2005 de atividades de preservação ambiental.

    Em 2015, a Escola Básica Municipal Evaldo Dranka, no corredor ecológico do Rio Timbó, ganhou, da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), o prêmio Epagri Escola Ecologia por projetos desenvolvidos para a conservação de nascentes. Os alunos plantaram 210 mudas de árvores nativas em nascentes de pequenas propriedades familiares da vizinhança escolar. Nessa mesma atividade, os estudantes foram incentivados pelos professores a pesquisar sobre a importância das árvores para a qualidade do ar. “Os professores trabalham sempre temas ambientais de forma integrada ao currículo das disciplinas básicas”, explica Rosimari de Fátima Cubas Blaka, coordenadora municipal do Programa Interdisciplinar de Educação do Campo de Canoinhas.

    Rovênia Amorim


  • Vai além do apelo comercial o que uma temporada natalina pode oferecer. Essa é a percepção que a professora Danielle Ferreira da Silva vem desenvolvendo, cotidianamente, entre os alunos de educação infantil da Escola Classe 68 de Ceilândia. No período em que todos se preparam para as festividades de fim de ano, ela aproveita e trabalha com as crianças os valores da solidariedade. Sua ação, que tem tido sucesso, é o tema de
    Trilhas da Educação, programa da Rádio MEC que vai ao ar nesta sexta, 16.

    Desse trabalho faz parte uma campanha que ela e os demais professores estão fazendo para arrecadar brinquedos. “Esta é uma época de amor, e está todo mundo envolvido”, resume a professora. Ansiosas pela chegada dos presentes, as crianças se empenham nas tarefas demandadas pela ação – escrever cartinhas e fazer desenhos com os pedidos. “Para os meus alunos, eu expliquei: olha, você pode pedir o que você quiser, mas você vai ficar feliz se ganhar qualquer outra coisa? ”, relata. “Eles sempre dizem: ‘sim, qualquer coisa que eu ganhar, eu vou ficar feliz’. Eles estão na expectativa. ”

    Trata-se de uma campanha aberta, que envolve não só a comunidade local, como quem mais quiser participar. As doações podem contemplar os pedidos das crianças. E diversidade é o que não falta nos desejos, conta a professora. “Um aluno pediu uma bolinha de sabão. Um pediu um drone; outro, um o helicóptero; uma, a Barbie e a sorveteria da Barbie; e outra só pediu uma bonequinha. Teve uma que pediu vestido com brilho. Uns sonharam bem alto, outros não: ‘quero só uma bolinha de sabão e pronto’.”

    Atividades – Nesta etapa, explica Danielle, tudo é estímulo e aprendizado – passando pelos temas propostos pelo currículo escolar e alcançando noções de autocuidado e convivência com os outros. “A gente trabalha muito com a questão lúdica, aspectos corporais, coordenação motora, linguagem oral e escrita”, resume. “Eles aprendem também o nome, conhecem todas as letras do alfabeto associando a gravuras, os numerais até dez, formas geométricas, cores... Trabalhamos também o cuidado que precisam ter consigo mesmos e com o outro; a aceitação de diferenças. Isso, assim, resumindo porque é muita coisa.”

    Nas atividades em sala de aula, o assunto das cartinhas de fim de ano é tema frequente. Certo dia, um dos alunos questionou a existência de Papai Noel. A resposta, dada por um dos meninos da turma, deixou a professora orgulhosa.  Ela conta a história: “Rapidinho, um coleguinha se levantou e falou: ‘olha, o Papai Noel existe e é quem vai te dar o presente. Tipo assim: a mamãe é o Papai Noel; se for o titio, o titio é o seu Papai Noel, igual às pessoas a quem a tia Dani pediu os presentes. Elas são os nossos papais noéis’. Eu achei tão fofo porque entendeu direitinho o recado.”

    Acolhimento – Todo o empenho de Danielle é para que as crianças se divirtam e sintam-se também acolhidas, já que várias, em situação de vulnerabilidade, nem sempre podem contar com a alegria de serem presentadas. “São muitas crianças em situação de carência”, relata a professora. “[No caso da] maioria dos alunos, os pais trabalham no comércio, são catadores, vendedores de balinhas, às vezes não trabalham... E o que a gente pode fazer é tornar [a realidade deles] um pouco mais agradável.”

    Para o início de dezembro, já está sendo preparada uma festinha, que assinalará o dia da entrega das doações. “Inicialmente, estamos pedindo só o brinquedo, mas tudo que for doado é bem-vindo”, lembra Danielle. “Se alguém tiver disponibilidade e quiser doar salgadinhos, um bolo, com certeza nós vamos aceitar e ficar supergratos.”

    As doações podem ser feitas diretamente na escola, na QNR 02, Conjunto 02, em Ceilândia. Também é possível entrar em contato pelos telefones (61) 99344-9980 e (61) 99183-4635. “É muito legal porque as pessoas ajudam, então, a gente fica [feliz]: puxa, acontece, é real”, comemora a professora. O prazo para a entrega dos presentes se encerra no dia 30 de novembro.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Mesmo em tempos de mensagens instantâneas, redes sociais e de toda a tecnologia disponível, o Projeto Papai Noel dos Correios segue com sucesso. A ação já tem 28 anos de tradição e ganha força a cada ano, com o propósito de unir empresas, órgãos e toda a população em uma grande corrente de solidariedade.

    Desde 2010, além de receber as cartinhas que chegam da sociedade, o projeto passou a receber, também, cartas das crianças de escolas da rede pública. A prática permite estimular a escrita e o interesse pelo aprendizado escolar, além de contribuir para a realização dos sonhos de cada uma. 

    Mas, para que todas as crianças consigam ter seus pedidos realizados, é preciso que a população adote uma das cartinhas nos Correios. No Ministério da Educação, a campanha já é tradição e ocorre anualmente. “Ano passado pegamos 238 cartas. Esse ano, até agora, foram mais de 160”, conta Maria Neuza Lopes, secretária da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas do MEC e organizadora da ação no órgão.

    Maria Neuza faz questão de todos os anos ir aos Correios para pegar as cartas. Lê todas, seleciona as mais emocionantes e, depois, mobiliza o quadro de servidores: envia e-mails, liga para quem ajudou no ano anterior, cola cartazes nos quadros de avisos. “Eu amo participar dessa ação, tanto que, mesmo com um problema de saúde que tive, fiz questão de ficar boa logo para voltar a tempo de organizar tudo”, diz. “Nas cartinhas, muitas histórias; umas engraçadas, outras emocionantes. Esse ano me chamou a atenção a de um menino de oito anos que disse que o sonho dele era ter um irmão, mas, como os pais se separaram, ele conta que ficaria feliz com um carrinho de controle remoto”.

    As cartas estão disponíveis no Anexo I do MEC, na Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas, térreo, sala 8. Os presentes devem ser entregues no mesmo local até as 17h do dia 1º de dezembro, embalados e identificados com os dados da carta.

    Para receber os presentes, Neuza procura dar um toque festivo à ação: monta uma árvore de Natal no saguão dos anexos e coloca os presentes em volta. “É muito trabalhoso, mas me sinto realizada de poder contar com o apoio de cada um que doa os presentes e, consequentemente, alegram muitas crianças”.

    Consulte os pontos de adoção de cartas por todo o país.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Nas cartas, as crianças pedem coisas simples às pessoas que se dispõem a ajudar (foto: Rafael Carvalho/MEC)A menos de 20 dias do encerramento, a campanha Papai Noel dos Correios, do Ministério da Educação, deve bater recordes. Em 2015, 128 cartinhas de crianças carentes foram atendidas pela ação. Lançada na semana passada, a campanha já teve 150 cartas adotadas. “Todo ano, a chefia pede para pegar 100 cartas. Peguei mais este ano e elas já acabaram”, comemora Maria Neuza Lopes, secretária da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas (Cams) e organizadora da ação.

    Maria Neuza vai todos os anos aos Correios para pegar as cartas. Lê uma por uma, seleciona as mais engraçadas e emocionantes e, depois, trata de mobilizar o quadro de servidores: envia e-mails, liga para quem ajudou no ano anterior, cola cartazes nos quadros de avisos. “Todo ano tem cartinhas interessantes; eu choro com as crianças”, diz. “Peguei a de um menino que pede uma bola porque os amigos não emprestam, e a de outro que pediu um tênis porque joga futebol com calçados velhos.”

    A analista de sistemas Francisca Maria Carvalho participa anualmente da campanha. “Procuro o que me emociona. Muitas vezes, as crianças pedem coisas tão simples, como uma boneca ou uma bola. Tenho tanta coisa na vida, sinto que preciso ajudar”, afirma. Servidora do MEC há 36 anos, Francisca cresceu com sete irmãos e não ganhou muitos presentes quando criança. “Quando era pequena, queria uma bonequinha bebê, dessas que vêm com chupeta”, lembra. “Nunca me deram, mas assim que comecei a trabalhar, aos 18 anos, foi a primeira coisa que comprei.”

    As cartas estão disponíveis no Anexo I do MEC, no térreo, sala 8. Os presentes podem ser entregues no mesmo local até as 18h de 5 de dezembro próximo, embalados e identificados com os dados da carta. Para a reta final, Neuza procura dar um toque festivo à ação: monta uma árvore de Natal no saguão dos anexos e vai colocando os presentes em volta. “É muito trabalhoso; às vezes, acordo à noite pensando se vamos conseguir doar todos os presentes. Mas me sinto realizada, é algo que edifica.”

    Assessoria de Comunicação Social

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