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  • Participantes inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018 que quiserem atendimento pelo nome social devem fazer a solicitação até o dia 3 de junho, na Página do Participante, disponível no portal do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação. O nome social é a forma pela qual travestis ou pessoas transexuais escolheram ser chamados, por ser a denominação que condiz com a sua imagem. Desde 2014, o MEC permite esse recurso para aplicação no Enem, com o objetivo de combater o preconceito e o constrangimento.

    Além de preencher a solicitação, o candidato deverá enviar os seguintes documentos: fotografia colorida, individual, atual, nítida e com fundo branco; cópia digitalizada do formulário de atendimento pelo nome social; e cópia assinada e digitalizada da frente e do verso de um dos documentos de identificação oficial – podendo ser RG, Carteira de Trabalho e Previdência Social (que tenham sido emitidas antes de 23 de setembro de 1997), Carteira Nacional de Habilitação, Certificado de Dispensa de Incorporação, Certificado de Reservista, identidade funcional em consonância e passaporte. A foto utilizada no documento de identificação deve ser nítida, individual, colorida, com fundo branco que enquadre desde a cabeça até os ombros, de rosto inteiro e sem uso de óculos escuros e artigos de chapelaria, tais como boné, chapéu, viseira, gorro ou similares. Para estrangeiros e refugiados, é preciso enviar a identidade emitida pelo Ministério da Justiça.

    O Inep alerta que só serão aceitos documentos nos formatos PDF, PNG ou JPG, no tamanho de até 2MB. As cópias devem ser enviadas obrigatoriamente pelo sistema de inscrição da Página do Participante, dentro do prazo determinado. Não serão analisados os documentos que forem enviados via fax, e-mail ou via postal.

    As solicitações indeferidas deverão ser consultadas no mesmo sistema. Em caso de reprovação, o participante será comunicado, por meio do e-mail ou SMS – dados que devem ser informados no ato da inscrição. Nesse caso, haverá um prazo máximo de cinco dias para envio de novo material que comprove o pedido de atendimento. Caso esse não esteja nos requisitos do edital, o candidato fará o exame utilizando o nome civil.

    Calendário – Em outubro, o Inep divulgará o cartão de informação dos candidatos, juntamente com os locais das provas do Enem 2018 – que serão aplicadas nos dias 4 e 11 de novembro, dois domingos subsequentes. As demais informações sobre o exame podem ser consultadas no site do Enem e no aplicativo Enem 2018, bem como nos portais e redes sociais do MEC e do Inep.

    Clique aqui para acessar a Página do Participante.

    Assessoria de Comunicação Social

     


  • O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) abriu nesta segunda-feira, 29, o período de solicitação de atendimento por nome social no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2017. Participantes transexuais e travestis – pessoas que se identificam e querem ser reconhecidas socialmente em consonância com sua identidade de gênero – têm até o dia 4 de junho para fazer a solicitação e anexar os documentos necessários pelo portal do Inep.

     Para fazer a solicitação, é preciso acessar a página eletrônica do participante e preencher os dados de CPF e senha. A opção pelo atendimento por nome social está localizada no canto superior esquerdo. O participante deverá informar o nome social, determinar se quer que este nome apareça na lista de sua sala e escolher o ambiente sanitário que gostaria de usar nos dias do exame, se masculino ou feminino. O candidato deverá, então, clicar o botão de visualizar e imprimir o formulário de solicitação.

    Na sequência, serão abertos os campos para anexar os documentos comprobatórios da condição que motiva a solicitação de atendimento pelo nome social. Será necessário anexar três documentos, aceitos somente nos formatos PDF, PNG ou JPG, no tamanho máximo de 2MB. São eles:
    a) fotografia atual nítida, individual, colorida, com fundo branco que enquadre desde a cabeça até os ombros, de rosto inteiro sem o uso de óculos escuros e artigos de chapelaria, tais como boné, chapéu, viseira, gorro ou similares;
    b) cópia digitalizada da frente e do verso de um dos documentos de identificação oficial com foto;
    c) cópia assinada e digitalizada do formulário de solicitação.

    Os documentos devem ser legíveis, para que não corram o risco de serem considerados inválidos para comprovação do atendimento. As solicitações indeferidas poderão ser consultadas na página do participante. Nesse caso, o candidato será informado pelo e-mail cadastrado para que envie um novo documento comprobatório em até três dias. Se ainda assim o documento não estiver em conformidade com o edital, o participante fará o exame com o nome civil.

    Acesse a página do participante do Enem.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

  • Os participantes transexuais e travestis – pessoas que se identificam e querem ser reconhecidas socialmente em consonância com sua identidade de gênero – inscritos no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2017 e que desejam atendimento pelo nome social devem fazer a solicitação até 25 de agosto. A oportunidade de atendimentos diferenciados faz parte da política de inclusão social do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que contempla, além do atendimento por nome social, atendimento específico e atendimento especializado em suas avaliações e exames.

     A solicitação de atendimento por nome social deve ser feita pela página do participante. É necessário comprovar a condição que motiva a solicitação com documentos como fotografia atual, individual, colorida, com fundo branco, da cabeça e do tronco sendo que a cabeça deverá estar descoberta; cópia digitalizada de um dos documentos de identificação oficial com foto; e cópia assinada e digitalizada do formulário de solicitação de atendimento pelo nome social disponibilizado na página do participante. Os documentos devem conter todas as informações solicitadas, ser legíveis e estar no formato PDF, PNG ou JPG, no tamanho máximo de 2MB.

    Acesse a página do participante do Encceja 2017

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

  • O período de solicitação para atendimento por nome social no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e para indicação do curso pelo estudante de dupla graduação termina nesta segunda-feira, 10. Além disso, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informa que a etapa de cadastro do estudante, disponível para preenchimento desde 14 de agosto, deverá ser concluída até 23h59 (horário de Brasília/DF) de 21 de novembro, pelo Sistema Enade ou pelo Aplicativo do Enade, disponível na Google Play e na Apple Store.

    Só poderão se cadastrar os estudantes que foram previamente inscritos pelos coordenadores de curso. Para realizar o cadastro é necessário selecionar a opção “Primeiro Acesso” para criar login e senha. O Inep solicita o número de CPF, além de um e-mail válido. É responsabilidade do estudante verificar se o cadastro foi concluído com sucesso, para garantir que possa responder ao Questionário do Estudante, entre 3 de setembro e 21 de novembro, e participar da prova em 25 de novembro.

    Cursos avaliados – Em 2018, o Enade vai avaliar os estudantes dos cursos que conferem diploma de bacharel nas áreas de: Administração, Administração Pública, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Comunicação Social - Jornalismo, Comunicação Social - Publicidade e Propaganda, Design, Direito, Psicologia, Relações Internacionais, Secretariado Executivo, Serviço Social, Teologia e Turismo. Também serão avaliados os cursos que conferem diploma de tecnólogo nas áreas de: Tecnologia em Comércio Exterior, Tecnologia em Design de Interiores, Tecnologia em Design de Moda, Tecnologia em Design Gráfico, Tecnologia em Gastronomia, Tecnologia em Gestão Comercial, Tecnologia em Gestão da Qualidade, Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos, Tecnologia em Gestão Financeira, Tecnologia em Gestão Pública, Tecnologia em Logística, Tecnologia em Marketing e Tecnologia em Processos Gerenciais.

    Enade – O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes é componente curricular obrigatório dos cursos de graduação e é composto por dois instrumentos obrigatórios: uma prova para avaliação de desempenho dos estudantes e um Questionário do Estudante. De acordo com a legislação, devem ser inscritos no exame os estudantes ingressantes e concluintes dos cursos de graduação avaliados na edição. No histórico escolar do estudante ficará registrada a situação de regularidade em relação ao Enade.

    Acesse o Sistema Enade.              

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informa que, entre os dias 4 e 10 de setembro, poderá ser realizada a solicitação para atendimento por nome social para o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). Além disso, a etapa de cadastro do estudante, disponível para preenchimento desde 14 de agosto, deverá ser concluída até 23h59 (Horário de Brasília – DF) de 21 de novembro, pelo Sistema Enade ou pelo aplicativo do Enade, já disponível na Google Play e na Apple Store.

    Só podem se cadastrar os estudantes que foram previamente inscritos pelos coordenadores de curso. Para realizar o cadastro é necessário selecionar a opção “Primeiro Acesso” para criar login e senha. O Inep solicita o número de CPF, além de um e-mail válido. É responsabilidade do estudante verificar se o cadastro foi concluído com sucesso, para garantir que possa responder ao Questionário do Estudante, até o dia 21 de novembro, para participar da prova em 25 de novembro.

    Cursos avaliados – Em 2018, o Enade vai avaliar os estudantes dos cursos que conferem diploma de bacharel nas áreas de: Administração, Administração Pública, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Design, Direito, Psicologia, Relações Internacionais, Secretariado Executivo, Serviço Social, Teologia e Turismo. Também serão avaliados os cursos que conferem diploma de tecnólogo nas áreas de: Tecnologia em Comércio Exterior, Tecnologia em Design de Interiores, Tecnologia em Design de Moda, Tecnologia em Design Gráfico, Tecnologia em Gastronomia, Tecnologia em Gestão Comercial, Tecnologia em Gestão da Qualidade, Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos, Tecnologia em Gestão Financeira, Tecnologia em Gestão Pública, Tecnologia em Logística, Tecnologia em Marketing e Tecnologia em Processos Gerenciais.

    Enade – O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes é componente curricular obrigatório dos cursos de graduação, composto por dois instrumentos obrigatórios, uma prova para avaliação de desempenho dos estudantes e um questionário. De acordo com a legislação, devem ser inscritos no exame os estudantes ingressantes e concluintes dos cursos de graduação avaliados na edição. No histórico escolar do estudante ficará registrada a situação de regularidade em relação ao Enade.

    Acesse o sistema Enade para fazer o cadastro no site.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Travestis e transexuais que se inscreveram para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016 podem pedir a identificação pelo nome social. O pedido deve ser apresentado a partir das 17h desta quarta-feira, 1º de junho. O prazo vai até o dia 8 próximo.

    O candidato que pretende ser identificado pelo nome social deve encaminhar o formulário disponível on-line, na Página do Participante do exame, devidamente preenchido, além de cópia de documento de identificação e foto recente.

    A possibilidade de usar o nome social no Enem foi aberta em 2014. Naquele ano, foram apresentadas 102 solicitações. Na edição de 2015, o número subiu para 278.

    Provas — Nos dois dias de exame — em 5 e 6 de novembro —, os portões nos locais de provas serão abertos às 12h e fechados às 13h (horário oficial de Brasília). As provas terão início às 13h30. O tempo extra de meia hora será usado para procedimentos de entrada em sala e de segurança, tais como revista eletrônica, e para a guarda de pertences pessoais permitidos.

    O período total de duração das provas será de quatro horas e meia no primeiro dia (sábado) e cinco horas e meia no segundo dia (domingo).

    O pedido de identificação pelo nome social deve ser feito exclusivamente na Página do Participante na internet.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

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  • Filha de agricultores analfabetos, a professora doutora Luma Nogueira de Andrade teve uma infância humilde no interior do Nordeste, percebendo-se diferente e enfrentando preconceitos. Na trajetória escolar, as descobertas do menino que se via como menina não foram fáceis. O mundo se mostrava adverso, mas ela conseguiu reverter as dificuldades e o preconceito por meio da educação.

    Na semana de Combate à Homofobia, o programa Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC, entrevistou a professora Luma. Ela é docente e gestora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), na cidade de Redenção, no Ceará. Luma é travesti e agente de transformação em território acadêmico e social.

    “Às vezes eu não entendia por que que eu estava sendo cobrada em algumas posturas, por que que eu não poderia brincar com certos brinquedos, me comportar da forma como eu queria, me vestir da forma como eu gostaria de me vestir” recorda a professora. “Eu sempre teria que me adequar ao que os outros queriam. Então, isso foi um conflito desde a infância.”

    Luma destaca que, quando saía na hora do intervalo, era espancada porque se identificava com as meninas e ia brincar com elas. “Voltava para a sala de aula chorando, as minhas colegas falavam para a minha professora e ela simplesmente chegava ao meu lado e dizia: ‘Bem feito! Quem manda você ser assim?’”

    Depois de muitos casos de violações e privações, como não poder usar o banheiro na escola, Luma encontrou uma forma de melhorar a convivência e de se resguardar de possíveis episódios de violência. A fórmula foi virar a melhor aluna da sala. “Eu tinha que me destacar em alguma coisa. E aí, eu passei a ser a melhor da sala. E aí, eu dava aula para os meus colegas de sala.”

    Passado o período escolar e a faculdade, Luma conquistou um espaço na cidade que ninguém tinha. A formação em ciências lhe permitia lecionar matemática, ciências, física, biologia, o que lhe deu oportunidade para contratação na rede escolar e, mais à frente, para que ela passasse em primeiro lugar num concurso estadual.

    Hoje, seis anos depois de conquistar o doutorado, ela segue como docente e gestora na Unilab, que conta com dois campi no Ceará e um campus na Bahia. Nesse período, ela conquistou o direito de mudar seu nome nos documentos e anos mais tarde viu essa possibilidade se estender como um direito dentro da escola.

    Desde o início deste ano, o Ministério da Educação autorizou o uso do nome social de travestis e transexuais nos registros escolares da educação básica. Alunos maiores de 18 anos podem solicitar que a matrícula nas instituições de ensino seja feita usando o nome social. No caso de estudantes menores de idade, o pedido deve ser apresentado pelos representantes legais.

    Assessoria de Comunicação Social


  • Quem teve a solicitação de atendimento especializado ou por nome social reprovada no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2018 tem prazo até esta sexta-feira, 18 de maio, para entrar com recurso. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) receberá até 23h59, pela Página do Participante, os novos documentos comprobatórios para as situações que dão direito aos atendimentos.

    A oportunidade de atendimento pelo nome social para participantes travestis ou transexuais e o atendimento especializado fazem parte da Política de Inclusão e Acessibilidade do Inep, que ainda inclui atendimento específico para gestantes, lactantes, idosos e outras condições específicas. O atendimento especializado é garantido àqueles que comprovarem ter baixa visão, cegueira, deficiência auditiva, deficiência física, deficiência intelectual (mental), déficit de atenção, discalculia, dislexia, surdez, surdocegueira e visão monocular. Para comprovar a condição é preciso apresentar documentação, conforme previsto no edital.

    Nome – O atendimento dá direito ao participante travesti ou transexual ser distribuído pelas salas de aplicação de acordo com seu nome social, e não de acordo com o nome civil. Todos os documentos relacionados à aplicação também serão identificados com o nome social. Para ter direito ao atendimento, o participante também deve apresentar documentos que comprovem a condição que motiva a solicitação, como: fotografia atual, individual, colorida, com fundo branco, da cabeça (descoberta) e do tronco; cópia digitalizada (frente e verso) de um dos documentos de identificação oficial com foto; e cópia assinada e digitalizada do formulário de solicitação de atendimento pelo nome social disponível na Página do Participante. Os documentos devem conter todas as informações solicitadas, ser legíveis e estar no formato PDF, PNG ou JPG, no tamanho máximo de 2MB.

    Clique aqui para acessar a Página do Participante

    Assessoria de Comunicação Social

     


  • A resolução que autoriza o uso do nome social de travestis e transexuais nos registros escolares da educação básica foi homologada nesta quarta-feira, 17, pelo ministro da Educação, Mendonça Filho. Com o documento, maiores de 18 anos podem solicitar que a matrícula nas instituições de ensino seja feita usando o nome social. No caso de estudantes menores de idade, a solicitação deve ser apresentada pelos seus representantes legais.

    “Essa era uma antiga reivindicação do movimento LGBTI e que, na verdade, representa um princípio elementar do respeito as diferenças, do respeito à pessoa humana e ao mesmo tempo de um combate permanente do Ministério da Educação contra o preconceito, o bullying, que muitas vezes ocorrem nas escolas de todo o país. É um passo relevante para o princípio do respeito às diferenças e o combate aos preconceitos”, enfatizou Mendonça Filho. “É a construção do bem como a lógica do caminho a ser percorrido.”

    A professora Luma Nogueira de Andrade, de direitos humanos, gênero e diversidade sexual e gestão escolar da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), em Redenção (CE), conta que toda a sua vida escolar foi marcada por “negação do espaço”, por não ter podido utilizar o nome social no ambiente escolar. “O nome ser negado significa o não acesso aos espaços educacionais. Portanto, se trata de um direito fundamental que é a educação. Tenho que ter o mesmo acesso à escola como todas as pessoas neste país, considerando as minhas singularidades”, defende.  

    “O lema fundamental da educação é a inclusão. Não é incluir despindo as diferenças. Pelo contrário. É incluir aceitando e respeitando as diferenças. Para respeitar e tratar bem as pessoas trans é necessário, primeiro, o respeito à sua identificação, que é o nome. O nome pelo qual eu me identifico é o nome pelo qual eu existo”, completa a professora.

    O diretor-presidente da Aliança Nacional LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersex), Toni Reis, enfatiza que a resolução homologada nesta quarta-feira “significa respeito”. “O que nós queremos é o respeito à comunidade transexual e travesti. É importante que eles possam estudar. Que escolas e universidade sejam lugares acolhedores para todos e todas”, defende. “O Brasil dá um passo importante para o respeito e a diminuição da evasão escolar e contra o bullying e preconceito contra a comunidade que é mais desrespeitada dentro da comunidade LGBTI.”

    Para o ministro Mendonça Filho, a resolução homologada nesta quarta representa o respeito à pessoa humana nas escolas (Foto: André Nery/MEC)

    CNE - A resolução que garante esse direito foi aprovada de forma unânime pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) em setembro de 2017. O uso do nome social por travestis e transexuais é uma reivindicação constante de representantes deste grupo social, e já era possível nas inscrições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

    A secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC, Ivana de Siqueira, disse que das 27 unidades da federação, 24 já têm sua normatização com relação ao uso do nome social e agora chegou a vez de o MEC se posicionar. “É uma importante medida que o MEC adota. É um passo importante, embora ainda precisemos trabalhar diversas medidas para acabar com o bullying e a violência”, ressaltou a secretária.

    Somente no ano passado, 303 candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) fizeram uso desse direito, conforme dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que indicou São Paulo como o estado onde mais foi feito o pedido, com 72 solicitações.

    Essa garantia do Enem foi justamente o que motivou Bernardo Mota, 20 anos, estudante de serviço social da Universidade de Brasília (UnB) a voltar a estudar. Ele fez o exame em 2016 e conta que o uso do nome social foi um fator crucial para seu engajamento nos estudos. Ele conta que ser obrigado a usar um nome que ele sentia não ser dele causava “muito estresse e vergonha”. E que teve uma boa surpresa ao chegar para fazer a prova do Enem. 

    “Eu já fui preparado para lutar, achando que eu teria de enfrentar várias coisas, mas quando eu cheguei, pelo contrário, eu fui super bem atendido. Meu nome foi respeitado e isso me deu, inclusive, tranquilidade para fazer a prova e para passar no vestibular. Então, foi fundamental o nome social para eu conseguir voltar aos estudos”, conta.

    A resolução, homologada nesta quarta, busca propagar o respeito à identidade de gênero e minimizar estatísticas de violência e abandono da escola em função de bullying, assédio, constrangimento e preconceitos. O texto determina ainda que as escolas de educação básica brasileiras, na elaboração e implementação de suas propostas curriculares e projetos pedagógicos, assegurem diretrizes e práticas com o objetivo de combate a quaisquer formas de discriminação em função de orientação sexual e identidade de gênero de estudantes, professores, gestores, funcionários e respectivos familiares.

    Veja mais fotos do encontro sobre a autorização do uso do nome social de travestis e transexuais nos registros escolares da educação básica: 

    17/01/2018 - Homologação de Resolução/CNE que trata da Normatização nacional sobre o uso do nome social nos registros escolares da educação básica

    Assessoria de Comunicação Social

     

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