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  • Ricardo Vélez Rodríguez compõe a comitiva interministerial que visita o estado de Roraima, na primeira viagem oficial desde a posse (Foto: Divulgação/MEC)Boa Vista, 18/01/2019 – O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez afirmou, durante visita oficial a Boa Vista (RR), nesta quinta-feira, 17, que o Ministério da Educação está à disposição do governo estadual para auxiliar no processo de alfabetização de crianças em idade escolar, vindas da Venezuela. O ministro foi acompanhar as ações voltadas aos refugiados venezuelanos pela Força-Tarefa Logística Humanitária Operação Acolhida. 

    “Estamos dispostos, aqui, a prestar toda a assistência para essas crianças que precisam, sobretudo, de novos métodos de alfabetização. Temos no MEC uma Secretaria de Alfabetização, que vamos colocar à disposição para projetos específicos voltados a crianças que estão sendo alfabetizadas em espanhol, português e em língua nativa”, explicou o ministro.

    Ricardo Vélez Rodríguez compõe a comitiva interministerial que realiza a primeira viagem oficial desde a posse. O objetivo é entender como funciona o processo da chegada dos imigrantes ao Brasil e verificar os serviços que podem ser levados ou melhorados para essas pessoas. De acordo com o ministro, o MEC deve prestar serviço ao cidadão onde ele necessita.

    Além disso, o ministro conta que os relatos que está recebendo dos refugiados são de “acolhimento e amabilidade” por parte das Forças Armadas. “Por outro lado, estou vendo as necessidades prementes das crianças no que se refere à sua alfabetização. Nós do MEC queremos tornar realidade o que o senhor presidente Jair Bolsonaro disse desde o início: ‘mais Brasil, menos Brasília’”, destacou Ricardo Vélez. “Vamos atender o cidadão onde ele mora, ou seja, no município. Certamente queremos ajudar as crianças que estão em idade escolar e que estão vivendo uma situação específica.”

    Operação – A Operação Acolhida foi lançada pelo governo federal no início de março de 2018 para atuar na crise humanitária causada pela onda migratória da Venezuela. A coordenação dos trabalhos é feita pela Força-Tarefa Logística Humanitária do Exército. Os trabalhos são realizados de forma conjunta por órgãos federais, estadual e municipais. Ao chegarem ao país, os refugiados são recepcionados com medidas assistenciais, como distribuição de alimentos, melhoras nas condições dos abrigos e apoio de saúde.

    De acordo com o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, o número de refugiados que chegam ao país continua entre 500 e 700 por dia. Ao chegarem, os venezuelanos passam pelo primeiro posto de triagem em Pacaraima. De lá, seguem para abrigos. A estimativa é que mais de 4,5 pessoas tenham sido acolhidas.

    “Nós esperamos que a situação da Venezuela volte à normalidade democrática e isso arrefecerá o que está acontecendo aqui. Enquanto isso, vamos continuar na operação e acolher com muito carinho e coração esses irmãos venezuelanos que procuram uma vida melhor no Brasil”, disse o ministro da Defesa.

    Nesta sexta-feira, 18, a comitiva segue para Pacaraima para conhecer as atividades desenvolvidas na fronteira com a Venezuela.

    Assessoria de Comunicação Social


  • Desde 2018, Operação Acolhida já beneficiou mais de 400 mil venezuelanos que buscaram abrigo no Brasil

     

    O presidente Jair Bolsonaro e ministros — entre eles o da Educação, Abraham Weintraub — no lançamento da Fase 2 da Operação Acolhida, no Planalto. Foto: Gabriel Jabur/MEC.

     

    Dyelle Menezes, do Portal MEC

    Olhar com acolhimento unindo forças para ajudar venezuelanos que chegam todos os dias ao Brasil. Essa é a intenção do governo federal ao apresentar uma nova fase da Operação Acolhida, que incentiva municípios brasileiros a receberem imigrantes e refugiados do país vizinho.

    No Salão Nobre do Palácio do Planalto, nesta quarta-feira, 2 de outubro, com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do ministro da Educação, Abraham Weintraub, o governo anunciou novos acordos para solucionar a crise humanitária dos venezuelanos.

    Durante discurso no evento, Bolsonaro classificou a Venezuela como querida, rica e próspera. O presidente, no entanto, lembrou que o país sofre com uma crise nos últimos anos. “É importante buscar resgatar a liberdade e a paz, assim como colaborarmos para que outros países não se aproximem daquilo que vive o povo venezuelano”, afirmou o presidente.

    A iniciativa é parte de um Protocolo de Intenções do governo federal para assistência aos imigrantes. O acordo para incentivo da interiorização foi assinado com pela Casa Civil da Presidência da República com a Confederação Nacional de Municípios; o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados; a Organização Internacional para as Migrações e o Fundo de População das Nações Unidas.

    Além da Casa Civil, os ministérios da Educação; da Cidadania; da Justiça e Segurança Pública; da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; da Defesa; da Saúde; e do Desenvolvimento Regional também fazem parte da pactuação.

    A cerimônia foi marcada pela criação de um endereço eletrônico por meio do qual a sociedade poderá fazer doações a fim de contribuir com a assistência social aos venezuelanos. O valor integrará um Fundo a ser gerido pelo Banco do Brasil e dará sustentabilidade financeira para a permanência da operação.

    Desde 2018, a Operação Acolhida destina-se a apoiar a organização das atividades necessárias ao acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade, decorrente do fluxo migratório para o estado de Roraima. Mais de 400 mil venezuelanos já foram beneficiados pela iniciativa.

    A ideia, com a nova fase, é incentivar a migração a outras regiões do país. As principais ações dessa nova fase são:

    •  instalação de um hub de interiorização em Manaus/AM: para que outra cidade brasileira também agilize e amplie a interiorização. Há dificuldade logística de deslocamento desde Roraima, já que o estado fica ao extremo norte brasileiro e a Amazônia o separa do resto do país;
    • instalação de um posto de triagem em Manaus/AM: a cidade tem recebido um grande número de venezuelanos e conta com bastante demanda reprimida para documentação e atendimento;
    • criação de fundo para captar recursos privados: a sustentabilidade econômica da Operação Acolhida virá por ter dinheiro de dentro e fora do país, para diminuir o gasto público e estimular a atuação conjunta da sociedade civil, de governos e de organismos internacionais no atendimento às necessidades de imigrantes e refugiados. A Fundação Banco do Brasil será a responsável pelo fundo.

    Uma das imigrantes atendidas pela ação é Yuli Margarita Teran, que participou do evento no Planalto nesta quarta. “Saber que o Brasil olha para meu povo e para as dificuldades que milhares de pessoas enfrentam na Venezuela acalma meu coração”, declarou.

    Papel do MEC – As atribuições do Ministério da Educação não estão especificadas no protocolo de intenções, mas existem algumas propostas de trabalho para a iniciativa. Por exemplo, a possibilidade de antecipação das parcelas do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) para municípios que receberem cem ou mais estudantes imigrantes em suas escolas.

    O compromisso também prevê capacitações. Por meio da Secretaria de Educação Básica, poderão ser realizados aperfeiçoamentos de estudos para professores com a finalidade de auxiliar no processo de integração dos estudantes venezuelanos em idade escolar, residentes no território brasileiro. A Secretaria de Alfabetização também poderá ofertar uma formação continuada para professores dos primeiros anos do ensino fundamental, baseada na Política Nacional de Alfabetização (PNA), com prioridade para municípios que tiverem crianças imigrantes venezuelanas matriculadas em suas redes.


    02/10/2019 - Nova Fase da Operação Acolhida

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