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  • Em encontro que será encerrado nesta sexta-feira, 3, em Brasília, serão definidos os 26 representantes brasileiros no Parlamento Juvenil do Mercosul para o período até 2014. Participam do encontro 78 estudantes com idades entre 14 e 17 anos, indicados pelas secretarias estaduais de Educação. Eles escolherão um representante por unidade da Federação para integrar a próxima reunião do Parlamento Juvenil, nos dias 28 e 29 próximos, em Medellín, Colômbia.

    O Parlamento Juvenil, que funciona nos moldes do Parlamento do Mercosul, tem o objetivo de promover o diálogo entre os jovens dos países integrantes e incentivar o protagonismo entre os jovens. Os eleitos são convidados para encontros promovidos pelos países-membros do parlamento e têm como função discutir temas ligados à educação, bem como elaborar propostas de interesse comum às nações da região.

    A primeira assembleia-geral, realizada em 2010, reuniu 144 estudantes dos seis países participantes (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Colômbia), em Montevidéu, Uruguai. Nas edições futuras do parlamento, está prevista a participação também de Chile e Venezuela.

    A composição do parlamento juvenil é renovada a cada dois anos. No total, mais de 19,6 mil escolas e 3,2 milhões de estudantes estiveram envolvidos no projeto ao longo da última edição (2010-2012).

    Os participantes do encontro em Brasília serão certificados em solenidade, nesta sexta-feira, que contará com a presença de representantes do Ministério da Educação, do Parlamento do Mercosul e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil.

    Danilo Almeida

  • Aos estudantes que vão representar o Brasil no Parlamento Juvenil do Mercosul, o ministro Paim destacou a importância da participação de cada um: “Temos de trabalhar muito para melhorar a educação no país” Representar o Brasil e debater políticas para a juventude fazem parte da missão dada a 27 jovens brasileiros selecionados para compor a delegação brasileira no Parlamento Juvenil do Mercosul (PJM). Cada unidade da Federação será representada por um estudante de escola pública, com mandato de dois anos.

    O PMJ promove a participação e a integração de estudantes do ensino médio público dos países-membros do bloco — Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Espaço de encontro e diálogo entre os jovens, o parlamento destina-se a alunos com idade entre 14 e 18 anos para o debate de temáticas de interesse comum, com foco na formação política e cidadã. Entre os temas a serem debatidos pelos novos representantes estão inclusão educativa, gênero, jovens e trabalho e direitos humanos.

    Para a estudante Clécia Karen, 16 anos, representante do Acre, a expectativa é atuar da melhor forma possível, com trabalho em equipe, para desenvolver, nas partes teórica e prática, os principais eixos temáticos. “Meus objetivos no Parlamento são desenvolver cada eixo e propor soluções na elaboração de projetos e conferências” disse. “Pretendo representar da melhor forma possível o nosso país no encontro do Mercosul, em agosto na Argentina.”

    Alexandre Kleydson, 17 anos, do Piauí, ressalta a importância de representar o Brasil e os estudantes de seu estado. “Para nós, estudantes, é importante tratar do desenvolvimento da educação e do ensino médio que queremos”, afirmou. É o mesmo caso do representante do Maranhão, Bruno de Sousa Nolêto, 15 anos, que pretende lutar pela melhoria do ensino médio e para torná-lo acessível a todos. “O verdadeiro objetivo é realmente mudar a educação, universalizá-la, de modo que todos possam desfrutar dos conhecimentos em geral”, disse.

    Participar de uma experiência parlamentar não é novidade para Yan Busquet Braga, 16 anos. No ano passado, ele participou do Parlamento Jovem do Rio de Janeiro. Assim, foi convidado a integrar o PJM. “Acredito que todo o jovem tem o direito a participar das mudanças da sua comunidade e de sua escola”, afirmou.

    Para atuar como parlamentares, os jovens participaram, na quinta-feira, 17, e nesta sexta, 18, em Brasília, do 1º Encontro de Formação do Parlamento Juvenil do Mercosul. Eles receberam orientações sobre a participação no encontro prévio do PJM, em agosto próximo, na Argentina. No país vizinho, será elaborada declaração que servirá de base para o Parlamento Juvenil no biênio 2014-2016.

    Desafio — Os eleitos foram recebidos nesta sexta-feira, 18, pelo ministro da Educação, Henrique Paim. Ele destacou a importância da participação de cada um no parlamento e para o desenvolvimento dos países do Mercosul. “Temos de trabalhar muito para melhorar a educação no país”, disse o ministro. “O desafio é ter um ensino médio mais flexível, que permita a vocês, a partir do ensino médio, melhorar a educação profissional no Brasil.”

    Segundo Paim, o avanço dos jovens brasileiros depende do avanço educacional. “E a maior expressão dessa mudança são as inscrições para a prova do Enem” afirmou. “Estamos avançando nessa direção e podemos avançar ainda mais.”

    Seleção — Os parlamentares foram eleitos durante encontro nacional, em Gramado (RS), em junho último. Nas etapas anteriores, estaduais, as secretarias de Educação promoveram encontros nos quais cada uma selecionou três estudantes — um do sexo masculino, um do feminino e um que representasse a diversidade brasileira, escolhido entre negros, indígenas, moradores de comunidades populares ou áreas rurais ou pessoas com deficiência. Em votação, os estudantes escolheram um representante por unidade da Federação.

    De acordo com a coordenadora do Rio Grande do Norte, Vera Reis, o trabalho de coordenação em cada unidade federativa esteve centrado principalmente na divulgação do programa e no esboço dos critérios de seleção. “A maioria dos estados optou por uma redação sobre o tema O Ensino Médio que Queremos”, disse. “Depois, os estudantes selecionados falaram sobre o tema Por que eu Quero ser Parlamentar no Mercosul.”

    O estudante Estevão Nogueira, 17 anos, que representa a diversidade brasileira, faz parte da etnia Kokama, do Amazonas. Ele tem a expectativa de demonstrar a verdadeira realidade das comunidades indígenas existentes em todo o território brasileiro. “A liberdade de expressão demonstra a cultura, o talento dos indígenas dentro dos projetos político-educacionais, fazendo com que eles sejam valorizados e respeitados”, enfatizou.

    Assessoria de Comunicação Social


  • O Parlamento Juvenil do Mercosul, que terá a terceira seleção, é formado por estudantes do ensino médio de Argentina, Brasil, Colômbia, Paraguai, Uruguai e Venezuela, além de Bolívia e Colômbia (foto: divulgação)Representante de Mato Grosso do Sul no Parlamento Juvenil do Mercosul no período 2012-2014, Letícia Catellan Silva assegura que a experiência proporcionou conhecimentos em níveis social e pessoal. Ela diz ter agora capacidade de ouvir os colegas e de entender o sistema educacional do seu estado e do país. “Tornei-me mais consciente e participativa, analiso mais criticamente a sociedade e, ao mesmo tempo, tenho noção mais clara de meus direitos”, afirma.

    Aluna em período integral do segundo ano da Escola Estadual Amélio de Carvalho Baís, em Campo Grande, Letícia foi uma das três vencedoras da primeira etapa de concurso de redação promovido pela Secretaria de Educação do estado. O tema foi A Juventude e o Ensino Médio que Queremos. A estudante já conhecia o significado de parlamento, pois atuou como deputada estadual no projeto Parlamento Jovem de Mato Grosso do Sul. Segundo a estudante, foi possível elaborar projetos de lei de circunscrição estadual para atender demandas sociais.

    Com essa experiência e com o apoio da família, Letícia partiu para a etapa nacional, em Brasília. “Ninguém se conhecia. Cada candidato pôde expor suas perspectivas e falar um pouco de si, mostrar seu potencial”, relata. As eleições ocorreram depois de dois dias de debates sobre inclusão educativa, gênero, direitos humanos, jovens e trabalho, integração latino-americana e participação cidadã, temas que compõem o eixo temático do Parlamento. “Foi uma eleição muito justa e democrática”, avalia.

    Desde então a estudante vem aprimorando as habilidades discursiva e comunicativa e adquirindo embasamento com projetos e pesquisas sobre a realidade da educação na América Latinha. Letícia vê a política na área internacional do Mercosul como fator primordial para um mundo globalizado. “O importante é que os políticos não foquem apenas em questões econômicas, pois em se tratando de uma sociedade, devemos dar prioridade às pessoas”, afirma.

    Encontros — Estudantes na faixa etária 14 a 17 anos matriculados no primeiro ou no segundo ano da rede pública de todo o país podem participar das eleições para o próximo Parlamento Juvenil do Mercosul, biênio 2014-2016. Cada unidade da Federação selecionará três estudantes para o encontro nacional, em Vitória, Espírito Santo, de 4 a 7 de junho. Nesse encontro, será eleito para o Parlamento Juvenil um representante de cada estado e do Distrito Federal.

    A Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação estabeleceu prazo até 15 de maio para que as secretarias de Educação estaduais e a do DF enviem os nomes dos estudantes que concorrerão na etapa nacional. Caberão ao MEC as despesas referentes a passagens aéreas, hospedagem e alimentação dos estudantes.

    De acordo com as orientações do MEC às secretarias de Educação, as escolas devem promover encontros de no mínimo quatro horas com os estudantes para apresentação de candidaturas e debates. Para a garantia da diversidade e da igualdade, deve ser indicado um representante do sexo masculino, uma do feminino e um de estudantes negros, indígenas, moradores de comunidades populares, das áreas rurais ou com deficiência.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O MEC vai selecionar 27 estudantes do ensino médio para representar o Brasil no Parlamento juvenil do MERCOSUL (foto: Aquivo/MEC)As secretarias de educação das 27 unidades da Federação e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) têm prazo até 13 de agosto para entregar ao Ministério da Educação a relação dos alunos do ensino médio que vão concorrer ao Parlamento Juvenil do Mercosul. O MEC fará a seleção nacional de 14 a 16 de setembro, em Brasília.

    O coordenador de concepção e orientação curricular da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Carlos Artexes Simões, explica que cada unidade federativa deve selecionar três alunos do ensino médio público, na faixa de 14 a 17 anos, e um professor. O Unicef vai escolher 19 estudantes que representem a diversidade nacional — indígenas, quilombolas, jovens de comunidades populares, da Amazônia e do Semiárido nordestino.

    Do grupo de 81 estudantes e 27 professores escolhidos nos estados e no Distrito Federal e dos 19 indicados pelo Unicef, serão selecionados 27 alunos e nove professores para representar o Brasil. A primeira reunião do Parlamento Juvenil está prevista para outubro, em Montevidéu. Lá estarão também estudantes da Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Chile e Venezuela.

    Na seleção dos alunos, segundo Artexes, as secretarias de educação devem observar critérios como o equilíbrio na representação de meninos e meninas, bom desempenho escolar, liderança e experiência em participação social. A escolha dos representantes do Brasil — 18 titulares e nove suplentes — será conduzida pelo Ministério da Educação com o apoio do Unicef e do Observatório da Juventude da Universidade Federal de Minas Gerais.

    Na etapa nacional, em Brasília, os concorrentes, tanto professores quanto estudantes, vão participar de oficinas preparatórias para a reunião em Montevidéu e da seleção final. Na viagem, cada professor será responsável por grupos de três alunos. O calendário, o processo de seleção e os critérios de escolha de estudantes e professores estão na página eletrônica do Parlamento Juvenil.

    Representação — O Parlamento Juvenil do Mercosul segue o modelo do Parlamento do Sul (Parlasul). Tanto a representação parlamentar quanto a juvenil têm 126 membros (18 por país), calendário de reuniões e agenda de debates coincidentes e presidência rotativa, entre outros pontos.

    No âmbito político, o Parlasul foi criado em 2005, mas começou a atuar em 2007. É integrado por 18 representantes de cada país do bloco. No caso do Brasil, é composto por deputados e senadores das cinco regiões. O estatuto do Parlasul prevê eleições diretas dos integrantes e representação proporcional ao número de eleitores de cada país.

    Ionice Lorenzoni
  • Estudantes que participaram do Parlamento Juvenil de 2012 avaliam positivamente a experiência (Foto: Divulgação)A paranaense Brenda Letícia de Souza Silva tinha 15 anos quando soube que poderia se candidatar ao Parlamento Juvenil do Mercosul 2012-14, por meio do grêmio estudantil de sua escola. Ela cursava o segundo ano do ensino médio no Colégio Estadual Porto Seguro, de Paranaguá (PR). “Comecei a pesquisar e me interessei, foi a melhor coisa que me aconteceu”, diz ela, “hoje me preocupo mais com o próximo, desenvolvi senso crítico e corro atrás do direito coletivo quando as coisas não funcionam”, ressalta.

    As inscrições para o Parlamento Mercosul 2014-2016 já estão abertas. Os estudantes devem se informar com os professores da escola. Podem se inscrever alunos entre 14 e 17 anos, matriculados no primeiro ou segundo ano do ensino médio da rede pública estadual. As secretarias de educação têm prazo até 15 de maio para enviar os três nomes de candidatos à representação do estado no Parlamento.

    A Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação promoverá a etapa nacional em Vitória, entre os dias 4 e 7 de junho. Nessa etapa, cujas passagens e diárias são custeadas pelo MEC, os estudantes elegerão, entre si, um representante de cada unidade federativa e do Distrito Federal para representar o Brasil.

    O Parlamento Juvenil foi criado para estimular a formação política e cidadã de interesse comum da juventude dos países do bloco – Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela, além dos países associados Bolívia e Chile. A partir do questionamento “o ensino médio que queremos”, eles debatem temas como inclusão educativa, gênero, jovens e trabalho, participação cidadã dos jovens e direitos humanos.

    Recém-aprovada no curso de turismo na Universidade Federal do Paraná, Brenda se sente muito mais preparada, graças ao Parlamento. Ela considera importante a participação dos jovens nas decisões de políticas públicas e já se engajou no Conselho Municipal da Juventude e outros projetos sociais de sua cidade.

    “O Parlamento trouxe para dentro do Estado uma esperança, deu voz aos alunos, trouxe novamente o pensamento critico. Meus amigos do colégio começaram a se interessar e me perguntavam as coisas, queremos ajudar, queremos mudar,” enfatiza.

    Até na vida pessoal a nova universitária disse que tudo mudou para melhor. Seus pais são separados desde o seu nascimento, ela não encontrava o pai com muita frequência. Como era menor de idade e precisava de autorização dele para viajar para o Parlamento, acabaram se aproximando. “Meu pai me disse pela primeira vez que tinha muito orgulho da pessoa que eu estava me tornando”, exalta. Hoje se considera melhor como filha, como pessoa e como estudante. “Melhorei muito nos estudos”, afirma.

    Brenda seguirá estudando turismo e projetando rumos para uma vida parlamentar. “Me apaixonei por política, quero seguir nessa carreira, lutando por uma educação de qualidade” afirma. “O protagonismo entrou de um jeito que não quer mais sair”, graceja a estudante, ao observar que vê o Mercosul muito mais do que um bloco econômico. “Trata-se de um resgate social, de soma de esforços para uma América Latina melhor”, avalia.

    Brenda aposta no futuro de integração das universidades dos países que compõem o bloco, mas observa que o espanhol ainda não ganhou a devida importância como língua estrangeira nas escolas brasileiras. “Senti dificuldades com os colegas que não falavam português, mas sempre dei um jeito de me comunicar”, conta. Hoje ela faz parte de uma rede de parlamentares paranaenses. Conta, ainda, que fez muito amigos, aprendeu um pouco de espanhol e que está em contato com os colegas todos os dias.

    O MEC recomendou às secretarias estaduais que orientem as escolas a promover encontros de no mínimo quatro horas, com o número máximo de estudantes, para apresentação de candidaturas e debates. Cada estado elegerá três representantes e o ministério solicitou a observância à garantia de representação por gênero, estudantes negros, indígenas e moradores de comunidades populares, ou da área rural ou pessoas com deficiência.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Em Montevidéu, 126 adolescentes, representantes dos seis países do Mercosul, compartilham experiências e revelam o que tem dado certo ou não no ensino Montevidéu — Termina nesta segunda-feira, 18, a primeira reunião do Parlamento Juvenil do setor educativo do Mercosul, que teve início no sábado, 16, em clima de expectativa. Jovens do Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Colômbia, com idade entre 14 e 17 anos, chegaram a Montevidéu dispostos a falar sobre o ensino médio ideal.

    Em comum, os representantes de cada país entendem que as principais mudanças devem partir dos jovens. “Temos ideias inovadoras, mas até agora não tínhamos muita voz. O Parlamento Juvenil do Mercosul é uma grande oportunidade de nos expressarmos”, disse Larissa Quinelli, representante da delegação brasileira.

    Independentemente da nação a que pertencem, os adolescentes compartilham experiências e revelam tanto o que há de bom quanto de problemático no ensino, de acordo com a vivência, em cada lugar. “Colocamos o bem comum acima do bem particular durante esse encontro”, enfatizou Larissa.

    Na visão do ministro da Educação do Uruguai, Ricardo Erlich, as novas gerações têm potencial para colocar as promessas em prática. “Somar forças é o caminho para a mudança. Por isso vocês estão aqui” afirmou Erlich. “Hoje, estão convocados para debater o tipo de ensino médio que o continente precisa.”

    O presidente do Conselho Diretivo Central do Mercosul, José Seoane, salienta que os temas partilha, aprendizagem, compromisso e esperança dão o tom das discussões. “Poucas coisas podem ser tão esperançosas como jovens reunidos para dar sugestões e resoluções a problemas”, afirmou.

    Nesta segunda-feira, os 126 adolescentes do seis países entregarão aos integrantes do Parlamento um documento com propostas sobre a educação na América Latina. Ao longo dos três dias, eles participaram de comissões de trabalho e de reuniões plenárias. Participam do encontro 27 estudantes brasileiros, um de cada unidade da Federação — são 18 titulares, com direito a voto, e nove suplentes.

    Parlasul — Também nesta segunda-feira começa a reunião do Parlamento do Sul (Parlasul). Criado em 2006, o organismo representa os interesses dos cidadãos dos países da região. É um espaço de debates sobre aspectos comuns entre as localidades, bem como suas diversidades. O objetivo é fortalecer e aprofundar a integração regional.

    Entre os assuntos discutidos no Parlasul estão economia, educação, cultura, esportes, tecnologia, trabalho, desenvolvimento sustentável, segurança, energia e direitos humanos. No setor educacional, o Brasil exerce a presidência pro tempore.

    Letícia Tancredi



    Leia também: Jovens trocam experiências sobre a realidade de cada país

    Leia também: Jovens levam propostas sobre educação a países do Mercosul

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    Os 27 novos membros do Parlamento Nacional do Mercosul Juvenil, que representam os estados do Brasil e o Distrito Federal, tomaram posse nesta segunda-feira, 12, no Ministério da Educação para o mandato do biênio 2016/2018. São jovens da mesma faixa etária, alunos de escolas públicas e autores de projetos inovadores com potencial para melhorar a educação do país. Eleitos com 32 mil votos por estudantes de todo o Brasil, o desafio dos novos parlamentares será elaborar propostas de políticas públicas que contribuam com a qualidade do ensino médio.

    “Estamos falando do protagonismo, da participação da juventude num processo para pensar políticas públicas para o nosso país”, disse o secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares da Silva. Uma oportunidade, segundo ele, para que os dois lados ganhem. “A gente aprende com a visão deles e eles aprendem um pouco do universo político”, acrescentou Rossieli, que abriu a cerimônia de posse dando as boas-vindas aos estudantes brasileiros que vão representar o Brasil no Parlamento Juvenil do Mercosul. 

    Aluna do segundo ano do ensino médio do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Pernambuco, em Recife, Gabriela Calábria Araújo Moraes dos Santos, de 16 anos, foi escolhida para a leitura do juramento parlamentar. O critério da escolha do seu nome foi o fato de ter sido a mais votada entre todos os estudantes. Recebeu 1.617 votos. “Não foi fácil ser eleita. Fui a seis escolas angariar votos”, conta a estudante, que elaborou um projeto para criar um núcleo de apoio estudantil, com participação voluntária, para prestar serviços à comunidade ao redor da sua escola. Uma desses serviços seria ajudar a esclarecer como combater o mosquito do zika vírus. “Ficamos na sala de aula preocupados em aprender as disciplinas e esquecemos de olhar ao nosso redor e  ser cidadãos”, diz.

    Elegante no terno que pegou emprestado do padrinho para a posse, Hitaedson Ribeiro Matos, 17 anos, aluno do segundo ano da Unidade Escolar Nossa Senhora da Paz, em Teresina, foi eleito com um projeto que estimula a criação de uma Academia de Letras Juvenil nas escolas públicas brasileiras. “Eu mesmo sou exemplo de que isso dá certo porque até os meus 15 nunca tinha lido um livro”, assinala o estudante, que na academia da escola ocupa a cadeira que homenageia o médico, professor e político piauiense Clidenor de Freitas Santos. Ele explica que é montada uma bancada na escola e os alunos são convidados a ler um texto. “Não há prêmio porque o prêmio é o nosso conhecimento.”  

    Representante do Rio Grande do Sul, Giovana Pertuzzatti Rossatto, 16 anos, ficou sabendo da eleição para o Parlamento Juvenil do Mercosul uma semana antes do encerramento do prazo. “Virei madrugadas para conseguir elaborar o projeto”, conta a estudante, que mora em Frederico Westphalen, cidade de apenas 30 mil habitantes. A intenção dela é justamente incentivar o protagonismo juvenil e a participação dos jovens em parlamentos juvenis a partir de maior divulgação desses espaços. “É preciso que essas informações cheguem às escolas e podemos criar sites na internet e usar o Facebook para isso”, propõe Giovana.

    Giovana, Hitaedson e Gabriela pretendem estimular o protagonismo juvenil e contribuir para a qualidade da educação (Foto: Luís Fortes/MEC)

    Durante toda a semana os estudantes membros do Parlamento Juvenil do Mercosul participarão em Brasília de um curso de formação sobre temas atuais da política educacional brasileira e que permeiam os cinco eixos temáticos dentro da temática central O Ensino Médio que queremos: integração regional, inclusão educativa, igualdade de gênero, jovens e trabalho e direitos humanos. Ouvirão especialistas e gestores da Assessoria Internacional do MEC, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).

    Além do Brasil e dos demais países do Mercosul — Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela —, jovens da Colômbia, Bolívia e Peru compõem o parlamento internacional. A primeira reunião de todos os jovens, prevista para o primeiro semestre de 2017, deve ter o Uruguai como país-sede. O Parlamento Juvenil do Mercosul existe desde 2010 e sempre discute questões atuais ligadas ao ensino médio. “O parlamento visa a dar voz aos jovens do ensino médio, promovendo o protagonismo”, explica Sandra Sérgio, coordenadora nacional do parlamento. Após o encontro internacional, os jovens membros elaboram carta de recomendações a ser entregue aos ministros da área de educação que participam do Mercosul Educacional.

    Rovênia Amorim 

  • Montevidéu – Na presença do presidente do Uruguai, José Mujica, e dos chanceleres do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, os participantes do primeiro Parlamento Juvenil do Mercosul leram uma declaração contendo propostas na área da educação, durante abertura da 26ª sessão plenária do Parlamento do Mercosul (Parlasul), nesta segunda-feira, 18. Este foi o encerramento do encontro dos jovens, que começou no sábado, 16.

    “Temos nas nossas mãos a construção de um projeto de vida, mas queremos espaço e voz para levar as propostas adiante. Que os parlamentares nos ajudem a construir o ensino médio que queremos”, disseram os estudantes em um trecho do documento. Os alunos também sugeriram que o parlamento juvenil se reúna a cada dois anos.

    José Mujica salientou o orgulho que os membros do Parlamento do Mercosul e os governantes dos países do bloco sentem pela participação dos adolescentes no debate sobre as políticas públicas da região. “Esperamos que vocês sejam ainda melhores que nós na construção de políticas efetivas para a América do Sul”, afirmou.

    O ministro das relações exteriores do Brasil, Celso Amorim, acredita que a presença dos jovens no parlamento demonstra que o organismo é o principal instrumento de divulgação das ações e propostas no âmbito do Mercosul. “Este é o momento propício para refletir sobre o caminho percorrido e sobre o futuro do nosso mercado comum”, disse. Ainda durante a reunião, Amorim apresentou as prioridades da presidência pro tempore brasileira.

    Declaração – No documento escrito pelos jovens brasileiros, argentinos, uruguaios, paraguaios, bolivianos e colombianos, são abordados cinco eixos temáticos na educação: inclusão, gênero, trabalho, participação cidadã e direitos humanos.

    Entre as propostas está a criação de uma equipe multidisciplinar nas escolas, composta por psicólogos, pedagogos e outros profissionais que possam dar suporte aos alunos; a garantia de um ensino médio público obrigatório, laico e gratuito; a melhoria do transporte e alimentação para os alunos; e a criação de projetos para preservação do meio ambiente. 

    Ao final do evento, os chanceleres entregaram certificados a todos os 126 jovens que participaram do congresso.

    Letícia Tancredi
  • Montevidéu — Os estudantes participantes do Parlamento Juvenil do Mercosul levaram à capital do Uruguai documentos — um por país — com as propostas que elaboraram para a área da educação. Eles se dividiram em comissões para avaliar as ideias. Os 126 jovens, representantes dos seis países do Mercosul, estão reunidos desde sábado, 16, para debater o ensino médio na região.

    Na opinião do estudante gaúcho Maicon Cruz, o debate, que se encerra nesta segunda-feira, 18, permitiu conhecer a realidade dos outros países. Na comissão da qual participou, foram discutidos temas como gestão participativa do ensino, educação profissional aliada à formal e políticas públicas de saúde nas escolas. “Há experiências interessantes em outros lugares”, constatou.

    No domingo, 17, os estudantes tiveram o primeiro contato com membros do Parlamento do Sul (Parlasul). Durante o encontro, tiveram a oportunidade de tirar dúvidas sobre o funcionamento do Mercosul e expor opiniões. “Esses meninos e meninas devem servir de exemplo para os membros do Parlasul”, disse o deputado José Paulo Tóffano (PV-SP), representante brasileiro no Parlamento. Ele elogiou o empenho dos jovens: “Para obter êxito nas ações e projetos, é necessário ter entusiasmo”.

    O parlamentar uruguaio Gustavo Penadés afirmou que o Parlamento Juvenil não se exaure nesse primeiro encontro. “É necessário que os jovens estabeleçam uma comissão de monitoramento, com representantes de cada país, para levar a agenda de trabalho adiante”, destacou.

    Letícia Tancredi
  • Jovens entre 14 e 17 anos de idade, matriculados no primeiro ou no segundo ano do ensino médio regular público, podem se tornar representantes brasileiros no Parlamento Juvenil do Mercosul para o período 2014-2016. Secretarias de Educação dos estados e do Distrito Federal têm até 15 de maio para enviar à Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação os nomes de três estudantes matriculados em escolas públicas.

    O MEC promoverá em Vitória, Espírito Santo, de 4 a 7 de junho, o encontro nacional dos selecionados na etapa estadual. Eles elegerão para o Parlamento Juvenil um representante de cada unidade federativa. Caberão ao MEC as despesas referentes a traslado, passagens aéreas, hospedagem e alimentação dos estudantes.

    A etapa de seleção das secretarias deve ser organizada em encontros de quatro horas de duração. Para a garantia da diversidade e da igualdade, deve ser indicado um representante do sexo masculino, uma do feminino e um de estudantes negros, indígenas, moradores de comunidades populares, das áreas rurais ou com deficiência.

    Esta é a terceira seleção para o Parlamento Juvenil do Mercosul, formado por estudantes dos países que integram o bloco — Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Os representantes vão discutir a formação política e cidadã da juventude a partir do questionamento O Ensino Médio que Queremos, com reflexão e discussão sobre inclusão educativa, gênero, jovens e trabalho, participação cidadã dos jovens e direitos humanos.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Os estudantes do ensino médio brasileiro interessados em contribuir com a educação nos países do Mercosul têm prazo até 5 de setembro para se candidatar ao Parlamento Juvenil do Mercosul (PJM) pelos próximos dois anos. O edital com os detalhes da seleção está disponível no portal do Ministério da Educação.

    Na primeira etapa serão classificados 108 candidatos. Na segunda fase será escolhido um representante por unidade da federação, totalizando 27 representantes brasileiros. A previsão é de que esta etapa ocorra on-line, por meio de um portal criado pelo MEC especificamente para esse fim.

    Para participar, o interessado precisa elaborar um projeto de protagonismo juvenil. A proposta deve ser encaminhada à unidade regional da secretaria de educação ou a uma instituição da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, juntamente com os demais documentos exigidos no edital.

    A intenção, segundo a responsável pela coordenação do Parlamento, Sandra Sérgio, é fazer com que esses jovens atuem como protagonistas dentro da escola. O desafio é a elaboração de um projeto que contemple temas como integração regional, inclusão educativa, gênero, jovem e trabalho, direitos humanos ou participação cidadã.

    “O jovem vai interagir com o ambiente escolar, reunir informações disponíveis, consultar colegas, professores e a comunidade escolar. Ao fazê-lo, de forma democrática, vai garantir que todos, principalmente os estudantes, tenham voz dentro da escola”, avalia Sandra.

    A tarefa dos escolhidos para representar o Brasil no PJM será criar um documento que aborde o tema: O Ensino Médio que Queremos. A elaboração será em conjunto com os representantes dos outros países-membros do Mercosul: Argentina, Uruguai e Paraguai, juntamente com os jovens dos países associados ao bloco, Bolívia e Colômbia.

    PJM – O projeto de protagonismo juvenil para estudantes do ensino médio surgiu dentro do setor educacional do Mercosul e em cada edição (2010, 2012 e 2014), foram selecionados 27 estudantes brasileiros. O projeto prevê mandato de dois anos e está iniciando sua quarta edição (2016-2018) para exercício de voz na tomada de decisões coletivas.

    Os jovens do PJM concentram as reflexões que fazem sobre cinco eixos temáticos: inclusão educativa, gênero, jovens e trabalho, participação cidadã dos jovens e direitos humanos. Esses temas foram selecionados tendo em vista que se trata de direitos que são reconhecidos nos países, tanto em normativas nacionais específicas como em legislações internacionais às quais se sujeitam os estados que integram o projeto.

    Acesse o edital  

    Assessoria de Comunicação Social

     


  • O Brasil já tem os novos nomes que representarão o país, nos próximos dois anos, no Parlamento Juvenil do Mercosul (PJM). Os 27 estudantes, eleitos em cada unidade da Federação, foram conhecidos nesta quinta-feira, 17. “Nosso objetivo é dar voz aos jovens para que eles sejam protagonistas dentro da escola e atuem de forma cidadã e responsável”, afirmou a coordenadora nacional do Parlamento, Sandra Sérgio.

    Até 2018, os representantes selecionados estarão à frente das discussões sobre o tema O Ensino Médio que Queremos e terão de elaborar e divulgar a Declaração do Parlamento Juvenil. O documento, produzido em conjunto com os parlamentares juvenis dos países-membros e associados do PJM, deve consolidar propostas para atender necessidades e anseios comuns da juventude dos países do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai) e dos países associados ao bloco (Bolívia e Colômbia).

    “Essa edição teve uma reformulação”, explicou Sandra. “Diferentemente das edições anteriores, para fazer a inscrição, os candidatos precisaram elaborar um projeto de protagonismo juvenil vinculado à temática do Parlamento e seus eixos temáticos, com envolvimento de toda a comunidade escolar.” Nos anos anteriores, a inscrição dependia somente da produção de um texto.

    Coordenado pela Assessoria Internacional do Ministério da Educação, o Parlamento Juvenil do Mercosul busca promover o protagonismo juvenil, de forma a contribuir para a integração regional dos jovens parlamentares. Os eleitos discutem, aprovam e recomendam a adoção de políticas educativas que promovam a cidadania e uma cultura de paz e respeito à democracia, aos direitos humanos e ao meio ambiente.

    Curso — Durante o mandato, os estudantes ainda realizarão um curso de formação. Eles serão orientados sobre o papel do parlamentar juvenil. “A ideia da capacitação é viabilizar que os parlamentares juvenis tenham capacidade para executar os projetos que desenharam e também para que possam ter uma atuação internacional condizente com a postura do Brasil com relação ao ensino médio”, resumiu a coordenadora.

    Os eleitos também participarão de atividades em encontros nacionais e internacionais para trocar experiências com estudantes dos demais países participantes. “A meta é fazer com que eles tenham uma participação bem ativa durante esses dois anos e que estejam devidamente capacitados.”

    O projeto de protagonismo juvenil para estudantes do ensino médio surgiu no âmbito do Setor Educacional do Mercosul e está na quarta edição — foi sido realizado em 2010, 2012 e 2014. A cada ciclo, são selecionados 27 estudantes brasileiros, representantes de cada uma das unidades da Federação. Os jovens eleitos têm mandato de dois anos para exercício de voz na tomada de decisões coletivas.

    Os representantes do Parlamento Juvenil do Mercosul concentram as reflexões que fazem sobre cinco eixos temáticos: inclusão educativa, gênero, jovens e trabalho, participação cidadã dos jovens e direitos humanos. Os temas representam direitos reconhecidos nos países do Mercosul e seus associados em normativas nacionais específicas e em legislações internacionais às quais se sujeitam os estados que integram o projeto.

    Os nomes dos novos parlamentares juvenis brasileiros podem ser verificados na página do Parlamento Juvenil na internet.  

    Assessoria de Comunicação Social

  • Bruno quer ser professor para estimular os jovens a atuar politicamente (Foto: Divulgação) A experiência de ter sido parlamentar juvenil do Mercosul, de 2012 até este ano, marcou Bruno Ferreira Lima, alagoano de Arapiraca, como cidadão. “Minha vida está ligada à educação; sempre tive o sonho de ser professor, e hoje curso licenciatura em geografia na Universidade Estadual de Alagoas, câmpus de Arapiraca”, afirma Bruno.

    “Para mim foi um divisor de águas”, salienta. “Eu não tinha visão sobre o funcionamento da política, mas hoje encaro tudo de forma mais ponderada, sem esquecer a questão ética.”

    O sonho de ser professor comunga com a vontade de lutar para mudar os números, segundo ele, “alarmantes”, da educação em seu estado. “Pretendo seguir carreira para tentar mudar essa situação”, afirma. “Quero treinar os jovens para que no futuro próximo possam se tornar parlamentares em programas como o Parlamento Juvenil do Mercosul ou movimentos sociais.”

    Ao se candidatar, Bruno tinha noção da importância do Mercosul, por ser um bloco econômico, mas não tinha noção da importância de representar seu estado em níveis nacional e continental. “Eu me senti um verdadeiro político ao apresentar a plataforma de candidato, tendo de elaborar propostas, participar de debates e fazer campanha para vencer a etapa nacional”, relata.

    A ida à capital do país para concorrer a uma vaga de representante do estado deixou seus pais apreensivos. “Minha família é de origem humilde, nunca tínhamos sequer saído do estado”, diz. “Foi um choque para eles saber que o filho tinha vencido a etapa estadual e teria de ir a Brasília para mais uma concorrência.” O pai de Bruno é pedreiro; a mãe, agente de saúde. “Quando venci a etapa nacional e fiz a primeira viagem para uma reunião do parlamento, na Colômbia, ganhei reconhecimento não apenas deles, mas de todos os cidadãos de Arapiraca.”

    Como professor, Bruno espera relatar a experiência e estimular os jovens. Ele garante ter amigos em vários pontos do Brasil e em países da América do sul. “Espero que todos melhoremos de vida para que possamos nos reunir, sem compromisso, e comemorar os frutos de nossa luta por mais educação e projetos que nos propiciem intercâmbio”, afirma.

    Indicação— Estudantes na faixa etária 14 a 17 anos matriculados no primeiro ou no segundo ano da rede pública de todo o país podem participar das eleições para o próximo Parlamento Juvenil do Mercosul, biênio 2014-2016. Cada unidade da Federação selecionará três estudantes para o encontro nacional, em Vitória, Espírito Santo, de 4 a7 de junho. Nesse encontro, será eleito para o Parlamento Juvenil um representante de cada estado e do Distrito Federal.

    A Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação estabeleceu prazo até 15 de maio para que as secretarias de Educação estaduais e a do DF enviem os nomes dos estudantes que concorrerão na etapa nacional. Caberão ao MEC as despesas referentes a passagens aéreas, hospedagem e alimentação dos estudantes.

    Mais informações sobre o Mercosul na página do Ministério das Relações Exteriores na internet.  

    Assessoria de Comunicação Social

    Sobre o Parlamento Juvenil do Mercosul, leia também:

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  • (arte: ACS/MEC)O Ministério da Educação divulgou esta semana a relação dos 79 candidatos classificados para o Parlamento Juvenil do Mercosul (PJM). Os projetos foram escolhidos pelas secretarias de Educação de cada estado e do Distrito Federal e pelas instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Apesar de estar prevista no edital a classificação de 108 jovens (quatro por unidade federativa), em algumas dessas unidades houve candidatura única ou número inferior a quatro concorrentes.

    Coordenado pela Assessoria Internacional do MEC, o PJM busca promover o protagonismo juvenil, de forma a contribuir para a integração regional dos jovens parlamentares. Os eleitos para um mandato de dois anos discutem, aprovam e recomendam a adoção de políticas educativas que promovam a cidadania e uma cultura de paz e respeito à democracia, aos direitos humanos e ao meio ambiente.

    A partir de agora, a seleção entra na segunda fase, em que será escolhido um representante por unidade da Federação e totalizados 27 parlamentares juvenis brasileiros.

    Os escolhidos para representar o Brasil no PJM terão de nortear as discussões pelo tema O Ensino Médio que Queremos e elaborar documento com propostas que abordem as necessidades e anseios comuns da juventude dos países do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai) e associados (Bolívia e Colômbia).

    De acordo com a responsável pela coordenação do Parlamento, Sandra Sérgio, os futuros parlamentares têm uma grande responsabilidade para o próximo mandato, já que o Brasil discute a reforma do ensino médio. “É uma excelente oportunidade para o jovem e também para o MEC ouvir da juventude de todo o país o que ela espera do ensino médio”, afirmou.

    Protagonismo — O projeto de protagonismo juvenil para estudantes do ensino médio surgiu no setor educacional do Mercosul e, em cada edição (2010, 2012 e 2014), foram selecionados 27 estudantes brasileiros. O projeto, que prevê mandato de dois anos, está iniciando a quarta edição (2016-2018). Os parlamentares juvenis do Mercosul concentram as discussões em cinco eixos temáticos: inclusão educativa, gênero, jovens e trabalho, participação cidadã dos jovens e direitos humanos.

    Cadastramento — Para participar da eleição, que começa no dia 30 próximo e vai até 5 de novembro, os interessados devem fazer o cadastramento na página do Parlamento Juvenil na internet e indicar o representante da unidade federativa. Na página, estão disponíveis os perfis de todos os candidatos classificados. O resultado será divulgado em 10 de novembro próximo. A relação dos candidatos classificados também está disponível na página do PJM.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A seleção nacional do Parlamento Juvenil do Mercosul foi encerrada na tarde de ontem, 16, em Brasília, com a divulgação do resultado da votação que elegeu os 27 estudantes que representarão o Brasil na primeira assembléia do Parlamento Juvenil, agendada para o dia 18 de outubro, em Montevidéu, Uruguai.

    Os próprios estudantes que participaram da seleção – quase 100 alunos do ensino médio de escolas públicas, com idade entre 14 e 17 anos – escolheram, por voto, quem eles achavam que melhor os representaria. A seleção nacional foi conduzida pelo Ministério da Educação com apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Observatório da Juventude da Universidade Federal de Minas Gerais e Observatório Jovem da Universidade Federal Fluminense.

    Para Mário Volpi, representante do Unicef que participou do encontro e acompanhou a apuração dos votos, “foi possível elaborar uma reflexão sobre o ensino médio e o papel dos jovens na democracia do país”.

    Segundo ele, durante os três dias do encontro, gerou-se um verdadeiro exercício da democracia. “Os jovens se engajaram na discussão dos conteúdos propostos e avaliaram quem tem a capacidade de representar as questões do ensino médio brasileiro no Mercosul.” De acordo com Volpi, algumas atitudes que reproduzem o processo político dos adultos, como a exibição exagerada, foram identificadas e combatidas pelos estudantes. “A escolha de muitos foi baseada em propostas, mas o tipo de abordagem dos candidatos também teve seu peso. Esse misto de tendências resultou em seriedade e o clima de oba-oba não prevaleceu. As contribuições foram contundentes.”

    Mercosul - O Parlamento Juvenil do Mercosul segue o modelo do Parlamento do Sul (Parlasul). Tanto a representação parlamentar quanto a juvenil têm 126 membros (18 por país), calendário de reuniões e agenda de debates coincidentes, entre outros pontos.

    Portanto, dos 27 representantes do Brasil, 18 são titulares, com direito a voto, número igual aos representantes da Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Chile e Venezuela, e os outros 9 são suplentes. Todos os 27 jovens – um por unidade da Federação – participarão da primeira assembléia do Parlamento Juvenil do Mercosul.

    Veja a lista dos estudantes escolhidos.

    Assessoria de Imprensa da SEB

    Leia mais: Seleção do Parlamento Juvenil do Mercosul reúne estudantes

  • “Participar do Parlamento Juvenil do Mercosul foi uma oportunidade única, de guinada na minha vida, na minha construção como cidadão e na minha identidade latino-americana.” Bruno Moreno Correia tinha 16 anos e cursava o segundo ano do ensino médio no Colégio Estadual David Mendes Pereira, situado no centro de Salvador, quando se candidatou a uma vaga para representar a Bahia no Parlamento Juvenil Mercosul 2012-2014.

    Essa é a terceira seleção para o Parlamento Juvenil Mercosul, formado por estudantes do ensino médio dos países que integram o bloco: Argentina, Brasil, Colômbia, Paraguai, Uruguai, Venezuela, além de Bolívia e Colômbia, países associados. O foco é a formação política e cidadã da juventude.

    Nas escolas estaduais, os estudantes escolhem seus representantes locais. As secretarias de educação organizam a seleção de três estudantes de cada estado e do Distrito Federal. Na etapa nacional, prevista para início de junho, em Vitória, os jovens elegerão entre si um representante de cada unidade federativa. O primeiro encontro deste biênio deve acontecer na segunda quinzena deste ano, em Buenos Aires, Argentina.

    As inscrições estaduais para o biênio 2014-16 estão começando nas escolas públicas de ensino médio. Quem quiser se candidatar, deve buscar informações com professores da escola. As secretarias estaduais de Educação têm prazo até 15 de maio para enviar três nomes de candidatos para a Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação. A SEB orientou que as candidaturas e debates devam ocorrer com o número máximo de alunos em encontros de no mínimo quatro horas de duração.

    Bruno quer animar a seleção baiana. “Entrei em contato com a direção da escola, quero contar sobre a minha experiência.” Aos 18 anos, ele cursa o primeiro ano de jornalismo e está cumprindo dois estágios em assessorias de imprensa. “Trabalho desde os 15 anos e já estou estagiando graças aos relacionamentos que fiz como parlamentar juvenil do Mercosul. Conheci muita gente, aprendi a participar, a debater, argumentar e me colocar em diferentes situações”, relatou.

    O universitário se diz entusiasta da identidade latino-americana, acredita que a integração dos países do bloco – Argentina, Brasil, Colômbia, Uruguai, Bolívia, Paraguai e Venezuela – na área social, pode representar uma grande troca de experiências para a construção de uma região mais fraterna e igualitária. “Tomei conhecimento de experiências fantásticas na Colômbia, no Uruguai. Fiz muitas amizades, quero continuar mantendo contato com os parlamentares que conheci”, ressaltou.

    Criado pelos avós paternos desde a primeira infância, Bruno contou que já cantava vitória em casa quando fora eleito na escola. Disse que ia viajar, conhecer outros países, representar o Brasil. Os avós, que segundo o neto, sequer sonharam tal façanha, ficaram animados, mas receosos de estimular um desejo talvez impossível, pois a humilde família não tinha histórico dessas conquistas. Hoje ele é motivo de orgulho e afirma que a família é a base de tudo.

    “A participação da família no estímulo aos estudos é importantíssima. Durante os debates dos encontros do parlamento concluímos que a família é fundamental na escola; não basta matricular, exigir presença, a família tem que participar”, defende. Ele observou ainda, que sua escola, embora de qualidade, tinha histórico de ser localizada em área violenta da capital do estado. “Sou vitorioso porque sempre tive apoio da família”, garante.

    Bruno conta que foi eleito em primeiro lugar entre os 79 candidatos da etapa nacional. Questionado sobre a vontade de seguir carreira política, responde sem pestanejar que sim. Solicitado a tecer as qualidades de um político, ele afirma que é preciso estar sempre atento à defesa da sociedade, estar em contato com as pessoas.

    Assessoria de Comunicação Social

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