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  • O MEC vai selecionar 27 estudantes do ensino médio para representar o Brasil no Parlamento juvenil do MERCOSUL (foto: Aquivo/MEC)As secretarias de educação das 27 unidades da Federação e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) têm prazo até 13 de agosto para entregar ao Ministério da Educação a relação dos alunos do ensino médio que vão concorrer ao Parlamento Juvenil do Mercosul. O MEC fará a seleção nacional de 14 a 16 de setembro, em Brasília.

    O coordenador de concepção e orientação curricular da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Carlos Artexes Simões, explica que cada unidade federativa deve selecionar três alunos do ensino médio público, na faixa de 14 a 17 anos, e um professor. O Unicef vai escolher 19 estudantes que representem a diversidade nacional — indígenas, quilombolas, jovens de comunidades populares, da Amazônia e do Semiárido nordestino.

    Do grupo de 81 estudantes e 27 professores escolhidos nos estados e no Distrito Federal e dos 19 indicados pelo Unicef, serão selecionados 27 alunos e nove professores para representar o Brasil. A primeira reunião do Parlamento Juvenil está prevista para outubro, em Montevidéu. Lá estarão também estudantes da Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Chile e Venezuela.

    Na seleção dos alunos, segundo Artexes, as secretarias de educação devem observar critérios como o equilíbrio na representação de meninos e meninas, bom desempenho escolar, liderança e experiência em participação social. A escolha dos representantes do Brasil — 18 titulares e nove suplentes — será conduzida pelo Ministério da Educação com o apoio do Unicef e do Observatório da Juventude da Universidade Federal de Minas Gerais.

    Na etapa nacional, em Brasília, os concorrentes, tanto professores quanto estudantes, vão participar de oficinas preparatórias para a reunião em Montevidéu e da seleção final. Na viagem, cada professor será responsável por grupos de três alunos. O calendário, o processo de seleção e os critérios de escolha de estudantes e professores estão na página eletrônica do Parlamento Juvenil.

    Representação — O Parlamento Juvenil do Mercosul segue o modelo do Parlamento do Sul (Parlasul). Tanto a representação parlamentar quanto a juvenil têm 126 membros (18 por país), calendário de reuniões e agenda de debates coincidentes e presidência rotativa, entre outros pontos.

    No âmbito político, o Parlasul foi criado em 2005, mas começou a atuar em 2007. É integrado por 18 representantes de cada país do bloco. No caso do Brasil, é composto por deputados e senadores das cinco regiões. O estatuto do Parlasul prevê eleições diretas dos integrantes e representação proporcional ao número de eleitores de cada país.

    Ionice Lorenzoni
  • Em Montevidéu, 126 adolescentes, representantes dos seis países do Mercosul, compartilham experiências e revelam o que tem dado certo ou não no ensino Montevidéu — Termina nesta segunda-feira, 18, a primeira reunião do Parlamento Juvenil do setor educativo do Mercosul, que teve início no sábado, 16, em clima de expectativa. Jovens do Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Colômbia, com idade entre 14 e 17 anos, chegaram a Montevidéu dispostos a falar sobre o ensino médio ideal.

    Em comum, os representantes de cada país entendem que as principais mudanças devem partir dos jovens. “Temos ideias inovadoras, mas até agora não tínhamos muita voz. O Parlamento Juvenil do Mercosul é uma grande oportunidade de nos expressarmos”, disse Larissa Quinelli, representante da delegação brasileira.

    Independentemente da nação a que pertencem, os adolescentes compartilham experiências e revelam tanto o que há de bom quanto de problemático no ensino, de acordo com a vivência, em cada lugar. “Colocamos o bem comum acima do bem particular durante esse encontro”, enfatizou Larissa.

    Na visão do ministro da Educação do Uruguai, Ricardo Erlich, as novas gerações têm potencial para colocar as promessas em prática. “Somar forças é o caminho para a mudança. Por isso vocês estão aqui” afirmou Erlich. “Hoje, estão convocados para debater o tipo de ensino médio que o continente precisa.”

    O presidente do Conselho Diretivo Central do Mercosul, José Seoane, salienta que os temas partilha, aprendizagem, compromisso e esperança dão o tom das discussões. “Poucas coisas podem ser tão esperançosas como jovens reunidos para dar sugestões e resoluções a problemas”, afirmou.

    Nesta segunda-feira, os 126 adolescentes do seis países entregarão aos integrantes do Parlamento um documento com propostas sobre a educação na América Latina. Ao longo dos três dias, eles participaram de comissões de trabalho e de reuniões plenárias. Participam do encontro 27 estudantes brasileiros, um de cada unidade da Federação — são 18 titulares, com direito a voto, e nove suplentes.

    Parlasul — Também nesta segunda-feira começa a reunião do Parlamento do Sul (Parlasul). Criado em 2006, o organismo representa os interesses dos cidadãos dos países da região. É um espaço de debates sobre aspectos comuns entre as localidades, bem como suas diversidades. O objetivo é fortalecer e aprofundar a integração regional.

    Entre os assuntos discutidos no Parlasul estão economia, educação, cultura, esportes, tecnologia, trabalho, desenvolvimento sustentável, segurança, energia e direitos humanos. No setor educacional, o Brasil exerce a presidência pro tempore.

    Letícia Tancredi



    Leia também: Jovens trocam experiências sobre a realidade de cada país

    Leia também: Jovens levam propostas sobre educação a países do Mercosul

  • Montevidéu – Na presença do presidente do Uruguai, José Mujica, e dos chanceleres do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, os participantes do primeiro Parlamento Juvenil do Mercosul leram uma declaração contendo propostas na área da educação, durante abertura da 26ª sessão plenária do Parlamento do Mercosul (Parlasul), nesta segunda-feira, 18. Este foi o encerramento do encontro dos jovens, que começou no sábado, 16.

    “Temos nas nossas mãos a construção de um projeto de vida, mas queremos espaço e voz para levar as propostas adiante. Que os parlamentares nos ajudem a construir o ensino médio que queremos”, disseram os estudantes em um trecho do documento. Os alunos também sugeriram que o parlamento juvenil se reúna a cada dois anos.

    José Mujica salientou o orgulho que os membros do Parlamento do Mercosul e os governantes dos países do bloco sentem pela participação dos adolescentes no debate sobre as políticas públicas da região. “Esperamos que vocês sejam ainda melhores que nós na construção de políticas efetivas para a América do Sul”, afirmou.

    O ministro das relações exteriores do Brasil, Celso Amorim, acredita que a presença dos jovens no parlamento demonstra que o organismo é o principal instrumento de divulgação das ações e propostas no âmbito do Mercosul. “Este é o momento propício para refletir sobre o caminho percorrido e sobre o futuro do nosso mercado comum”, disse. Ainda durante a reunião, Amorim apresentou as prioridades da presidência pro tempore brasileira.

    Declaração – No documento escrito pelos jovens brasileiros, argentinos, uruguaios, paraguaios, bolivianos e colombianos, são abordados cinco eixos temáticos na educação: inclusão, gênero, trabalho, participação cidadã e direitos humanos.

    Entre as propostas está a criação de uma equipe multidisciplinar nas escolas, composta por psicólogos, pedagogos e outros profissionais que possam dar suporte aos alunos; a garantia de um ensino médio público obrigatório, laico e gratuito; a melhoria do transporte e alimentação para os alunos; e a criação de projetos para preservação do meio ambiente. 

    Ao final do evento, os chanceleres entregaram certificados a todos os 126 jovens que participaram do congresso.

    Letícia Tancredi
  • Montevidéu — Os estudantes participantes do Parlamento Juvenil do Mercosul levaram à capital do Uruguai documentos — um por país — com as propostas que elaboraram para a área da educação. Eles se dividiram em comissões para avaliar as ideias. Os 126 jovens, representantes dos seis países do Mercosul, estão reunidos desde sábado, 16, para debater o ensino médio na região.

    Na opinião do estudante gaúcho Maicon Cruz, o debate, que se encerra nesta segunda-feira, 18, permitiu conhecer a realidade dos outros países. Na comissão da qual participou, foram discutidos temas como gestão participativa do ensino, educação profissional aliada à formal e políticas públicas de saúde nas escolas. “Há experiências interessantes em outros lugares”, constatou.

    No domingo, 17, os estudantes tiveram o primeiro contato com membros do Parlamento do Sul (Parlasul). Durante o encontro, tiveram a oportunidade de tirar dúvidas sobre o funcionamento do Mercosul e expor opiniões. “Esses meninos e meninas devem servir de exemplo para os membros do Parlasul”, disse o deputado José Paulo Tóffano (PV-SP), representante brasileiro no Parlamento. Ele elogiou o empenho dos jovens: “Para obter êxito nas ações e projetos, é necessário ter entusiasmo”.

    O parlamentar uruguaio Gustavo Penadés afirmou que o Parlamento Juvenil não se exaure nesse primeiro encontro. “É necessário que os jovens estabeleçam uma comissão de monitoramento, com representantes de cada país, para levar a agenda de trabalho adiante”, destacou.

    Letícia Tancredi
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