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  • A Caravana da Anistia volta a Brasília no dia 26 de novembro. Na ocasião, será julgado pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça o processo de anistia política do educador e intelectual Paulo Freire. A caravana acontecerá dentro do Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, a partir das 9h.

    Pernambucano de Recife, Freire morreu em São Paulo em 1997, aos 76 anos. Pedagogo, devotou grande parte de sua vida à alfabetização das pessoas mais pobres. Foi perseguido pelo regime militar (1964-1985), preso e exilado. É o criador do método Paulo Freire de alfabetização, mundialmente conhecido.

    A caravana é realizada em parceria com a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça em parceria com o Instituto Paulo Freire, Ministério da Educação, as comissões de educação da Câmara e do Senado, Unesco, Associação dos Juízes para a Democracia, Instituto Catarinense de Aprendizagem e Educação Infantil (Icae), Movimento dos Sem Terra (MST), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e Associação Brasileira de Ensino do Direito (ABEDI).

    Além do julgamento do processo, haverá sessão de memória e exposição fotográfica sobre o educador. Organizado pelo MEC, o Fórum Mundial reunirá, em Brasília, cerca de 15 mil pessoas e profissionais de 23 países.

    Histórico– Esta será a 31ª edição da Caravana da Anistia. O projeto, criado pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, existe desde abril de 2008 e já percorreu 16 estados. A intenção é julgar os casos de perseguição política no local onde eles aconteceram, revelando à população de todo o país os fatos arbitrários ocorridos durante o regime militar. Mais de 500 processos já foram julgados pela Caravana.

    A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça existe desde 2002. Até agora, 64 mil requerimentos com pedido de anistia foram protocolados. Destes, 47 mil foram julgados – trinta mil foram deferidos e em aproximadamente 12 mil destes, para além do pedido oficial de desculpas do Estado, houve alguma modalidade de reparação econômica.

    Assessoria de Imprensa da Setec

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  • Ana Maria, viúva de Paulo Freire, sobre a anistia: 'Resolvi fazer o requerimento para resgatar a cidadania de meu marido e atestar que ele é um verdadeiro brasileiro'. (Foto: Wanderley Pessoa)Em julgamento nesta quinta-feira, 26, durante o Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, foi declarada a anistia do educador Paulo Freire. A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, que analisou o requerimento feito pela viúva Ana Maria Freire, em 2007, sob a ótica da perseguição política sofrida pelo educador à época da ditadura, também pediu desculpas pelos atos criminosos cometidos pelo Estado.

    “Esse pedido de perdão se estende a cada brasileiro que, ainda hoje, não sabe ler sua própria língua”, disse o relator do processo, Edson Pistori. Para ele, a perseguição a Paulo Freire pela ditadura se traduz no impedimento à alfabetização de milhares de cidadãos e, principalmente, à conscientização de cada um deles sobre a própria condição social.

    Paulo Reglus Neves Freire nasceu em Recife, em 1921, e morreu em São Paulo, em 1997. Ficou conhecido pelo empenho em ensinar os mais pobres e se tornou uma inspiração para gerações de professores. Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, a partir de suas primeiras experiências, em 1963, quando ensinou 300 cortadores de cana a ler e a escrever em 45 dias. O educador sofreu perseguição do regime militar (1964-1985), ficou preso por 70 dias e foi exilado por 16 anos, considerado traidor.

    Em 1967, durante o exílio, no Chile, escreveu o primeiro livro, Educação como Prática da Liberdade. Em 1968, publicou uma de suas obras mais conhecidas, Pedagogia do Oprimido. Freire retornou ao Brasil em 1980, com a anistia que permitiu o retorno dos exilados, e foi nomeado secretário de educação da cidade de São Paulo, cargo que exerceu até 1991.

    “Resolvi fazer o requerimento para resgatar a cidadania de meu marido e atestar que ele é um verdadeiro brasileiro. Assim como muitos, ele lutou por um Brasil mais bonito e mais justo”, disse Ana Maria Freire. A reparação econômica concedida pela comissão de anistia à viúva de Paulo Freire será de 480 salários mínimos, não excedendo o teto estipulado de R$ 100 mil, pagos em parcela única.

    Comissão
    — A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça existe desde 2002. Até agora, 64 mil requerimentos com pedido de anistia foram protocolados. Destes, 47 mil foram julgados — 30 mil deferidos, 12 mil dos quais com reparação econômica, além do pedido oficial de desculpas do Estado.

    Para revelar à população de todo o país os fatos arbitrários praticados durante o regime militar e pedir desculpas, publicamente, às pessoas que resistiram à ditadura e sofreram os atos de violação dos direitos humanos feitos pelo Estado, a comissão criou a Caravana da Anistia. Desde 2008, o projeto visitou 16 estados e está na 31ª edição. Mais de 500 processos já foram julgados.

    O projeto é realizado por meio de parceria entre a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, o Instituto Paulo Freire, o Ministério da Educação, as comissões de educação da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), a Associação dos Juízes para a Democracia, o Instituto Catarinense de Aprendizagem e Educação Infantil (Icae), o Movimento dos Sem-Terra (MST), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e a Associação Brasileira de Ensino do Direito (Abedi).

    No Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, que será encerrado nesta sexta-feira, 27, há também uma exposição fotográfica sobre Paulo Freire.

    Letícia Tancredi

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  • Maria Eneide de Araújo Melo tinha apenas seis anos quando acompanhou os pais na primeira turma de alfabetização de adultos por meio do método Paulo Freire. Foi em 1963, em Angicos (RN), município a cerca de 180 quilômetros de Natal. Aqueles dias de aulas no Círculo da Cultura mudaram a vida de toda a família. Neste mês de abril, faz 54 anos que o método foi colocado em prática pela primeira vez.

    Filha de um agricultor e de uma dona de casa, que não sabiam ler nem escrever, Maria Eneide assistia aquelas aulas no colo do pai. Ela conta que foi a primeira da turma a aprender as lições, já que ainda era criança. Mas os pais também conseguiram estudar – contavam, inclusive, com a ajuda da filha para entender algum conteúdo ou retomar alguma aula que não puderam assistir.

    “Teve muita mudança. Antes, meu pai trabalhava em sítio. Foi trabalhar de pedreiro e depois teve comércio”, conta. “Minha mãe, que era só do lar, foi fazer curso de corte e costura. Para minha vida foi determinante aquele passo. Eu dizia que queria ser a professora Valquíria [da turma de alfabetização]. Cresci alimentando esse sonho de ser professora e tornei-me uma”. Maria Eneide lembra que, além da própria alfabetização, as lições de política e cidadania ensinadas no curso foram essenciais. Hoje, duas de suas cinco filhas seguiram seus passos e também são professoras.

    Metodologia – O método se diferenciava por trabalhar com palavras que faziam parte da realidade dos alunos, como tijolo ou cimento, por exemplo. Além disso, se propunha a debater a situação de vida dos estudantes e, a partir daí, dar-lhes consciência crítica e autonomia. A primeira experiência ficou conhecida como as 40 horas de Angicos; esse era o tempo total em que o método era aplicado.

    Para o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Rossieli Soares da Silva, o método Paulo Freire é revolucionário porque o autor acreditava que a educação proporciona os meios para transformar as pessoas e a sociedade numa escala global. "A educação também é uma luta. Uma luta diária. E diante dessa visão que Paulo Freire tinha sobre o mundo, conseguiu ter a fina sensibilidade de que a alfabetização tinha que ocorrer a partir da realidade do alfabetizando e não por métodos impostos, que não conversavam com o aluno", destaca.

    Rossieli lembra que o educador considerava a educação uma batalha para ajudar todas as pessoas a conquistarem a felicidade. "Para Paulo Freire, o objetivo da educação e a missão dos professores são, acima de tudo, capacitar os estudantes a se tornarem felizes a partir da sala de aula. Por isso, mesmo após décadas, esta metodologia é e será contemporânea, pois a educação é uma grande batalha para assegurar e propagar os princípios da dignidade humana", ressaltou.

    Assessoria de Comunicação Social

  • No Pará, o Movimento pela Alfabetização de Jovens e Adultos (Mova) tem trabalhado para reduzir os índices de analfabetismo nas regiões mais carentes A vida profissional da professora Denilda Maria do Socorro Martins da Silva, 51 anos, mudou quando ela ouviu a história de Paulo Freire, um dos maiores educadores brasileiros. O encantamento pelo criador do revolucionário método de alfabetização baseado na pedagogia da libertação a fez descobrir o prazer de alfabetizar jovens e adultos. Segundo a pedagogia da libertação, conhecida e pesquisada em todo o mundo, os alunos são alfabetizados com as palavras que usam no dia a dia, sempre associando o processo de alfabetização à vida.

    A transformação na carreira da professora de Belém aconteceu há oito anos, após 23 anos alfabetizando crianças. Tudo começou com o convite de uma colega para participar do Movimento pela Alfabetização de Jovens e Adultos (Mova), do governo do Pará. “Quando ouvi sobre a forma de ensino e a vida de Paulo Freire, fui me interessando, me identificando, me fascinando. Virei uma fã dele e de seu método”, revela.

    Atualmente, Denilda tem 16 alunos — 15 são mulheres — entre 26 e 76 anos. Moradora do bairro Cremação, na periferia de Belém, ela dá aulas em casa, enquanto a escola é construída, de segunda a quinta-feira, de manhã. Nos outros dois turnos, ministra aulas particulares de reforço e também ensina em uma escola particular. Mas seu maior prazer está em ensinar jovens e adultos.

    Para formar novas turmas, a professora faz, inicialmente, a chamada pesquisa antropológica — primeira fase do método Paulo Freire. Nesse trabalho de campo ela identifica os alunos e observa os problemas por eles enfrentados na comunidade, como falta de saneamento e violência. “Durante as conversas, eu retiro frases significativas ou um tema gerador que futuramente será usado nas aulas”, esclarece.

    Muitos jovens e adultos que não sabem ler ou sabem pouco não se identificam como analfabetos. Diante disso, é preciso conhecer as pessoas para conseguir atraí-las. “Os carvoeiros, por exemplo, têm a prática da matemática, mas precisam do conhecimento de escrita e leitura para ampliar esse conhecimento”, observa. O segundo passo é levar os estudantes para a sala de aula. A partir daí, a professora começa a apresentar o tema central, desenvolvido em conversa de roda, durante a qual ela insere o conteúdo.

    Após a alfabetização, os alunos são encaminhados por Denilda a uma escola tradicional. Ela envia a lista com os nomes à secretaria estadual de educação e indica a escola mais próxima do local de moradia do estudante. Quando o aluno procura a escola, a vaga está garantida. Denilda não tem ideia de quantas pessoas já formou desde 2002.

    Cidadania

    A coordenadora de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação do Pará, Rafaela Dias Pires, afirma que a política do estado estimula a conquista da cidadania com a mobilização pela leitura e a escrita. “O Mova, herdeiro nato do Brasil Alfabetizado, ganha credibilidade e adesões a cada exercício”, diz Rafaela, pedagoga com dez anos de experiência em educação de jovens e adultos. “Os índices de analfabetismo no Pará vêm caindo, mesmo que tenhamos ainda muito o que fazer para diminuí-los ainda mais.”
    Na opinião de Rafaela, as maiores dificuldades do estado estão, principalmente, na região do arquipélago do Marajó, que registra os mais altos índices de analfabetismo. “Mas as dificuldades vêm sendo vencidas pela flexibilidade que o programa Brasil Alfabetizado oferece em seu modelo”, afirma.

    Denilda diz que educar jovens e adultos é um desafio permanente. “É preciso morar e conhecer a comunidade, interessar-se pelo dia a dia do aluno, pelo conhecimento que ele tem”, salienta. “A gente conversa, se interessa e vê como formá-lo de uma maneira eficaz.”

    Como problema, a professora aponta a capacitação dos educadores populares. Ela mesma gostaria de participar dos programas de formação de professores oferecidos pelos governos federal e estadual — no Mova, participa de encontros de formação todas as sextas-feiras. No entanto, o sonho de Denilda é fazer graduação em história e aprofundar o conhecimento sobre o método Paulo Freire. “Apesar das dificuldades, sou muito agradecida pela alfabetização de jovens e adultos ter surgido na minha vida. São pessoas mais velhas que têm problemas de aprendizagem, mas é muito bom ver alguém aprender”, diz. “Eu tenho uma ex-aluna que agora ensina os netos.”

    Adriane Cunha

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  • O Conselho Nacional de Educação (CNE) promove, nesta segunda-feira, 30, a primeira edição do seminário Paulo Freire: Educador. O evento contará com a participação de professores e gestores de todo o país, além de palestrantes que tiveram a oportunidade de conviver com o educador. Paulo Freire, considerado o patrono da educação brasileira, defendia que o processo de formação e construção do saber está ligado ao contexto sociocultural de cada um.

    O seminário será realizado no Auditório Anísio Teixeira, no edifício sede do CNE (Avenida L2 Sul, quadra 607, em Brasília), das 14 às 18 horas.

     

    A intenção é que o público participe da discussão sobre a relevância do conceito freiriano e suas implicações na conjuntura educacional brasileira, especialmente as relacionadas à educação de jovens e adultos. Neste ano, a experiência pioneira de alfabetização desenvolvida por Paulo Freire no município de Angicos (RN) completou 50 anos.

     

    Um dos objetivos do CNE é discutir o conceito de educação emancipadora e refletir sobre o legado do educador e sua contribuição para o aprimoramento do pensamento crítico e didático-pedagógico.

     

    Convidados –Entre os palestrantes estão o professor e pesquisador da Universidade de Massachusetts (EUA) Donaldo Macedo; a diretora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, Lisete Arelaro; a professora, historiadora e doutora em Educação Ana Maria Freire, viúva do educador, e o conselheiro José Eustáquio Romão, da Câmara de Educação Superior do CNE.

     

    A mesa de abertura terá a presença do presidente do CNE, José Fernandes de Lima, do secretário de Educação Básica do MEC, Romeu Caputo, e do presidente interino do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Antônio Corrêa Neto.

     

    Segundo o presidente da Câmara de Educação Básica do CNE, Moacir Feitosa, a intenção do CNE é promover outras edições do Seminário Paulo Freire: Educador. “O conselho considera necessário refletir, de modo efetivo, a importância do pensamento freiriano para o processo de ensino-aprendizagem e em que ele pode contribuir para o futuro. Esses momentos devem ocorrer nos meses de setembro, em alusão ao aniversário do patrono da educação brasileira”, pontuou.


    Assessoria de Comunicação Social do CNE

     

     

  • O educador e filósofo pernambucano Paulo Freire (1921-1997) passa a ser reconhecido como patrono da educação brasileira. É o que estabelece a Lei nº 12.612, do dia 13 último. Freire dedicou grande parte de sua vida à alfabetização e à educação da população pobre.

    Oriundo de uma família de classe média, Freire conviveu com a pobreza e a fome na infância, durante a depressão de 1929. A experiência o ajudou a pensar nos pobres e o levou, mais tarde, a elaborar seu revolucionário método de ensino. Em 1943, chegou à Faculdade de Direito da Universidade de Recife, hoje Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Durante o curso, teve contato com conteúdos de filosofia da educação. Ao optar por lecionar língua portuguesa, deixou de lado a profissão de advogado. Em 1946, assumiu a direção do Departamento de Educação e Cultura do Serviço Social de Pernambuco, onde passou a trabalhar com pobres analfabetos.

    Em 1961, como diretor do Departamento de Extensões Culturais da Universidade de Recife, montou uma equipe para alfabetizar 300 cortadores de cana em 45 dias. As experiências bem-sucedidas com alfabetização foram reconhecidas em 1964 pelo governo de João Goulart, que aprovou a multiplicação das experiências no Plano Nacional de Alfabetização. No entanto, poucos meses após a implantação, o plano foi vetado pelos militares, que assumiram o governo. Freire foi preso e expulso do país. Em 16 anos de exílio, passou por Chile, Suíça, Estados Unidos e Inglaterra e difundiu sua metodologia de ensino em países africanos de colonização portuguesa, como Guiné-Bissau e Cabo Verde.

    Em sua obra mais conhecida, A Pedagogia do Oprimido, o educador propõe um novo modelo de ensino, com uma dinâmica menos vertical entre professores e alunos e a sociedade na qual se inserem. O livro foi traduzido em mais de 40 idiomas.

    Visão— Para a diretora de currículos e educação integral do Ministério da Educação, Jaqueline Moll, o Brasil presta uma homenagem a Paulo Freire por sua obra pela educação brasileira. “Paulo Freire é a figura de maior destaque na educação brasileira contemporânea, pelo olhar novo que ele constrói sobre o processo educativo”, afirma. “Ele tem ajudado muitos países no mundo a repensar a visão vertical que temos nas salas de aula, de um professor que sabe tudo e do estudante que é uma tábula rasa e nada sabe.”

    “Uma homenagem mais que justa”, comemora Leocádia Inês Schoeffen, secretária municipal de Educação de São Leopoldo (RS), cidade a 50 km de Porto Alegre. Todas as 35 escolas públicas do município já aderiram ao Programa Mais Educação, que amplia a jornada diária para o mínimo de sete horas. “O Mais Educação, do ponto de vista da educação popular, não é restrito ao ambiente escolar, mas articula-se com a comunidade. Assim, há afinidade grande desse programa com o que o Paulo Freire defendia, que é fazer a leitura do mundo e a inserção do educando no seu meio, capacitando-o para que seja agente do seu momento histórico”, diz.

    Reconhecido internacionalmente, Paulo Freire recebeu inúmeros títulos e importantes premiações. No portal Domínio Público, do MEC, pode-se baixar gratuitamente o livro Paulo Freire, de Celso de Rui Beisiegel, uma coletânea de análises de seus textos mais importantes.  

    A Lei nº 12.612, de 13 de abril de 2012 foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 16, Seção 1 página 1.

    Diego Rocha

    Ouça os comentários da diretora de currículos e educação integral do MEC, Jaqueline Moll, sobre o educador Paulo Freire
  • O educador Paulo Freire é tema de uma cátedra organizada pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu (PR), que será realizada em parceria com o Ministério da Educação e com a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI). Em 2011 e 2012, o tema é a educação de jovens e adultos (EJA) pensada por Paulo Freire.

    De caráter permanente, a cátedra Paulo Freire oferece 120 vagas e recebe inscrições até dia 30 deste mês. Podem se inscrever professores que trabalham com educação de jovens e adultos, estudantes de pedagogia e pesquisadores de EJA brasileiros e dos países integrantes da OEI.  

    A primeira etapa da cátedra será realizada nos dias 7 e 8 de novembro, na sede da Unila. Serão três sessões de palestras e diálogos orientados pelos pensadores Luís Eduardo Maldonado Espitia, da Colômbia, José Ribeiro, do Peru, e pelos brasileiros Sérgio Haddad e Luiz Caldas Pereira.

    Ainda com o tema da educação de jovens e adultos, a Unila vai abrir, no segundo semestre de 2012, um curso de pós-graduação, em nível de especialização (mínimo de 360 horas) para professores. Nesse curso, 50% das vagas serão para brasileiros e 50% para candidatos dos países-membros da OEI. Também em 2012 estão previstas atividades como seminários e discussões sobre temas da educação na América Latina, focando o pensamento de Paulo Freire.

    Cátedras – Antes de completar três anos de atividade, a Universidade da Integração Latino-Americana já realizou, com o apoio financeiro do MEC, 15 cátedras abordando temas como ciência e tecnologia, educação superior, desenvolvimento rural, neurociência e inclusão social, literatura latino-americana, desigualdade e pobreza. Entre os patronos das cátedras estão o cientista social e pesquisador brasileiro Octávio Ianni (1926-2004); o ensaísta, filósofo e político chileno, Francisco Bilbao (1823-1865); e o escritor, ensaísta e romancista paraguaio Augusto Roa Bastos (1917-2005).

    Cátedra (cadeira) é uma instância acadêmica destinada a fomentar o debate em torno da figura de alguém que se destacou em algum campo do conhecimento e que merece não apenas ser lembrado, como também atualizado.

    Ionice Lorenzoni, com informações da Unila

    Confira o programa da cátedra Paulo Freire para os dias 7 e 8 de novembro e preencha a ficha de inscrição.






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