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  • O Ministério da Educação divulgou nesta terça-feira, 6, os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) — Programme for International Student Assessment —, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Embora a maioria dos estudantes avaliados tenha interesse nas disciplinas relacionadas à ciência (mais da metade relata ter interesse ou se divertir ao aprender sobre ciências), o desempenho foi bem abaixo da média da OCDE.

    O desempenho médio dos jovens estudantes brasileiros na avaliação de ciências foi de 401 pontos, valor significativamente inferior à média dos estudantes dos países membros da OCDE (493). O desempenho médio dos jovens brasileiros da rede estadual foi de 394 pontos.

    “Como boa parte da pesquisa do Pisa é feita no ensino médio, é um número considerável de jovens que foram avaliados e que mostram um desempenho baixo”, disse o ministro da Educação, Mendonça Filho. “Precisamos redirecionar esse caminho e focar nesses pontos.”

    Por ofertar prioritariamente o ensino fundamental, a rede municipal apresentou desempenho inferior ao das escolas de outras dependências administrativas (329 pontos). Alunos da rede federal de ensino obtiveram o melhor desempenho em ciências (517 pontos) e assim superaram a média nacional, mas não estatisticamente diferente do desempenho médio dos estudantes da rede particular (487).

    Por unidade da Federação, o Espírito Santo apresentou o melhor desempenho (435). Alagoas, o mais fraco (360). O desempenho médio dos meninos em ciências foi superior ao das meninas na maioria das unidades federadas.

    Independentemente da média de desempenho geral do país, as diferenças de dificuldade em relação aos três sistemas de conhecimento de conteúdo foram relativamente pequenas. Itens relacionados ao contexto pessoal foram considerados mais fáceis pelos estudantes brasileiros do que os de contexto local e global. Essa mesma tendência foi observada em diversos países e nas unidades federativas, embora as diferenças tenham apresentado grandes variações.

    Os estudantes brasileiros tiveram maior dificuldade nos itens de resposta aberta, seguidos pelos de múltipla escolha complexa e simples, tendência também observada em outros países analisados.

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    Assessoria de Comunicação Social 

  • Resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2012 demonstram que o Brasil é o país que mais avançou no resultado de matemática entre todos os avaliados. O desempenho dos estudantes brasileiros na faixa etária de 15 anos passou de 356 para 391 pontos no período entre 2003 e 2012.

    “Estamos comparando a evolução do Brasil neste período com países que investem muito mais por estudante e tivemos um avanço maior”, disse nesta terça-feira, 3, em Brasília, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. “Ou seja, estamos fazendo muito com menos investimento em relação à média dos países da OCDE.”

    No Pisa de 2012, que teve como foco a área de matemática, foram avaliados 18.589 estudantes brasileiros, de 767 escolas — uma das maiores amostras dessa edição.

    De acordo com o relatório da OCDE, o Brasil teve destacado crescimento também em outras áreas avaliadas. Em leitura, por exemplo, o desempenho chegou a 410 pontos; na área de ciências, a 405. A OCDE destaca que o Brasil teve êxito em assegurar ambiente de ensino propício ao aprendizado dos estudantes. Além disso, a melhora no desempenho foi acompanhada da inclusão de mais de 420 mil estudantes na faixa dos 15 anos — a segunda maior taxa de inclusão, atrás apenas da Indonésia.

    “Conseguimos aumentar a cobertura de matrículas, reduzir a repetência e avançar na aprendizagem, em especial na matemática”, ressalta Mercadante. Para o ministro, diversas iniciativas do governo federal ao longo da última década contribuíram para a evolução dos estudantes brasileiros na avaliação, como a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep); o aumento de repasses para as redes estaduais, com a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb); o apoio à formação e à valorização do professor e o lançamento do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio.

    Qualidade— Aplicado pela primeira vez em 2000, o Pisa avalia estudantes de 15 anos — nessa faixa etária, pressupõe-se o encerramento da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países. As provas são aplicadas a cada três anos e abrangem leitura, matemática e ciências.

    O objetivo do programa é produzir indicadores que contribuam para a discussão da qualidade da educação nos países participantes para subsidiar políticas de melhoria da educação básica. A última edição do Pisa contou com 65 países. Além dos 34 integrantes da OCDE, realizam o exame estudantes de países como China e México. Na América do Sul, participaram Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Uruguai, além do Brasil.

    Assessoria de Comunicação Social do Inep
  • “Temos que ser ousados em nossas propostas", disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, sobre a mobilidade acadêmica dentro do Mercosul. Durante a reunião de ministros da educação do Mercosul, nesta sexta-feira, 14, em Montevidéu, Uruguai, Mercadante anunciou que o Brasil vai oferecer bolsas de estudos para estudantes vindos de países do bloco.

    De acordo com a proposta brasileira, estudantes da Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela poderão disputar bolsas para graduação e de pós-graduação – mestrado e doutorado.

    A comitiva brasileira ainda apresentou o projeto editorial para a criação de uma revista de educação, humanidades e ciências sociais do Mercosul. O objetivo da iniciativa é lançar uma publicação científica periódica de alto nível.

    Avaliação– No encontro, os ministros da educação decidiram que o Mercosul Educacional, setor que coordena as políticas educacionais do bloco, enviará uma carta aos realizadores do Pisa [programa internacional de avaliação de alunos] apresentando as discrepâncias do grupo sobre a avaliação que é feita pela prova. Essa avaliação compreende testes escritos de leitura, matemática e ciências, testes eletrônicos de leitura e resolução de problemas matemáticos. Os ministros querem que a prova leve em consideração o contexto dos jovens latino-americanos.

    Assessoria de Comunicação Social
  • O Brasil aparece entre os três países que mais evoluíram na educação básica nesta década. A informação consta do relatório preliminar do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) 2009, divulgado nesta terça-feira, 7, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em Paris.

    A educação brasileira evoluiu 33 pontos entre os exames realizados no período 2000-2009. Em 2000, a média brasileira das notas em leitura, matemática e ciências era de 368 pontos. Em 2009, a média subiu para 401 pontos. Com isso, o país atingiu a meta do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que era média de 395 pontos nas três disciplinas.

    Na avaliação do ministro da Educação, Fernando Haddad, diversos fatores produziram esses resultados. Ele destaca o crescimento do investimento em educação, o foco na aprendizagem das crianças, a definição de metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) por escolas. A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) também é responsável pelo impacto positivo nos resultados, em sua avaliação.

    Para Haddad, o “sistema educacional brasileiro está reagindo aos estímulos”. O resultado do Pisa no último triênio revela, segundo o ministro, que o país está no rumo certo e que há espaço para crescer. “A meta para 2012 é subir mais 16 pontos e chegar a 417.” Para alcançar essa meta, é prioritário investir em educação infantil e na valorização do magistério, em formação e remuneração, afirmou.

    Crescimento – O Brasil teve o terceiro maior avanço entre todos os países, sendo superado apenas pelo Chile, que cresceu 37 pontos, e por Luxemburgo, com avanço de 38 pontos. Na tabela geral, o Brasil está na 53ª posição. Entre as nações latino-americanas, superou a Argentina e a Colômbia. Está 19 pontos atrás do México, que ocupa o 49º lugar; a 26 pontos do Uruguai (47º), e a 38 pontos do Chile (45º).
    A avaliação foi realizada em 65 países, 34 deles da OCDE. Participaram 470 mil estudantes, sendo 20 mil brasileiros, das 27 unidades da Federação, de escolas urbanas e rurais, públicas e privadas. Responderam as provas de leitura, matemática e ciências estudantes nascidos em 1993.

    Na média nacional, o Brasil cresceu principalmente em matemática, passando de 334 pontos, em 2000, para 386 pontos em 2009; em ciências, passou de 375 para 405, e em leitura, de 396 para 412.

    Na avaliação do Pisa por unidades da Federação, o Distrito Federal aparece com as melhores notas, seguido por Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Goiás, todos com média superior à média nacional. (Assessoria de Comunicação Social)

    Confira a integra das tabelas.
    Ouça a entrevista com o Ministro.


  • O ministro Mercadante e o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, celebram a entrada do Brasil no conselho do Pisa, ao lado dos diretores de avaliação da educação básica e de gestão e planejamento do Inep, Alexandre André dos Santos e Denio Menezes da Silva (Foto: João Neto/MEC)O Brasil é o primeiro país não membro da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a integrar o conselho diretor do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). A assinatura da associação aconteceu em cerimônia nesta segunda-feira, 21, em Brasília, com a presença do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e do secretário-geral da OCDE, Angel Gurría.

    Aplicado pela primeira vez em 2000, o Pisa é uma avaliação que compreende provas escritas de leitura, matemática e ciências, e uma parcela dos estudantes responde também a testes eletrônicos de leitura e resolução de problemas matemáticos. No período de 2000 a 2009, o Brasil aparece entre as três nações que mais evoluíram no Pisa, segundo boletim da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (Ocde) divulgado em 2010.

     

    A associação ao programa permite que o Brasil participe das reuniões e dos trabalhos do conselho, que determina as prioridades políticas do Pisa e acompanha a implementação de cada edição do programa. O Pisa tem como objetivo ajudar os países a verificar como seus sistemas de ensino se comparam globalmente em padrões de qualidade, equidade e eficiência.

     

    Segundo Gurría, o Brasil demonstra um compromisso com a melhoria do sistema educacional e na universalização da educação básica. “O Brasil vem usando os resultados do Pisa para ajudar a orientar reformas destinadas a melhorar as escolas do país, com resultados excelentes até agora”, destacou Gurría. “Educação de alta qualidade ainda é o melhor motor para progresso social”, concluiu.

     

    De acordo com o ministro Mercadante, o investimento brasileiro em educação é superior à média dos demais países que participam da avaliação internacional. “O Brasil é o país em que o estado faz o maior esforço, destinando 18,12% do orçamento para a educação, enquanto a média dos países da OCDE é de 12,3%”, afirmou.

     

    O Brasil participou da mais recente avaliação Pisa da OCDE, que teve matemática como foco. Os resultados iniciais serão divulgados no dia 3 de dezembro.


    Diego Rocha

     

    Ouça exposição do ministro Mercadante sobre o Brasil no Pisa

     

     

  • No dia 29 próximo, o Brasil assume a presidência pro tempore do Mercosul, hoje ocupada pela Argentina. Na área da educação, o ministro Aloizio Mercadante terá a missão de constituir comitê técnico para discutir a qualidade do ensino e a avaliação dos sistemas educacionais dos países da América Latina.

    Os temas a serem debatidos foram definidos em agenda fechada pelas delegações dos países-membros do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e associados (Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela) na última reunião de ministros, em Buenos Aires. Em 26 de outubro, especialistas vão participar, na capital argentina, de seminário regional sobre avaliação educacional.

    Também está previsto encontro com o comitê do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), exame realizado a cada três anos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O objetivo é analisar os critérios da avaliação e o impacto da metodologia do Pisa na realidade educacional dos países latino-americanos.

    Para Mercadante, o desafio da próxima presidência pro tempore do Brasil é aprofundar o processo democrático na América Latina e intensificar a integração por meio da circulação de conhecimento. “Há uma grande demanda por mobilidade para que se crie identidade e ocorra a circulação de pessoas, não apenas de mercadorias”, ressaltou.

    Na pauta do setor educacional do Mercosul, ainda neste semestre, consta também a busca por mecanismos que deem maior ênfase aos programas de intercâmbio de línguas e à inclusão de conteúdos de integração regional aos currículos escolares e à formação de professores. São ainda temas da agenda o esboço de um programa de bolsas de estudo, com ênfase no desenvolvimento científico-tecnológico, e o fortalecimento da mobilidade e do intercâmbio de professores da educação básica da região. A proposta é investir na troca de experiências e de práticas pedagógicas bem-sucedidas desenvolvidas nas salas de aula de cada país. Isso deve ser feito por meio da circulação de professores por localidades e realidades culturais diversas.

    Está prevista ainda a criação de um banco regional de conteúdo audiovisual educativo para crianças e adolescentes, destinado a promover o intercâmbio e a circulação de material didático entre os países da região. Além do banco, será elaborada publicação periódica regional, de alto nível científico, sobre humanidades e ciências sociais.

    Maria Fernanda Conti


    Confira a ata da 42ª Reunião de Ministros da Educação dos países do Mercosul

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    Ministro propõe índice de avaliação latino-americano em encontro na Argentina
  • A cooperação e a troca de experiências nas áreas de currículo, tecnologias, avaliação e gestão na educação básica são temas do encontro Brasil-Finlândia, que acontece em Brasília, nesta segunda-feira, 28, e na terça-feira, 29. O evento é promovido pelo Ministério da Educação e pela Embaixada da Finlândia.

    Para a diretora de currículos e educação integral da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Jaqueline Moll, embora os sistemas de ensino dos dois países sejam muito diferentes, especialmente quanto ao número de estudantes, professores e escolas, existe interesse mútuo no diálogo para futura cooperação. O estudo do currículo da educação básica finlandesa é um dos temas da pauta.

    Da apresentação feita pela diretora do Conselho Nacional Finlandês de Educação, Kaisa Vähähyyppä, sobre a organização educacional do seu país, Jaqueline Moll destaca como importantes a autonomia assegurada aos professores para ensinar e avaliar como cada estudante aprende os conteúdos, o diálogo de professores e estudantes, o diálogo de professores e pais, e o foco na formação de cidadãos autônomos.

    Aprender a realizar tarefas é um elemento chave no currículo da escola finlandesa desde o primeiro ano. No espaço escolar, as crianças se revezam em grupos para cuidar das plantas, da biblioteca, da coleta de papeis usados, da reciclagem, da compostagem, do jardim e do aquário, ajudam na cozinha. Nessas tarefas, os estudantes não são guiados pelos professores, mas pelos adultos que trabalham na escola – equipes de limpeza, da cozinha, o jardineiro. No país, segundo a diretora Kaisa, a responsabilidade de educar é dividida igualmente por todos, sem hierarquia.

    Diferenças– Jaqueline Moll alerta que é preciso ter cuidado quando se fala sobre a realidade educacional de nações como o Brasil e a Finlândia. Entre os dados mais importantes que devem ser levados em consideração estão a geografia e o tamanho das redes de ensino básico: o Brasil em 52 milhões de estudantes, sendo que 48 milhões estudam na rede pública; 190 mil escolas e 2 milhões de professores. A Finlândia, por sua vez, tem 500 mil alunos e 50 mil professores e uma população de 5,3 milhões de habitantes.

    Ao apresentar o sistema educacional brasileiro aos finlandeses, Jaqueline Moll fez um histórico e lembrou que, durante séculos, o Brasil importou políticas educacionais de outros países – de Portugal, dos Estados Unidos, da Espanha.

    Nos últimos nove anos, segundo a diretora, a organização do sistema educacional vem passando por profundas mudanças, o que permite ao Brasil viver agora o que a Europa viveu depois da segunda guerra mundial. Entre os pontos das mudanças, estão a educação obrigatória, com oferta na rede pública para estudantes de seis aos 14 anos de idade, educação de jovens e adultos, definição de um piso nacional de salário para os professores, ampliação dos recursos para atender toda a educação básica, oferta progressiva de educação integral, a criação de um sistema de avaliação que compreende a aprendizagem, as escolas e as redes públicas.

    Finlândia– País situado no norte da Europa, a Finlândia é uma república parlamentar com território dividido em 348 municípios. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2010 foi de 0,871, considerado muito elevado; a expectativa de vida é de 79,3 anos e a mortalidade infantil é de 3,7 mortes por mil nascimentos; 99% da população é alfabetizada.

    Na educação básica, os alunos não fazem provas na sala de aula. De acordo com a diretora do Conselho Nacional Finlandês de Educação, Kaisa Vähähyyppä, se tivessem que fazer testes, os alunos iriam estudar para as provas e depois disso esqueceriam tudo. No nosso modelo, explica, pensamos numa aprendizagem ampla, onde o professor estimula o aluno a planejar seus estudos, a pesquisar, a ter autonomia na construção de sua formação.

    O único teste que os estudantes finlandeses fazem é o Pisa, uma avaliação trienal para jovens de 15 anos, nas áreas de matemática, ciências e leitura, aplicada pela Organização de Cooperação dos Países Desenvolvidos (OCDE) em 65 países. No Pisa 2009, a Finlândia obteve 536 pontos e ocupa o terceiro lugar, só superada por Shangai (China) e Coréia do Sul. No mesmo exame de 2009, o Brasil teve 412 pontos e está no 53º lugar na tabela geral. 

    Ionice Lorenzoni
  • O Ministério da Educação divulgou nesta terça-feira, 6, os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) — Programme for International Student Assessment —, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O desempenho médio dos estudantes brasileiros na avaliação de leitura foi de 407 pontos, valor significativamente inferior à média dos estudantes dos países membros da OCDE: 493. O desempenho médio na rede estadual foi de 402 pontos, enquanto na rede municipal observou-se desempenho médio de 325.

    Em entrevista coletiva, o ministro da Educação, Mendonça Filho, previu que o protagonismo de estados e municípios deve ajudar a melhorar os índices de leitura. “Nossas ações levarão prioridade para a alfabetização, em parceria com os municípios no que diz respeito ao ensino fundamental”, afirmou. A criança mal alfabetizada acumula mau desempenho no ensino fundamental e chega ao ensino médio com deficiências muito graves, que prejudicam o desempenho global da educação.”

    Estudantes da rede federal de ensino tiveram o melhor desempenho em leitura (528 pontos) e superaram a média nacional, mas não estatisticamente diferente do desempenho médio dos estudantes da rede particular (493). Por unidade federativa, o Espírito Santo teve melhor desempenho (441 pontos) e Alagoas, o mais fraco (362). Em todas elas, o desempenho em leitura das meninas superou o dos meninos. A Bahia apresentou a maior diferença (34 pontos) e Mato Grosso do Sul, a menor (8).

     Os estudantes brasileiros mostraram melhor desempenho com textos representativos de situação pessoal (e-mails, mensagens instantâneas, blogues, cartas pessoais, textos literários e textos informativos) e desempenho inferior ao lidar com textos de situação pública (textos e documentos oficiais, notas públicas e notícias). Itens com textos contínuos foram mais fáceis para os estudantes brasileiros. Esses textos são definidos por sua organização em orações e parágrafos, típicos de textos argumentativos, contos e romance, por exemplo.

    Itens com textos em formato combinado foram mais difíceis para os estudantes, o que correspondeu, de modo geral, a índices de desempenho mais altos. O formato de texto combinado caracteriza-se pela junção de parágrafos em prosa e listas, gráficos, tabelas ou diagramas. Itens que envolveram localização e recuperação de informação foram mais fáceis para os estudantes brasileiros, enquanto aqueles que envolveram integração e interpretação foram mais difíceis.

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    Assessoria de Comunicação Social 

  • A prova da edição deste ano do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) será aplicada este mês no Brasil, entre os dias 25 e 29. Participarão do exame cerca de 50 mil estudantes de 990 escolas públicas e particulares das áreas rural e urbana de 587 municípios, em todos os estados e no Distrito Federal.


    O Pisa é realizado a cada três anos pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) para oferecer aos países participantes indicadores de comparação internacional capazes de subsidiar políticas de melhoria da educação. Participam do programa alunos de 15 anos de idade matriculados a partir da sétima série do ensino fundamental até o terceiro ano do ensino médio. A prova será aplicada em 65 países.


    O Brasil é a única nação da América do Sul que participa do Pisa desde a primeira edição, em 2000. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela coordenação do programa no país, investirá R$ 1,9 milhão na aplicação do exame, que terá ênfase na leitura e avaliará as áreas de ciências e matemática. Os resultados da avaliação serão divulgados pela OCDE em dezembro de 2010.


    Os interessados nas questões das edições anteriores podem ter acesso a elas na página eletrônica do instituto.

    Assessoria de Imprensa do Inep

  • O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) está colaborando, pela primeira vez, na elaboração das provas do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). O foco da edição de 2018 da avaliação será a leitura. Por isso, uma nova matriz de referência (diretriz de conteúdo) e novos itens estão sendo preparados pela equipe da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), com apoio dos países participantes da avaliação.

    De acordo com o presidente do Inep, Chico Soares, a experiência na produção de questões para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e a Prova Brasil, dentre outras avaliações da autarquia, capacita os servidores a contribuir significativamente para a elaboração das provas do Pisa de 2018. “Principalmente nessa área de leitura, avançamos muito nos últimos anos na qualidade dos itens que preparamos para nossas avaliações”, destaca.

    A atualização da matriz de referência para o Pisa de 2018 incorpora inovações na avaliação da capacidade dos participantes de ler, aprender e escrever, em acordo com os novos contextos de leitura vivenciados pelos cidadãos no mundo atual. Desde o primeiro semestre de 2015, o Inep participa de um processo dividido em três fases: elaboração de textos-base, elaboração e revisão de itens.

    Em abril, representantes do Inep participaram da oficina internacional de elaboração de itens, em Washington, Estados Unidos, coordenada pelo ETS (Educational Testing Service), uma das empresas contratadas pela OCDE para desenvolvimento do Pisa. Na sequência, em junho, a equipe da autarquia submeteu mais de 70 textos-base nas línguas inglesa e espanhola e, em agosto, elaborou um total de 36 itens, em inglês.

    Todos esses 125 itens foram revisados ao longo de novembro e, em 2016, após a definição daqueles que efetivamente vão compor o pré-teste do Pisa de 2018, será feita a tradução dos itens para o português.

    Pisa— O programa avalia estudantes de 15 anos de idade nas áreas de leitura, ciências e matemática. O Brasil participa, também, da avaliação de letramento financeiro, área opcional. As provas são 100% aplicadas em computador. As novas habilidades incluídas na avaliação de leitura no Pisa 2018 estão baseadas na capacidade de analisar, sintetizar, integrar e interpretar informações relevantes de múltiplos textos e fontes de informações. Os estudantes devem mostrar preparo no uso de diferentes tecnologias para eficiente busca, organização e seleção de informações pertinentes aos objetivos em situações pessoais, educacionais, profissionais e públicas.

    Saiba mais na página do programa no portal do Inep.

    Assessoria de Comunicação Social do Inep

     

  • Na prática, os participantes respondem a um maior número de questões dessa área de conhecimento


    A edição de 2021 do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) será focada em matemática. A avaliação vai verificar, entre outras competências, a capacidade de formular, aplicar e interpretar problemas matemáticos em vários contextos do mundo real.

    A última vez que a matemática foi o domínio principal da avalição foi em 2012. A prova segue a nova Matriz de Referência de Matemática do Pisa, lançada no fim de 2019. A matriz indica conteúdo programático, competências, raciocínio matemático e exemplos.

    Promovido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Pisa — a cada aplicação — destaca um dos domínios (Ciências, Leitura e Matemática). Na prática, os participantes respondem a um maior número de questões dessa área de conhecimento e aos questionários que coletam informações referentes à aprendizagem desse domínio.

    A aplicação do Pisa ocorre a cada três anos, em mais de 80 países participantes e parceiros da OCDE. Os conhecimentos e as habilidades dos estudantes são avaliados, de forma comparativa, entre as nações que aderem ao programa.

    O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC) e responsável pela avaliação no país, já prepara os materiais de esclarecimento para os gestores escolares a respeito dos procedimentos para a realização do pré-teste do Pisa 2021.

    O programa é aplicado em diversos países, desde 2000. O Brasil participa desde a primeira edição. O Pisa oferece informações sobre o desempenho dos estudantes, articulando fatores que moldam sua aprendizagem dentro e fora da escola.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

  • O Ministério da Educação lançou nesta segunda-feira, 2, a plataforma Hora do Pisa. A exemplo do simulado on-line do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a nova ferramenta educacional vai oferecer a estudantes brasileiros concluintes da educação básica um portal com conteúdo educacional e provão preparatório para o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa).

    O primeiro simulado on-line do Pisa estará disponível de 13 a 19 de junho próximo. O portal Hora do Pisa também contará com videoaulas completas, além de resoluções de exercícios. “O sistema estará aberto por uma semana para os professores estimularem a participação de todos os alunos, concluintes dos anos finais da educação básica e também iniciantes do ensino médio”, ressaltou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

    O Pisa é coordenado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). No Brasil, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) é o responsável pela avaliação. A próxima prova do Pisa está prevista para maio de 2018.

    As avaliações, realizadas a cada três anos, comparam os conhecimentos dos países participantes nas áreas de leitura, matemática e ciências. No último Pisa, realizado no ano passado, a área de ciências teve prioridade. O resultado deve ser divulgado em meados deste ano.

    Tecnologia — O MEC está trabalhando no desenvolvimento de recursos semelhantes para o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e a educação de jovens e adultos. A iniciativa ocorre em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e os institutos federais de educação, ciência e tecnologia.

    O projeto inclui a criação de um exame específico para a certificação do ensino médio. “Uma metodologia para adultos que voltaram a estudar, com plataforma de apoio igual”, adiantou Mercadante. Estima-se que, no Brasil, 81 milhões de pessoas com mais de 18 anos de idade não fizeram o ensino médio.

    Assessoria de Comunicação Social

    Confira a  apresentação do ministro sobre o simulado do Pisa

  • O Ministério da Educação divulgou nesta terça-feira, 6, os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) — Programme for International Student Assessment —, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em entrevista coletiva, o ministro da Educação, Mendonça Filho, mostrou preocupação com os resultados, sobretudo com as notas de matemática apresentadas pelos estudantes.

    O desempenho médio dos jovens brasileiros de 15 anos na avaliação da disciplina foi de 377 pontos, valor significativamente inferior à média dos estudantes dos países membros da OCDE: 490. “Nos últimos 12 anos, o acesso ao ensino melhorou, mas não evoluímos em qualidade. A necessidade da reforma do ensino médio se traduz nos dados”, disse o ministro. “Tivemos a divulgação do índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) e, agora, o Pisa. O desempenho em matemática piorou em relação a anos anteriores.”

    Os estudantes da rede estadual tiveram uma média de 369 pontos; da rede municipal, 311 — diferença estatisticamente significativa com relação ao primeiro. Estudantes da rede federal tiveram melhor desempenho (488 pontos). No entanto, isso não é estatisticamente diferente do desempenho médio dos estudantes de escolas particulares (463).

    Por unidade da Federação, o Paraná apresentou melhor desempenho (406 pontos) e Alagoas, o pior (339). Contudo, o Paraná não atingiu a taxa de respostas exigida, o que prejudica uma análise fidedigna desses estados. Praticamente em todas as unidades federativas o desempenho em matemática dos meninos superou o das meninas.

     Os estudantes brasileiros apresentaram melhor desempenho em itens da categoria quantidade (valor em dinheiro, razão e proporção e cálculos aritméticos). Isso significa que o manuseio com dinheiro ou a vivência com fatos que gerem contas aritméticas ou proporções é uma realidade mais próxima dos estudantes do que, por exemplo, espaço e forma.

    A categoria de conteúdo com os maiores valores no índice de desempenho foi a de espaço e forma. Esta subárea da avaliação de matemática envolve uma diversidade de propriedades encontradas em vários lugares no mundo físico e visual. Trabalha-se, por exemplo, com as propriedades das figuras geométricas, como o perímetro ou a área, e as características das figuras espaciais entre outras. A interação dinâmica com formas reais, bem como com suas representações, mostrou-se um conteúdo mais difícil e trabalhoso para os estudantes de 15 anos.

     Com relação à categoria de contexto, os resultados mostram que os estudantes de 15 anos têm mais facilidade quando a matemática envolve diretamente atividades cotidianas, família ou colegas. Problemas como preparação de refeições, jogos, saúde pessoal ou finanças pessoais são situações mais facilmente “matematizadas” e resolvidas autonomamente.

    Algo semelhante ocorre com o mundo laboral e ocupacional, desde que acessível e condizente com a condição de um estudante de 15 anos. Isso é mais facilmente reconhecido pelos jovens e representado, por exemplo, por decisões profissionais, controle de qualidade, regras de pagamento de trabalho etc.

     No âmbito do processo, a categoria formular obteve o maior nível de dificuldade em todas as unidades federativas. A diferença foi considerável em relação à categoria empregar, a segunda com os maiores valores do índice de desempenho. A categoria interpretar foi a mais fácil para os estudantes brasileiros.

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    Assessoria de Comunicação Social 

  • O ministro da Educação, Mendonça Filho, recebeu em seu gabinete nesta terça-feira, 18, representantes do Programa Internacional para Avaliação de Estudantes (Pisa). O diretor geral do Pisa e secretário geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Andreas Schleicher, e a diretora da entidade, Gabriela Ramos, reforçaram o apoio da organização para as iniciativas educacionais brasileiras. “A OCDE considera que o Brasil tem um papel importante na educação da América Latina e que o país tem feito um trabalho muito consistente nessa área”, garantiu a secretária executiva do MEC, Maria Helena de Castro, também presente na reunião.

    Mendonça Filho aproveitou a oportunidade para apresentar o projeto do Novo Ensino Médio e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “A OCDE entende que o Brasil está no caminho certo. Para eles, a proposta está bem alinhada com tendências mundiais”, afirmou a secretária executiva.

    O grupo está reunido com representantes de 50 países em Brasília desde o último domingo, 16, para a 42ª reunião do Conselho Diretor do Pisa. Estão sendo discutidas prioridades para o desenvolvimento de indicadores, para o estabelecimento dos instrumentos de avaliação e para a disseminação dos resultados. O encontro termina nessa quarta-feira, 19.

    O Pisa é uma metodologia internacional que avalia os sistemas de ensino em todo o mundo, medindo o nível educacional de jovens de 15 anos por meio de provas de leitura, matemática e ciências. O exame é realizado a cada três anos pela OCDE. No Brasil, a aplicação do Pisa é coordenada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O resultado final do programa será divulgado no dia 6 de dezembro em todo o mundo.

    Assessoria de Comunicação Social

  •  Andreas Schleicher, Rossieli Soares e Carlos Márcio Cozendey, embaixador do Brasil junto à OCDE e aos organismos econômicos  (Foto: Divulgação/MEC)

    Paris, 07/09/2018 –Em reunião com Andreas Schleicher, diretor para educação e competências e conselheiro sobre políticas de educação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o ministro da Educação, Rossieli Soares, reforçou a defesa de que o Brasil precisar ter uma interpretação pedagógica própria das avaliações que aplica, agora que já conta com uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da educação infantil e do ensino fundamental. A reunião ocorreu na tarde desta sexta-feira,7, na sede da OCDE, em Paris.

    “As avaliações apontam que o nível de aprendizagem dos estudantes de toda a educação básica do Brasil está muito aquém do mínimo. Não podemos aceitar que os estudantes que estão no 5º ano do ensino fundamental não consigam efetuar as quatro operações fundamentais aritméticas, por exemplo”, enfatizou Rossieli.

    O ministro esclareceu que com a BNCC, o Brasil já tem parâmetros para apontar sobre o que é adequado ao estudante ter como competências de aprendizagem, ao final de cada ano de escolaridade. “A BNCC da educação infantil e do ensino fundamental já está em fase de implementação nos estados e municípios. Desta forma, a equidade do que está sendo sendo ensinado em todo o Brasil fica mais clara. O que nos dá melhores parâmetros para verificar o nível de aprendizagem ao final de cada ano da educação”, disse.

    O ministro solicitou que a OCDE apoie o Brasil para produzir mais evidências aos resultados de aprendizagem dos estudantes nas etapas dos anos finais do ensino fundamental e também do ensino médio, que apresentam os piores resultados no nível de aprendizagem do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). “A etapa da base do ensino médio já foi entregue ao Conselho Nacional de Educação. E é nesta etapa em que os indicadores são os mais desanimadores, apontando que os 12 anos de escolaridade não estão agregando em nada ao estudante que está encerrando a educação básica”, disse Rossieli.

    Classe mundial – Andreas Schleicher entregou o livro de sua autoria, Classe Mundial, recentemente lançado, que apresenta um histórico do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) e os rumos do programa para acompanhar a evolução da educação em âmbito global. “O Brasil é o primeiro pais não membro da OCDE interessado ao aderir programa e foi o que apresentou melhora mais expressiva nos resultados da área de leitura, desde a primeira edição da avaliação, em 2000”, avaliou Schleicher.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Buenos Aires ― O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, propôs na manhã desta quinta-feira, 7, na abertura da 42ª Reunião de Ministros da Educação do Mercosul, em Buenos Aires, a constituição de uma comissão de ministros da região para propor encontro com os responsáveis pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). O objetivo é discutir a metodologia de seleção da prova nos diversos países participantes do exame, realizado a cada três anos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

     

    Mercadante ressaltou que a ideia é colaborar para a busca de equidade na aplicação da aferição internacional. "Entretanto, isso não invalida o fato de termos de buscar um sistema de avaliação da aprendizagem dos estudantes da região com caráter regional", afirmou.

     

    O ministro da Educação da Argentina, Alberto Sileone, propôs ainda que a comissão a ser criada avance na elaboração de um índice de avaliação regional. "Sem intenção de confronto, mas que possa considerar as questões regionais”, disse Sileone. “O Pisa compara realidades que não são comparáveis."

     

    A proposta teve o apoio de ministros e delegados do Uruguai, Paraguai, Chile, Bolívia, Peru, Equador e Venezuela.

    Bolsas ― Mercadante também manifestou preocupação sobre um possível impacto da crise econômica global nos países do bloco e propôs que as ações tenham em vista o aprimoramento dos mecanismos de mobilidade. Nesse sentido, propôs novos programas de bolsas de estudos, de um ano, para estudantes de graduação e pós-graduação por meio de intercâmbio profissional e acadêmico.


    O ministro sugeriu ainda uma troca mais efetiva de material pedagógico, sobretudo de português e espanhol, e o compartilhamento do desenvolvimento de conteúdos digitais. Mercadante disse também que um programa específico de intercâmbio poderia permitir que professores da educação básica do Mercosul conheçam as diversas experiências pedagógicas bem-sucedidas nos países do bloco. Segundo ele, a criação de polos de ciência e tecnologia nos países-membros também intensificaria o intercâmbio nas pesquisas desses universos acadêmicos.


    Assessoria de Comunicação Social

  • Mercadante preside a reunião de ministros da Educação do Mercosul, entre o presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, e o presidente da Capes, Jorge Guimarães (Foto: João Neto/MEC) Os países que integram o Mercosul vão realizar em fevereiro, em Buenos Aires, um seminário regional de avaliação da qualidade da educação no bloco. Três níveis serão avaliados: os sistemas educacionais; a metodologia dos instrumentos internacionais, especialmente o Pisa, realizado a cada três anos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE); a construção de indicadores regionais da qualidade da educação nos países da América do Sul.

    A decisão foi tomada durante a 43ª Reunião de Ministros de Educação do Mercosul, realizada nesta sexta-feira, 23, em Brasília, sob a presidência de Aloizio Mercadante. Participaram do encontro, além do ministro brasileiro, os da Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Uruguai e Peru. Eles se comprometeram a elaborar, conjuntamente, um documento com análise crítica dos indicadores internacionais de educação do Pisa [Program for International Student Assesment].

    “O Pisa é importante para o Brasil, mas a avaliação da educação é muito mais ampla do que o recorte feito pelo exame, que se restringe a alunos de 15 anos. Queremos criar novos instrumentos de avaliação regional”, explicou o ministro Aloizio Mercadante, que tem a presidência pro tempore do Mercosul educacional. O documento final, com sugestões dos ministros, será depois encaminhado ao comitê executivo do Pisa.

    Segundo o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Luiz Cláudio Costa, o Pisa apresenta algumas distorções que acabam empurrando o Brasil para uma posição menos favorável no ranking internacional. “Se queremos comparar exames de diferentes países, isso é um desafio. É preciso o uso apropriado das técnicas estatísticas”, disse.

    Nesse sentido, o ministro de educação da Argentina, Alberto Sileone, disse que o Pisa compara realidades incomparáveis. “Nós vamos ratificar nossa permanência no Pisa, mas somos parte de países que têm encontrado uma posição mais soberana de incorporar reflexões próprias”, afirmou. E sugeriu que os países da América do Sul incorporem um critério comum de avaliação da educação, inclusive incluindo áreas não contempladas pelo Pisa.

    Bolsas– Na reunião realizada no Ministério da Educação ficou também definida a criação de um programa de bolsas, custeado pelo Fundo para a Convergência Estrutural e Fortalecimento Institucional do Mercosul (Focem), destinado a financiar projetos em benefício das economias menores do bloco. Serão 1 mil bolsas para estudantes de graduação, 1 mil para a pós-graduação e outras 1 mil para o intercâmbio de docentes e pesquisadores. Num total de 3 mil bolsas anuais, o programa tem previsão de custar R$ 26 milhões.

    Os países do Mercosul também vão aumentar o intercâmbio de estudantes, pesquisadores e docentes em cursos de graduação e pós-graduação. “Temos possibilidade de aumentar o intercâmbio e incluir mais países”, afirmou o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães. Atualmente dentro do programa de mobilidade no Mercosul, o Brasil tem acordos com a Argentina e Uruguai. As bolsas serão para cursos acreditados no Mercosul: agronomia, arquitetura, engenharia, enfermagem, medicina e odontologia.

    Os ministros decidiram ainda ampliar a acreditação de cursos nas áreas de ciências sociais, incluindo sociologia e economia. Será feita também a publicação de uma revista científica sobre humanidades, educação e ciências sociais. “Seria uma publicação trilíngue, em português, espanhol e inglês, para valorizar a produção da academia regional científica”, disse o ministro Aloizio Mercadante.

    O vice-ministro de educação do Uruguai, Luis Garibaldi, sugeriu a criação de um banco de recursos educativos digitais e audiovisuais, de livre acesso a todos os países do bloco. A oficina de trabalho com especialistas será realizada em março de 2013, em Montevidéu. A 43ª reunião do Mercosul teve a participação de representantes das centrais sindicais do Cone Sul.

    Assessoria de Comunicação Social
  • Em maio deste ano, mais de 80 países aplicarão as provas do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), maior avaliação internacional em educação. No Brasil, 19 mil alunos de 661 escolas serão submetidos a esse exame, conduzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação. O público-alvo são estudantes de 15 anos, nascidos em 2002 e matriculados a partir do sétimo ano do ensino fundamental.

    O Pisa avalia a preparação do estudante para a vida adulta. A avaliação, totalmente feita em computador, abrange as áreas de leitura, matemática e ciências. O foco do Pisa 2018 é leitura, área que terá maior número de questões. Também são coletadas informações contextuais por meio de questionários aplicados aos estudantes, professores e diretores de escola. A novidade deste ano é que, pela primeira vez, os pais dos estudantes selecionados deverão responder a um questionário em papel.

    A partir dos resultados, serão produzidos indicadores que contribuem para a discussão da qualidade da educação nos países participantes. Eles também permitem a comparação da atuação dos estudantes e do ambiente de aprendizagem entre diferentes países. A divulgação dos dados ocorre no ano seguinte à aplicação.

    Preparativos – No início de março, diretores das 661 escolas selecionadas em todos os estados e no Distrito Federal receberão a Cartilha do Diretor e serão contatados pela instituição aplicadora. Cada escola terá um coordenador, indicado pelo diretor. Todos receberão o Manual do Coordenador de Escola do Pisa 2018 com explicações sobre a aplicação.

    Pisa – O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, tradução de Programme for International Student Assessment, é uma iniciativa de avaliação comparada, aplicada de forma amostral a estudantes na faixa etária dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países. O Pisa é coordenado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Há uma coordenação nacional em cada país participante – no caso do Brasil, a responsabilidade cabe ao Inep.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Entre 2 e 30 de maio, cerca de 13 mil estudantes brasileiros foram avaliados pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) em todo o Brasil. A avaliação comparada é a maior realizada apenas em computador de que o Brasil participa. As provas e questionários são aplicados em mais de 80 países, com o objetivo de produzir indicadores que contribuam para a discussão da qualidade da educação nos países participantes. Os resultados também permitem a comparação da atuação dos estudantes e do ambiente de aprendizagem entre diferentes nações. A divulgação dos dados será feita em 2019.

    O Pisa abrange as áreas de leitura, matemática e ciências e foi aplicado, este ano, nas próprias escolas dos estudantes selecionados, por uma instituição contratada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). As provas avaliam a capacidade do jovem de 15 anos de buscar, selecionar, interpretar, integrar e analisar informações de uma ampla gama de textos, associados a situações que vão além da sala de aula.

    Como o foco do Pisa 2018 é leitura, essa área do conhecimento teve mais questões para avaliação. A proposta para esta área foi de analisar o conhecimento dos estudantes tendo como base a diversidade de um mundo globalizado, incluindo as habilidades de leitura necessárias, na atualidade, para crescimento individual, sucesso educacional, participação econômica e cidadania.

    Os estudantes também responderam questões sobre letramento financeiro. Em 2018, o Brasil participou pela segunda vez dessa avaliação. A intenção é medir o conhecimento e o entendimento de conceitos e riscos nesse contexto, bem como habilidades, motivação e confiança para aplicar esse conhecimento em decisões efetivas. A avaliação de letramento financeiro surgiu da demanda crescente dos países por compreender melhor como seus jovens estão sendo formados para lidar com situações que envolvam dinheiro e investimentos, frente a desafios como envelhecimento da população, redução da arrecadação ou apoio governamental e mudanças no mercado.

    Ainda foram coletadas informações contextuais por meio de questionários aplicados aos estudantes, professores, diretores de escola e até os pais dos estudantes selecionados, que, pela primeira vez, também participaram.

    O Pisa foi aplicado a estudantes nascidos no ano de 2002 e matriculados a partir do sétimo ano do ensino fundamental, tanto da rede pública, quanto da rede privada. A amostra definida pelo Inep contemplou até 33 estudantes de cada uma das 661 escolas brasileiras selecionadas para participar da avaliação.

    Pisa – O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, tradução de Programme for International Student Assessment, é uma avaliação comparada aplicada de forma amostral a estudantes na faixa etária dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países. O Pisa é realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Há uma coordenação nacional em cada país participante. No Brasil, essa coordenação cabe ao Inep.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep


  • Análises e reflexões sobre o desempenho dos estudantes brasileiros no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes [Programme for International Student Assessment (Pisa)], um dos mais respeitados relatórios de educação comparada, revelam os desafios brasileiros. Os resultados foram apresentados durante seminário, em 6 de dezembro, no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, órgão vinculado ao Ministério da Educação responsável pela aplicação do exame no país.

    Em ciências, alvo da edição de 2015, pouco mais de 40% dos estudantes brasileiros entre 15 e 16 anos atingiram pelo menos o nível 2 da escala de proficiência, considerado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) o básico para aprendizagem e participação plena na vida social, econômica e cívica das sociedades modernas em um mundo globalizado. Em leitura, 51% dos estudantes estão abaixo do nível 2 e, em matemática, o índice chega a 70,3%.

    De 2012 para 2015, não foram registradas diferenças estaticamente representativas em ciências e leitura. Já em matemática, o desempenho dos estudantes brasileiros foi estatisticamente menor em relação a 2012. Na avaliação da OCDE, entretanto, a trajetória geral no Pisa é positiva para os jovens brasileiros porque tem ocorrido uma elevação da proficiência média em cada edição desde 2003. A de 2015 foi a primeira com aplicação totalmente computadorizada. Foram selecionados 23.141 estudantes de 841 escolas das 27 unidades da Federação.

    Olhar — Outro relatório da OCDE, o Education at a Glance (EaG) de 2016, também teve os dados brasileiros preparados pelo Inep. Durante o seminário Panorama da Educação: Destaques do Education at a Glance 2016, realizado em setembro, foi apresentado resumo dos principais dados da edição. Nele estão reunidas informações atualizadas sobre os sistemas educacionais de todos os países membros da OCDE e também de países parceiros, como Argentina, Brasil, China, Colômbia, Indonésia e Rússia.

    A presidente do Inep, Maria Inês Fini, destacou então os ganhos brasileiros com a educação comparada, permitida desde que o país participou, pela primeira vez, do Pisa, em 2000. “É muito significativo como a experiência de outros países, com contextos bastante diferentes, e alguns parecidos com o nosso, podem nos mostrar sobre a influência dos fatores associados ao desempenho dos alunos”, afirmou. “Fatores macroeconômicos e macroculturais têm uma incidência quase que direta no desempenho dos nossos alunos e na aprendizagem que eles têm direito de ter.”

    Certificação — Outra ação internacional, o exame de Certificação de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras), em sua segunda aplicação anual, registrou o número recorde de 5.624 inscrições homologadas. As provas foram realizadas em 35 países, em outubro, em 29 postos credenciados do Brasil e em 57 no exterior. De 2014 para 2015, o número de inscritos cresceu 31%. De 2015 para 2016, a ampliação foi de 6%. A aplicação do primeiro semestre ocorreu em abril, em 25 postos credenciados no Brasil e em 65 no exterior.

    No Brasil, a edição de 2015 do Pisa reuniu 23.141 estudantes de 841 escolas das 27 unidades federativas (foto: Isabelle Araújo/MEC)Com duas edições anuais, o Celpe-Bras é o único certificado oficial brasileiro de proficiência em português. É aceito internacionalmente por empresas e instituições de ensino como comprovação de competência em língua portuguesa. Podem se submeter ao exame cidadãos estrangeiros e brasileiros, residentes no Brasil e no exterior, com no mínimo 16 anos completos na data do exame e que não tenham o português como língua materna. A escolaridade mínima para fazer o exame é equivalente ao ensino fundamental brasileiro.

    O participante é classificado em um dos quatro níveis de proficiência. Aqueles que obtiverem pontuação entre 2 e 2,75 serão classificados no nível intermediário; entre 2,76 e 3,5, no intermediário superior; entre 3,51 e 4,25, no avançado; entre 4,26 e 5, no avançado superior. Com menos de dois pontos, a certificação não é concedida.

    Assessoria de Comunicação Social

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