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  • Jardim Botânico do Rio, um dos pontos mais visitados por estudantes durante as saídas pedagógicas promovidas por diversas escolas (foto: pt.wikipedia.org)Professora de geografia no município do Rio de Janeiro há mais de 15 anos, Jane Cordeiro de Oliveira tem experiência em visitas pedagógicas. Na Escola Municipal Governador Carlos Lacerda, onde ela trabalhou, até julho deste ano, como professora e orientadora pedagógica, a atividade externa é adotada por professores de todas as disciplinas. A escola fica no bairro da Taquara, na Zona Oeste do Rio.

    De acordo com Jane, essa forma de aproveitamento de uma visita leva o estudante a perceber que um mesmo conhecimento pode estar presente em várias matérias escolares, além de ajudar na fixação do conteúdo aprendido. Para ela, as saídas devem estar vinculadas a determinadas ações pedagógicas desenvolvidas em sala de aula. “Assim, elas serão mais significativas e proveitosas, tanto para os alunos quanto para os professores que os acompanham”, destaca.

    Segundo a educadora, o recurso das saídas pode ser usado desde a educação infantil até o ensino superior. “O enfoque é que será diferente para cada nível de escolaridade”, explica.

    Na opinião de Jane, é necessário que o professor domine o assunto a ser tratado nas saídas pedagógicas para não depender apenas das explicações dos guias dos locais visitados. Além disso, ela recomenda que o professor elabore ou pesquise material sobre o espaço a ser visitado, de forma a orientar os estudantes sobre o melhor aproveitamento do conhecimento obtido durante a atividade. “O planejamento é fundamental para uma saída pedagógica”, destaca.

    Ela sugere ainda que o professor faça uma visita prévia ao local e leia sobre o assunto a ser tratado durante a atividade externa. “Isso ajuda a prever acontecimentos e oferece uma visão do que os alunos vão observar.”

    Outros pontos preconizados por Jane para as visitas são a antecedência nos contatos; a organização de listagens dos alunos e dos educadores; a inserção da atividade no projeto pedagógico e no planejamento da escola; a comunicação da realização da atividade ao diretor da escola; as providências relativas a transporte e lanche e a previsão do tempo a ser gasto na visita pedagógica ao enviar o pedido de autorização aos pais e responsáveis. Ela lembra, ainda, a necessidade de manter contato com a escola caso ocorram imprevistos ou atrasos. “Ao final, é bom fazer um relatório sobre o que foi visto para que o conhecimento não se perca”, enfatiza. Ela salienta que os alunos também devem elaborar relatórios, documentados com fotos, se possível.

    Formada em geografia, com mestrado em educação, concluindo doutorado em educação brasileira na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, Jane leciona, desde agosto, na Escola Municipal Jornalista Campos Ribeiro, também na capital fluminense.

    Fátima Schenini

  • Toda aula necessita de planejamento, que é ainda mais trabalhoso para o ensino a distância. De acordo com a professora Rosilâna Aparecida Dias, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, o curso a distância precisa ser meticulosamente planejado. É necessário estabelecer cronograma, escolher e preparar o material didático, selecionar as mídias a serem utilizadas e as estratégias didáticas que melhor atenderão os objetivos.

    Licenciada em matemática e bacharelada em informática, com mestrado em educação, Rosilâna está no magistério há 25 anos, sempre trabalhando com informática na educação. Ela convive com o ensino a distância desde 2005, após concluir curso de capacitação em docência na Universidade Metodista de São Paulo. Na UFJF, leciona a disciplina produção de material pedagógico, no curso de especialização em tecnologias de informação e comunicação no ensino fundamental. Também trabalha no Departamento de Políticas de Formação, da rede municipal, com cursos de formação continuada (presenciais e semipresenciais) na área de tecnologia na educação, e na Faculdade Metodista Granbery.

    Segundo Rosilâna, é importante que o professor de cursos a distância tenha familiaridade com o uso dos recursos mais modernos. “Embora a tecnologia não deva ser o centro do processo, é importante ressaltar que as relações na educação a distância são mediadas por instrumentos que vão do material impresso aos mais sofisticados dispositivos”, salienta. “Pode-se contar com todo o aparato tecnológico do tempo presente: os ambientes virtuais de aprendizagem e as ferramentas de comunicação viabilizadas pela interface web”, afirma.

    A professora enfatiza que o conceito de presença mudou, pois é possível agora conversar com o aluno que está a quilômetros de distância por meio de conferência web, por exemplo. Destaca, porém, a importância dos encontros presenciais, obrigatórios pela legislação. “Nada impede que um curso a distância promova encontros presenciais para seminários, defesa de trabalhos, apresentações culturais, além das avaliações”, diz. “Eles podem e devem fazer parte do planejamento.”

    Formação— Quanto à formação necessária ao professor, Rosilâna acredita que nada é o bastante. Para ela, o momento requer formação continuada. “Sempre temos algo a aprender para darmos conta de todos os avanços nas mais diversas áreas”, destaca. Ela explica que as instituições de ensino, públicas ou particulares, têm oferecido capacitação para o corpo docente e enfatiza a necessidade de o professor ser licenciado, quer atue de forma presencial ou a distância.

    Em março deste ano, Rosilâna lançou o livro Educação a Distância: da Legislação ao Pedagógico, em coautoria com a professora Lígia Silva Leite, orientadora de sua dissertação de mestrado.

    Fátima Schenini

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  • O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 25 de maio, a portaria que estabelece as diretrizes para o planejamento e operacionalização do Sistema Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2017. Entre as principais novidades estão a ampliação do conjunto de alunos, turmas e escolas avaliados e a possibilidade de adesão de escolas privadas.

    O Saeb, por meio da coleta de dados nos sistemas de ensino e escolas brasileiras, avalia a qualidade da educação nacional, oferecendo subsídios para a formulação, reformulação e monitoramento das políticas educacionais. Nesta edição, a população-alvo (conjunto de alunos, turmas e escolas que se pretende avaliar) é ampliada. 

    Não serão avaliadas pelo Saeb turmas multisseriadas, de correção de fluxo, de educação especial exclusiva, de Educação de Jovens e Adultos (EJA), de ensino médio normal/magistério, bem como as escolas indígenas que não ministrem o ensino em língua portuguesa. 

    Participação – Para participar do Saeb 2017, todas as escolas deverão realizar o correto preenchimento dos dados declarados ao Censo Escolar 2017, que serão coletados pelo Inep de 31 de maio a 31 de julho de 2017. Elas também precisam ter realizado o preenchimento do Censo da Educação Básica 2016.

     A participação no Saeb é obrigatória para as escolas públicas e facultativa para as escolas privadas. A partir desta edição, a inscrição no sistema permitirá o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) por escola. As escolas privadas de zonas urbanas e rurais que tenham pelo menos dez alunos matriculados na terceira ou na quarta série do ensino médio e quiserem ter seus resultados divulgados devem passar por uma segunda etapa de adesão.            

    Mais informações sobre a  edição de 2017 do Saeb estão disponíveis no Diário Oficial da União. 

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep. 

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