Portal do Governo Brasileiro
Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página
  • Em encontro com o vice-primeiro ministro da Coreia do Sul, Hwang Woo-yea, Janine Ribeiro foi presenteado com uma peça típica do país asiático (foto: Paula Filizola/MEC)“Com o [programa] Bolsa-Família, o Brasil foi capaz de reduzir a pobreza para 6%; o índice, hoje, é de cerca de 1%.” Com o exemplo do Brasil, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, pediu atenção aos países no esforço para a erradicação da pobreza. O chefe da deleção brasileira no Fórum Mundial de Educação, em Incheon, Coreia do Sul, fez pronunciamento durante a sessão plenária Educação 2030: a Agenda e as Ações Propostas.

    Na sessão, que contou com a presença de outros 23 ministros de diversos países, foram discutidas as propostas para a educação no futuro. Durante o dia, a delegação brasileira participou de painéis temáticos sobre os temas financiamento da educação básica, igualdade de gêneros e inovações na educação, entre outros.

    Intercâmbio — Assim como na terça-feira, 19, Brasil e Coreia do Sul reiteraram a intenção de reforçar o intercâmbio de estudantes entre os países. Em encontro bilateral, Janine Ribeiro e o vice-primeiro ministro sul-coreano, Hwang Woo-yea, discutiram formas de os professores das duas nações trocarem experiências.

    A gestão da educação sul-coreana foi lembrada por Janine Ribeiro como exemplo para o mundo. Depois que passou a investir fortemente na área, o país asiático superou as dificuldades do passado. À tarde, o ministro reuniu-se com o diretor da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Andreas Schleicher. Na segunda plenária do dia seria realizada exposição sobre os avanços na Coréia do Sul fomentados pelos investimentos em educação.

    Assessoria de Comunicação Social

    Leia também:
    Ministro participa de debates sobre educação na Coreia do Sul
    Ministro discute cooperação com reitor de instituição sul-coreana
    Ganhador do Nobel elogia Brasil por atenção à educação básica

  • Professores e profissionais da educação básica que atendem estudantes do Bolsa Família são o público alvo da especialização (Foto: Wanderley Pessoa/Arquivo MEC) Com 5.450 vagas, 15 universidades federais, das cinco regiões do país, estão com inscrições abertas para o curso de especialização em educação, pobreza e desigualdade social, modalidade a distância. A formação tem 360 horas, duração de 18 meses e será ministrada em polos das instituições.

    A especialização, a primeira com essa abordagem, é dirigida aos profissionais da educação básica pública que trabalham para atender estudantes do programa Bolsa Família – coordenadores estaduais e municipais, diretores, agentes educacionais e professores de escolas que já informam a frequência dos alunos no Sistema Presença, além de coordenadores estaduais de saúde e da assistência social, vinculados ao programa.

    Para concorrer à vaga, o candidato deve cumprir uma série de requisitos, entre os quais ter graduação, pertencer a um sistema público de educação ou da saúde há pelo menos um ano, estar envolvido com políticas sociais.

    Neste ano, conforme dados da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), 17,5 milhões de crianças, adolescentes e jovens de seis a 17 anos são atendidos pelo Bolsa Família, com a frequência escolar acompanhada pelas redes públicas e informada, a cada dois meses, aos ministérios da Educação e do Desenvolvimento Social.

    Para oferecer a especialização, as 15 universidades federais vão receber R$ 11,4 milhões do MEC. Os recursos serão transferidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A coordenação do programa é da Secadi.

    De acordo com a coordenadora geral de acompanhamento da frequência escolar de estudantes do Bolsa Família, Simone Medeiros, a especialização criada pelo MEC contempla formação continuada (especialização e extensão), pesquisa acadêmica – sobre as relações entre educação, pobreza e desigualdade social e a publicação de pesquisas e dos trabalhos de conclusão de curso produzidos durante a formação.

    No tópico pesquisa, segundo Simone Medeiros, os profissionais podem produzir mapas da pobreza nas escolas onde atuam trazendo detalhes como perfis do aluno e da família, infraestrutura da escola, currículo, projeto pedagógico.

    Curso– A especialização em educação, pobreza e desigualdade social está organizada em cinco módulos, que contemplam atividades de reflexão e prática, estudo e pesquisa, reflexão e ação. Das 360 horas da formação, 90% são a distância e 10% presenciais. Cada módulo será dedicado a um tema: pobreza, desigualdade e educação; pobreza e cidadania; pobreza, direitos humanos, justiça e educação; escola: espaços e tempos de reprodução e resistências da pobreza; pobreza e currículo: uma complexa articulação.

    A abordagem dos conteúdos terá 12 meses de duração e a produção do trabalho final do curso, seis meses.

    Universidades– Das 15 instituições de ensino superior que abrem cursos de especialização este ano, 12 oferecem 400 vagas: universidades federais do Rio Grande do Norte (UFRN), da Bahia (UFBA), do Pará (UFPA), do Maranhão (UFMA), do Ceará (UFC), do Amazonas (UFAM), do Espírito Santo (UFES), de Mato Grosso do Sul (UFMS), de Santa Catarina (UFSC), do Piauí (UFPI), de Tocantins (UFTO) e de Pernambuco (UFPE); as federais de Minas Gerais (UFMG) e de Roraima (UFRR) abrem 200 vagas; e a do Paraná (UFPR), 250 vagas. No conjunto, são 5.450 vagas.

    A Secadi recomenda aos interessados pelo curso que acessem o portal da universidade mais próxima para verificar o período de inscrições. A Universidade Federal de Santa Catarina, por exemplo, recebe inscrições até 3 de outubro.

    Oferta– Nos próximos dois anos, o número de universidades federais com oferta do curso sobe para 30. Elas vão oferecer a especialização de 360 horas e cursos de extensão, com, no mínimo, 60 horas. Os cursos de extensão podem abordar maior variedade de temas, tais como, trabalho infantil, gravidez na adolescência, uso de drogas.

    Ionice Lorenzoni

Fim do conteúdo da página