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  • O Ministério da Educação, em parceria com o Conselho Nacional de Educação (CNE), abriu, na manhã desta segunda-feira, 19, mais uma oportunidade para discutir a proposta de atualização da Política Nacional de Educação Especial. A audiência, realizada na sede do CNE, em Brasília, contou com a participação do ministro Rossieli Soares. A consulta pública poderá receber contribuições até a próxima sexta-feira, 23, pela internet, informou o secretário de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC, Júlio Cesar Meireles. O prazo, que se encerraria no dia 21, foi prorrogado por mais dois dias.  

    “Aqui temos mais uma oportunidade de debate, de contribuições e críticas”, explicou o ministro. “Isso é importante para que o documento tenha a maturidade necessária para buscarmos melhorar a educação especial. O que precisamos entender é que à frente de tudo deve estar o estudante; que cada vez mais coloquemos as condições para que os nossos alunos possam estar na escola e tenham esse direito garantido, com educação de qualidade.”

    Rossieli aproveitou a oportunidade para lembrar que, com a aprovação da política, o MEC pode aprofundar a necessidade de investimentos nessa área. “O Brasil precisa priorizar investimentos para que as escolas tenham as condições de atender a esse público, que é tão importante”, disse. “Esse é o grande desafio, e por isso é tão importante a atualização da nossa política, para que a gente possa colocar para a população. ”

    Diretrizes – Com a participação de técnicos do MEC, por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), de conselheiros do CNE, de membros da sociedade civil organizada, professores e pesquisadores da educação especial, o evento se destacou como espaço para receber contribuições da sociedade civil, com vistas à revisão, pelo CNE, das diretrizes nacionais para a educação especial.

    O texto em discussão é resultante de visitas técnicas realizadas nas cinco regiões brasileiras, estudos, levantamentos, debates, relatórios de consultorias e escutas de segmentos da sociedade interessados no assunto, como associações de estudantes da educação especial, familiares, educadores, pesquisadores e lideranças na área.

    O ministro Rossieli Soares destacou que a reunião é uma importante oportunidade para elaborar uma política voltada à educação especial (Foto: Mariana Leal/MEC)

    A primeira atualização ocorreu ainda em 2008, mas esta é a primeira vez que a política é atualizada com a participação da sociedade geral. “No PNE [Plano Nacional de Educação], uma lei importante para a educação brasileira, temos coisas importantes que precisam ser regulamentadas”, complementou Rossieli Soares. “Temos acordos e tratados que precisam ser atualizados na política nacional e, depois, deveremos avançar em mais detalhes sobre a forma de atuação que devemos ter, cada vez mais inclusiva com a educação especial.”

    Consulta – O documento encontra-se em consulta pública na internet e segue aberto para novas contribuições até a próxima sexta-feira, 23.  As informações colhidas serão acrescidas ao texto final, explica o titular da Secadi, Júlio Cesar Meireles.

    “Após a consulta, vamos aguardar a Universidade Federal de Alagoas, que fará o tratamento das informações; e, de posse desse retorno, a equipe técnica vai elaborar a versão final para encaminhar ao Conselho Nacional de Educação, que debaterá e deve transformar em resolução”, informa Meireles.

    Para o presidente do CNE, Luiz Roberto Liza Curi, as discussões têm avançado, respeitando o interesse coletivo. “Chegamos a um ponto maduro da discussão e hoje é um ponto decisivo para que o marco regulatório assuma um perfil, uma materialidade capaz de alcançar o interesse da sociedade brasileira no que diz respeito a educação especial”, concluiu.

    Depois de consolidado, o relatório será apreciado e, uma vez aprovado, segue para a homologação do MEC.

    Confira a proposta de atualização da Política Nacional de Educação Especial (disponível até sexta-feira, 23)

    Assessoria de Comunicação Social



  • O MEC lançou a Política Nacional de Formação de Professores nesta quarta-feira, 18. Inédita no país, a política, que demanda um investimento de aproximadamente R$ 2 bilhões, abrange desde a criação de uma Base Nacional Docente até a ampliação da qualidade e do acesso à formação inicial e continuada de professores da educação básica. Só no Programa de Residência Pedagógica, o MEC vai ofertar 80 mil vagas a partir do próximo ano.

    “A boa formação de professores é fundamental e tem um impacto direto dentro da sala de aula, principalmente, na questão da qualidade do ensino e do aprendizado das crianças e jovens nas escolas de educação básica do Brasil”, destaca o ministro da Educação, Mendonça Filho. “Um dos compromissos do MEC é valorizar o papel do professor e, ao mesmo tempo, iniciar essa valorização a partir da formação, com qualidade e reconhecimento. A residência pedagógica é um caminho que vai facilitar a amplitude do conhecimento prático profissional e a melhora da qualidade do ponto de vista de lecionar dentro da sala de aula”, completou.

    A Residência Pedagógica faz parte da modernização do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) e traz novidades, como a formação do estudante do curso de graduação, que terá estágio supervisionado, com ingresso a partir do terceiro ano da licenciatura, ao longo do curso, na escola de educação básica. O objetivo principal é a melhoria da qualidade da formação inicial e uma melhor avaliação dos futuros professores, que contarão com acompanhamento periódico. O programa tem como requisito a parceria com instituições formadoras e convênios com redes públicas de ensino.

    O ministro Mendonça Filho destacou que a nova política está em sintonia com o Novo Ensino Médio e a Base Nacional Comum Curricular (Foto: Walterson Rosa/MEC)

    Integração – A secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro, fez uma apresentação da nova política de formação e destacou a importância da qualidade do professor na melhoria do aprendizado. “Precisávamos de uma política nacional de formação de professores que fosse capaz de olhar não só para frente, mas também de melhorar os programas em andamento, buscando formas de integrá-lo, tendo em vista as mudanças na política educacional desde o início da atual gestão do ministro Mendonça Filho”, analisou, concluindo: “Pesquisas indicam que a qualidade do professor é o fator que mais influencia a melhoria do aprendizado. Isso significa que, independente das diferenças de renda, de classes sociais e das desigualdades existentes, a qualidade do professor é o que mais pode nos ajudar a melhorar a qualidade da educação”.

    Índices como o do último Censo da Educação, divulgado em 2016, demonstram que, dos 2.196.397 professores da educação básica do país, mais de 480 mil só possuem ensino médio e mais de 6 mil, apenas o ensino fundamental. Cerca de 95 mil têm formação superior, sem cursos de licenciatura. Apenas 1.606.889 possuem formação em licenciatura, porém, muitos desses não atuam em sua respectiva área de formação.

    Os princípios da Política Nacional de Formação de Professores consistem na maior colaboração entre União, redes de ensino e instituições formadoras; maior articulação entre teoria e prática em cursos de formação de professores e domínio sistêmico da BNCC, além de uma visão sistêmica e articulação entre instituições formadoras e escolas de educação básica. As mudanças partiram de um diagnóstico preocupante: desempenho insuficiente dos estudantes, baixa qualidade da formação inicial dos professores no país, um histórico de currículos extensos com ausência de atividades práticas e estágios curriculares sem planejamento e sem vinculação com as escolas.  

    Melhorias – Para a vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Maria Cecília Amendola, este é o primeiro passo para uma grande mudança na educação brasileira. “É um sonho de consumo dos gestores que tocam as redes de ensino”, declarou. “O professor sai da universidade e, quando entra na sala de aula, não sabe o que fazer. Tenho certeza que essa política vai, daqui a um tempo, refletir muito nos resultados dos estudantes das proficiências de português, de matemática e de todas as áreas do conhecimento. ”

    Marcelo Costa, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) da regional do Centro-Oeste, destaca o diálogo que essas instituições têm tido com o MEC. “Hoje conseguimos perceber a concretização desse diálogo, principalmente, no que diz respeito a residência pedagógica, que vai estreitar o diálogo entre as universidades e as redes de ensino municipais e estaduais”, explica. “A formação de professores – primeira e segunda licenciatura –  e a formação de gestores vai qualificar os profissionais que atuam na educação básica do país. Isso é muito importante. ”

    A Política Nacional de Formação de Professores também inclui a criação da Base Nacional de Formação Docente. Essa base, que vai nortear o currículo de formação de professores no país, terá em sua proposta a colaboração de estados, municípios, instituições formadoras e do Conselho Nacional de Educação (CNE). Além disso, o MEC abrirá uma consulta pública para ouvir opiniões de especialistas e educadores de todo o Brasil no início de 2018. 

    Flexibilização do ProUni – A Política Nacional de Formação de Professores vai flexibilizar as regras para bolsistas do Programa Universidade para Todos (ProUni) para o preenchimento de vagas ociosas. A partir do próximo ano, os professores que desejam fazer uma segunda formação em cursos de licenciatura poderão entrar no programa sem a comprovação de renda. O mesmo vai acontecer para o público geral interessado. Essa política de incentivo partiu do diagnóstico segundo o qual, das 56 mil bolsas para cursos de licenciatura, 20 mil estão ociosas. Para concorrer a uma dessas vagas, os interessados deverão participar de uma segunda chamada após a seleção regular.

    Formação continuada – A partir de 2018, o MEC também vai reservar 75% das vagas da Universidade Aberta do Brasil (UAB) para a formação de professores que cursem seu primeiro ou segundo curso de licenciatura. A estratégia faz parte da política de continuidade da retomada da UAB, que não ofertava vagas desde o ano de 2014 e que, só em 2017/2018, oferece 250 mil vagas. O objetivo é investir, ainda, na ampliação de cursos de mestrado profissionalizante, abrangendo todas as áreas e componentes curriculares da BNCC. Serão oferecidos mestrados profissionais para professores de educação básica, cursos de especialização e o aumento da cooperação internacional nessa formação. 

    >>Confira a apresentação Política Nacional de Formação de Professores

     

    Atualizada em 18/10/2017 - 17h45

    Assessoria de Comunicação Social

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