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  • Professores das três etapas da educação básica – educação infantil e ensinos fundamental e médio - têm prazo até o dia 30 deste mês para contar suas experiências e concorrer ao Prêmio Professores do Brasil 2009. Até esta segunda-feira, 21, o Ministério da Educação recebeu 1.057 inscrições.

    Para concorrer, os professores devem relatar projetos desenvolvidos ou em desenvolvimento, na sala de aula, de estímulo à permanência dos estudantes na escola, de fortalecimento das atividades coletivas e de melhoria do desempenho das escolas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

    No conjunto, o Prêmio Professores do Brasil vai distribuir R$ 200 mil para as 40 melhores experiências, o que significa R$ 5 mil em dinheiro para o professor; e R$ 80 mil em equipamentos audiovisuais ou multimídia para as escolas que desenvolveram os projetos premiados. Cada escola receberá R$ 2 mil. Além do reconhecimento, os vencedores participarão de um seminário promovido pelo Ministério da Educação, em Brasília, para apresentar os trabalhos e receber troféu e certificado.

    Para facilitar a inscrição, a Secretaria de Educação Básica criou um hotsite (minipágina eletrônica) onde professores e escolas encontram todas as informações, o formulário e um manual passo a passo. Depois de inscrito o projeto, o professor envia, pelos Correios, a comprovação da experiência, com fotos, vídeos ou ilustrações.

    O Prêmio Professores do Brasil é realizado pelo MEC, em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos dirigentes Municipais de Educação (Undime), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI). As fundações Bunge e SM e os institutos Pró-Livro e Votorantim são os patrocinadores.

    Ionice Lorenzoni

    Republicada com acréscimo de informações
  • Concorrem ao Prêmio Professores do Brasil deste ano 6.808 educadores que trabalham em redes públicas, filantrópica, comunitária e confessional da educação básica em 824 municípios. Eles representam os 26 estados e o Distrito Federal. A entrega do prêmio será em 11 de dezembro, em São Paulo.

    Para orientar os professores, o regulamento da oitava edição do prêmio definiu os temas em duas categorias. Temas livres, que abrange a educação infantil, anos iniciais do ensino fundamental, anos finais do ensino fundamental e ensino médio, e temas específicos – educação integral, ciências para os anos iniciais do ensino fundamental, alfabetização nos anos iniciais do ensino fundamental e educação digital articulada ao desenvolvimento do currículo.

    Dos 6.808 projetos concorrentes, uma comissão nacional de avaliação vai selecionar 40, sendo oito por região. O docente selecionado, independentemente da categoria, receberá R$ 6 mil, troféu e certificado. Os primeiros colocados nas quatro subcategorias de temas livres e nas quatro de temas específicos — ao todo, oito experiências — receberão adicional de R$ 5 mil. Os vencedores do prêmio extra serão conhecidos durante a cerimônia em São Paulo.

    Além do dinheiro, os premiados terão as passagens custeadas pelo Ministério da Educação para a viagem de ida e de volta a São Paulo, hospedagem e alimentação. Podem também participar dos programas Sala do Professor e Salto para o Futuro, da TV Escola. As experiências serão publicadas na rede social do prêmio e seus autores, convidados a produzir vídeo, de até três minutos, sobre o projeto. As escolas em que os profissionais lecionam receberão placa comemorativa da oitava edição.

    Dados da coordenação geral de tecnologias da educação básica do Ministério da Educação mostram que, em comparação com as edições anteriores, dobrou o número de inscritos neste ano, alcançando 6.808 experiências. Na primeira edição do prêmio, em 2005, foram registrados 1.131 projetos; em 2007, 1.564; em 2008, 779; em 2009, 2,1 mil; em 2011, 1.612; em 2012, 2.617; em 2013, 3.221.

    Ionice Lorenzoni

  • O Ministério da Educação prorrogou para 4 de setembro o período de inscrições para a décima edição do Prêmio Professores do Brasil. Com o novo prazo, professores da rede pública de educação básica terão mais tempo para inscrever práticas capazes de contribuir para a melhoria do ensino e aprendizagem em sala de aula. Os vencedores receberão viagens internacionais e premiação em dinheiro.

    O Prêmio Professores do Brasil tem o objetivo de reconhecer e divulgar o trabalho de docentes que contribuam para a melhoria da educação básica, valorizando e estimulando seu papel na formação das novas gerações. Ele se divide em seis categorias: educação infantil – creche, educação infantil; pré-escola; ensino fundamental – primeiro ao terceiro ano (ciclo de alfabetização); ensino fundamental – quarto ao quinto ano; ensino fundamental – sexto ao nono ano; e ensino médio. A premiação é feita em quatro etapas: estadual (162 vencedores), regional (30 vencedores), nacional (6 vencedores) e temática especial (até 14 vencedores).

    Prêmios – Os vencedores da etapa estadual ganharão placa em homenagem a seu desempenho e serão conhecidos no dia 13 de outubro. Na etapa regional, o prêmio é de R$ 7 mil, troféu, viagem apoiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para participação em programa de capacitação na Irlanda e equipamentos de informática com conteúdo educativo para as escolas. O resultado será divulgado em 31 de outubro.

    Aqueles que ganharem a etapa nacional receberão R$ 5 mil e troféu. Já a temática especial terá prêmios de acordo com cada uma das quatro áreas, além de oferecer participação nos programas Sala de Professor e Salto para o Futuro, da TV Escola, e publicação dos trabalhos.

    A cerimônia de premiação será no dia 6 de dezembro, na Praça das Artes, na cidade de São Paulo. Na mesma data serão conhecidos os vencedores nacionais desta edição.

    As inscrições devem ser feitas pela internet, na página eletrônica do prêmio.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Educadores que representam as cinco regiões do país, vencedores da oitava edição do Prêmio Professores do Brasil, vão receber os prêmios na próxima quinta-feira, 11, no Sesc Vila Mariana, na cidade de São Paulo. Promovido pelo Ministério da Educação, o prêmio reconhece e valoriza iniciativas de professores da educação básica pública. Neste ano concorreram 6.808 projetos.

    Cada um dos 39 docentes, independente da categoria, receberá R$ 6 mil em dinheiro, certificado e troféu. Os primeiros colocados nas quatro subcategorias de temas livres e nas quatro de temas específicos – ao todo, oito experiências – receberão um adicional de R$ 5 mil. Os escolhidos para o prêmio extra serão conhecidos durante a cerimônia.

    Os vencedores são de 18 unidades da Federação. Oito capitais, com 11 vencedores, estão representadas na oitava edição – Palmas, Campo Grande, Brasília, Belém, Teresina, São Paulo, Salvador e Macapá. Médias e pequenas cidades do interior respondem por 28 experiências vitoriosas.

    Roteiro – O programa da cerimônia de premiação começa nesta segunda-feira, 8, em São Paulo, com recepção e credenciamento dos professores. Na terça-feira, 9, os educadores vão conhecer cinco centros educacionais unificados (CEUs), que são complexos de educação integral pública, com espaços esportivos e culturais, construídos em regiões periféricas da cidade, para a formação de crianças, adolescentes, jovens e adultos.

    A visita será nos CEUs Casa Blanca (região de Campo Limpo, zona Sul), Jambeiro (Goianases, zona Leste), Vila Atlântica (Pirituba/Jaraguá), Jardim Paulistano (Freguesia do Ó, zonas Norte/Leste), e Aricanduva (Itaquera, zona Leste). Divididos em cinco grupos, os professores vão apresentar nos centros educacionais as práticas pedagógicas premiadas.

    Na quarta-feira, 10, os docentes farão um roteiro cultural por diversos pontos da cidade, entre os quais a Praça e a Catedral da Sé, o Pátio do Colégio, Centro Cultural Banco do Brasil, Largo do Café, Largo de São Bento, Viaduto Santa Efigênia, Vale do Anhangabaú, Estádio Ibirapuera, Avenida 23 de Maio.

    Na quinta-feira, 11, as atividades serão desenvolvidas no Sesc Vila Mariana. A abertura da solenidade de premiação será às 19h; às 20h, haverá show do cantor Zeca Baleiro; às 20h40 acontece a entrega dos prêmios, seguida de um coquetel. Na sexta-feira, 12, os professores têm a manhã livre e à tarde retornam para suas cidades.

    Ionice Lorenzoni

    Confira a relação dos premiados no portal da oitava edição do Prêmio Professores do Brasil

  • Será lançada nesta sexta-feira, 29, a Iniciativa Educadores do Brasil, que integra os Prêmios Gestão Escolar (PEG) e Professores do Brasil. As duas premiações objetivam dar visibilidade a experiências pedagógicas inovadoras, passíveis de adoção em escolas de todo o país. A cerimônia de lançamento acontecerá na Torre de TV, em Brasília, às 10h, com a presença do ministro da Educação, Renato Janine.

    A Iniciativa foi estabelecida pelo MEC, Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), visando ao avanço na qualificação do ensino. O foco é sobre a meta 17 do Plano Nacional de Educação (PNE) – valorização dos profissionais do magistério das redes públicas de educação básica – e na redefinição do papel do diretor a partir da disseminação de boas práticas de gestão.

    Concebido em 1998 pelo Consed, o Prêmio Gestão Escolar contempla projetos inovadores e gestões competentes na educação básica do ensino público e conta, em sua trajetória, com a participação de cerca de 34 mil escolas de todas as regiões do país. Já o Professores do Brasil, criado pelo MEC em 2005, objetiva reconhecer, premiar e divulgar o mérito de docentes das redes públicas de ensino, pela contribuição dada para a melhoria da qualidade.

    Os dois prêmios continuarão com funcionamento e procedimentos normais, mas agora com divulgação e abertura de inscrições (prevista para a segunda quinzena de junho) integradas, devido à similaridade das premiações, de acordo com o coordenador-geral de tecnologia da educação da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Joselino Goulart Jr.

    Segundo o Consed, a integração obedece à lógica de colaborar com a execução de no mínimo cinco metas do PNE, o que significa 25% do plano. “A intenção é unir esforços, avançar no rumo do estabelecimento de um sistema nacional de educação, respeitando-se cada ente federado, mas com organização baseada na cooperação federativa”, afirmou Fátima Gavioli, secretária-coordenadora do eixo Gestão Escolar e secretária de Estado de Rondônia.

    Ana Cláudia Salomão

  • O projeto desenvolvido no CMEI Colemar Natal e Silva também valoriza a inclusão de pessoas com deficiência, em parceria com a Apae (foto: acervo da professora Ângela Araújo)Professora no Centro Municipal de Educação Infantil Colemar Natal e Silva, em Goiânia, há cinco anos, Ângela de Lourdes Rezende e Araújo integra o grupo de vencedores da quinta edição do Prêmio Professores do Brasil. Ela concorreu com o projeto Brincadeiras de Crianças e Possibilidades de Integração com a Família. Desenvolvido inicialmente com 20 alunos da educação infantil, na faixa etária de cinco anos, o trabalho, voltado para o resgate de antigas brincadeiras, atraiu as famílias para a escola.

    Moradora de Hidrolândia, a 30 quilômetros da capital, Ângela leciona desde os 16 anos, quando concluiu o curso de nível médio de magistério. Naquela época, descobriu a paixão pelo ensino. Mesmo lecionando em escolas públicas, nas quais, às vezes, faltam recursos para efetivar determinadas propostas de trabalho, ela garante que o mais importante não lhe falta: “Entusiasmo, criatividade, predisposição interna para a mudança, bem como o desejo de cativar as crianças e criar propostas inovadoras, que tornem as aulas mais criativas e façam a diferença na vida dos educandos”.

    Formada em pedagogia, com especialização em planejamento educacional e psicopedagogia, ela acredita que o trabalho do educador produz a diferença quando ele gosta do que faz e busca uma formação continuada. “É preciso valorizar muito o professor”, salienta.

    Na opinião de Ângela, o magistério é uma profissão capaz de formar pessoas que veem e compreendem a realidade, atuando nessa realidade como elemento de mudança e transformação. “Enquanto educa, o professor forma mentalidades que podem exercer a cidadania e lutar por uma sociedade mais justa e igualitária”, ressalta.

    A professora revela que seu trabalho é todo subsidiado por projetos, originados principalmente dos interesses e necessidades do grupo de alunos. “Ao trabalhar com projetos, tornamos nosso currículo mais dinâmico, rico e significativo”, diz. Para ela, os projetos também permitem que a interdisciplinaridade ocorra de forma natural, além de instigar o interesse das crianças e o engajamento da família nas propostas de trabalho. Possibilitam ainda o entrelaçamento dos conhecimentos científicos e não científicos e permitem que as crianças se considerem integrantes do processo. “Aos poucos, elas vão se apropriando de nossa cultura e construindo seus conhecimentos”, enfatiza.

    Resgate— O projeto premiado resgatou brincadeiras do tempo em que os pais dos estudantes eram crianças, de modo a ampliar o repertório de atividades lúdicas no cotidiano dos alunos. Procurou, também, integrar o estudo da vida e da obra de Cândido Portinari (1903-1962), com suas brincadeiras populares infantis. Uma parceria com a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Goiânia valorizou a prática da inclusão. Outra preocupação do projeto foi a de desenvolver experiências significativas por meio de múltiplas linguagens para incentivar a interação entre as crianças e promover a aprendizagem.

    De acordo com Ângela, foi possível observar, na prática, que o resgate de brincadeiras mais antigas aproximou os pais da escola, abriu espaço para a criatividade e tornou as crianças mais amigas umas das outras. Contribuiu ainda para a valorização de brincadeiras que estavam esquecidas. “Notamos que o projeto permitiu uma prática mais reflexiva, que valorizou o conhecimento de mundo das crianças, de forma que esse conhecimento fosse vivido, sentido, percebido e explorado por meio de situações diversas”, argumenta a professora. Ela conclui que o trabalho permitiu o entrelaçamento entre o brincar, o cuidar e o educar, ao reconhecer a criança como sujeito de direitos com poder de imaginação, fantasia e criatividade. 

    Fátima Schenini

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  • O projeto Cafeteria Sabor Literário, mais do que um momento cultural, permite aos pais e à comunidade participar de um momento de confraternização na escola de Parnamirim (Foto: Arquivo da escola de Parnamirim)Nos Estados Unidos, na Europa e até em algumas capitais brasileiras é comum encontrar ambientes nos quais o público assiste a uma peça, a recitais de poesia e a apresentações de dança enquanto lancha ou toma um café. Pensando nisso, a professora Claudia Maria Gomes de Araújo decidiu criar um espaço diferente na Escola Presidente Roosevelt, em Parnamirim (RN). Lá, 1,4 mil alunos do ensino médio saem da sala de aula para oferecer cultura a pais, colegas e comunidade. O projeto Cafeteria Sabor Literário rendeu à professora uma recompensa na quarta edição do Prêmio Professores do Brasil.


    Claudia teve a inspiração após viagem a Campina Grande (PB). Ela conheceu o Café com Poesia, espaço no qual os clientes podem ler e acompanhar apresentações culturais. “Havia um salão pouco utilizado no colégio. Resolvi lançar o desafio, a mim e aos alunos, de transformá-lo em uma cafeteria durante uma semana inteira”, lembra.


    A proposta da professora era decorar o espaço, organizar apresentações de dança, teatro, canto e recitais para os convidados. Além disso, os estudantes deveriam elaborar cardápio, receitas, convites, lembranças e se revezar no trabalho de garçom. “É mais do que um momento cultural. Os pais e a comunidade participam em um momento de confraternização”, afirma Claudia.


    Os resultados, segundo a professora, impressionam. “Os alunos aprenderam que a leitura e a educação como um todo podem abrir caminhos. Eles não têm mais dificuldade com a leitura, despertam a criatividade, levam isso para outras disciplinas e ainda conquistam mais alunos para o projeto”, garante. A escola conta com mais de dois mil alunos nos três turnos. Este ano, participaram apenas os estudantes da manhã e da tarde. “Para o ano que vem, os estudantes do turno da noite pediram para ser incluídos.”


    Em 25 anos de magistério, ela afirma estar realizada. “Com todo esse tempo de trabalho, eu poderia estar acomodada. Mas minha realização é a sala de aula, que os alunos reconheçam minha importância como educadora e a importância da educação.”


    Inclusão — No interior do Paraná, a professora Bernardete Terezinha Costa decidiu promover a inclusão digital na escola de ensino médio Casa Familiar Rural de Pato Branco. Com o trabalho As Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação do Campo, ela foi uma das ganhadoras do Prêmio Professores do Brasil e ajudou 60 alunos da escola, filhos de produtores rurais, a aprender a usar a tecnologia na educação e no campo.


    Professora da área de humanas, Bernardete decidiu pôr em prática os conteúdos trabalhados em sala com auxílio de computadores e televisão. “Escolhemos um tema — no caso, a horticultura — e o trabalhamos em 11 etapas, que envolvem desde a teoria até a prática em casa”, explica. Os estudantes discutem o tema, estudam a teoria, usam laboratórios de informática para pesquisa e avaliação de resultados, assistem a vídeos com orientações e casos bem-sucedidos, visitam plantações, redigem textos sobre o assunto, fazem cálculos e criam uma horta.


    “Para o aluno do campo, ter acesso a essas tecnologias é mais difícil. Mas esse aprendizado os leva a mais do que bons resultados na plantação”, diz a professora. “Eles praticam o respeito mútuo, o trabalho compartilhado e aproximam-se de suas famílias, que vão querer, como produtoras, aprender mais sobre o tema com os próprios filhos.”


    Bernardete avalia que ficou mais fácil ensinar com o uso das tecnologias de informação. Para ela, os estudantes de 13 a 18 anos podem se tornar mais participativos na vida e no trabalho das famílias e na economia da região. A professora avalia o prêmio como um reconhecimento de seu esforço, mas acredita que o maior ganho é o aprendizado por parte dos alunos.

    Rafania Almeida


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  • Na escola Ruth de Almeida, em Macapá, os jogos são usados para motivar os estudantes e ajudá-los na fixação do conteúdo das aulas de matemática (Foto: Arquivo da escola)Por inspiração do marido, carteiro no município de Bariri, São Paulo, a professora Meire Canal criou o projeto De Carta em Carta, Encontrando o Caminho. Os alunos de Meire, professora de língua portuguesa na Escola Estadual Professora Ephigênia Cardoso Machado Fortunato, trocam correspondência com estudantes do país. Com o clube de correspondência, que funciona desde 2005, a professora foi, em 2009, uma das ganhadoras da quarta edição do Prêmio Professores do Brasil.


    Meire foi premiada por promover a troca de cartas de seus alunos do oitavo e do nono anos do ensino fundamental com estudantes da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Ela conta, com entusiasmo, que a idéia de trocar cartas com crianças da Apae foi dos próprios alunos, que conheceram os futuros correspondentes durante jogo de futebol organizado pela escola. Segundo Meire, o desenvolvimento do projeto atraiu os alunos para os estudos e os tornou mais sensíveis. “Hoje em dia, eles veem as pessoas com necessidades especiais de outra maneira.”


    O assunto abordado na correspondência é livre, o que estimula a curiosidade e o aprendizado. Com base nos textos dos alunos, a professora monta as aulas de português. “Assim, as crianças têm mais vontade de aprender.”


    Meire admite ter encontrado dificuldades para desenvolver o projeto e falta de apoio, mas a premiação a motivou. “Essa avaliação significa que estou no caminho certo. É muito bom ter o reconhecimento por aquilo que fazemos.”


    Matemática — Com o projeto A Contribuição dos Jogos no Ensino da Matemática, também voltado para alunos que estão terminando o ensino fundamental, a professora Íris Maciel, de Macapá, Amapá, inovou no ensino da matemática na Escola Estadual Ruth de Almeida. “Além de estimular a imaginação e a interação, os jogos facilitam a compreensão da matéria”, justifica.


    De acordo com o projeto, os próprios alunos confeccionam os jogos, que abordam conteúdos como números decimais e as quatro operações fundamentais — adição, subtração, multiplicação e divisão. “Desse jeito, eles podem fixar melhor o que aprendem”, destaca Íris.

    Assessoria de Imprensa da Seed

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  • Teve início nesta quinta-feira, 26, o período de inscrições para a 11ª edição do Prêmio Professores do Brasil. Podem participar professores da educação básica da rede pública de todo o país. A premiação será em agosto e os interessados podem se inscrever até 28 de maio, pela internet. O prêmio é uma iniciativa do Ministério da Educação com instituições parceiras e busca reconhecer, divulgar e premiar o trabalho de professores de escolas públicas que contribuem para a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem desenvolvidos nas salas de aula.

    O Professores do Brasil também tem como objetivos o estímulo à participação dos professores como sujeitos ativos na implementação do Plano Nacional de Educação e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), dar visibilidade às boas experiências pedagógicas conduzidas pelos professores, além de oferecer uma reflexão sobre a prática pedagógica e orientar a sistematização de experiências educacionais.

    “O prêmio busca reconhecer o trabalho de todos os professores da educação básica do Brasil. A nossa expectativa é que nessa 11ª edição tenhamos um grande número de pessoas participantes”, afirma o coordenador-geral de apoio a certames e programas especiais do MEC, Joselino Goulart Junior.

    Durante a inscrição, os professores devem enviar um relato da prática pedagógica desenvolvida com seus alunos. O prêmio é dividido em três etapas: estadual, regional e nacional. Os participantes vão concorrer nas categorias educação/creche, educação infantil/pré-escola, anos iniciais do ensino fundamental/1º, 2º e 3º anos, anos iniciais do ensino fundamental/4º e 5º anos, anos finais do ensino fundamental/6º ao 9º ano e ensino médio.

    Categorias – Na etapa estadual os três primeiros colocados em cada categoria recebem certificado e o vencedor, um troféu. Na regional, são R$ 7 mil, mais troféu e viagem oferecida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Na categoria nacional são mais R$ 5 mil e troféu.

    Além dessas, os professores podem concorrer em uma das cinco categorias nas temáticas especiais: o esporte como estratégia de aprendizagem, uso de tecnologias de informação e comunicação no processo de inovação educacional, boas práticas no uso de linguagens de mídia para as diferentes áreas do conhecimento no ensino fundamental e médio, práticas inovadoras de educação científica, e educação empreendedora. A premiação para as temáticas especiais inclui R$ 5 mil para os professores vencedores ou as escolas, viagens e participação na programação da TV Escola.

    Cerimônia – Neste ano a cerimônia de premiação será antecipada para agosto – tradicionalmente ocorria em dezembro. Com a mudança, será possível ao MEC apoiar os professores para participar de premiações internacionais. O resultado das categorias estadual, regional e temática especial serão divulgados em julho.

    “A gente pede que os professores evitem deixar as inscrições para os últimos dias para evitar transtornos de dificuldades de acesso”, recomenda o coordenador-geral de apoio a certames e programas especiais do MEC, Joselino Goulart Junior. Quando o professor se inscreve, ele também pode realizar curso online, disponível no próprio sistema de inscrição, com orientações para registrar sua experiência pedagógica. Adicionalmente, todos os professores que concluírem sua inscrição terão direito a realizar dois cursos online oferecidos por parceiro desta edição.

    As inscrições podem ser feitas na página do prêmio.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Ministério da Educação entregou na noite desta quinta-feira, 11, em São Paulo, o 8º Prêmio Professores do Brasil a 39 educadores das cinco regiões do país. O prêmio reconhece e valoriza iniciativas de professores da educação básica pública. Nesta edição, foram apresentados 6.808 projetos, de mais de 2 mil municípios.

    A cerimônia foi realizada no Sesc Vila Mariana, na capital paulista, com a participação do ministro da Educação, Henrique Paim, e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

    De acordo com o ministro, o prêmio é um dos principais eventos do ano na área da educação, por apresentar os projetos dos professores com foco na formação dos alunos. “Sem dúvida, é o principal evento do Ministério da Educação durante o ano, pois acreditamos que a premiação do professor é o reconhecimento ao trabalho que ele faz, fundamental para que tenhamos no país uma educação cada vez melhor”, disse. “Na valorização, estamos falando de remuneração, carreira docente e formação de professores, compromisso que tem de ser assumido para que possamos melhorar a educação do país.”

    O prefeito Fernando Haddad destacou que a valorização dos professores faz parte do Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado este ano pelo Congresso Nacional. “Neste PNE, temos metas de formação, mestrado, doutorado, especialização”, ressaltou. “E uma segunda meta, tão importante quanto a primeira, voltada para a remuneração.”

    Os vencedores provêm de 18 unidades da Federação. Oito capitais, com 11 vencedores, estão representadas na oitava edição — Palmas, Campo Grande, Brasília, Belém, Teresina, São Paulo, Salvador e Macapá. Médias e pequenas cidades do interior respondem por 28 experiências vitoriosas.

    O Prêmio Professores do Brasil é uma iniciativa do Ministério da Educação, sob a responsabilidade da Secretaria de Educação Básica (SEB) e de instituições parceiras. Instituído em 2005, o prêmio reconhece, premia e divulga o mérito de professores das redes públicas de ensino pela contribuição dada para a melhoria da qualidade da educação básica. Para tanto, são avaliadas as experiências pedagógicas bem–sucedidas e inovadoras.

    Extra– São de São Paulo, Ceará, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Pernambuco, Paraíba e Sergipe os oito vencedores do prêmio extra do Professores do Brasil. Cada educador recebeu um adicional de R$ 5 mil, em dinheiro. Os vencedores são os seguintes:

    Educação infantil – O vencedor foi Maurício Barbosa de Lima, da Creche Municipal Pequeno Príncipe, de Cabedelo (PB), com a experiência Jogos corporais na educação infantil: preenchendo o espaço com movimentos criativos.

    Anos iniciais do ensino fundamental
    – Lúcia Helena Holanda Silveira, da Escola de Ensino Fundamental Dulcinéia Gomes Diniz, de Itaiçaba (CE), com o Projeto Bom de Letra.

    Anos finais do ensino fundamental – Gina Vieira Ponte de Albuquerque, do Centro de Ensino Fundamental 12 de Ceilândia (DF), com o Projeto Mulheres inspiradoras.

    Ensino médio– Jayse Antonio da Silva Ferreira, da Escola Estadual de Referência em Ensino Médio Frei Orlando, de Itambé (PE), com a experiência Eu sou uma obra de arte: etnias do mundo.

    Ciências para os anos iniciais do ensino fundamental
    – Josemar Aparecida Santos da Rosa, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Genuíno Sampaio, de Campo Bom (RS), com Toldo bloqueador do sol/conforto térmico e sustentabilidade.

    Alfabetização nos anos iniciais do ensino fundamental – Rosângela de Fátima Torres Giampietro, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Anaclato Campanella, de São Caetano do Sul (SP), com o projeto 2013 – ano internacional para a cooperação pela água: consumismo = desperdício. Por que desperdiçar se podemos economizar?

    Educação integral e integrada
    – Felipe Rodrigues Pius, da Escola estadual doutor Celso Gama, de Santo André (SP), com o projeto Revista Diário da Sexualidade.

    Educação digital articulada ao desenvolvimento do currículo
    – Maria de Nazaré Sousa Freires, da Escola de Ensino Fundamental José Juca, de Quixadá (CE), com Plugando na informação, construindo conhecimento.

    Assessoria de Comunicação Social

    Matéria republicada com acréscimo de informações

  • Os professores premiados desenvolvem experiências que tornam mais fácil e prazeroso o aprendizado (Foto: João Neto/MEC)Professores da rede pública de todo o país estiveram em Brasília, nesta quinta-feira, 12, para participar da sétima edição do Prêmio Professores do Brasil. Foram mais de 3 mil projetos inscritos, e 40 docentes receberam premiações pelas melhores experiências pedagógicas, em duas categorias com oito subcategorias. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, acompanhou a cerimônia, junto com o secretário de educação básica do MEC, Romeu Caputo.

    Mercadante parabenizou os premiados e agradeceu a todos os professores brasileiros pela dedicação em sala de aula. “O professor é o mediador do conhecimento e nas escolas os alunos aprendem a voar. O espaço da sala de aula pode ser um espaço de criatividade”, pontuou. “Os professores brasileiros são construtores de sonhos. É muito importante mostrar esses exemplos, para que eles continuem fazendo esse trabalho tão decisivo, que é formar as crianças e jovens”, completou.

    O concurso consiste na seleção e premiação das melhores experiências pedagógicas desenvolvidas ou em desenvolvimento por professores das escolas públicas, em todas as etapas da educação básica e que, comprovadamente, tenham sido ou estejam sendo exitosas no enfrentamento de situações-problema. Os autores das experiências selecionadas pela Comissão Julgadora Nacional receberam a importância de R$ 6 mil, além de troféus e certificados. Este ano, a organização do evento ainda premiou um professor em cada uma das oito subcategorias com um prêmio extra de R$ 5 mil.

    O prêmio Professores do Brasil é organizado em duas categorias. A primeira, Temas Livres, premiou cinco professores em cada uma das subcategorias, sendo um por região geográfica do país. Abrange as subcategorias: educação infantil; séries ou anos iniciais do ensino fundamental; séries ou anos finais do ensino fundamental; ensino médio. A segunda categoria, Temas Específicos, abrange as subcategorias: educação integral e integrada; ciências para os anos iniciais; alfabetização nos anos iniciais do ensino fundamental; e educação digital articulada ao desenvolvimento do currículo.

    O professor Wanderley Campos, de Rondônia, desenvolve um projeto de alfabetização baseado na leitura de jornais (Foto: João Neto/MEC) Experiências –Uma das vencedoras na categoria ciências para os anos iniciais, Margarete Marcia Plebani Rosa, 42 anos, de Jaguará do Sul, Santa Catarina, desenvolveu um projeto multidisciplinar para crianças de seis a sete anos. A professora alfabetizadora disse que a melhor parte da experiência foi a descoberta dos alunos e o interesse deles. “Após 25 anos de magistério, faço tudo como se tivesse começado hoje. É muito bom ver os alunos te desafiando para pesquisar mais. Há uma troca”, ressaltou ela. A proposta era ampliar os conhecimentos na área de ciências. Para isso, os alunos tinham que acessar o site do zoológico de Pomerode, cidade vizinha a Jaguará. “Eles avançaram na escrita, nos conhecimentos sobre os animais. Descobriram muitas coisas”, concluiu Margarete.

    Já Wanderley Ricardo Campos, 29 anos, de Vilhena, Rondônia, recebeu um dos prêmios na categoria alfabetização para os anos iniciais. Ele desenvolveu um projeto com seus alunos de seis e sete anos com base nos classificados disponíveis nos jornais. Três vezes por semana, os estudantes faziam a leitura do jornal, escolhiam um objeto e o anunciavam nos classificados criados na sala de aula. Ao final do projeto, os alunos fizeram um quadro de tampinhas de garrafas pet para vender nos classificados do jornal local.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Oficializado como feriado escolar pelo Decreto Federal Nº 52.682/63, o Dia do Professor é comemorado anualmente no país no dia 15 de outubro. “Uma educação pública de qualidade passa necessariamente pela valorização dos professores”, avalia o ministro da Educação, Mendonça Filho, ao defender a importância de estimular o professor nessa nobre missão de ensinar.

    “Vamos ampliar a formação do professor com programas melhor formatados e apoio aos programas já existentes”, garante o ministro. Além disso, ele destaca a criação de oportunidades para atrair jovens para cursos de formação de professores e o acesso à formação continuada. Para Mendonça, as festividades realizadas nas instituições de ensino, envolvendo pais e alunos, promovem e reforçam a função de mestre que o professor tem na sociedade moderna.

    “Quando falamos em educação básica precisamos dos prefeitos e governadores, dos secretários estaduais e municipais de educação e dos coordenadores, para mobilizar ao máximo os professores do Brasil em favor de uma educação pública de boa qualidade”, explica Mendonça Filho, que vê o professor como peça chave para a construção de uma educação de qualidade e avançada.

    Premiados – O MEC conta com o Prêmio Professores do Brasil. O objetivo é reconhecer e premiar experiências pedagógicas que melhoram o processo de ensino e aprendizagem nas salas de aula.

     “Esses prêmios são mecanismos não só de valorização do professor e do gestor, mas também das melhores práticas a serem difundidas”, explica o coordenador de certames e projetos da Secretaria de Educação Básica (SEB), Joselino Goulart Junior. De acordo com Joselino, a intenção é que a experiência chegue ao conhecimento de outros professores, para que eles possam replicá-las em outros ambientes.

    Um exemplo na prática é o trabalho que o professor Ivan Nunes Gonçalves desenvolve no município de Arrio do Meio, no Rio Grande do Sul. Professor há mais de trinta anos, atua há dez com projetos interdisciplinares e acredita no trabalho envolvendo toda a escola. “Quando se faz com paixão, as coisas ficam mais fáceis. Trabalhando em grupo e com projetos a gente vem tendo bons resultados.”

    O professor já ganhou três vezes o Prêmio Professores do Brasil. Em 2011 com um projeto de reciclagem de lixo, em 2012 com uma iniciativa sobre alimentação saudável e em 2015 com o projeto Matematicando, Tô Ligado! A proposta foi construir jogos e brinquedos com conteúdos matemáticos, mas envolvendo as outras disciplinas.

    O resultado foi uma feira interativa com a comunidade e a aprovação de muitos alunos. “Em termos de conteúdo e aprovação a experiência foi fantástica, chegamos quase a 100% de aprovação na escola, que tinha índices de 30% a 20%”, conta Ivan, ao falar dos alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental da Escola Estadual Ministro Francisco Brochado da Rocha.

    No ano passado, pela primeira vez, o Prêmio Professores do Brasil foi realizado em conjunto com o prêmio Gestão Escolar, uma iniciativa que deu origem ao projeto Educadores do Brasil. Para participar, em ambos os casos, é preciso enviar ao MEC o relato sobre o projeto do professor ou da escola, de acordo com o regulamento de cada prêmio. A próxima edição ainda está em processo de elaboração.

    Assessoria de Comunicação Social


  • Uma turma do ensino fundamental com baixo rendimento no processo de alfabetização e grande demonstração de indisciplina é um desafio e tanto para qualquer professor. Para a professora Fernanda Nicolau Nogueira, de Rondônia, no entanto, esta foi a chance de praticar a criatividade e inovar nos métodos de ensino e aprendizagem. Tanto que a ideia lhe rendeu, em 2017, o Prêmio Professores do Brasil na categoria anos iniciais, do ensino fundamental. Essa história será contada na edição desta sexta-feira, 22, do programa
    Trilhas da Educação, transmitido pela Rádio MEC.

    Em 2016, a turma do quarto ano fundamental da escola estadual Nilson Silva, situada em um dos bairros periféricos da cidade de Rolim de Moura, preocupava os educadores. Dos 26 alunos da sala, 14 apresentavam sérias dificuldades para ler, escrever ou compreender textos simples, comuns a este nível de ensino. Na disciplina de matemática, o desempenho era igualmente abaixo do esperado e boa parte da turma só sabia resolver operações simples de soma e subtração.

    Fernanda conta que captar a atenção das crianças foi o primeiro desafio. “Era uma turma que tinha dificuldade para permanecer sentada, se organizar para não conversar na hora da atividade, gostava muito de ficar pelo pátio, pedindo para sair a toda hora”, lembra. Nessas circunstâncias, nasceu o projeto Ler, escrever... crescer!. Ela apostou em aulas temáticas, lúdicas, que trouxessem os estudantes para dentro do conteúdo previsto. Aulas de reforço escolar também foram colocadas em prática para aqueles com maior dificuldade.

     “Eu planejava, diariamente, várias atividades diferentes dentro de um mesmo tema, independente da disciplina que eu fosse trabalhar. As atividades daqueles que já estavam alfabetizados eram sempre mais desafiadoras, porque eles também tinham que ser atendidos e continuar progredindo”, explica Fernanda.

    Para melhorar a escrita e leitura dos alunos, a professora abordou os gêneros textuais de uma maneira criativa, promovendo atividades diferentes daquelas que vinham sendo trabalhadas no dia a dia da escola. As iniciativas implementadas surtiram efeito e movimentaram todo o grupo.

    O trabalho da professora Fernanda Nicolau Nogueira estimulou os alunos a manter a atenção durante as aulas, melhorando consideravelmente o desempenho (Arte: ACS/MEC)

    “Nós construímos brinquedos com material reutilizável que foram entregues para crianças de outros bairros ainda mais carentes que o nosso. Filmamos um programa de culinária, quando nós trabalhamos receita, e um telejornal, fruto da atividade de trabalhar notícia e reportagem. Também fizemos teatro, sarau de poesia e produzimos muito material escrito”, conta a professora. A estratégia foi, aos poucos, despertando nos alunos o interesse por outros espaços da escola, como a biblioteca. Era a resposta que ela recebia por entrar fundo na leitura e aproximá-los dos livros.

    Fernanda revela que o local recebeu inúmeras visitas dos estudantes, tornando-se uma extensão da sala de aula. Neste processo de adaptação, a leitura foi adequada de maneira pausada aos alunos, com desafios, por exemplo, para encontrar títulos de livros e autores, personagens, cenário, tempo da obra, desenvolvimento, enredo e a solução dada ao problema, bem como o desfecho das histórias.

    Confiança – Todo o trabalho desenvolvido conduziu a turma, avalia Fernanda, a um processo natural de mais confiança e acolhimento em sala de aula. Não demorou muito para que até mesmo os pais dos alunos percebessem a mudança nos próprios filhos. “Eu ouvi muitas frases como ‘Olha, professora, eu não sei o que a senhora fez, mas o meu filho não queria vir para a escola e hoje ele não falta nem que esteja chovendo, que esteja frio. A escola é a vida dele’”, diz.

    Na análise de Fernanda, foi preciso fazer com que eles gostassem de estar na escola, criar um ambiente atrativo, favorável ao aprendizado, onde não se perdesse a magia de ser criança. Ao final do ano letivo veio a recompensa: os alunos da turma da professora se destacaram na instituição de ensino, apresentando uma evolução gradativa das notas e demonstrando ter superado as adversidades enfrentadas ao longo do trabalho proposto.

    “A minha turma foi a única da mesma série em que não havia nenhum aluno abaixo da média esperada dentro da avaliação diagnóstica inicial de 2017. Para mim, isso foi uma prova concreta de que o projeto deu certo, que valeu a pena todo esforço e sacrifício”, atesta a professora. O resultado a motivou para que a proposta tivesse continuidade dentro da escola e, atualmente, a mesma abordagem vem sendo aplicada em outra turma do quarto ano do ensino fundamental que registra problemas semelhantes de aprendizado.

    Premiação – Após o sucesso na escola, Fernanda espera que a didática também possa ajudar professores e alunos de outras regiões do Brasil que hoje conhecem o projeto Ler, escrever... crescer!, após ele ser um dos vencedores do Prêmio Professores do Brasil, cuja proposta é reconhecer, divulgar e premiar o trabalho de professores de escolas públicas que contribuem de forma significativa para a melhoria dos métodos de ensino e aprendizagem desenvolvidos nas salas de aula. “Eu me sentirei lisonjeada e muito grata se souber que, de alguma maneira, pude contribuir para o bem das nossas crianças, em nível nacional. Acho que é a maior recompensa que um professor pode receber”, completa Fernanda.

    O projeto da professora Fernanda Nicolau Nogueira pode ser conhecido na página oficial do Prêmio Professores do Brasil. Na mesma página é possível fazer as inscrições para a edição 2018, até 28 deste mês. Iniciativa do Ministério da Educação, com apoio de instituições parceiras, o concurso vai distribuir, este ano, R$ 305 mil aos vencedores, além de viagens educativas pelo Brasil e exterior e placas para as escolas das experiências selecionadas. Os vencedores nacionais serão conhecidos em 29 de novembro, no Rio de Janeiro.

    Conheça mais do projeto na página oficial do Prêmio Professores do Brasil

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Para incentivar a leitura e a escrita de alunos, Raquel Zandonadi, professora de Língua Portuguesa, desenvolveu o projeto “Minhas memórias”. A iniciativa é uma das seis melhores da 11ª edição do Prêmio Professores do Brasil de 2018.

    A ideia da professora foi incentivar os jovens do 8º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Sebastião Tavares de Oliveira, de Praia Grande, São Paulo, a produzirem uma autobiografia.

    “Desde o começo de minha vida como docente, percebi que precisava envolver os alunos com alguma atividade de prática de leitura e escrita. A ideia foi fazer com que eles participassem da aula enquanto sujeitos, não apenas como alunos”, explicou Raquel.

    De acordo com a docente, foi dessa experiência que surgiu a autobiografia. “Não era apenas uma produção textual, era algo que poderia virar um livro de memórias, desenvolvido em vários capítulos, durante todo o ano letivo”, conta. A proposta não só deu certo como envolveu e conquistou quatro turmas, gerando 130 livros impressos. A escrita de cada livro foi feita aos poucos, por meio de capítulos”, completou.

    “No capítulo I, eles se apresentam, contam quem eles são, o nome, a história do nome e suas características. No segundo capítulo, contam sobre o nascimento, como foi a data, um pouco antes quando a mãe estava grávida, e um pouquinho depois, quando eram bebês”, contou.

    A autobiografia de cada aluno consistia em oito capítulos. O terceiro foi o mais lúdico deles, pois tratava da infância. “Eles contaram quem foram seus melhores amigos, falaram sobre as brincadeiras e até mesmo travessuras”, lembrou a professora. Os quarto e quinto capítulos versaram sobre as famílias. Nas duas últimas seções da autobiografia, os alunos precisaram da ajuda do professor de História e trabalharam a imaginação.

    “No sétimo capítulo, eles pesquisaram vários fatos históricos que aconteceram durante a trajetória de vida. Já o oitavo é o poético, feito em forma de poema, falando sobre o futuro, ou seja, uma projeção do que eles querem nos próximos anos”, contou Raquel.

    Ganhos – Para a professora, o projeto foi importante também para o autoconhecimento dos estudantes. “Percebi que quando você quebra essa barreira da escrita, eles [alunos] escrevem com prazer. Eles evoluíram de um texto mais rudimentar para um texto mais literário. Conseguiram habilidades escritoras consistentes”, ressaltou.

    Inscrições – Os professores de escolas públicas da educação básica têm até 31 de maio para se inscrever no prêmio, que está na 12ª edição. É necessário enviar um relatório de alguma prática pedagógica desenvolvida com os alunos.

    Acesse a página de inscrição do prêmio

    Veja o relato de Raquel Zandonadi

    Assessoria de comunicação social

  • Projeto desenvolvido na escola de Curitiba ajuda as crianças a descobrir seus pontos positivos, limitações e preferências, a se autorrespeitar e, por consequência, aos colegas (foto: arquivo da escola)A professora Marta de Moura Nunes Dias, da Escola Municipal Professora Maria Ienkot Zeglin, em Curitiba, é uma entusiasta do uso de projetos em sala de aula. Principalmente pela possibilidade que eles oferecem de integrar diversos conteúdos em atividades apreciadas pelas crianças e que contribuem para a formação do caráter. Com graduação em curso normal superior e pós-graduação em educação infantil, Marta trabalha na rede pública de ensino de Curitiba desde 1999; na escola atual, desde 2007.

    Com o projeto Eu Sei Quem Eu Sou, de Onde Eu Venho, para Onde Eu Vou, um dos ganhadores da quinta edição do Prêmio Professores do Brasil, Marta quis proporcionar o autoconhecimento a cada criança de sua turma de educação infantil. Uma forma de elas descobrirem seus pontos positivos, limitações e preferências. Segundo a professora, quando uma pessoa se conhece, passa a respeitar melhor a si mesma e, por consequência, o outro. Ao mesmo tempo, não se deixa explorar, pois sabe até onde vão seus direitos.

    Iniciado no primeiro semestre de 2010, apenas com os alunos de Marta, o projeto logo ampliou o atendimento a outras duas turmas, num total de 70 alunos na faixa etária de 4 a 5 anos. Uma câmera fotográfica ficou à disposição das crianças para ser usada tanto nas atividades realizadas na sala de aula quanto em casa.

    Na primeira das três partes do projeto, cada aluno teve a oportunidade de ouvir da família informações sobre seu nascimento, como foi importante e a história de seu nome. Ainda nessa etapa inicial, participou de várias atividades a fim de compartilhar as preferências com os colegas. Ao mesmo tempo, pode refletir sobre si mesmo, seus brinquedos preferidos, comidas prediletas, de forma a ampliar o conhecimento sobre o próprio corpo, desde o número do calçado até a altura. Em cada atividade, comparava as diferenças, buscava explicações próprias para as preferências e aprendia a valorizar a si mesmo, do jeito que é.

    Na segunda etapa, relativa à família, cada um teve a oportunidade de apresentar os familiares aos colegas, por meio de fotografias. “Ao final, todos puderam perceber que, independentemente da diversidade, todas as famílias são importantes”, explica Marta. As crianças aprenderam a respeitar as diversas estruturas familiares por meio da análise e do conhecimento.

    Na terceira e última etapa, foi abordado o lugar de moradia — casa, nome da rua, endereço em si —, com ênfase para o fato de que cada um tem seu espaço, independentemente de ser maior ou menor. “Não importa a diferença: cada um deve valorizar o que possui e respeitar a forma de vida do outro”, salienta a professora. No final, trabalhos foram expostos no saguão da escola para que os alunos participantes do projeto compartilhassem com os demais colegas o que tinham aprendido.

    De acordo com Marta, a maioria dos estudantes continuou na escola em 2011 e ainda comentava sobre o que aprendeu no ano passado. “Eles valorizam sua história e, ainda que tenham pequenos conflitos em relação à identidade, já conseguem sobrepor a isso a autovalorização e também a valorização dos colegas”, destaca a professora.

    Fátima Schenini


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  • Estão abertas, até 15 de setembro, as inscrições para o Prêmio Professores do Brasil, promovido pelo Ministério da Educação. A quinta edição vai selecionar até 40 experiências concluídas ou em execução, sendo oito por região do país. Os autores dos trabalhos receberão R$ 5 mil em dinheiro, troféus e certificados.

    Para concorrer, os educadores devem relatar projetos desenvolvidos ou em desenvolvimento, com resultados comprovados no ano letivo de 2010, que atendam aos objetivos do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em 2007.

    As experiências, conforme o regulamento da quinta edição do prêmio, devem estar relacionadas a uma ou várias das seguintes ações: promover a permanência, o sucesso escolar, a redução da repetência, do abandono e evasão de estudantes da educação básica; aumentar a participação da família na escola, a inserção da escola na comunidade, a inclusão educacional social, racial, digital; trabalhar para a formação ética, artística e cidadã dos alunos.

    Podem candidatar-se professores da educação básica em exercício da atividade docente em escolas públicas e de instituições educacionais comunitárias, filantrópicas e confessionais conveniadas aos sistemas públicos de ensino.

    A inscrição tem duas etapas. Na primeira, o professor preenche o formulário e envia pela internet; na segunda, posta nos correios (sedex ou AR) o relato da experiência, cópias de documentos pessoais, declaração da escola, entre outros. O relato deve ser enviado para o endereço: Prêmio Professores do Brasil – 5ª edição – Núcleo de Estudos de Ciência Matemática, Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça, Rua Ildefonso Simões Lopes, 2.791 – Bairro Sanga Funda – cep: 96060-290 – Pelotas (RS).

    O prêmio oferecerá R$ 200 mil, que serão distribuídos para as 40 melhores experiências (R$ 5 mil por professor) e R$ 80 mil em equipamentos audiovisuais ou multimídia para as escolas que desenvolveram os projetos premiados. Cada escola receberá equipamentos no valor de R$ 2 mil. Além do reconhecimento, os vencedores participarão de um seminário promovido pelo Ministério da Educação na mesma data da entrega do prêmio.

    Em 2011, o Prêmio Professores do Brasil é realizado pelo MEC, em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI). A Fundação SM, Intel, Instituto Votorantim e a Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros) são os patrocinadores.

    Trajetória– Nas duas primeiras edições do Prêmio Professores do Brasil, em 2005 e 2007, participaram docentes da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental. Em cada ano foram premiados 20 projetos. A partir de 2008, o prêmio foi estendido para toda a educação básica, incluindo os anos finais do ensino fundamental e o ensino médio. O número de premiados poderia alcançar até 40 experiências, mas em 2008 foram selecionados 31 projetos e em 2009, 35.

    No conjunto das quatro edições, de 2005 a 2009, concorreram ao prêmio 4.394 trabalhos – 1.135 em 2005; 1.457 (2007); 779 (2008) e 1.027 (2009), e 106 educadores receberam prêmios em dinheiro que somaram R$ 530 mil.

    Ionice Lorenzoni


    Confira o regulamento, a ficha de inscrição e a premiação na página eletrônica do prêmio.

  • O prêmio Professores do Brasil valoriza práticas pedagógicas bem-sucedidas, criativas e inovadoras dos profissionais do ensino que atuam nas redes públicas (foto: João Bittar/arquivo MEC - 2-6-2010)As inscrições para o 6º Prêmio Professores do Brasil, que se encerrariam neste sábado, 27, foram prorrogadas até 10 de novembro próximo. É o que estabelece a Portaria MEC nº 1.300, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 26 (seção 1, página 9). A premiação valoriza práticas pedagógicas bem-sucedidas, criativas e inovadoras nas redes públicas de ensino.

    Este ano, foi criada uma segunda categoria, sobre temas específicos, além da já conhecida, de temas livres. Esta é subdividida nas áreas de educação infantil, anos iniciais do ensino fundamental, anos finais e ensino médio. O novo módulo conterá projetos de educação integral ou integrada, ciências para os anos iniciais, alfabetização nos anos iniciais e educação digital, articulada ao desenvolvimento do currículo.

     

    Cada categoria terá até quatro professores premiados em cada uma das subcategorias, um por região do país. Os autores das experiências selecionadas pela comissão julgadora nacional, independentemente de região e da categoria, receberão R$ 7 mil, além de troféu e certificados expedidos pelas instituições parceiras.

     

    O Prêmio Professores do Brasil foi instituído em 2005. Até a segunda edição, premiava professores da educação infantil e séries ou anos iniciais do ensino fundamental. A partir da terceira edição, estendeu-se a todas as etapas da educação básica — educação infantil, anos iniciais e finais do ensino fundamental e ensino médio.

     

    As inscrições para a sexta edição devem ser feitas na página do prêmio na internet. Nela, o professor também encontra informações relevantes e o regulamento.

     

    O prêmio Professores do Brasil é realizado pelo Ministério da Educação, em parceria com o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros), Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI), fundações SM e Volkswagen e Instituto Votorantim.


    Assessoria de Comunicação Social

     

    Matéria republicada com atualização de informações

     

     

     

  • A educação infantil é uma das categorias que valeram prêmios a escolas públicas de 16 estados, além do DF (Foto: Wanderley Pessoa/Arquivo MEC) Rondônia é o destaque entre as unidades da Federação na sétima edição do Prêmio Professores do Brasil. O estado tem cinco experiências pedagógicas entre as 40 vencedoras. Neste ano, foram selecionados trabalhos desenvolvidos em escolas publicas de educação básica de 16 estados e do Distrito Federal. Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul aparecem no prêmio com quatro projetos vencedores em cada estado.

    Do conjunto de experiências que serão premiadas na próxima quinta-feira, 12, em Brasília, 20 tratam de temas livres nas categorias educação infantil, anos iniciais e anos finais do ensino fundamental, além de ensino médio. Outros 20 trabalhos abordam temas específicos indicados pelo Ministério da Educação no edital: ciências para os anos iniciais do ensino fundamental, alfabetização nos anos iniciais do ensino fundamental, educação integral e integrada e educação digital articulada ao desenvolvimento do currículo.

    A entrega dos prêmios para as melhores experiências pedagógicas será nesta quinta-feira, 12, às 10h, no Teatro Brasil 21. Na tarde do dia 12 e na sexta-feira, 13, os educadores participam de um seminário no Hotel St. Peter.

    Prêmios – Cada professor receberá R$ 6 mil, em dinheiro, independente da categoria em que tenha concorrido, um troféu e certificado. Existe também um prêmio extra de R$ 5 mil que será entrega a oito educadores, um em cada subcategoria: educação infantil, anos iniciais do ensino fundamental, anos finais do ensino fundamental, ensino médio, educação integral e integrada, ciências para os anos iniciais, alfabetização, educação digital articulada ao desenvolvimento do currículo. Os vencedores do prêmio extra serão conhecidos durante a cerimônia em Brasília. As escolas que desenvolveram os trabalhos receberão placa comemorativa.

    A sétima edição do Prêmio Professores do Brasil recebeu 3.221 relatos de experiências das 27 unidades da Federação.

    Trajetória – Nas duas primeiras edições do Prêmio Professores do Brasil, em 2005 e 2007, participaram docentes da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental. Em cada ano foram premiados 20 projetos. A partir de 2008, o prêmio foi estendido para toda a educação básica, incluindo os anos finais do ensino fundamental e o ensino médio e o número de selecionados subiu para 40.

    Dados da coordenação geral de tecnologias da educação básica do MEC informam a evolução das inscrições no período. Em 2005 participaram 1.131 experiências, em 2007 (1.564); em 2008 (779), em 2009 (2.100), em 2011 (1.612), em 2012 (2.617), e em 2013 (3.221).

    Ionice Lorenzoni

    Confira a relação dos vencedores do Prêmio Professores do Brasil 2013

     

  • O interesse de um grupo de alunos em repassar o conteúdo aprendido em aulas de ciências e história aos demais colegas levou a professora Tatiana Bianca Basso a criar o Telejornal na Escola. Bem-sucedido, o projeto foi um dos vencedores da quarta edição do Prêmio Professores do Brasil.


    Desenvolvido nas turmas A e B do quinto ano (quarta série) da Escola de Ensino Básico Júlia Lopes de Almeida, de Blumenau, Santa Catarina, a partir de abril deste ano, o projeto partiu de uma experiência-piloto, com o nome de Repórter por um Dia. Os alunos das duas turmas, divididos em equipes, ficaram responsáveis pela seleção do conteúdo a ser apresentado. À professora coube fazer a gravação das apresentações, com uma câmera digital. O sucesso foi tão grande que o projeto foi ampliado. “Então, surgiu a ideia de fazermos um noticiário educativo, a ser apresentado no pátio da escola, no horário do almoço, com assuntos de interesse de todos os estudantes, como dicas e curiosidades, além de informações sobre os trabalhos realizados na escola”, conta Tatiana.


    Os alunos passaram a fazer entrevistas com diferentes personagens — diretor da escola, professores, estudantes e merendeiras — e incluíram temas como a história da escola e preservação ambiental. Eles sugeriram à professora a inclusão do telejornal na internet. Assim, todo o conteúdo foi inserido no Orkut, com fotos e vídeos de todo o trabalho das turmas. Os estudantes também criaram um blog, que funciona como um portal de comunicação, para divulgar informações sobre a escola.


    Mudanças — Formada em pedagogia, com habilitação em séries iniciais, pós-graduação em interdisciplinaridade e 12 anos de experiência no magistério, Tatiana observa muitas mudanças nos alunos a partir da execução do projeto. “Há melhorias na auto-estima, expressão corporal, oralidade, produção escrita e conhecimento básico, com as tecnologias de informação e de comunicação (Tics)”, observa. “Também há troca de experiências e maior cooperação entre eles.”


    Alguns alunos se destacaram na função de repórter e foram convidados pela TV da Universidade Regional de Blumenau para fazer a cobertura jornalística de jogos escolares. “Eles já estão fazendo trabalhos de reportagem. Com isso, passam a acreditar nos sonhos e a pensar no futuro profissional”, ressalta a professora.

    Fátima Schenini

  • O Prêmio Professores do Brasil, iniciativa do Ministério da Educação, reconhece o trabalho de quem inova no ambiente escolar e destaca experiências pedagógicas inovadoras da rede pública de ensino. A décima edição do prêmio está com as inscrições abertas até 25 de agosto. Em 2017, serão distribuídos R$ 255 mil reais em prêmios, viagens educativas pelo Brasil e pelo exterior, além de equipamentos de informática e de atletismo.

    “O Prêmio Professores do Brasil é um incentivo muito grande aos professores para que pensem novas formas de trabalhar com os alunos e estimulá-los, envolvendo-os em uma educação de qualidade”, explica a diretora de formação e desenvolvimento dos profissionais da educação da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Carmen Neves. Ela lembra que o prêmio é parte da política de valorização dos professores do MEC.

    O prêmio tem seis categorias e três etapas de avaliação: a estadual, com 162 vencedores; a regional, com 30, e a nacional, com seis. Todos os professores de escolas públicas da educação básica podem se inscrever para esta edição.

    “É importante que os professores participem. Às vezes o professor pensa que precisa ser um projeto muito grande e não é verdade. Pode ser um projeto simples, mas que seja eficiente e que realmente ajude seus alunos a aprender e a vivenciar a educação no dia a dia”, ressalta a diretora.

    Para a edição deste ano há uma nova ferramenta à disposição dos participantes: um curso, por meio de um aplicativo para celular, que auxilia os professores no desenvolvimento de seus projetos. Chamado de Na Trilha das Boas Práticas, orienta o professor a construir o seu projeto. O curso não é obrigatório, mas contribui para que ele qualifique melhor o seu projeto.

    Para a diretora de formação e desenvolvimento dos profissionais da educação do MEC, Carmen Neves, o prêmio incentiva os professores a inovar na educação (Frame: TV MEC)Compartilhar – Para inspirar professores e multiplicar as boas experiências, o site do prêmio está sendo aperfeiçoado. A proposta é que, com as experiências bem-sucedidas destacadas em cada edição do prêmio, outras escolas da rede pública de ensino aprimorem seus planos de aula e o processo de aprendizado dos alunos. 

    “Nós estamos aperfeiçoando a página do Prêmio para que todas as experiências vencedoras componham um banco de dados. Nós temos vários relatos de professores que usam projetos premiados e os adaptam à sua sala de aula. Há um efeito multiplicador dos projetos do Prêmio Professores do Brasil”, disse.

    A avaliação dos projetos passa por comissões locais, mas todos os envolvidos recebem formação para que exista, em todo o Brasil, uma certa unidade na seleção dos projetos. De acordo com a diretora, o objetivo é que os projetos premiados possam servir de exemplo tanto para escolas do interior, quanto para grandes centros urbanos do país.

    “A intenção é de compartilhamento e de mostrar que mesmo em cidades pequenas, escondidas no interior do Brasil, existem professores fazendo trabalhos muito criativos e muito inovadores. Trabalhos esses que podem e devem ser compartilhados com outros professores de todo o Brasil”, afirma Carmen Neves.

     “Não importa onde este professor trabalhe, se é uma escola simples, uma escola grande, se é escola de creche, de ensino médio, nós temos categorias para premiar, reconhecer e valorizar todos esses trabalhos inovadores e criativos dos nossos professores”, reforça Carmen Neves.

    Confira a página do Prêmio Professores do Brasil.

    Assessoria de Comunicação Social

     

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