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  • O Centro de Ensino Médio Júlia Kubitschek, de Candangolândia, cidade do Distrito Federal, desenvolveu um projeto para alertar sobre a importância do córrego Guará, que corta a região. A iniciativa mobilizou a comunidade, recebeu prêmios e foi selecionada para participar do 8º Fórum Mundial da Água, que acontece até sexta-feira, 23, em Brasília. Nesta quinta-feira, 22, é celebrado o Dia Mundial da Água. O projeto é tema desta semana do programa Educação no Ar, produzido pela TV MEC e transmitido semanalmente pela TV NBR. O programa vai ao ar às 9h50 desta quinta-feira, 22.

    A professora Rosane Marques deu início ao projeto em defesa do córrego Guará, que corta a região da escola, durante sua pesquisa de mestrado. Na época, ela percebeu que 92% dos seus alunos sequer sabiam da existência do córrego. Para envolver os estudantes, ela promoveu algumas visitas ao local para ajudar a entender o tamanho do problema e as providências que deveriam ser tomadas.

    Rosane destaca que a mobilização dos estudantes em torno da causa ambiental se expandiu para além da escola (Frame: TV MEC)

    A limpeza do local logo se transformou em gincana. Era tanto lixo que os adolescentes competiam para ver quem mais catava resíduos. O estudante Felipe Ferreira, de 16 anos, conta o que viu por lá. “Estava muito, muito sujo mesmo. A gente achou pneu de trator, de carro. Tinha carrinho de bebê, boneca, muita coisa”, lembra.

    Outra descoberta dos alunos foi a espécie de peixe Pirá-Brasília, que só existe no córrego e está em extinção. Os estudantes resolveram escrever e produzir uma peça teatral falando da espécie endêmica, que foi assistida por mais de mil alunos do Distrito Federal. As ações de iniciativa pela preservação do córrego ajudaram a mudar a realidade dos alunos, que levaram a preservação do meio ambiente para a vida.

     “Agora eu me sinto pertencente ao meio ambiente, responsável por ele. Entendo que eu preciso cuidar, preservar, que eu preciso dele. Preciso cuidar não só por mim, pela sociedade por inteiro”, destaca a estudante Kamilla Moura Alves, de 16 anos.

    São 58 estudantes que participam do projeto. Muitos começaram ainda no nono ano do ensino fundamental e, agora, no segundo ano do ensino médio, continuam como multiplicadores.

    Mobilização - A professora Roseane conta que a mobilização foi tão grande que o projeto hoje pertence aos estudantes. “Ultrapassou os limites dos muros da escola. Os alunos pensaram no que poderia ser feito para minimizar os problemas do córrego”, rememora. E como eles não conheciam o córrego, pensaram que a falta de conhecimento provavelmente também era uma realidade de outras escolas. Por isso, decidiram criar a peça.

    Mais que isso, perceberam que era necessário acionar o Estado para providências maiores.

    “Conseguiram marcar uma audiência pública na Câmara Legislativa do Distrito Federal, onde muitos órgãos relacionados a questão ambiental estavam presentes. Os alunos tiveram voz, contaram o que estava acontecendo”, conta a professora.

    Dali, saiu o projeto de Lei 1975/2016, que tem como objetivo recuperar essa parte do córrego, minimizando invasões e o despejo de esgoto. “Ainda tem muito o que fazer, mas foi um pontapé inicial e os alunos puderam contribuir”, reconhece a professora. É justamente essa experiência que será apresentada durante o 8º Fórum Mundial da Água.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Entre os projetos de preservação do meio ambiente, saúde e alimentação desenvolvidos pela escola potiguar está o da horta comunitária, com a participação de estudantes e funcionários (foto: arquivo da escola)Estudantes, professores e proprietários de indústrias de fabricação de farinha de mandioca do município de Vera Cruz, Rio Grande do Norte, vão produzir, juntos, um inseticida natural, a ser usado no combate a pragas no viveiro de plantas frutíferas e na horta da Escola Municipal Filomena Cúrcio Cabral. O inseticida é preparado a partir da manipueira, resíduo da mandioca na fabricação da farinha.

    A diretora da instituição, a pedagoga Luciana Gomes da Silva Ferreira, considera a ação sustentável importante para a escola e seu entorno, pelo impacto ambiental positivo e por resultar em vantagens para a economia da comunidade. Além disso, a prática é de baixo custo, fácil aplicação e pode ser adotada em outros locais. A escola está localizada no sítio Santa Cruz, na zona rural de Vera Cruz, a 70 quilômetros de Natal.

    Diretora há seis anos, Luciana tem 18 de magistério. Ela já lecionou a turmas de educação de jovens e adultos em outra instituição de ensino e a turmas da educação infantil na atual escola. Segundo ela, a manipueira é um líquido amarelado, resultante da prensagem da mandioca. O líquido é depositado em reservatórios e, após período de repouso e manipulação, é aplicado nas folhas e na terra para combater as pragas.

    A diretora revela que desde 2005 a escola desenvolve projetos de preservação do meio ambiente, de saúde e de alimentação. Entre eles, a criação e manutenção de horta comunitária, com envolvimento de alunos e funcionários. Os produtos da horta são aproveitados para a merenda escolar.

    No desenvolvimento do projeto, denominado Sustentabilidade, uma Ação Educativa com Práticas Reais, a unidade de ensino mantém ainda um viveiro de plantas frutíferas. As mudas são distribuídas entre os estudantes e demais integrantes da comunidade escolar.

    Ana Júlia Silva de Souza

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  • .Essa história de um Natal feliz, com preocupações ecológicas e sociais, foi vivida por ele mesmo, o próprio Papai Noel. Sentado em uma cadeira, num canto do pátio da escola decorado com enfeites natalinos que nem pareciam ter sido construídos com garrafas plásticas, ele observava a alegria das crianças reunidas em coro para cantar ou encenar o nascimento do Menino Jesus. Outras se lambuzavam com o algodão doce, cor de nuvem, que era distribuído de graça e à vontade. Uma a uma, elas iam até ele. Algumas ressabiadas demais; outras, curiosas e falantes. Mas para todas havia uma boneca, um carrinho, uma bola, um jogo, um abraço e um carinho.

    Pelo terceiro ano, a comunidade rural Barra Mansa, de pequenos agricultores, a 54 quilômetros de Canoinhas, cidade catarinense de 52 mil habitantes, ajuda a realizar o Natal na Escola Básica Municipal Evaldo Dranka. “Recolhemos doações e contribuições para que todas as 85 crianças do pré ao quinto ano, que são carentes, possam ter uma festa de Natal, com lanche especial e um presente”, conta a diretora, Giovana Carliny, encantada com a decoração especial para a festa de 2016.

    Com o tradicional gorro vermelho, Pollyana Bollmann, 5 anos, participou de uma coreografia da música Vem Chegando o Natal. “A festa estava muito bonita; a escola, toda enfeitada. Minha filha ganhou uma boneca e ficou muito feliz”, emocionou-se a mãe da menina, Patrícia Aparecida Bollmann, que ajuda o marido na lavoura. Emocionada também ficou a professora Jocineri Martins Pires, de educação física, que ajudou a ensaiar as crianças para a festa do encerramento do ano letivo de 2016. “São crianças. E sempre, nas apresentações, se envolvem mais do que a gente imagina. Fica tudo muito bonito”, disse.

    Além do tradicional pinheiro, bombons, pirulitos, cupcakes e bolas gigantes preenchiam o pátio e a quadra coberta. “É o nosso Natal mágico com garrafas pet”, comentou a diretora. As 15 peças de enfeites foram doadas pelo Centro de Atendimento Psicossocial (Caps) de Canoinhas. As peças com motivos natalinos são produzidas ao longo do ano por cerca de cem integrantes do Caps, entre pessoas com transtorno mental e usuários de drogas e álcool. Dois artesãos de Canoinhas ajudam a construir as estruturas metálicas a serem decoradas. ”É um trabalho que começamos em 2013 e ganhou uma dimensão muito grande”, conta a psicóloga Viviana Stanger, responsável pela coordenação do trabalho de assistência social do município.

    Atualmente, o material produzido pelos integrantes do Caps enfeita as praças da cidade no Natal. Os moradores da comunidade ajudam, com a doação de garrafas de plástico. “É um trabalho que também ajuda na preservação do meio ambiente”, diz Viviana. “Por semana, recebemos de 500 a 600 garrafas”, calcula. E, assim, o trabalho que se restringia a uma função social, acabou por se transformar em projeto artístico. Segundo a psicóloga, o reconhecimento do trabalho artístico dos novos artesãos tem elevado o índice de recuperação dos usuários de drogas e de álcool. “Eles se sentem valorizados pelas pessoas da cidade e estão trabalhando numa coisa que gostam de fazer”, explica.

    Ambiente — Os enfeites natalinos produzidos pelo Caps de Canoinhas ajudaram no cenário da festa de encerramento do ano letivo de 2016 de outra escola pública da região. Quinze peças de um presépio gigante foram doadas à Escola Básica Municipal Achiles Pazda, da comunidade rural Rio do Pinho. Os enfeites construídos com garrafas plásticas não são o único exemplo de preocupação com o meio ambiente que chega aos alunos. As 14 escolas rurais do município participam desde 2005 de atividades de preservação ambiental.

    Em 2015, a Escola Básica Municipal Evaldo Dranka, no corredor ecológico do Rio Timbó, ganhou, da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), o prêmio Epagri Escola Ecologia por projetos desenvolvidos para a conservação de nascentes. Os alunos plantaram 210 mudas de árvores nativas em nascentes de pequenas propriedades familiares da vizinhança escolar. Nessa mesma atividade, os estudantes foram incentivados pelos professores a pesquisar sobre a importância das árvores para a qualidade do ar. “Os professores trabalham sempre temas ambientais de forma integrada ao currículo das disciplinas básicas”, explica Rosimari de Fátima Cubas Blaka, coordenadora municipal do Programa Interdisciplinar de Educação do Campo de Canoinhas.

    Rovênia Amorim

  • A escola de Portão (RS) promove atividades com os alunos que envolvem estudantes do curso de magistério e usam como tema personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo (foto: blog da escola)No pequeno município de Portão, na região metropolitana de Porto Alegre, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Vila Aparecida destaca-se na área de preservação do meio ambiente. Fundada há 27 anos, a instituição promove aulas de educação ambiental há 13 anos. Com 150 alunos, da educação infantil ao quinto ano, a escola conta com grande participação dos pais.

    “Na comunidade está a força e o apoio da escola, em todos os momentos”, destaca a diretora, Elza Aparecida Pereira. A presença da família também é muito valorizada na instituição. Um grupo formado por avós e amigas da escola — De Mãos Dadas com a Vida — reúne-se quinzenalmente. Com material utilizado para forro de calçados, que teria como destino o lixo, recolhido nas indústrias da região, as participantes do grupo confeccionam capas de caderno, sacolas, bonecos e até guirlandas.

     

    A escola também promove a coleta de óleo usado e o repassa a uma empresa de produtos de limpeza. Como contrapartida, recebe detergente para lavagem de louça. “Fizemos uma ação na comunidade, de confecção de sabão com óleo de cozinha usado, que foi um sucesso entre as donas de casa”, revela a diretora. “Elas levaram a receita para casa e também uma amostra do sabão.”

     

    Formada em pedagogia, com habilitação em séries iniciais e educação infantil, Elza faz curso de pós-graduação em gestão escolar.

     

    A leitura é outro ponto fundamental na Escola Vila Aparecida. Por meio do Projeto de Leitura, os estudantes maiores leem para os menores e para pessoas da comunidade. Este ano, têm ênfase a leitura oral e apresentações dos estudantes para melhorar a dicção e a oratória e reduzir a inibição.

     

    A escola promove atividades de integração com alunos de municípios vizinhos. Em maio último, foi realizado encontro com estudantes do curso de magistério do Instituto de Educação de Sapiranga. As atividades interativas tiveram como tema os personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo. “Nossos alunos estão estudando sobre Monteiro Lobato, e o gosto pela leitura vem se acentuando a cada dia”, ressalta a diretora.


    Fátima Schenini


     

    Confira o blog da escola


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  • Final: jovens de 53 países se despedem da Confint (Foto: Fabiana Carvalho)O ministro da Educação, Fernando Haddad, desafiou os jovens de todo o planeta a manter o comprometimento com a causa da preservação ambiental. Haddad participou na noite de quinta-feira, 11, no Museu da República, em Brasília, do encerramento da 1ª Conferência Internacional Infantojuvenil Vamos Cuidar do Planeta.

    “Terremotos, tsunamis, são tragédias inevitáveis, mas outras estão sob nosso controle. Vocês vieram ao Brasil num momento muito delicado do mundo, em que acontece um dos maiores desastres ambientais da história, no Golfo do México”, lembrou o ministro. “Para satisfazer nossas ambições de consumo, atacamos a nós mesmos. A lógica, hoje, não opõe apenas o homem contra a natureza, mas o homem contra o homem.”

    Segundo Haddad, os jovens representantes de 53 países não voltam os mesmos que chegaram ao Brasil. “O papel de vocês é fundamental daqui pra frente. Vocês são protagonistas para reverter esses conflitos”, afirmou.

    O ministro alertou a todos os participantes da conferência sobre a necessidade de estar comprometidos com uma causa destinada a preservar a vida. “O desafio aqui imposto é como podemos conviver em paz com nossas gerações e com a natureza. Vocês vão queimar muito neurônio para nos livrar das armadilhas que criamos para nós mesmos”, salientou.

    Ao encerrar a conferência, os participantes entregaram a carta de responsabilidades Vamos Cuidar do Planeta. “Se queremos nos proteger das mudanças ambientais, precisamos assumir responsabilidades e ações”, diz o documento, que contém nove ações concretas relativas à preservação do meio ambiente.

    Assessoria de Comunicação Social


  • O Diretório Central dos Estudantes (DCE) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) firmaram parceria para a preservação do patrimônio histórico e cultural do município de Campos, Rio de Janeiro. O projeto Circuito Iphan: Oficina de Estudos da Preservação prevê diversas atividades, que terão início em 26 de agosto, com um ciclo de palestras.


    A parceria pretende publicar um livro com os textos das palestras, criar um catálogo de bens imóveis tombados pelo Iphan no município e pedir o tombamento dos acervos de Nilo Peçanha e de Alberto Ribeiro Lamego. Peçanha (1867-1924), nascido em Campos, foi presidente da República (1909-1910 e 1914-1917). Lamego (1896-1985), geólogo e geógrafo, também nascido em Campos, foi um estudioso do território geográfico fluminense.


    “Queremos contribuir para que Campos, uma das cidades brasileiras com maior valor patrimonial, olhe e cuide mais das suas riquezas que envolvem história, cultura e construções”, disse o presidente do DCE, Marcel Cardoso.


    No ciclo de palestras, que se estenderá até novembro, serão abordados temas como recursos computacionais e preservação do patrimônio cultural; circulação e cidade: do movimento da forma à forma do movimento; conforto ambiental em prédios de valor e conservação e restauração de acervos gráficos.

    Assessoria de Imprensa da Setec

    Confira as notícias sobre os Institutos Federais


  • O ministro da Educação, Mendonça Filho, recebeu a vice-reitora da Universidade Católica da América, Duilia de Mello, para falar sobre possíveis ações de cooperação do MEC junto à Biblioteca Oliveira Lima. 
    Duilia esteve acompanhada pela curadora interina da biblioteca, Nathalia Henrich, que tem dedicado a vida ao estudo do legado cultural e histórico do diplomata brasileiro Manoel de Oliveira Lima (1867-1928), responsável por construir um dos maiores acervos brasilianos (pertencentes ao Brasil) fora do país. 

    “É um patrimônio bibliográfico dos mais relevantes do mundo”, comentou Mendonça Filho. “Oliveira Lima foi um nome fenomenal do ponto de vista da diplomacia e da cultura, e a preservação daquilo que ele construiu em seu acervo bibliográfico é muito importante. Creio que essa parceria envolvendo o MEC e órgãos vinculados, como a Fundaj [Fundação Joaquim Nabuco] e universidades é algo em que vamos atuar para preservar.”

    Duilia de Mello destacou o volume do acervo: mais de 60 mil itens na coleção. A biblioteca, que esteve fechada por dois anos, foi reaberta em 31 de janeiro e funciona no subsolo da Universidade Católica Americana. “Nosso objetivo é transformá-la em um centro, o Centro Brasil, baseado no legado de Oliveira Lima”, informou a vice-reitora. ”Viemos contar um pouco ao ministro sobre essa ideia. Queremos fazer parcerias com universidades e pesquisadores brasileiros. É a primeira vez que duas brasileiras estão encarregadas desta biblioteca e por isso estamos aqui.”

    História política – A Biblioteca Oliveira Lima reconta a história da política do país, passando por sua transição da monarquia para a república aos esforços para a construção de uma identidade nacional. O acervo possui importantes obras de escritores, como Lima Barreto, Gilberto Freyre e Machado de Assis, contemporâneos de Oliveira Lima, que com eles trocava correspondências e mantinha boas relações. Nascido no Recife (PE), Oliveira Lima foi um dos mais importantes e influentes diplomatas brasileiros do fim do século 19, dividindo sua atuação com nomes como o barão do Rio Branco e Joaquim Nabuco.

    As obras foram doadas à Universidade Católica da América em 1916 pelo próprio diplomata, na condição de que ele pudesse organizar o acervo e mostrá-lo ao público. Oliveira Lima abriu a biblioteca em 1924, mesmo ano em que se tornou professor de direito internacional da instituição. O diplomata faleceria quatro anos depois, sendo enterrado em Washington. Nos anos seguintes, sua esposa, Flora, deu sequência ao trabalho de cuidado e alimentação do acervo, que atualmente tem passado por um processo de digitalização.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Ensinar alunos do ensino fundamental e do médio de que é possível produzir alimentos e ao mesmo tempo preservar o meio ambiente, por meio do plantio de árvores frutíferas e nativas junto a plantações de hortaliças e leguminosas. Esse é um dos objetivos do projeto de agrofloresta desenvolvido, há dois anos, pelo professor de biologia Leonardo Hatano, em uma escola agrourbana da cidade de Riacho Fundo (DF).

    A escola fica localizada dentro de uma comunidade criada em um projeto de reforma agrária de 1986. Muitos dos alunos são filhos ou netos de produtores rurais. Hatano diz que o fato da escola estar em um lugar privilegiado, bem próximo a um setor de chácaras e a uma área de preservação ambiental, permite que os conceitos que os alunos aprendem em sala de aula sejam colocados em prática tanto dentro do terreno da instituição quanto nas propriedades rurais da comunidade.

    Além de uma pequena agrofloresta dentro da escola, professores e alunos também utilizam chácaras de familiares para implementar o projeto.  “Tentamos levar um pedacinho da mata, o conceito de biodiversidade e de equilíbrio com a natureza”, comenta o professor. De acordo com Hatano, trabalhar em projetos ao ar livre é melhor do que em sala de aula. “A atenção é melhor, a motivação é melhor, tanto para os alunos quanto para os professores.”

    Os resultados podem ser comprovados no depoimento dos estudantes deste centro educacional. A aluna Ana Flávia Teodoro de Araújo, 13 anos, diz que sempre conversa com os pais sobre o que está sendo plantado. “Ajudo a plantar, dou pitaco no que deve ser plantado. Falo com meu pai o que aprendi na aula sobre algumas plantas, como cuidar, como ajudar a crescer”, conta Ana Flávia.

    Desde que o projeto começou, já foram plantadas mudas de embaúbas, xixá (árvore típica do cerrado), mandioca, manga, bananeira, ipê, goiaba, amoras e moringa. Os alunos também fizeram uma horta com diferentes alimentos, cuidam de um tanque de peixes, fazem construções sustentáveis e monitoram a qualidade da água de nascentes de uma área de preservação ambiental localizada próxima ao centro educacional.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • A Escola Municipal Guilherme Calheiros, em Flexeiras (AL), sempre incentivou ações ambientais. Mas, quando passou a contar com o apoio da comunidade, as medidas sustentáveis ganharam força. Os moradores do município fornecem óleo já utilizado, que antes era descartado de maneira inadequada, para que a escola possa fazer sabão.

    A professora Maria Helena Ferreira, que dá aula de ciências para o ensino fundamental e de biologia para o ensino médio, coordena o projeto. Para colocar a ideia em prática, ela e sua equipe foram em busca de orientações técnicas do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA).

    A instituição ensinou alunos e professores a manusear os materiais necessários para a produção do sabão. “Nós recebemos a capacitação de como fazer e como manusear, porque a gente está no processo de produção e usa soda cáustica, glicerina, essência”, detalha Maria Helena.

    Coordenados pela professora Maria Helena Ferreira, os alunos da Escola Municipal Guilherme Calheiros produzem o sabão com óleo usado, fornecido pelos moradores de Flexeiras, Alagoas (Foto: Maria Helena Ferreira / Arquivo pessoal)

    Segundo a professora, a iniciativa motivou outros moradores da cidade a produzirem seu próprio sabão, já que entenderam, por exemplo, os riscos de jogar o óleo utilizado no ralo da cozinha. “Essa é a intenção: que as pessoas deem um destino correto ao óleo de cozinha”, ressalta.

    Oito estudantes dos ensinos fundamental e médio estão envolvidos no projeto. Entre eles, Amanda Maíra Santos da Silva, 17 anos, que cursa o terceiro ano do ensino médio e considera a ação significativa. “A retirada desse óleo tanto salva a vida dos seres na água, das plantas, dos peixes, como [ajuda] nas nossas casas, evitando transtornos nas tubulações, nos canos, nos esgotos”, destaca. Amanda conta que, entre as suas funções, está a administração financeira do projeto, como o controle da quantidade de sabão produzido e vendido, bem como buscar o óleo doado.

    Além da reutilização do óleo de cozinha, a reciclagem também está presente na fôrma utilizada para fazer o sabão: são embalagens plásticas de margarina. Semanalmente, são produzidas em média 120 unidades, cada uma vendida a R$ 1 real. O dinheiro arrecadado com a venda é utilizado para a compra dos demais ingredientes necessários para a fabricação do sabão. Agora, o próximo passo é inovar na embalagem. Por isso, o grupo analisa a possibilidade de utilizar a folha de bananeira para embrulhar o produto.

    Assessoria de Comunicação Social

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