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  • Cervejas artesanais com ingredientes do cerrado, produzidas por estudantes do IFB, foram mostradas na Semana de Produção Científica (foto: Mariana Leal/MEC)Reaproveitamento de madeira, conjunto de eletrônica, ambiente acadêmico em rede social, instrumentos geodésicos feitos de bambu e mamona. Esses são alguns dos projetos expostos na 5ª Semana de Produção Científica no Instituto Federal de Brasília (IFB), que terminou nesta sexta-feira, no novo campus de Taguatinga.

    O evento, consolidado no calendário do IFB, teve o apoio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, e envolveu os institutos federais de Brasília, Goiás, Goiano e do Norte de Minas Gerais. Nesta edição, a programação incluiu uma feira de estágio e emprego, com cadastro para estudantes e egressos, e um seminário sobre inovação tecnológica.

    No evento, foram realizadas palestras, oficinas, apresentações culturais, mostras de filmes e de pôsteres, premiações e espaço cyber (espaço virtual para a comunicação disposto por tecnologia), além da tradicional Feira de Inovação, com projetos da Fábrica de Ideias, concurso que premia iniciativas inovadoras em produtos, serviços e processos tecnológicos.

    Chamaram a atenção, nos dias do evento, os projetos voltados para o ramo alimentar, como molho de alimentos funcionais; paçoca de casca e semente de abóbora; cervejas artesanais com ingredientes do cerrado e conserva de verduras. No setor de informática, além do já conhecido IF Social (rede social acadêmica), há projetos de linguagem em software, além de ambiente para disseminação e organização de conhecimento corporativo.

    Ana Cláudia Salomão

  • O Brasil subiu mais dois degraus no ranking da produção científica mundial, ao passar da 15ª para a 13ª colocação, superando Holanda e Rússia. Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, se o país mantiver o ritmo, em pouco tempo estará entre os dez maiores produtores de conhecimento científico do mundo.


    Entre 2007 e 2008, a produção científica brasileira aumentou 56%. “O indicador mostra o esforço nacional e o vigor das universidades federais”, disse Haddad nesta quarta-feira, dia 6, na abertura da reunião do Conselho Técnico-Científico da Educação Básica (CTC) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).


    O ministro destacou, entre os fatores que contribuem para esse crescimento, o aumento no orçamento das universidades federais desde 2005. Nesse período, também cresceu o número de professores com doutorado — mais dez mil foram selecionados por concurso público. Até 2010, 17 mil novos doutores vão lecionar nas universidades. “Os jovens doutores têm disposição de fazer diferença nos lugares mais longínquos do país. Por isso, os municípios do interior, agora, são produtores de ciência”, afirmou Haddad. Segundo ele, isso só é possível pela atual capilaridade da rede federal de ensino, que também tem por finalidade a formação de professores da educação básica.


    Ciência — Em 2008, o número de artigos científicos publicados no Brasil foi de 30.451, em comparação com os 19.436 publicados em 2007. Com esse aumento, o Brasil passa a contribuir com 2,12% dos artigos de todos os 183 países. Estados Unidos, China, Alemanha, Japão e Inglaterra são os cinco primeiros colocados no ranking da produção científica, seguidos de França, Canadá, Itália, Espanha, Índia, Austrália e Coréia do Sul.


    Formação — Sobre a questão da formação do magistério, o ministro ressaltou a mudança na atuação da Capes, que passou a ser responsável por essa área e instituiu a política nacional de formação de professores. A perspectiva é de atendimento imediato a cerca de 300 mil docentes, com prioridade para a formação inicial. Em torno de 90 instituições de educação superior participam da ação e 21 estados já elaboraram planos estratégicos.


    “Assim como todo aluno da educação básica deve ter direito a estudar numa escola pública, todo professor tem o direito de se matricular numa universidade pública”, enfatizou Haddad. Na visão do ministro, o professor também precisa ter garantia de permanência na profissão. Ou seja, saber que tem um piso salarial, um plano de carreira e perspectiva de formação continuada.


    Nas palavras de Haddad, isso implica quebrar tabus sobre o magistério e trabalhar o imaginário do professor. “Falamos a mesma coisa sobre a carreira de que falávamos há 20 anos. Algumas ainda são verdade, mas outras não são mais. Para solucionar as que são verdade, devemos dialogar com a sociedade e pensar sobre o que deve ser mudado”, destacou.

    Letícia Tancredi

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