Portal do Governo Brasileiro
Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página
  • Uma das atividades da escola de Aracaju com os estudantes do ensino médio foi a visita a patrimônios culturais da cidade, como o Museu da Gente Sergipana (foto: destino-alternativo.blogspot.com)Excursões, projetos interdisciplinares e aulas atrativas, com uso de recursos tecnológicos, são algumas das ações promovidas pelo Colégio Estadual Barão de Mauá, em Aracaju, como parte do Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI). Segundo a diretora da instituição, Maria Cristina Santos, o programa tem resultado em inúmeros benefícios desde que entrou em funcionamento, em 2009.

    Interação entre os alunos, com a realização de trabalhos em equipe, aperfeiçoamento de habilidades e melhor desempenho nas avaliações qualitativas, além de mais tempo de permanência dos estudantes na escola são algumas das melhorias proporcionadas pelo programa, de acordo com Maria Cristina. Pedagoga, com mestrado em ciências da educação, ela atua no magistério há 29 anos.

    A escolha do tema e as estratégias a serem adotadas de maneira interdisciplinar são definidas pelos professores a partir do perfil da turma e das habilidades dos alunos. “Em reunião pedagógica, no início de cada ano letivo, os professores discutem as propostas de projetos e ações que pretendem desenvolver e convidam os colegas para participar de trabalhos em equipe”, explica a professora Martha Heloisa Souza Gomes Resende, responsável pelo ProEMI na escola.

    “Os estudantes aprendem e transmitem conhecimentos de forma lúdica e prazerosa”, diz Martha. “E mostram as habilidades nas atividades dos projetos, com muita desenvoltura e segurança.” Há 27 anos no magistério, ela tem licenciatura plena em ciências biológicas e pós-graduação em gestão escolar.

    Debates — Professora de história e sociologia em turmas dos três anos do ensino médio, Maria Luciene Bomfim atua em parceria com professores de outras disciplinas. Em 2014, ela aproveitou a realização da Copa do Mundo no Brasil para criar o projeto Antes de Conhecer o Mundo, Vamos Conhecer nossa Cidade, que envolveu turmas do primeiro ano. O patrimônio cultural foi o principal conteúdo. Visitas aos museus da cidade e apresentação, a outras turmas, de trabalhos sobre monumentos históricos, por meio de dança, música e comidas típicas, foram algumas das atividades.

    Com as turmas de segundo ano, Maria Luciene estimulou os estudantes a fazer apresentações, em grupo, sobre fatos recentes — políticos, econômicos ou sociais — divulgados nos meios de comunicação. “As apresentações foram excelentes”, diz. “Os alunos expunham ideias de maneira informal e, quando era um tema desafiador, o trabalho instigava debates com os outros colegas.”

    Com as turmas de terceiro ano, em iniciativa que envolveu as disciplinas de português e geografia, foi reeditado projeto desenvolvido com sucesso em 2013, Totalitarismo ou Autoritarismo: Colapso da Democracia. O trabalho contou com diversas atividades relacionadas a velhos regimes da Itália (fascismo) e da Alemanha (nazismo) e, no Brasil, ao governo de Getúlio Vargas, no período do Estado Novo [1937–1945]. Os alunos tiveram como tarefa produzir apresentação biográfica e musical de artistas da era de ouro do rádio no país.

    Outra atividade que Maria Luciene desenvolveu com alunos do segundo e do terceiro anos foi a apresentação de videoclipe da música Brasil, Mostra a tua Cara, do compositor Cazuza [1958-1990]. “Os alunos assistiram, cantaram e produziram textos e palavras-chave referentes à interpretação da música analisada”, ressalta a professora. “Nessa diversidade de atividades, é possível perceber o interesse, a integração, a criatividade, a valorização de talentos artísticos e a aquisição de conhecimentos que extrapola o saber da sala de aula, com uma participação maior dos alunos”, destaca Maria Luciene. Há 27 anos no magistério, ela tem licenciatura plena em história e mestrado em educação.

    Leitura — As atividades desenvolvidas por Maria Aparecida de Lima Nunes, professora de língua portuguesa e de atividades integradoras, são relacionadas a leitura, interpretação de textos e redação. A cada semana, ela apresenta a alunos de turmas do segundo e do terceiro anos um texto motivador. “Discutimos sobre os pontos positivos e negativos apresentados e detectamos possíveis soluções”, diz.

    Na aula seguinte, ela apresenta questões para que os alunos desenvolvam habilidades interpretativas. Depois, propõe um tema correlacionado ao assunto discutido e determina aos alunos o desenvolvimento de um texto dissertativo-argumentativo. “Eles passaram a gostar da leitura, desenvolveram senso crítico, a capacidade interpretativa e de relacionar acontecimentos históricos ao conteúdo de português e às obras literárias”, diz Maria Aparecida. Com licenciatura plena em letras, ela está no magistério há 22 anos.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

    Mais informações sobre o ProEMI na página do programa na internet

  • Estudantes do ensino médio: novo currículo no ProEMI prevê mil horas anuais e 3 mil no fim do curso, implantadas de forma gradativa (foto: arquivo MEC – 2/3/06)Em fevereiro próximo, será aberto nos 26 estados e no Distrito Federal o período de adesão de escolas públicas ao Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI). Para desenvolver as atividades previstas no programa, as escolas terão apoio técnico e financeiro do Ministério da Educação, por meio da plataforma on-line Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE interativo). O ProEMI tem hoje 5,6 mil escolas. A meta do governo federal, este ano, é chegar a 10 mil, o que representaria 50% da rede pública do ensino médio.

    A coordenadora do ensino médio da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Sandra Garcia, explica que as unidades dispostas a aderir devem apresentar projeto de mudança do currículo escolar e de ampliação da carga horária, elaborado de acordo com as diretrizes curriculares nacionais do programa. Hoje, o ensino médio prevê 800 horas de aula por ano e 2,4 mil nos três anos. No ProEMI, serão mil horas anuais e 3 mil no fim do curso, implantadas de forma gradativa.

    Como as 27 unidades da Federação já aderiram ao programa, Sandra Garcia observa que elas são as responsáveis por indicar as escolas. Na adesão, as unidades de ensino devem informar o tipo de projeto a ser desenvolvido e o número de estudantes que serão atendidos em 2014 e em 2015. As bases para a elaboração do projeto de mudança curricular estão definidas nas diretrizes curriculares nacionais do ProEMI, em vigor desde janeiro de 2009.

    Currículo — Para participar do ProEMI, a escola deve organizar o novo currículo a partir de oito macrocampos, três deles obrigatórios e dois selecionados de acordo com os interesses da equipe pedagógica, dos professores e, principalmente, dos estudantes. São obrigatórios o acompanhamento pedagógico (linguagens, matemática, ciências humanas e ciências da natureza), a iniciação científica e pesquisa e a leitura e letramento.

    O currículo será completado com a escolha de duas atividades entre os macrocampos línguas estrangeiras, cultura corporal, produção e fruição das artes, comunicação, cultura digital e uso de mídias e participação estudantil.

    Além dessas definições, a escola precisa informar no projeto o número de alunos abrangidos pelo novo currículo e a jornada escolar, que pode ser de cinco horas ou em tempo integral, neste caso, com mínimo de sete horas diárias. A quantidade de estudantes é que determina o valor do repasse de recursos.

    A Resolução nº 31, de 22 de julho de 2013, que trata dos recursos financeiros para o ProEMI, divide as escolas em nove grupos, considerados o número de estudantes atendidos pelo programa e a jornada diária, de cinco horas (com ou sem ensino médio noturno) ou de sete horas, que caracteriza tempo integral. Conforme as tabelas contidas na resolução, uma escola com até 100 alunos e com jornada diária de cinco horas, por exemplo, receberá R$ 20 mil por ano. Também com cinco horas de aula, embora com mais de 1.401 estudantes, a escola receberá R$ 100 mil. Escolas do ensino médio com educação integral recebem mais recursos. Com até 100 alunos, R$ 28 mil anuais; com mais de 1.401 estudantes, R$ 140 mil.

    Instituído pela Portaria nº 971, de 9 de outubro de 2009, o ProEMI integra as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em 2007. Conforme a portaria, os projetos de reestruturação curricular devem possibilitar o desenvolvimento de atividades que integrem e articulem as dimensões do trabalho, da ciência, da cultura e da tecnologia. Entre as inovações estão o aumento da carga horária, a leitura como elemento central e básico de todas as disciplinas, o estudo da teoria aplicada à prática, o fomento das atividades culturais e professores com dedicação exclusiva.

    O processo de adesão das escolas se dará pelo PDDE Interativo, sistema informatizado que contém o diagnóstico de cada unidade de ensino.

    Ionice Lorenzoni

  • Um dos projetos da escola capixaba foi criado para estimular os estudantes a desenvolver o gosto e o hábito de ler livros (arte: Mário Afonso/MEC)Projetos de dança, leitura e acompanhamento pedagógico, com aulas de reforço e aplicação de provas simuladas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), são algumas das ações desenvolvidas pela Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Victorio Bravim, em Marechal Floriano (ES). As iniciativas fazem parte do Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI). “O programa traz vida à escola, promove a participação dos alunos, desperta o gosto pelos estudos e garante a valorização das atividades propostas pela instituição” diz a pedagoga Katiuscia Dallarmi. “Ele trouxe dinamismo e crescimento à nossa instituição.”

    Em 2014, segundo a professora, foi desenvolvido, entre outros, o projeto Dançando na Escola, que teve a participação de 282 alunos dos três anos do ensino médio. “As escolhas foram feitas a partir de países que foram sede de edições da Copa do Mundo”, afirma a professora. “Cada turma ficou encarregada de um país.”

    O projeto de dança, além do trabalho com conteúdos de educação física, como a criação de coreografias, abordou assuntos relacionados a outras disciplinas. Em língua portuguesa, por exemplo, os alunos criaram poemas, paródias e acrósticos e confeccionaram cadernos de receitas dos países. Eles também estudaram a influência do inglês em cada nação (língua inglesa), produziram cartazes relacionados à história e à cultura (artes), abordaram aspectos físicos e políticos (geografia), históricos, econômicos e sociais (história).

    Outro projeto, Leitura Todo Dia, foi criado para desenvolver nos estudantes o gosto e o hábito da leitura. Cada aluno deveria ler um livro por mês, sobre temas diversos. Depois, apresentar a obra aos colegas em rodas de conversas, produzir poemas, desenhos e acrósticos e apresentar músicas, danças e dramatizações. A cada mês, era definida uma nova técnica de apresentação.

    Aprovação — O acompanhamento pedagógico, com aulas de reforço para os que tinham dificuldades de aprendizagem, serviu para complementar, de forma atrativa, os conteúdos oferecidos em sala de aula. “Vários alunos estavam com notas baixas nas disciplinas, mas com o estudo no contraturno conseguiram superar as dificuldades”, ressalta Katiuscia. Ela revela que os alunos do terceiro ano que participaram do projeto de aulas preparatórias para o Enem também conseguiram bons resultados. Vários estudantes obtiveram aprovação em vestibulares de universidades públicas ou conquistaram bolsas em instituições particulares.

    Há 15 anos na área da educação, Katiuscia é pós-graduada em educação do campo e em educação profissionalizante.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

  • Estudantes visitam a reserva Revecom: trabalho de campo para aproximar teoria e prática (foto: rppnrevecom.blogspot.com)Meio Ambiente no Século 21 é o tema central do Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI) desenvolvido na Escola Estadual Professor Rodoval Borges Silva, em Santana, município da região metropolitana de Macapá, Amapá. Iniciado em 2010, o programa tem sido bem aceito por professores e alunos.

    “Essa aceitação pode ser constatada pela participação ativa e envolvimento manifestado nos diversos trabalhos”, explica a coordenadora pedagógica Francisca de Moraes Guedes, que atua como articuladora do programa. “Os alunos participam de todas as atividades de maneira exemplar.”

    Oficinas de teatro, música e dança, aulas de futsal, voleibol, informática, momentos para leitura e realização de experiências científicas são algumas das atividades do programa. “Os estudantes aprendem e se divertem”, avalia a coordenadora. De acordo com Francisca, o ProEMI dá oportunidade à escola de elaborar o próprio currículo e trabalhar com os anseios dos alunos e da comunidade. “Considero o ProEMI um crescimento na educação”, ressalta. “Ele busca garantir a formação integral com a inserção de atividades que tornam o currículo mais dinâmico, atendendo às expectativas dos alunos e às demandas da sociedade local.”

    A professora salienta que o programa leva alunos e professores a se tornarem pesquisadores e cria condições para melhorar a qualidade do ensino médio.

    Na visão do pedagogo Romildo Ferreira Holanda Júnior, diretor da escola, o programa visa a garantir uma educação de melhor qualidade. “Percebe-se que o índice de reprovação e abandono está diminuindo gradativamente”, diz Romildo, que está há 20 anos no magistério.

    Campo — Em 2014, a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável tiveram destaque no ProEMI, com a realização de trabalho de campo na reserva particular de patrimônio natural Revecom, em Santana. O trabalho teve o sentido de aproximar teoria e prática.

    Na fase inicial, chamada de pré-campo, os professores sugeriram formas interdisciplinares de desenvolvimento do trabalho. Também foram realizadas aulas expositivas para discutir o tema a partir de diferentes abordagens disciplinares — história, sociologia, geografia, química, física e biologia.

    Na etapa denominada de campo ocorreu a aula prática, com participação de alunos, professores e funcionários da reserva Revecom. No pós-campo, foram realizadas palestras, exposição fotográfica e atividades de sensibilização da população no entorno da escola.

    De acordo com a professora Francisca, o ProEMI também desenvolveu projeto sobre a relação entre a migração e o mercado de trabalho no Amapá — o estado tem sido destino de fluxos migratórios —, na tentativa de compor um quadro analítico da realidade das famílias dos alunos, além de tentar entender parte da realidade do estado.

    Há 22 anos no magistério, a professora tem licenciatura em geografia, especialização em supervisão escolar e mestrado em ciências da educação.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

  • Valorizar a leitura e desenvolver o gosto dos alunos por essa atividade são os enfoques principais do Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI) desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Básico Poncho Verde, no município gaúcho de Panambi, desde fevereiro de 2014.

    Por meio dos projetos de leitura Autor na Escola e Momento Ler, mais de 500 estudantes do ensino médio politécnico, dos turnos diurno e noturno, tiveram oportunidade de ampliar conhecimentos e melhorar o vocabulário, além de preparar a mente para o estudo das disciplinas escolares. O aprofundamento de temas relacionados a preconceito e assuntos do cotidiano e o cultivo do respeito com os autores e suas obras foram outros benefícios.

    As primeiras ações começaram em fevereiro, a partir do contato da escola com a editora para a escolha e a compra dos livros e a divulgação do projeto na comunidade escolar. Em seguida, houve a formação de um grupo interdisciplinar e foi feita a entrega das obras aos alunos do ensino médio. No decorrer do ano, a escola foi visitada pelos autores Walmor Santos, Maria Inez Flores Pedroso, Orlando Fonseca e Pablo Moreno.

    “O programa Ensino Médio Inovador trouxe benefícios significativos para a escola”, diz Carini de Fátima Ribeiro Hinnah, professora de inglês e de língua portuguesa. “Os alunos tiveram oportunidade de ganhar obras literárias, bem como de conhecer pessoalmente os autores dos livros que ganharam.”

    Carini explica que a escola se manteve mobilizada para a leitura no decorrer do ano. “Toda a semana, durante 30 minutos, alunos, professores, funcionários e equipe diretiva paravam seus afazeres para a realização do Momento Ler”, salienta. Em sua visão, essa prática trouxe resultados excelentes. “Percebe-se a leitura sendo feita pelo prazer de ler, sem imposição deste ou daquele relatório”, justifica. Com graduação em letras e especialização em linguística e ensino da língua e da literatura, Carini está no magistério há 12 anos.

    Segundo Sandra Maria Ramos Schmidt, professora de língua portuguesa, os alunos ficaram mais interessados em ler, estudar e perguntar. Também melhoraram nas apresentações de trabalhos. “Até os alunos mais tímidos passaram a se expressar melhor”, avalia.

    Graduada em letras e há dez anos no magistério, Sandra destaca a apresentação de livros e paródias pelos alunos e a realização da hora da literatura, na qual eles faziam comentários sobre o que foi lido.

    Para a diretora da escola, Áurea Denise da Costa Menegon, o programa teve muita receptividade, com envolvimento de alunos e professores em todas as atividades propostas. De acordo com ela, o programa também contou com a participação de alunos e professores do ensino fundamental. “Eles se engajaram nas atividades do Momento Lere na aquisição de livros para a biblioteca”, ressalta.

    Há 19 anos no magistério e há oito no exercício da função de diretora, Áurea tem licenciatura plena em biologia e especialização em gestão e supervisão escolar.

    Fátima Schenini

  • Afixado em paredes da escola, o jornal ajuda os estudantes a conhecer diversas formas de linguagem e a aprimorar o vocabulário (foto: arquivo do CE Parque dos Buritis)O desenvolvimento de competências e habilidades em língua portuguesa, matemática e outras disciplinas a partir da leitura de um periódico foi a opção do Colégio Estadual Parque dos Buritis, em Goiânia, no Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI). O projeto Jornal no Mural contribuiu para o aperfeiçoamento da leitura, interpretação e produção de textos. Também permitiu aos estudantes conhecer diversas formas de linguagem e aprimorar o vocabulário.

    “O jornal local de maior circulação em nosso estado é afixado nas paredes das salas de aula diariamente”, diz a professora Aline Souza de Camargo, coordenadora do Programa Ensino Médio Inovador – Projeto Jovem do Futuro (PJF). “Assim, os alunos têm acesso a ele nos períodos de intervalo ou quando um professor propõe seu uso na sala de aula”, explica.

    Professora de química e ciências da rede pública de Goiás há dez anos, Aline tem licenciatura em química e mestrado em ensino de ciências na área de química. Ela exerce também as funções de coordenadora pedagógica e de orientadora do Pacto para o Fortalecimento do Ensino Médio.

    Professores de todas as disciplinas adotam a leitura do jornal, cada um de acordo com o contexto do conteúdo curricular. Professora de língua portuguesa, Maria de Lourdes da Silva, aproveita para orientar os estudantes a ler manchetes e notícias de maneira crítica. Para ela, a leitura de um jornal contribui para a ampliação do vocabulário dos estudantes. Com graduação em letras, Maria de Lourdes está no magistério há 22 anos.

    Debate — A professora de história e de sociologia Divina Maria de Souza procura, no jornal, notícias de interesse dos jovens ou assuntos de repercussão local, nacional ou internacional. Depois, em sala de aula, promove debates a fim de desenvolver opiniões e argumentações. “Em seguida, procuro incentivar os alunos a produzir e expor textos nos murais da escola”, revela.

    De acordo com Divina, o projeto resulta em benefícios. “Estimulando a leitura, temos jovens conscientes e capazes de se tornarem sujeitos de sua história e de seu aprendizado, de desenvolver a capacidade de se expressar oralmente, de conhecer direitos e deveres, de exigir mais dos órgãos competentes nos grupos sociais em que estão inseridos”, ressalta. Outra contribuição valiosa, segundo a professora, tem sido o desenvolvimento da escrita. “A cada debate de um tema gerador segue-se uma produção textual”, diz. “Observamos não apenas a ortografia, mas também a capacidade criativa do aluno ao dissertar sobre diversos assuntos.”

    Divina tem observado uma boa aceitação dos alunos. “Saímos da rotina e trazemos para a sala algo inovador, que é a leitura dos assuntos do cotidiano, de interesse deles mesmos”, salienta. Ela reconhece que nem sempre os estudantes entendem esses mesmos temas quando apresentados pelos telejornais. Então, ela complementa as informações com dados do contexto histórico. “É muito mais interessante do que uma aula expositiva”, justifica. Há 26 anos no magistério, Divina tem licenciatura em história e pós-graduação em história regional, local e nacional e em métodos e técnicas de educação superior.

    O Colégio Parque dos Buritis deu início às atividades do ensino médio inovador em 2012. Além do projeto Jornal no Mural, o diretor da unidade, Roberto Bernardes da Silva, cita a realização de projetos de monitoria, acompanhamento de alunos com dificuldades de aprendizagem, futsal e passeios educativos a cidades históricas. “Toda atividade que leva a instituição a sair da rotina é bem vista pela comunidade escolar”, afirma. “Por meio dessas ações, despertamos a cidadania, trabalhamos a socialização e fortalecemos o processo ensino-aprendizagem.”

    Com graduação em filosofia e pós-graduação em educação ambiental, Roberto Silva atua no magistério há 22 anos.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

Fim do conteúdo da página