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  • Rio de Janeiro — A elaboração de projetos voltados para a interdisciplinaridade é uma das principais metas dos participantes do curso de formação continuada para professores do ensino médio, realizado pelo programa Ensino Médio Inovador. A formação, que será concluída esta semana, reúne no Rio de Janeiro cerca de 500 educadores, entre diretores, equipes pedagógicas, professores, representantes das secretarias estaduais de educação e do Ministério da Educação.

    Para Benedito Oscar Santos, professor de artes da Escola Estadual Tiradentes, de Macapá, a importância da interdisciplinaridade — interação entre disciplinas ou áreas do saber, em níveis de complexidade diferentes —está em oferecer aos alunos uma visão geral do mundo. Ele planeja usar os recursos do programa Ensino Médio Inovador, da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, para implantar projeto que una geografia, biologia e música. “A ideia é partir da região geográfica estudada e associá-la com biodiversidade e música regional”, explica. O professor pretende que os alunos tomem maior consciência de seu estado e de sua cultura.

    Silvana Silva, do Centro de Ensino Maria Mônica Vale, de São Luís, pretende aplicar os recursos do programa em um trabalho de interdisciplinaridade que envolva as comunidades próximas à escola. “A cada ano, escolhemos um tema, e os alunos adotam uma comunidade para repassar todo conhecimento adquirido”, explica. Em 2009, o tema do projeto foi o uso sustentável da água.

    Em São Simão, Goiás, há um projeto de resgate do ensino médio com propostas pedagógicas aliadas a novas tecnologias.

    A transferência de recursos do MEC para incentivar inovações nessa etapa do ensino médio foi de R$ 22 milhões, no ano passado.

    Assessoria de Imprensa da SEB
  • Novo texto prioriza formação prática para cursos presenciais e a distância

    Larissa Lima, do Portal MEC

    A capacitação dos docentes é o primeiro passo para a melhoria dos índices de educação no país. Pensando nisso, o Ministério da Educação (MEC) publicou resolução que institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação) e define diretrizes para a política.

    O texto indica que os currículos dos cursos de formação dos docentes vão ter como referência a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que define os direitos de aprendizagem de todos os alunos das escolas brasileiras. As instituições de ensino com cursos de licenciatura terão no mínimo dois anos para fazer a adequação dos currículos à base.

    Uma das principais mudanças dessa diretriz é a formação baseada em atividades práticas e presenciais. “A prática deve estar presente em todo o percurso formativo do licenciando, com a participação de toda a equipe docente da instituição formadora”, de acordo com a resolução.

    “A resolução estabelece as diretrizes e habilidades que irão nortear a formação inicial, definindo as competências que deverão ser desenvolvidas nos futuros professores”, explicou o secretário de Educação Básica do MEC, Janio Macedo. A resolução foi publicada na edição desta segunda-feira, 10 de fevereiro, do Diário Oficial da União (DOU).

    Pela primeira vez, a obrigatoriedade de horas práticas também se estende aos cursos a distância. “Para a oferta na modalidade EaD, as 400 horas do componente prático, vinculadas ao estágio curricular, bem como as 400 horas de prática como componente curricular ao longo do curso, serão obrigatórias e devem ser integralmente realizadas de maneira presencial”.

    Todos os cursos de nível superior de licenciatura destinados à formação inicial de professores terão carga horária total de no mínimo 3.200 horas, organizadas em três grupos:

    • Grupo I: 800 horas, para a base comum que compreende os conhecimentos científicos, educacionais e pedagógicos e fundamentam a educação e suas articulações com os sistemas, as escolas e as práticas educacionais;
    • Grupo II: 1.600 horas, para a aprendizagem dos conteúdos específicos das áreas, componentes, unidades temáticas e objetos de conhecimento da BNCC, e para o domínio pedagógico desses conteúdos;
    • Grupo III: 800 horas para prática pedagógica. Metade do tempo para o estágio supervisionado, em situação real de trabalho em escola, segundo o Projeto Pedagógico do Curso (PPC) da instituição formadora, e outras 400 horas para a prática dos componentes curriculares dos Grupos I e II, distribuídas ao longo do curso, desde o seu início.

    Competências – A base é estruturada em habilidades e competências gerais e específicas para a formação dos novos professores. O documento pretende que o docente vá além do conteúdo tradicional de sala de aula. A ementa sugere que o profissional desenvolva, nos estudantes, competências éticas, humanas e técnicas para incentivar a reflexão, análise, comparação e uso das tecnologias disponíveis.

    Confira abaixo as competências gerais da base:

    1. Compreender e utilizar os conhecimentos historicamente construídos para poder ensinar a realidade com engajamento na aprendizagem do estudante e na sua própria aprendizagem colaborando para a construção de uma sociedade livre, justa, democrática e inclusiva.

    2. Pesquisar, investigar, refletir, realizar a análise crítica, usar a criatividade e buscar soluções tecnológicas para selecionar, organizar e planejar práticas pedagógicas desafiadoras, coerentes e significativas.

    3. Valorizar e incentivar as diversas manifestações artísticas e culturais, tanto locais quanto mundiais, e a participação em práticas diversificadas da produção artístico-cultural para que o estudante possa ampliar seu repertório cultural.

    4. Utilizar diferentes linguagens — verbal, corporal, visual, sonora e digital — para se expressar e fazer com que o estudante amplie seu modelo de expressão ao partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos, produzindo sentidos que levem ao entendimento mútuo.

    5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas docentes, como recurso pedagógico e como ferramenta de formação, para comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e potencializar as aprendizagens.

    6. Valorizar a formação permanente para o exercício profissional, buscar atualização na sua área e afins, apropriar-se de novos conhecimentos e experiências que lhe possibilitem aperfeiçoamento profissional e eficácia e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania, ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

    7. Desenvolver argumentos com base em fatos, dados e informações científicas para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns, que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental, o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

    8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana, reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas, desenvolver o autoconhecimento e o autocuidado nos estudantes.

    9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza, para promover ambiente colaborativo nos locais de aprendizagem.

    10. Agir e incentivar, pessoal e coletivamente, com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência, a abertura a diferentes opiniões e concepções pedagógicas, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários, para que o ambiente de aprendizagem possa refletir esses valores.

  • Conheça histórias de pessoas que trilharam a vida sob os ensinamentos de seus docentes

    Quais são as melhores lembranças que você traz dos seus professores ou professoras? Buscando histórias de pessoas que foram marcadas por seus mestres, descobrimos as influências dos docentes em muitas escolhas que fazemos na vida pessoal e profissional. Nesta semana em que comemoramos o Dia do Professor, trazemos quatro histórias diferentes.

    A primeira é de Gustavo Cordeiro, jornalista e professor de português e espanhol. Aos 39 anos, ele se recorda das primeiras lições da professora Ângela que lhe deu liberdade para escolher a melhor forma de aprendizado no seu professo de alfabetização.

    “Eu não conseguia simplesmente copiar as palavras. Então, conversei com a professora e perguntei se não seria mais interessante minha mãe fazer um ditado e ela, na sala de aula, corrigir depois para ver se eu estava escrevendo direitinho”, lembra Gustavo.

    Mais tarde foi a professora Cida que no quinto ano ensinou a Gustavo que liberdade pode ser uma boa ferramenta quando utilizada com responsabilidade.

    Assista:

    Assessoria de Comunicação Social

  • Conheça histórias de pessoas que trilharam a vida sob os ensinamentos de seus docentes

    Como um professor incentivou o aluno a seguir a carreira de: professor. Essa é a história contada pelo professor de educação física Pablo Menezes, 27 anos, no segundo episódio da série “Professores e as nossas escolhas”, produzida pela TV MEC para homenagear os docentes nesta semana.

    No vídeo, Pablo conta como o professor Luciano Peters virou referência no trabalho que realiza hoje. “O jeito de lidar com os alunos e a forma de ensinar. Ele sempre teve a característica de compreender bem e nunca deixar de escutar o estudante dele”.

    A série mostra histórias de pessoas que foram marcadas e influenciadas pelos mestres nas escolhas da vida pessoal e profissional.

    Assista:

    Assessoria de Comunicação Social

  • A equipe pedagógica do portal Britannica Escola realizará mais três treinamentos on-line voltados a professores da educação básica no mês de novembro, nos dias 28, 29 e 30. Periodicamente, são realizados encontros em diferentes horários, nos quais a equipe explica aos docentes como utilizar as ferramentas digitais da Britannica em sala de aula e também nas atividades complementares.

    As inscrições são gratuitas e os professores podem escolher o horário mais conveniente para participar do treinamento. Cada sessão apresenta conteúdos por cerca de 60 minutos. Em 2016, foram realizadas 18 sessões de capacitação on-line do Britannica Escola, com 163 participantes. No primeiro semestre deste ano, 528 educadores fizeram as aulas.

    O portal Britannica Escola é uma parceria da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), autarquia vinculada ao MEC, com a Encyclopædia Britannica, uma das mais conhecidas e conceituadas editoras do mundo. Acessando a interface – toda em português e de acesso gratuito –, alunos e professores poderão utilizar, durante o processo de aprendizado, ferramentas de ensino e recursos multimídia disponíveis no portal, como artigos de enciclopédia, imagens e vídeos, atlas do mundo, biografias, notícias diárias voltadas para as crianças, recursos interativos de geografia e jogos interativos.

    Acesse o portal Britannica Escola.

    As próximas capacitações serão em 28 de novembro (9h às 10h), 29 de novembro (14h às 15h) e 30 de novembro (11h às 12h).

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

     

  • A oportunidade de ampliar conhecimentos e repassá-los para outras pessoas é o objetivo de cem professores brasileiros da rede pública de ensino que embarcaram para Ontário, no Canadá, nesta semana. Os docentes vão passar oito semanas no país, o que foi possível graças a bolsas de estudo da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC).

    A capacitação dos professores de 18 estados e do Distrito Federal é parte da cooperação entre a Capes e o Colleges and Institutes Canada (CICan). A proposta é oferecer aos professores brasileiros aperfeiçoamento em inglês, além do desenvolvimento de habilidades relacionadas à liderança, gestão pedagógica, entre outros.

    Uma das inscritas no programa, Daiane Arend Flores de Oliveira, professora de educação infantil e anos iniciais em Taquara (RS), destaca que a experiência vai ajudar a reformular a proposta curricular e o sistema de avaliação do seu município. “A proposta da Capes surgiu no momento em que estávamos iniciando o processo. Literalmente, vamos unir o útil ao agradável”, conta.

    A Capes oferece as bolsas por meio do Programa de Desenvolvimento Profissional de Professores da Educação Básica, que é dividido em duas partes. A primeira é composta por um curso básico de inglês. A segunda é destinada à formação dos professores com atividades voltadas à gestão de sala de aula e à aprendizagem centrada no aluno.

    Os benefícios garantidos aos participantes incluem passagens aéreas nacionais e internacionais de ida e volta, ajuda de custo, seguro-saúde, deslocamento no Canadá (aeroporto/universidade/aeroporto), alojamento em casa de família canadense (homestay), incluindo três refeições, curso de formação e material didático.

    Para Danielle do Vale, professora de ensino médio de Marabá (PA), a capacitação será uma oportunidade de acompanhar de perto como um país desenvolvido consegue inserir com qualidade a educação física no dia a dia dos estudantes. “Sinto falta de trazer o aluno para mais perto da aula de educação física”, afirma.

    Segundo a Capes, há previsão de três novos editais, ainda neste semestre, para capacitações de novas turmas de docentes no Canadá, na Irlanda e nos Estados Unidos em 2020.

    Assessoria de comunicação social, com informações da Capes

  • Os professores da educação básica poderão recorrer a orientações de especialistas para atender alunos com transtornos como a dislexia. Um grupo de trabalho, instituído pela Portaria nº 6, de 5 de junho de 2008, iniciou as discussões na última terça-feira, 24, a fim de elaborar políticas direcionadas à educação desses alunos.


    Para a coordenadora-geral da política pedagógica da educação especial do Ministério da educação, Rosângela Machado, a intenção da nova comissão é assegurar o direito de toda criança em aprender, independentemente de suas necessidades educacionais. “Queremos desmistificar idéias mal formadas sobre esse tipo de transtorno e definir diretrizes voltadas para as práticas educacionais”, disse.


    O grupo de trabalho pretende realizar estudos sobre os transtornos e elaborar um documento com orientações capazes de ajudar os professores na educação de alunos com distúrbios como a dislexia, disortografia, disgrafia, discalculia, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Segundo a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), a dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula e atinge entre 5% e 17% da população mundial.


    A ABD define dislexia como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração. Em relação aos alunos com déficit de atenção, a Associação Brasileira de Déficit de Atenção (Abda) explica que eles apresentam sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. A discalculia tem a ver com a dificuldade do aluno com operações matemáticas. O estudante com disgrafia tem problemas para escrever letras e números e aqueles com disortografia podem fazer confusões com as sílabas e trocar letras que se parecem sonoramente.


    Formado por especialistas do MEC, universidades, associações de pais e alunos e entidades ligadas a transtornos funcionais, entre outros membros, o grupo terá até 120 dias para apresentar propostas de diretrizes que possam orientar os professores a atender melhor os alunos com transtornos de aprendizagem. Entre os participantes do grupo, há 16 membros permanentes, além de especialistas convidados.


    Maria Clara Machado

  • O Departamento de História da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) abriu inscrições para a quarta edição do Curso de Formação Continuada, voltado para professores e graduandos de todas as áreas, que será realizado entre 1º de março e 10 de maio próximos. O curso faz parte do cronograma da 8ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), promovida por aquela universidade.

    O curso terá como tema o uso de imagens em sala de aula e as inscrições podem ser feitas até 15 de fevereiro, pela página da ONHB na internet. Realizado no formato on-line, o curso inclui materiais inéditos, textos e vídeos produzidos para enriquecer a discussão e o trabalho em sala de aula dos professores dos ensinos fundamental e médio. O curso tem apoio e participação de historiadores de renome e pesquisadores da Unicamp.

    A coordenadora da ONHB, Cristina Meneguello, explica que a proposta do programa é ampliar a capacidade do ensino e aprendizado de história. “O curso tem perfil metodológico, convidando os participantes a refletir sobre as imagens e as diferentes formas pelas quais elas podem ser utilizadas em sala de aula”, afirmou.

    É permitida a participação de professores e outros profissionais que não sejam orientadores de equipes inscritas na 8ª ONHB.

    Conheça a página da Olimpíada de História

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da ONHB 

  • Na Escola Municipal Pedro Moacyr, em Padre Miguel, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, sete professoras já ultrapassaram o tempo de serviço necessário para a aposentadoria, mas continuam em atividade. Em uma idade na qual a maioria das pessoas está descansando, elas continuam à frente de turmas de alunos curiosos e irrequietos do ensino fundamental.

    A decana é Sueli Figueiredo Cotta, 68 anos. Regente de duas turmas de primeiro ano, ela diz que o trabalho de professor representa encantamento. “Quando vejo a criança despertar para o aprender, é mágico”, destaca Sueli. Para ela, que se considera graduada, pós-graduada e com doutorado em saber lidar pedagogicamente com crianças, adolescentes e adultos, ser uma boa professora é como fazer um bolo sem receita. “Vou colocando meus ingredientes a gosto, na medida desejada.”

    “Este ano, ouvi muitas vezes que estou velha, que já sou uma senhora, dando ao ‘senhora’ um peso que ainda não sinto”, ressalta Sueli. “Gente ‘caçula’, que vive lembrando a idade dessa ‘velha senhora’: calma! Estou dentro da lei”, destaca a professora. Ela está certa. O limite de idade para a aposentadoria compulsória dos servidores públicos é de 70 anos.

    Vocação — Maria de Fátima Barbosa Ferreira, 64 anos, no magistério há 38, ama seu trabalho. “Ser professora significa ajudar a transformar o aluno em um cidadão consciente de seus direitos e deveres”, salienta. De acordo com ela, não há segredo para ser uma boa professora, mas é preciso ter vocação, estudar sempre e aceitar mudanças. “É fundamental acompanhar as transformações que surgem na área do ensino-aprendizagem”, avalia. Outro ponto importante, segundo ela, é usar o diálogo e o bom-senso. “É muito importante ouvir o aluno.”

    Com graduação em letras (língua portuguesa) e pós-graduação em literatura e em docência do ensino superior, Fátima leciona a uma turma de primeiro ano. Ela ainda não sabe o que vai fazer quando se aposentar. “Talvez passear mais, fazer alguma atividade prazerosa”, diz.

    O encanto despertado pela alfabetização dos alunos e o acréscimo ao salário de professor gerado pelo Programa de Abono de Permanência (PAP) são os elementos que contribuem para a permanência de Branca Azaléia Lima no magistério. Com 62 anos, 37 de carreira, ela atende este ano a uma turma de terceiro ano.

    “O segredo para ser uma boa professora é gostar do que faz e estar sempre estudando”, diz Branca. Quando se aposentar, ela pretende trabalhar com adultos que não tiveram oportunidade de aprender a ler e escrever. “Estou me preparando para isso; descansar, só quando morrer.” Graduada em letras (língua portuguesa e literatura), ela tem pós-graduação em coerência e coesão dos textos escolares.

    Fátima Schenini

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  • Autorizada a abertura de concurso público para preenchimento de 8,9 mil vagas de professores e técnicos administrativos da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, o Ministério da Educação estabelece a destinação de 8,1 mil dessas vagas. De acordo com a Portaria nº 11, publicada no Diário Oficialda União desta segunda-feira, 11 (Seção 1, página 19), os cargos serão distribuídos entre os institutos federais de educação, ciência e tecnologia. O restante será reservado aos centros federais de educação tecnológica (Cefets) do Rio de Janeiro e de Minas Gerais e demais unidades vinculadas à rede.      

    De acordo com o diretor de desenvolvimento da rede, Getúlio Marques Ferreira, a distribuição confirma o compromisso do governo federal com o acesso à educação profissional em todo país. “A expansão da rede federal é uma política que traz inclusão e desenvolvimento social e econômico aos estados e municípios”, destacou.

    Foram contemplados com o maior número de vagas os estados de São Paulo (381), Rio Grande do Sul (376) e Bahia (359). Na distribuição, foram observados fatores como o número de matrículas e de unidades de cada instituto e o planejamento das instituições de ensino. Todos os institutos realizarão concursos em 2010. A demanda por professores e técnicos administrativos resulta da expansão da rede. Foram entregues 102 unidades de ensino em 2009. Para este ano, estão previstas mais cem.

    De acordo com os editais, que devem ser lançados ainda este mês, serão 4,4 mil vagas para professores — salários iniciais de R$ 2,8 mil para profissionais com graduação e de R$ 6,5 mil para doutores com dedicação exclusiva. Para os técnicos, serão 3,6 mil vagas e remuneração média de 1,5 mil.

    A autorização para o provimento das 8,9 mil vagas foi dada pelo Ministério do Planejamento em 31 de dezembro de 2009. Até o fim do ano, devem ser abertas outras 8,8 mil, também a serem preenchidas em concurso público.

    Assessoria de Imprensa da Setec
  • A escola gaúcha destaca-se pelo processo de construção, resgate e valorização da identidade cultural da comunidade (foto: informaticamontenegro.blogspot.com)Prestes a completar 30 anos de magistério, a professora Ruti Kniest defendia, no início da carreira, que as escolas rurais, multisseriadas, sem infraestrutura física e humana, deveriam ser fechadas, com a transferência dos estudantes para escolas maiores, próximas à cidade. Após três décadas e diferentes experiências profissionais, a professora pensa de forma diferente. “Ao contrário, considero necessário que os órgãos públicos fortaleçam as escolas e as comunidades com uma política séria de recursos físicos e humanos”, enfatiza.

    Desde 2013, Ruti leciona na Escola Municipal de Ensino Fundamental Etelvino de Araújo Cruz, na área rural, a 30 quilômetros da sede do município gaúcho de Montenegro. A opção da professora pela escola deve-se ao destaque obtido pela unidade de ensino no processo de construção, resgate e valorização da identidade cultural da comunidade na qual está inserida.

    A instituição tem 280 alunos, matriculados em turmas que vão da educação infantil ao nono ano do ensino fundamental. Eles são atendidos por 25 professores e quatro funcionários. “Meus colegas e eu temos formação superior; quase todos são especialistas em alguma área educacional”, diz. “Alguns têm mestrado em educação.” De acordo com a professora, é uma realidade diferente daquela vivenciada no início da carreira.

    Com graduação em pedagogia, pós–graduação em gestão educacional (supervisão e orientação) e vários cursos na área de alfabetização, Ruti trabalha com turmas do primeiro ao terceiro ano do ensino fundamental. Para ela, a tarefa da professora que atua com alunos dessas turmas é aproximar o conhecimento escolar das vivências do mundo infantil. “É estimular a criatividade, a curiosidade, a alegria de conhecer coisas novas, mas também a possibilidade de valorizar os conhecimentos e as vivências da comunidade”, diz. Ela enfatiza a necessidade de estimular as crianças a conhecer e apreciar suas raízes. Quando forem adultas, elas poderão olhar com orgulho para sua origem e sua história. “A cor e o sabor das aulas dependem da nossa curiosidade em buscar”, afirma. “Em olhar para o mundo que está a nossa volta, em nunca deixar de ter curiosidade e buscar conhecimento.”

    Ruti mostra satisfação ao trabalhar com duas colegas que foram suas alunas. “São meninas do interior, que levaram os sonhos adiante, buscaram aperfeiçoamento profissional em especializações e mestrado”, diz. “Hoje, voltam para a sua localidade para continuar o ciclo de construir caminhos para aqueles que vêm. Neste sentido é que tenho esperança no futuro.”

    As crianças da área rural, hoje, segundo a professora, têm mais possibilidades de avançar e escolher o local de atuação, na cidade ou no campo, com respeito à própria história de vida. “É esse movimento que faz as gerações evoluírem.”

    Fátima Schenini

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  • Em reunião nesta quinta-feira, 12, com representantes de entidades de estados e municípios e representante dos trabalhadores em Educação, o ministro Mendonça Filho destacou a antecipação de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb) para o pagamento de profissionais da educação e complementação do piso salarial para Estados e municípios que não conseguem cumprir a legislação do piso salarial dos professores.

    “São nove estados, preponderamente os mais pobres do Nordeste, que receberam R$ 1,250 bilhão dentro de uma política que é inovadora”, disse o ministro. E explicou: “Como se sabe, o repasse desses recursos se dava até o quarto mês do ano fiscal de competência dessa obrigação do governo federal”.

    Segundo Mendonça Filho, pela primeira vez na história, desde a criação desse instrumento, o governo repassou, dentro do ano de exercício fiscal, os recursos que ajudaram os estados e municípios a cumprir a legislação do piso. A partir de 2017, anunciou, o repasse será antecipado, mês a mês, aos estados e municípios, para que possam cumprir a obrigação de honrar o piso nacional dos professores. Segundo Mendonça Filho, chegou-se a uma maneira “mais correta, transparente e justa para os estados e municípios”.

    Participaram da reunião com o ministro os novos representantes do fórum permanente para acompanhamento da atualização progressiva do valor do piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. Alessio Costa Lima, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), entidade que integra o fórum, elogiou a iniciativa do MEC. “Essa decisão vem no momento certo porque a gente sabe das dificuldades financeiras dos estados e municípios no sentindo de cumprir a legislação do piso.”
    De acordo com ele, “é justo que esse recurso, que normalmente só era feito no exercício seguinte, seja pago dentro do ano civil”. “É uma forma de fazer com que os estados e municípios tenham condições financeiras de honrar não apenas com o piso, mas com o pagamento de toda a sua folha de pessoal”, disse. Além da Undime, o fórum é composto por representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Conselho Nacional de Secretários da Educação (Consed) e dirigentes do MEC.

    Uma reivindicação do presidente do Consed, Frederico Amâncio, também endossado pela Undime, é a atualização da fórmula de cálculo do piso, para que possa acompanhar o aumento de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

    No reajuste do piso para 2017 foi considerado o crescimento do valor mínimo por aluno do Fundeb de 2016 em relação a 2015, critério adotado desde 2009. “Defendemos há algum tempo que esse mecanismo de atualização do piso precisa ser regulamentado em padrões compatíveis com a realidade e crescimento dos próprios recursos do Fundeb”, explica Aléssio. Segundo ele, da forma como está gera um descompasso entre o reajuste do piso e as receitas do Fundeb”, acrescenta.

    Outra demanda do fórum é rediscutir a questão dos planos de carreira vigentes nos estados e municípios. “Precisamos de um piso que seja sustentável, que seja possível um gestor honrar e pagar os professores e que permita a esses profissionais crescerem e evoluírem em sua carreira.”

    Assessoria de Comunicação Social 


  • (Foto: Assessoria de Comunicação/MEC)

    O ministro da Educação, Abraham Weintraub, defendeu uma maior valorização dos professores do ensino básico no Brasil durante reunião com cerca de 60 secretários municipais, nesta sexta-feira, 17. O bate papo ocorreu no último dia do Bett Educar, em São Paulo, evento que discute o papel da tecnologia e da inovação na formação de educadores e alunos.

    Em pouco mais de duas horas, o ministro explicou as diretrizes da nova gestão do MEC e ouviu demandas dos participantes. Weintraub disse que estreitar o diálogo com as secretarias estaduais e municipais de educação é fundamental para melhorar a qualidade do ensino no país.

    “Eu quero dar poder aos estados e municípios, que são os guerreiros da linha de frente da batalha para mudar a educação no Brasil”, afirmou.

    O ministro ressaltou que o objetivo final da educação é a felicidade. “O diploma universitário é muito importante, mas, saber ler e escrever, ser autodidata, ter livre arbítrio e poder fazer uma avaliação crítica aumentam as chances da pessoa atingir a felicidade. Isso exige preparo”, concluiu.

    Contingenciamento - Durante o evento, Weintraub voltou a explicar que os recursos recuperados de práticas de corrupção na Petrobras vão ser investidos na Educação, o que pode ajudar a minimizar o contingenciamento orçamentário da Pasta. O valor é de 600 milhões de dólares, o equivalente a 2,4 bilhões de reais, aproximadamente.

    O Bett Educar é considerado o maior encontro de educação e tecnologia da América Latina. Em 2019, o grande foco foi formação de professores.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Para a professora Jailde, o magistério, além de vocação, é missão: “Ensinar aos filhos dessa terra é um compromisso com meu povo”Moradora do Quilombo Jiboia, no município baiano de Antonio Gonçalves (11 mil habitantes), a professora Jailde Lima da Silva tem a oportunidade de lecionar na Escola Municipal Araguacy Gonçalves, na própria comunidade. “Sou filha desse quilombo”, diz. “Sinto estar realizada como professora de uma comunidade que retrata minha identidade.”

    Para Jailde, ser professora, além de vocação, é missão. “Ensinar aos filhos dessa terra é um compromisso com meu povo, que teve seus direitos negados ao longo de sua vida”, diz. “Sinto na pele o que é ser filha de pais analfabetos, que não tiveram a oportunidade de frequentar uma escola, não por escolha, mas por ter esse direito negado durante muitos anos.”

    Além da escola Araguacy Gonçalves, que tem 85 alunos matriculados no ensino fundamental e na educação de jovens e adultos, além de outros 32 no Projovem Campo – Saberes da Terra, o quilombo conta com uma escolinha de educação infantil e uma extensão do Centro Territorial Piemonte Norte do Itapicuru (Cetep), que oferece cursos profissionalizantes. O Projovem Campo é um programa nacional de fortalecimento e ampliação do acesso e da permanência de estudantes no sistema formal de ensino. São atendidos, basicamente, jovens agricultores familiares na faixa etária de 18 a 29 anos.

    De acordo com a professora, a escola quilombola inclui em sua proposta político-pedagógica a valorização da cultura local, o que a torna diferente. “Ela trabalha de fato com a identidade do povo quilombola, respeita a cultura, a religiosidade, os saberes e fazeres da comunidade, e trata as relações étnicas e raciais como folclore apenas nas datas comemorativas”, analisa.

    Oportunidades — Segundo Jailde, é possível perceber um avanço significativo na comunidade. “A educação abriu vários caminhos e oportunidades; eu sou prova real dessa mudança”, afirma a professora, que tem graduação em pedagogia e especialização em gestão escolar. “Quatro filhos da comunidade conseguiram cursar uma faculdade, passar em um concurso público e ser efetivados”, diz. “Ainda é muito pouco, mas são conquistas que minha mãe não teve.”

    As oportunidades de acesso à escola, abertas atualmente a crianças e jovens, são destacadas pela professora baiana. Ela cita itens como o transporte escolar e o livro didático, oferecidos gratuitamente pelo Ministério da Educação. “Na minha infância, não havia escola; eu frequentava uma casa de família, onde eram reunidas crianças com idade acima de oito anos para serem alfabetizadas.”

    Como a professora era a madrinha de Jailde, ela pôde participar desses encontros a partir dos dois anos, acompanhando os irmãos. “Meus pais trabalhavam na roça, e não tinha quem cuidasse de mim”, revela. O resultado é que Jailde conseguiu se alfabetizar aos cinco anos. Há 15 anos no magistério, ela leciona as disciplinas de história, geografia, sociologia e filosofia para estudantes do Projovem Campo.

    Fátima Schenini

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  • Professor Krerley Oliveira incentiva o estudo de 400 estudantes de 30 municípios de Alagoas para competição matemática

    A matemática mudou a vida do morador do bairro carente Benedito Bentes, em Maceió. Ainda no ensino médio, Krerley Oliveira, teve a oportunidade de treinar seus conhecimentos matemáticos através de um projeto especial baseado em olimpíada. A experiência pessoal o motivou a incentivar outros alunos de Maceió em competições matemáticas.

    Quando a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) foi criada em 2005 o professor Krerley fez questão de divulgar a novidade pessoalmente. "Saí de carro por todas as secretarias regionais para divulgar a competição", conta.

    A iniciativa de treinar alunos começou pequena, mas, atualmente já prepara 400 estudantes de 30 municípios de Alagoas aos sábados. "São muitas histórias", descreve sobre os resultados positivos alcançados.

    "Certa vez recebemos um aluno que estava fora de sua faixa etária na escola. Mas que se interessou em estudar aos 17 anos. Nós o incentivamos e ele fez graduação, mestrado, doutorado, foi estudar fora do país", conta. Ele lembra que muito tempo depois descobriu que estava fora da idade escolar porque estava envolvido com drogas.

    Para Krerley a competição e os prêmios distribuídos pela Obmep são apenas a consequência do trabalho e do estudo. "Para mim a matemática é a chance de ajudar outras pessoas. Sou cientista matemático profissional e a carreira tem um lado acadêmico mas eu tento desenvolver um lado social porque vim de uma comunidade muito carente. Tento proporcionar oportunidades para outras pessoas".

    Obmep 2020 – As inscrições para a 16ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) 2020 estão abertas e seguem até 20 de março. Criada em 2005, a Obmep tem o objetivo de estimular o estudo da matemática, identificar jovens talentos na área e contribuir para a melhoria da educação básica. A competição é destinada a estudantes do 6º ano do ensino fundamental a 3ª série do ensino médio.

  • A professora Nathalie Sena levou seus alunos a superar dificuldades de aprendizagem escrevendo sobre animais (Foto: Mariana Leal/MEC) A educadora Nathalie Sena da Silva usou a atração dos alunos pelos animais para despertar o interesse pela leitura e pelo aprendizado. Oito meses após iniciado o projeto Se Liga na Bicharada, com um grupo de estudantes que apresentava distorção entre idade e série e déficit de atenção, eles escreveram a própria fábula a partir do livro O Sapo que Engoliu a Lua, de Celso Antunes.

    Nathalie, da Escola Municipal Presbítero José Bezerra, de Recife, está entre os 30 educadores que receberam o prêmio Professores do Brasil, do Ministério da Educação, nesta quinta-feira, 3, em Brasília. Ela conta que os adolescentes, com idades entre 11 e 12 anos, eram passivos e mal conseguiam escrever o nome, mas se sentiam seguros e interessados quando falavam de animais. A professora decidiu então usar, durante as aulas, a publicação de Antunes, que fala de sonhos, otimismo, paciência, persistência e coragem.

    “Eles não só criaram a própria fábula (O Sapo e a Escada), como escreveram cartas ao autor”, revela Nathalie Sena. Antunes apoiou a publicação da iniciativa. Os estudantes, que antes sequer conseguiam assinar o nome, participaram de noites de autógrafos. A experiência desperta o interesse de outras turmas da escola, situada próxima a comunidades carentes na zona oeste da capital de Pernambuco.

    O efeito obtido pela educadora é exatamente o que o MEC procura identificar em todo o Brasil com a premiação: o rendimento dos alunos com as aulas. Essa é uma das exigências para participação no prêmio Professores do Brasil, que este ano foi integrado ao prêmio Gestão Escolar, promovido pelo Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed). Dessa integração resultou a iniciativa Educadores do Brasil.

    Heroínas — Outro destaque da premiação foi a experiência da educadora María del Pilar Tobar Acosta com alunos do Centro de Ensino Médio de São Sebastião, região administrativa do Distrito Federal. O foco da iniciativa Heroínas sem Estátua foi instigar os alunos a conhecer personalidades femininas que estão fora dos livros didáticos.

    Segundo Pilar, há uma lacuna nos livros didáticos sobre as mulheres. “Só vamos trabalhar com autoras de literatura, como Raquel de Queiroz [1910-2003] e Clarice Lispector [1920-1977], a partir do terceiro ano”, afirma.

    A professora Maria del Pilar instigou seus alunos a escrever sobre personalidades femininas que não aparecem nos livros didáticos (Foto: Mariana Leal/MEC) Após uma abordagem sobre o universo feminino em sala de aula, a professora pediu aos alunos que representassem uma mulher em mais de uma linguagem. Ela trabalhou com 350 estudantes, em dois bimestres. Eles produziram obras de arte ou usaram fotografias e tecnologias para destacar as heroínas, que vão desde personalidades conhecidas mundialmente, como a mexicana Frida Kahlo [1907-1954], a inglesa Jane Austen [1775-1817] e a brasileira Chiquinha Gonzaga [1847-1935], até Tereza de Benguela, líder quilombola no século 18, ou mulheres que desempenham batalhas diárias, como a própria mãe.

    Assessoria de Comunicação Social

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  • O Ministério da Educação participou, nesta terça-feira, 6, na Câmara dos Deputados, do Seminário Internacional de Formação Docente. Durante o evento, que teve como objetivo a troca de experiências nessa área, foram debatidos temas como formação inicial e continuada e o papel do professor na formação de cidadãos do século 21.

    A professora Carmem Neves, diretora de formulação de conteúdos educacionais do Ministério da Educação, participou da mesa que discutiu o tema formação continuada. Ela explicou que a pasta tem investido em programas que promovem o desenvolvimento dos profissionais, mas que os resultados ainda não são satisfatórios.

    “Nós estamos avaliando esses programas, mas o que temos visto é que, na maioria das vezes, eles reproduzem as lacunas da formação inicial: você chama instituições que fazem uma formação inicial frágil e pede para que elas façam a formação continuada, e a formação continuada acaba por reproduzir aquelas lacunas. Nós temos que reverter isso; conversar sobre isso e, principalmente, mudar isso”, salientou Carmem Neves.

    A representante do MEC destacou ainda a importância da cooperação entre união, estados e municípios para o trabalho de fomento à formação dos professores. Para ela, é necessário descentralizar e fazer um trabalho articulado com as redes e com as escolas e não um modelo único para todo o Brasil. “Discute-se no MEC sobre o professor estar permanentemente num processo de aperfeiçoamento, de desenvolvimento profissional e não um simples treinamento de professores”, lembrou Carmem Neves.

    O evento é voltado para profissionais da educação, gestores e pesquisadores e foi promovido pela Frente Parlamentar da Educação, em conjunto com a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Depois de reunião no Ministério da Cultura da França, Rossieli disse que o intercâmbio de professores será pauta de interesse comum entre os dois países (Foto: Divulgação)

    Paris, 13/9/2018 ­– Eleger pautas de interesse comum na área da educação entre a Europa e a América Latina foi um dos pontos centrais da reunião dos ministros da Educação do Brasil, Rossieli Soares, e da França, Jean-Michel Blanquer, nesta quarta-feira, 12, na sede do Ministério da Educação da França, em Paris.

    “A ampliação de intercâmbio de professores e políticas de formação de professores certamente serão pautas de interesse comum entre Brasil e França, através de acordo de cooperação internacional, que deverão ser expandidos para os continentes dos dois países”, destacou o ministro Rossieli Soares.

    Blanquer disse que, diante da fragmentação do mundo, compartilhar experiências em educação é fundamental neste momento. “Entre as nossas prioridades, temos como foco a formação permanente de professores. A partir deste encontro, vamos efetivar medidas de cooperação para a formação de professores”, disse.

    Blanquer dirigiu o Instituto de Altos Estudos da América Latina de Sorbonne durante seis anos e trabalhou em Bogotá, entre 1988 e 1991. Entre 2004 e 2006, foi presidente do Instituto das Américas, que reúne mais de 60 instituições de ensino superior e centros de pesquisas voltados sobretudo à América Latina.

    OCDE – Em reunião na quarta-feira, 12, com o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurría, na sede da OCDE, o ministro Rossieli Soares disse que o Ministério da Educação do Brasil acompanha com interesse a evolução das tratativas do processo de acessão do Brasil como membro da OCDE. “O Brasil participa do Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (Pisa) há 18 anos e é o país que apresentou melhora mais expressiva nos resultados da área de leitura desde a primeira edição da avaliação no ano de 2000”, destacou.

    Gurría elogiou o envio dos dados educacionais do Brasil, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao MEC.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Representantes dos ministérios da Educação e Planejamento e do Proifes assinam acordo (foto: Ilkens Souza/Ascom Planejamento) O governo federal, representado pelos ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog) e da Educação, assinou nesta sexta-feira, 3, com a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) o termo de acordo que assegura o envio de projeto de lei ao Congresso Nacional concedendo reajuste aos docentes.

    Participaram da solenidade a secretária-adjunta da Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Marcela Tapajós; o secretário de Ensino Superior do MEC, Amaro Lins; e o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Marco Antônio Oliveira. Pelo Proifes, assinou o presidente da entidade, Eduardo Rolim.

     

    De acordo com Amaro Lins, o processo de negociação conduziu à melhor proposta possível. “Acreditamos que todos saem ganhando com a proposta e espero que as professores das universidades e institutos voltem às aulas o mais rápido possível”, disse o secretário.

     

    Com a assinatura, estão concluídas as negociações com os professores do magistério superior e do ensino básico, técnico e tecnológico, dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia. O aumento varia entre 25% e 40%, sobre os salários de março, já reajustados, e será pago em três etapas, nos anos de 2013, 2014 e 2015 — na proporção de 40%, 30% e 30%. Vale para todos, incluindo os professores dos ex-territórios e das escolas ligadas ao Ministério da Defesa.

     

    Projeto– Até 31 de agosto, o governo enviará projeto de lei ao Congresso Nacional com os termos acordados no documento assinado nesta sexta e incluirá no Projeto da Lei Orçamentária Anual o valor que permitirá o pagamento, em 2013, da primeira parcela do reajuste. O custo total será de R$ 4,2 bilhões até 2015.

     

    Para Rolim, o acordo é benéfico para os docentes. “Nós entendemos que a proposta tem avanços importantes, nós consideramos esta uma etapa vencida e continuamos defendendo os interesses dos professores”, disse.

     

    O acordo assinado prevê ainda a criação de grupos de trabalho – formados por reitores indicados pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), e representantes de sindicatos que aderirem ao acordo MEC e Mpog – para discutir e aprofundar questões relativas ao plano de carreira dos professores, respeitados os limites da autonomia pedagógica e administrativa das universidades e dos institutos federais.

     

    As tabelas apresentadas pelo Planejamento e pelo MEC deixam claro que o governo buscou, principalmente, valorizar a titulação e a dedicação exclusiva.

     

    Assim, o aumento maior — de 40% — irá para o professor titular com dedicação exclusiva, o que leva o atual vencimento de R$ 12,22 mil para R$ 17,05 mil. E um professor com doutorado recém-ingressado na carreira passa a receber salário de R$ 8,4 mil durante o estágio probatório. Concluído esse período, de três anos, chegará a R$ 10 mil.


    Assessoria de Comunicação Social, com dados do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

     

  • Parceria entre o Ministério da Educação, Ministério da Justiça e Prefeitura de São Paulo ofertará 200 vagas para cursos de língua portuguesa dirigidos a imigrantes e refugiados por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Serão organizadas até sete turmas voltadas para o aprendizado da língua e cultura brasileiras. São Paulo será a primeira cidade a iniciar turmas.

    A  iniciativa foi organizada pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC e Secretaria Municipal de Direitos Humanos de São Paulo.

    Para participar, os imigrantes e refugiados deverão buscar o Centro de Referência e Acolhida para Imigrantes (Crai), no bairro da Bela Vista (Rua Japurá, 234), entre os dias 3 e 12 de dezembro. As aulas ocorrerão no período de fevereiro a maio de 2016, no horário noturno, em escolas da rede municipal em diferentes bairros. Nesta etapa a oferta é de cursos de nível português básico.

    Assessoria de Comunicação do Ministério da Justiça

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