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  • Neste domingo, 4, estudantes de 165 municípios brasileiros que realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2016 tiveram que dissertar sobre Os Caminhos para Combater o Racismo no Brasil. Considerado fácil por grande parte dos candidatos, o tema da redação trouxe à tona uma discussão bastante abordada nas rodas de amigos. “É um tema fácil, todo mundo sabe falar um pouco sobre isso”, definiu o estudante Ednilson Alves Oliveira.

    Esta é a segunda vez que o candidato realiza o exame. “Não sei se foi só impressão, mas achei que neste ano as provas estavam mais difíceis”, disse. Cursando o 3º ano do ensino médio, Ednilson pretende usar a nota para ingressar no curso de Educação Física.

    A paratleta Jéssica Campos contou com o apoio da mãe, Maria Inês de Bona, na preparação para o Exame. (Foto: Luís Fortes ACS/MEC)A paratleta Jéssica Campos, de 23 anos, também gostou do tema da redação. “É um assunto fácil de falar, porque quando a gente já tem um conceito, ele se torna uma coisa óbvia”. Fazendo o Enem pela primeira vez, Jéssica considerou o exame mais fácil do que pensava.

    “Por ser a primeira vez que eu estou fazendo, achei mais fácil do que as pessoas falam”, garantiu. “Claro que não vou dizer que acertei tudo, mas a gente coloca uma proporção tão maior na nossa cabeça, que acaba não sendo tão difícil como a gente imagina”.

    Alan Pereira achou a prova difícil, mas gostou do tema da redação. (Foto: Luís Fortes ACS/MEC)Alan Pereira, aluno do 2º ano do Centro Educacional Gisno, em Brasília, achou a prova difícil, mas afirmou que estava preparado. “Eu tive muito tempo para estudar”, disse. Sobre a temática, o estudante aproveitou para levantar a bandeira da raça humana. “Para mim não tem essa, os seres humanos são todos iguais”.

    Cerca de 277,6 mil candidatos estavam aptos a fazer as provas neste fim de semana. Eles tiveram o exame adiado devido à ocupação das instituições de ensino nas quais realizariam o Enem na data oficial de sua aplicação, dias 5 e 6 de novembro. Além da redação, neste domingo, 4, os candidatos fizeram provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Redação e Matemática e suas Tecnologias.

    O gabarito oficial deverá ser divulgado na quarta-feira, 7, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O resultado final do Enem está previsto para ser revelado no dia 19 de janeiro do próximo ano.

    Assessoria de Comunicação Social


  • O Dia da Consciência Negra, comemorado no Brasil em 20 de novembro, é a data em que culminam várias ações de enfrentamento ao racismo nas salas de aula, promovidas pelo Governo Federal. O Plano de Implementação da Educação para as Relações Étnico-Raciais, atualizado em 2013, orienta as iniciativas do Ministério da Educação nesse campo, com a formação de professores, a produção de material didático, a indução de políticas públicas e o auxílio técnico-financeiro. Um exemplo são os cursos de especialização e aperfeiçoamento – educação étnico racial e educação escolar quilombola – presentes em universidades do país.

    Para Raquel Nascimento Dias, coordenadora geral de educação para as relações étnico-raciais, é preciso construir um novo projeto de sociedade, mas que não seja voltado somente para a população negra – o objetivo é reconhecer a multiculturalidade nas escolas. “Nós não temos como medir por números o impacto dessa política pública na sociedade. Porque nós estamos falando de uma mudança de comportamento social. Isso é o enfrentamento do racismo, é acabar com as evasões, que são enormes", ressalta.  O papel do MEC, segundo Raquel Dias, é o de induzir propostas que enfrentem o racismo em uma corrente que começa no ensino infantil e chega até o último ano do ensino superior.

    Gabriel Bonifácio participou de um projeto desenvolvido pelo Centro de Ensino Médio de Taguatinga para reforçar a importância da cultura negra: “Um dos princípios da educação é a igualdade”  (Frame: TV MEC)

    São iniciativas como a do Centro de Ensino Médio de Taguatinga, no Distrito Federal, que organizou, entre outras atividades, uma exposição de fotografias e máscaras e a exibição de um documentário nacional para reforçar a importância da participação da raça negra na formação do povo brasileiro. Na visão de Gabriel Bonifácio, um dos estudantes que participam do projeto, celebrar a cultura negra é papel da escola. “Um dos princípios da educação é esse respeito, essa igualdade. Ninguém é melhor ou pior do que ninguém. Todos nós estamos no mesmo nível e merecemos os mesmos direitos”, afirma.

    Professora de história no colégio, Thaís Moraes explica a origem da data, que presta uma homenagem a Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, símbolo da resistência ao sistema escravista, morto no dia 20 de novembro de 1695. "É recente a inclusão no currículo das escolas da história da África, continente que muitos historiadores acreditam ser o berço da civilização. Antes, o foco era a Europa. Queremos, com esse trabalho, relembrar a importância da cultura africana para o brasileiro, já que, com a miscigenação, todos nós temos um pouco de África e de negritude.”

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Projetos escolares de boas práticas na temática Educação para as Relações Étnico-raciais poderão ser inscritos em concurso promovido pelos ministérios da Educação e dos Direitos Humanos, até 10 de dezembro. A iniciativa cumpre compromisso estabelecido em tratados internacionais de combate ao racismo, e tem o objetivo de reconhecer, identificar e premiar projetos com esses propósitos, conforme explica Bárbara da Silva Rosa, da coordenação geral de educação para as relações étnico-raciais da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC.

    “Hoje temos as leis 10.639, de 2003, e 11.645, de 2008, que alteram a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, incluindo no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade das temáticas história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas”, observa Barbara. “Várias escolas já têm atividades desenvolvidas dentro deste escopo há 15 anos, mas precisamos saber quantas escolas estão incluindo a temática e o que estão fazendo. Muitos professores elaboram iniciativas nesse sentido, mas elas não têm visibilidade, ficam apenas no âmbito da escola. Esses trabalhos precisam ser divulgados, reconhecidos e valorizados.”

    O objetivo do concurso é retratar a diversidade e enfatizar a importância da educação para as relações étnico-raciais, bem como fomentar as publicações sobre o tema. Serão premiados projetos sobre diversidade étnico-racial, com foco no reconhecimento, difusão e promoção de boas práticas que possam contribuir para a educação e enfrentamento ao racismo.

    Outro objetivo da iniciativa é fazer um apanhado das boas práticas que estão sendo desenvolvidas em escolas de todo o país. “Muitas escolas se perguntam o que podem e como podem fazer para inserir a temática no currículo”, diz Bárbara. “E um dos desdobramentos do edital será a criação de um repositório de boas práticas em educação para relações éticos-raciais. As que tiverem maior êxito vão servir de modelo para as demais escolas em diversos níveis e modalidades da educação, tanto básica quanto superior, no tocante às instituições formadoras”, destaca.

    As inscrições são gratuitas e devem ser feitas por meio de formulário na internet. “A prorrogação do prazo, até 10 de dezembro, surgiu para criar novas oportunidades e contribuir ainda mais no fortalecimento de uma sociedade mais justa, igualitária, diversa e plural”, afirma Bárbara. “Também vai coroar a finalização do ano letivo, além do fato de que muitos projetos culminam na data 20 de novembro, Dia da Consciência Negra”, conclui.

    Para inscrever projetos  

    Confira o edital

    Assessoria de Comunicação Social

  • Em maio de 2018, o Brasil comemorou 130 anos da abolição da escravatura. A data, no entanto, é vista com ressalvas por muitos afrodescendentes porque, para além de uma concessão, a abolição foi fruto de diversas lutas pessoas que vieram forçadas para cá e aqui foram obrigadas a trabalhar em condições quase sempre desumanas. Esse é o tema apresentado pelo programa Salto para o Futuro, exibido pela TV Escola nesta quarta, 16, às 20h.

    Milhares de homens e mulheres com trajetórias e culturas distintas foram retirados dos seus territórios, privados da convivência com familiares e comunidades. De vários lugares do continente africano, vieram para o Brasil profissionais de diferentes áreas e também membros da nobreza de suas regiões. São histórias que durante muito tempo não foram contadas nos livros didáticos, tampouco nas salas de aula.

    Salto para o Futuro debate os desafios para o ensino das culturas africanas e afro-brasileiras nas escolas brasileiras. Os convidados são o gerente de Educação Básica do Sesi Rio, Giovanni Lima; a escritora e professora Kiusam de Oliveira, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes); e Renato Noguera, filósofo, escritor e professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

    No programa, eles falam das riquezas dos legados africanos e afro-brasileiros e de como esses temas ainda precisam enfrentar as barreiras do desconhecimento e do preconceito para fazer parte dos currículos escolares. Giovanni Lima, que participa via internet, traz relatos da resistência negra no cotidiano das escolas.

    Para Kiusam de Oliveira, esse é um problema enfrentado por muitos estudantes. “A criança tem contato com o racismo desde muito cedo, no espaço escolar, e ali mesmo ela precisa ser treinada para criar as próprias soluções”, afirma.

    “Acho importante que usemos a palavra racismo, porque é a expressão mais adequada”, defende Renato Noguera. Para ele, a expressão “intolerância”, bem como outras quaisquer que aparentemente amenizem o problema, não ajuda a sociedade a entender com a realidade vivida por crianças negras nas escolas.

    Com apresentação de Bárbara Pereira e Murilo Ribeiro, Salto para o Futuro é exibido todas as quartas, às 20h, pela TV Escola. O programa também pode ser assistido em tempo real, nos aplicativos e na página da emissora.

    Assessoria de Comunicação Social

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