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  • O lançamento do Pacto Nacional pela Saúde – Mais Hospitais e Unidades de Saúde, Mais Médicos e Mais Formação foi um dos temas do programa de rádio Café com a Presidenta, nesta segunda-feira, 8. Entre as ações previstas no pacto, a presidenta da República, Dilma Rousseff, destacou a expansão das vagas nos cursos de medicina e na residência médica.

    “Estamos abrindo mais 11 mil vagas nos cursos de graduação e 12 mil na residência médica para formar especialistas, que estão em falta no Brasil, como pediatras, neurologistas, ortopedistas, anestesistas, cirurgiões e cardiologistas”, salientou Dilma. “Até o fim de 2014, serão mais 6 mil na graduação e mais 4 mil na residência médica.”

    Segundo a presidenta, nos últimos dois anos e meio foram criadas 2,4 mil vagas de medicina. Dilma também ressaltou que para contribuir com a formação de novos médicos serão construídos 14 hospitais, fora unidades de saúde particulares que venham a ser construídas.

    Durante o programa, Dilma explicou que as medidas de ampliação de vagas em cursos de medicina são soluções a médio e a longo prazo, já que o estudante de medicina leva seis anos para se formar na faculdade e precisa de mais tempo para terminar a residência médica e se tornar especialista. Assim, o governo federal tem tomado medidas emergenciais para resolver a questão atual da deficiência do atendimento médico no país.

    “O pacto pela saúde contempla a aceleração dos investimentos já contratados para melhorar a estrutura da rede pública do Brasil”, afirmou. “Estamos investindo R$ 7,4 bilhões na construção, reforma e compra de equipamentos para postos de saúde, unidades de pronto atendimento, as UPAs, e hospitais.”

    Dilma ressaltou ainda que para oferecer um tratamento digno e eficiente à população o país precisa de mais médicos. “Para trabalhar, principalmente, nas periferias das grandes cidades, no interior do país e nas regiões Norte e Nordeste, onde mais faltam”, disse.

    O pacto será lançado na tarde desta segunda-feira, no Palácio do Planalto.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A importância do ensino cívico, da infância à universidade, é o tema do primeiroBate-papo com o professor Vélez, programa semanal que estreia nesta segunda-feira, 4, nas plataformas institucionais do Ministério da Educação. O próprio ministro, professor Ricardo Vélez Rodríguez, apresentará o trabalho, os desafios e as realizações da nova gestão da pasta a toda sociedade, de forma democrática.

    Nesta primeira semana, o ministro destaca a importância de uma educação para a cidadania tanto no ensino básico e fundamental quanto nas universidades. “Eu acho que seria necessário voltarmos a valorizar a educação cívica, a educação para a cidadania, que é a base do comportamento que sedimenta a vida comunitária”, diz.

    De acordo com o ministro, o futuro profissional deve saber quais são suas responsabilidades decorrentes do ofício que escolheu seguir. “É uma espécie de prestação de serviço social”, defende Vélez Rodríguez. Nessa perspectiva, o ministro afirma que dará atenção especial às regiões menos desenvolvidas do país que foram esquecidas e precisam ser incorporadas à vida nacional.

    Para o ministro Vélez Rodríguez, a educação cívica é a base do comportamento que sedimenta a vida comunitária (Foto: Luís Fortes/MEC)

    Trajetória – Durante o programa, o ministro fala também sobre sua trajetória, há mais de 30 anos, como professor na Colômbia e no Brasil. “Ricardo Vélez Rodríguez é, antes de mais nada, um professor. Na minha vida, quando eu era estudante de segundo grau, eu li um livro que me cativou:A arte de ensinar. E esse livro me mostrou como ser professor é apaixonante.”

    Vélez Rodríguez descreve, ainda, sua primeira conversa com o presidente da República, Jair Bolsonaro, ao aceitar o cargo de ministro da Educação. “O presidente me perguntou: ‘você tem faca nos dentes para enfrentar a guerra em defesa da educação?’ Eu falei: presidente, faço isso há 30 anos.”

    Assista o programa Bate-papo com o professor Vélez

    Assessoria de Comunicação Social

  • As coleções de livros do programa Literatura para Todos do Ministério da Educação serão lidas e ouvidas pelos detentos da Penitenciária João Bosco Carneiro e do Presídio Regional de Guarabira, município do agreste paraibano. A partir do dia 24, as obras literárias farão parte da programação diária da Rádio Alternativa Esperança.

    Criada em 2006 pelo juiz de direito Bruno César Azevedo, a emissora, comunitária, funciona no Fórum de Guarabira das 7h às 18h. Pioneiro em atividades de promoção da cidadania no município, o juiz Azevedo tem participação direta nas atividades da rádio. No Diário da Execução Penal, o meio-dia, por exemplo, ele informa o andamento de dez processos e comunica, ao vivo, as decisões tomadas. Em outros horários, ele fala sobre direitos do consumidor, funções do Poder Judiciário e cidadania.

    A leitura dos livros do Literatura para Todos na Rádio Esperança, segundo Azevedo, vai contribuir para dinamizar a educação nas duas instituições penais, despertar os detentos para o poder da leitura e da escrita, melhorar o vocabulário e ajudar na formação dos cidadãos. O juiz resume a leitura como mais um estímulo à continuidade dos estudos nas prisões.

    Hoje, 80 pessoas estudam na penitenciária, divididos em quatro turmas. O estúdio da Rádio Esperança é operado por dois detentos que cumprem pena em regime fechado. Marconi Macena, por exemplo, é operador de estúdio, mas também vende anúncios no comércio e na indústria local. Ele está no último estágio da pena, segundo Azevedo.

    Iniciativas — A alfabetização nas prisões e a oferta de educação de jovens e adultos são iniciativas conjuntas dos ministérios da Educação e da Justiça, realizadas em parceria com estados e municípios. O programa Literatura para Todos foi criado em 2006 e tem hoje 30 livros selecionados em três editais.

    As obras, de diversos gêneros, foram criadas especialmente para leitores jovens e adultos em processo de alfabetização ou em cursos de educação de jovens e adultos nas redes públicas.

    A quarta edição do programa recebe inscrições até 13 de outubro, conforme o Edital nº/2010.

    Ionice Lorenzoni
  • Os programas de rádio, com duração de 20 minutos, são gravados e podem ser ouvidos pelos estudantes nos horários de recreação (foto: arquivo da Secretaria de Educação de Volta Redonda)Uma rádio, que vai ao ar com participação ativa de crianças de 3 a 5 anos, faz sucesso entre os alunos do Centro Municipal de Educação Infantil Monteiro Lobato, suas famílias e moradores do município fluminense de Volta Redonda. Implantada em 2013, pela professora Ana Paula Corrêa de Oliveira Coelho, a Rádio Monteiro Lobato tornou-se conhecida na cidade como Rádio Monteirinho.

    “Desenvolver um projeto de rádio, com a participação ativa das crianças, foi meu maior desafio”, diz a pedagoga, pós-graduada em psicopedagogia, há 21 anos na área de educação infantil. Ana Paula, que trabalha como implementadora de informática desde 2007, explica que o projeto foi uma orientação da Coordenação de Informática Aplicada à Educação de Volta Redonda. Ele foi desenvolvido anteriormente por Patrícia Osório, implementadora de informática na Escola Municipal Rubens Machado, com alunos do ensino fundamental.

    A grande referência de Ana Paula em seu trabalho é o educador Paulo Freire [1921-1977]. Para ele, ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou sua construção. Por isso, as atividades que ela promove no laboratório de informática visam a um trabalho integrado com a sala de aula, a fim de tornar a aprendizagem significativa para as crianças.

    Com uma programação variada, a rádio divulga notícias, relata as atividades de destaque nas salas de aulas, transmite a troca de recados entre as crianças e presta homenagem a aniversariantes, com mensagens e oferecimento de músicas a estudantes, professores e funcionários.

    A definição dos temas é feita durante as chamadas “reuniões de pauta”, quando Ana Paula reúne os representantes de cada turma. “Em conversa com os alunos, vou instigando e anotando as ideias que vão surgindo”, revela. O passo seguinte é a realização das entrevistas. Os estudantes percorrem as salas de aula para ouvir professores e demais colegas.

    Difusão — Os programas, com duração total de 20 minutos, são gravados e podem ser ouvidos pelos estudantes nos horários de recreação. São apresentados também durante as reuniões com pais e responsáveis. Para que qualquer pessoa possa ouvir os programas, em qualquer lugar e a qualquer momento, arquivos de áudio (podcast), geralmente no formato MP3, são postados no blogue dos implementadores de informática de Volta Redonda.

    “A experiência da Rádio Monteirinho foi maravilhosa. Os alunos ficaram empolgados, e a comunidade abraçou o projeto”, ressalta a pedagoga Tatiana da Silva Vicente, que em 2013 trabalhava com uma das turmas participantes. Com pós-graduação em psicopedagogia e experiência de 14 anos na área da educação, Tatiana salienta que o projeto foi bem-sucedido.

    “As crianças desenvolveram a linguagem oral, a percepção e a atenção auditiva, ampliaram o período de atenção e a concentração”, destaca. Além disso, ela cita a melhoria na socialização e no desenvolvimento da expressão corporal. “Os alunos sentavam-se juntos para ouvir os programas e, quando tocava alguma música agitada, logo criavam coreografias.”

    Atual diretora-adjunta do Centro de Educação Monteiro Lobato, Tatiana está empolgada com as novidades previstas para este ano. “A implementadora Ana Paula pretende abrir um espaço na rádio para as famílias atuarem ativamente e divulgarem seus produtos artesanais”, afirma.

    Repercussão — Segundo a diretora da escola, Paula Cristina de Souza Silva, o projeto teve boa repercussão. “Recebemos cumprimentos até de pessoas de outros municípios da região”, ressalta.

    Pedagoga, com pós-graduação em gestão escolar, há 22 anos no magistério, 12 dos quais na direção, Paula Cristina entende ser de fundamental importância o uso de novas tecnologias na escola. “O trabalho se torna mais dinâmico e instigante, contemplando assim todas as linguagens — visual, auditiva e cinestésica”, diz. Para ela, as tecnologias estão presentes no uso de jogos on-line e off-line, produção de fotos, vídeos, músicas, filmes e outros meios que contribuem para dinamização e enriquecimento de todo processo de ensino-aprendizagem.

    Fátima Schenini

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  • 16/03/2009 - Em entrevista à Rádio CBN na manhã desta segunda-feira, 16, o ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu a reformulação dos processos seletivos para ingresso nas universidades federais. “Os vestibulares, como estão organizados hoje, privilegiam a memorização em detrimento da capacidade de raciocínio do aluno”, disse. A proposta do Ministério da Educação é criar, em acordo com os reitores das universidades, um processo de seleção unificado para todo o país a ser testado em seleções no ano que vem.


    Para o ministro, o atual modelo dos vestibulares impõe uma organização das disciplinas do ensino médio que não estimula o aprendizado dos alunos de maneira crítica. A intenção é criar uma avaliação única para todas as federais em que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seja usado na primeira fase. “Poderíamos complementar a segunda fase com conteúdos específicos”, propôs Haddad. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ajudaria a desenvolver as provas da segunda fase.


    Atualmente, cada instituição desenvolve seu próprio vestibular. Com o modelo unificado, defende Haddad, o estudante poderá se beneficiar mais da expansão das federais. Como o processo seletivo seria o mesmo para ingresso em qualquer universidade federal, um aluno do Nordeste, por exemplo, poderia estudar numa instituição no Sul do país. “Hoje a rede federal está em mais de 200 municípios”, lembrou Haddad. São 227 mil vagas de ingresso em todo o Brasil.


    Para a sustentação à mobilidade estudantil, o ministro destacou as ações do Plano Nacional de Assistência Estudantil. “São recursos para moradia, alimentação, restaurantes universitários, para garantir que a mobilidade não resulte em evasão.”


    O ministro disse que vai propor aos reitores das universidades federais testar a medida em 2010. “Nem que seja numa área específica do conhecimento.” A idéia é aplicar o processo seletivo unificado em cursos de baixa demanda, como nas licenciaturas. “Até para estimular o interesse dos estudantes por áreas prioritárias.”

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça a entrevista

  • Organizados em equipes, estudantes revezam-se no comando da programação diária da rádio, que tem transmissões nos intervalos das aulas (foto: progresso.com.br)A criação de uma rádio teve influência positiva nos alunos de ensino fundamental e médio da Escola Estadual Antônia da Silveira Capilé, no município de Dourados, em Mato Grosso do Sul, e repercussão favorável na comunidade. Coordenado pelo professor Kleiton Caminha, o projeto Rádio Capilé tem contribuído para despertar valores como liderança, autonomia, companheirismo e responsabilidade.

    Os estudantes, organizados em equipes, revezam-se no comando da programação diária, transmitida nos intervalos das aulas. A necessidade de se manter informados para transmitir as notícias tem estimulado, entre eles, o gosto pela pesquisa, leitura e produção de textos. “Os resultados obtidos evidenciam que os estudantes percebem a escola de uma maneira diferente”, diz Kleiton. “Eles se mostram motivados nos estudos e com o cotidiano escolar.”

    De acordo com o professor, os períodos de intervalo deixaram de ser os rotineiros. “Os alunos já se acostumaram com a programação diária, variada, que traz informações da escola e outros acontecimentos, principalmente vinculados à educação”, afirma.

    A inclusão do projeto entre os premiados na oitava edição do Prêmio Professores do Brasil, em 2014, subcategoria Educação Digital Articulada ao Desenvolvimento do Currículo, foi a confirmação, para Kleiton, de que está no caminho certo. “Fico mais seguro e confiante para desenvolver novos projetos, buscando sempre um ensino de qualidade”, ressalta. Este ano, as atividades desenvolvidas foram aprimoradas a fim de oferecer mais autonomia aos alunos, estimular a fluência na leitura, promover o protagonismo juvenil e dar prioridade a temáticas de acordo com os interesses da coletividade escolar e local.

    Há 11 anos no magistério, com graduação em educação física e especialização em atividade física, Kleiton exerce a atividade de professor gerenciador de tecnologias e recursos midiáticos. Sua função é oferecer situações didático-pedagógicas aos professores regentes para que eles possam planejar e desenvolver o uso das tecnologias de informação e comunicação e, dessa forma, estimular o processo de aprendizagem e a fluência na adoção dessas tecnologias. “A inclusão de atividades relacionadas à cultura digital na escola é de suma importância para que professores e alunos comecem a explorar melhor o que a tecnologia oferece”, diz.

    Lousa — Este ano, o professor desenvolve o projeto Alunos Monitores: Desafios e Possibilidades no Uso da Lousa Interativa Digital, que tem o objetivo de melhorar a produção de conhecimento e desenvolver atividades que possam educar com as mídias. “A lousa digital possibilita diferentes práticas pedagógicas por meio de recursos interativos e inovadores”, esclarece. “Ela funciona como um computador, mas com uma tela maior e melhor, sensível ao toque.”

    A primeira parte do projeto, já encerrada, capacitou alunos das turmas de segundo ano do ensino médio em oficinas realizadas no período de contraturno. Os estudantes adquiriram conhecimentos necessários para auxiliar os professores a usar a lousa digital. Na segunda parte do projeto, eles multiplicarão os conhecimentos adquiridos com os demais alunos. “Os benefícios são visíveis. Antes mesmo do término das oficinas, os alunos passaram a montar trabalhos e a apresentar seminários com a lousa digital”, afirma o professor. “Isso torna as apresentações atrativas, interativas e ricas em informações.”

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor e sobre o projeto Rádio Capilé

    Leia também:
    Tecnologia é usada como reforço aos conhecimentos dos alunos

     

     

  • Em entrevista à rádio BandNews, nesta terça-feira, 17, o ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu mudanças nos processos seletivos de ingresso nas universidades federais. Para Haddad, os vestibulares, como estão propostos hoje, privilegiam a memorização, em detrimento da capacidade de análise crítica dos estudantes.

    Ministro defende novo modelo para vestibular e propõe testá-lo em 2010“O vestibular nos moldes de hoje produz efeitos deletérios sobre o currículo do ensino médio, que está cada vez mais voltado para a decoreba”, enfatizou Haddad. A proposta do ministro é testar um novo modelo de seleção, em 2010, em que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seja usado como primeira fase para as instituições federais. “A segunda fase seria mais voltada para áreas específicas, mas com perguntas que julguem a capacidade analítica dos estudantes.”

    O ministro defende um modelo único de exame, válido para as universidades que aderirem ao projeto. Segundo Haddad, a maioria das instituições de ensino superior federais percebe que os atuais vestibulares não avaliam a formação analítica dos candidatos, mas apenas a capacidade de decorar fórmulas.

    A mudança nos processos seletivos, na visão do ministro, refletirá positivamente na qualidade do ensino médio. “Se nós não alterarmos isso, sinalizando para o ensino médio que queremos outro tipo de formação, mais voltada para a solução de problemas, vamos continuar reproduzindo conhecimento que não ajuda o Brasil a se desenvolver”, disse.

    Na entrevista, o ministro ainda tratou da questão do trote violento e dos critérios de seleção do livro didático.

    Maria Clara Machado
  • O acesso democrático ao ensino superior no Brasil, em cursos com qualidade reconhecida pelo Ministério da Educação, foi destacado nesta quarta-feira, 23, no programa de rádio Hora da Educação, produzido pela Assessoria de Comunicação Social do MEC. O ministro Aloizio Mercadante ressaltou que mais de 1 milhão de estudantes carentes asseguram vaga em instituições particulares, no Brasil, graças às bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni). Lembrou, ainda, que outros 976 mil jovens recorreram ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para custear o curso de graduação.

    Mais de 1,4 mil instituições particulares de 1.354 municípios participam do ProUni. “E esse número vai aumentar”, disse Mercadante. Desde segunda-feira, as instituições de educação superior podem fazer a adesão ao programa e informar o número e a modalidade de bolsa que vão oferecer. O prazo termina às 23h59 de 12 de junho próximo.

    Ao falar sobre o Fies, o ministro salientou a importância do financiamento ao estudante para democratizar a graduação. Jovens carentes que tiveram bom desempenho no Exame Nacional do Ensino Superior (Enem) e estejam matriculados em instituições particulares de ensino podem recorrer, em qualquer etapa do curso, ao financiamento, subsidiado pelo governo. “A taxa de juros é de apenas 3,4% ao ano, e o prazo para quitação do empréstimo passou de três vezes a duração do curso, acrescida ainda de 12 meses”, explicou Mercadante.

    A concessão do Fies é restrita a cursos com qualidade reconhecida pelo MEC, com conceito igual ou maior que 3 no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). “O Sinaes vai de 1 a 5, e essa condicionante assegura que sejam financiados os estudantes matriculados em cursos bem avaliados”, destacou o ministro.

    A adesão das instituições particulares de educação superior ao ProUni deve ser feita pela internet, na página do programa na internet.

    Os estudantes de graduação que pretendem obter financiamento devem consultar a página do Fies.

    Rovênia Amorim


    Ouça a entrevista do ministro ao programa Hora da Educação
  • Lembrar de levar documento pessoal, com foto, nos dias de prova, além do cartão que confirma a inscrição, é uma das recomendações do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, aos estudantes que farão as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no sábado, 3, e no domingo, 4. “Está tudo pronto. Agora, é momento de todos ficarem tranquilos para fazerem uma boa prova”, disse o ministro nesta quinta-feira, 1º de novembro, no programa de rádio Hora da Educação.

    “Em janeiro, vamos ter o Sisu [Sistema de Seleção Unificada], e as maiores chances de vagas são dos estudantes com as melhores notas no Enem”, destacou Mercadante, que desejou sorte aos candidatos.

     

    Mais de 5,7 milhões de estudantes confirmaram a inscrição para fazer as provas. “É um número recorde”, lembrou o ministro. “O Enem é o segundo maior exame do planeta: são 15.076 locais de prova, que serão realizadas em 1.615 municípios.”

     

    Para garantir a tranquilidade dos candidatos nos dois dias de exame, 566 mil pessoas estarão mobilizadas para a operacionalização e aplicação das provas, que começam em todo o país às 13 horas, de Brasília.

     

    O ministro também orientou os candidatos a planejarem a saída de casa de maneira a evitar imprevistos no trajeto. Os locais de prova estão indicados nos cartões de confirmação de inscrição, que podem ser impressos na página do Enem na internet.

     

    Assessoria de Comunicação Social

     

    Confira a íntegra do programa Hora da Educação


  • Estudantes do ensino médio, de acordo com o ministro da Educação, sofrem as consequências da formação no ensino fundamental: “Só metade dos alunos está na idade ou série correta” (foto: Fabiana Carvalho)As mudanças para melhorar a qualidade do ensino médio no Brasil, os investimentos para uma escola pública de qualidade e a atenção ao calendário para as matrículas dos estudantes aprovados na primeira chamada do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do Ministério da Educação foram destaques no programa de rádio Hora da Educação desta quarta-feira, 27, gravado pelo ministro Aloizio Mercadante.

    Ao responder perguntas enviadas por comunicadores de rádio de diferentes regiões do país, Mercadante falou sobre a qualidade da escola pública e sobre os altos índices de reprovação no ensino médio. Segundo ele, essa etapa do ensino reflete os problemas de formação deficiente, entre eles o da alfabetização, no ensino fundamental. “Só metade dos alunos do ensino médio está na idade ou série correta”, disse.

    Entre as várias iniciativas destinadas a melhorar o ensino médio, Mercadante citou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o programa Ensino Médio Inovador e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O ensino médio inovador amplia a jornada escolar e reformula o currículo. Pelo Pronatec, estudantes têm a opção de fazer o ensino médio regular e, ao mesmo tempo, curso profissionalizante.

    Sobre o Sisu, Mercadante destacou a ampliação do prazo para que os aprovados na primeira opção de curso façam a matrícula na instituição pública de ensino que os convocou. “Ampliamos esse prazo de dois para sete dias úteis”, disse. “As matrículas podem ser feitas a partir do dia 29, sexta-feira agora, e o candidato selecionado em primeira opção que não fizer a matrícula vai perder a vaga.”

    O prazo de matrícula vai até 9 de julho. Em 13 de julho, sai o resultado da segunda chamada.

    Cotas — O ministro abordou também a política de cotas nas universidades públicas. A adoção, salientou, não será suficiente para igualar as oportunidades sociais no Brasil. “Mas é uma política pública afirmativa, que seguramente vai ajudar a reduzir a discriminação e a desigualdade racial”, observou.

    Quanto ao ensino religioso, citou a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. “A Lei de Diretrizes e Bases da Educação deixa bem claro, no artigo 33: somos um estado laico, e ensino religioso não significa o ensino do catolicismo, mas deve ser parte integrante da formação, e que respeite a diversidade religiosa”, disse.

    Comunicadores de rádio de todo o Brasil podem enviar perguntas e participar do programa Hora da Educação pelo endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. O programa pode ser veiculado pelas emissoras na íntegra ou em versão editada.

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça o programa Hora da Educaçãodesta quarta-feira

    Leia também:  Seminário reúne jovens para debate sobre o ensino médio


  • A repercussão do programa Nas Ondas da Educação levou a um aumento na procura por cursos para jovens e adultos no município gaúcho de Venâncio Aires (foto do arquivo da professora)A necessidade de elaborar um projeto como trabalho de encerramento do curso de formação continuada Mídias na Educação, promovido pelo Ministério da Educação, levou três professoras gaúchas a criar um programa de rádio. Nas Ondas da Educaçãofoi idealizado por Cláudia Lourenço da Luz, Ionara Bencke e Joice Gassen para ser produzido e apresentado por alunos da educação de jovens e adultos de quatro escolas de Venâncio Aires (RS).

    “Professores e alunos ficaram tão envolvidos que o programa continuou até no período das férias escolares, promovendo encontros de alunos e professores nas casas de um e de outro para o planejamento”, diz Ionara, que na época trabalhava na secretaria de Educação do município. Segundo ela, a repercussão do programa na comunidade provocou um aumento na procura por cursos de educação de jovens e adultos. Algumas pessoas ficaram motivadas com os depoimentos de alunos. Outras, simplesmente porque também queriam participar do programa de rádio.

    Há dois anos no ar, o programa ampliou sua proposta e, hoje, mobiliza alunos e professores também do ensino fundamental de todas as escolas da rede municipal. Com meia hora de duração, Nas Ondas da Educação é transmitido ao vivo pela Rádio Venâncio Aires AM 910, às sextas-feiras, das 20h às 20h30, sem custos e sem intervalo comercial.

    De acordo com Ionara, as professoras não se envolvem mais com a coordenação do programa. No início, em 2008, elas acompanhavam desde o planejamento até a apresentação, embora toda a pauta fosse escolhida e organizada pelos alunos, com orientação dos professores. “É um projeto que deu certo. Ele saiu do papel, de um mero trabalho de conclusão de curso, para uma situação real de aprendizagem”, destaca.

    Formada em letras, Ionara dá aulas de português, inglês e artes na Escola Municipal de Ensino Fundamental Alfredo Scherer e faz especialização em mídias na educação. Também é responsável pelo desenvolvimento dos programas de rádio de responsabilidade da escola, que este ano produziu três edições do Nas Ondas da Educação. “Para o primeiro programa, tive de trabalhar com a elaboração e a diagramação da pauta radiofônica com minha turma do oitavo ano (sétima série). No segundo e no terceiro, os alunos já trabalharam com plena autonomia”, garante.

    Fátima Schenini

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  • Mídia com amplo poder de alcance, o rádio tem sido um aliado forte no estímulo à aprendizagem na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor Orlando Freire, de Porto Velho, Rondônia. Quem apostou na importância desse canal para desenvolver um método que de pronto conquistou os alunos foi o pedagogo Reinaldo Ramos das Neves, de 49 anos. Ele conta sobre essa experiência vitoriosa no programa Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC.

    Tudo começou há oito anos, com a criação da Rádio Falante, que aos poucos foi mudando a relação dos alunos com os estudos e a escola. Inicialmente, a emissora, além de oferecer música, servia como espaço para pequenos informes preparados pelos próprios alunos – trabalho que evoluiu para a criação de notícias elaboradas em formato jornalístico e acabou transformando a rádio em um veículo de grande audiência.

    “Eu cheguei à escola e vi aquelas caixas de som”, lembra Reinaldo. “Foi quando conversei com a diretora e ela disse: ‘Vamos montar uma rádio’. Quando se falava em rádio-escola, se pensava em música e recado. Nós mudamos essa concepção e passamos a trabalhar com informação na escola, entrevistas. Toda semana levamos alguém, um escritor, uma pessoa ligada à área médica, à comunicação”.

    Transformações – Em pouco tempo, a popularidade da rádio começou a transformar o ambiente escolar, para além do envolvimento dos alunos. Localizada em uma área marcada por altos índices de violência, a escola, muitas vezes, enfrentava o desafio de lidar com o comportamento de alguns estudantes que frequentavam pouco as salas de aula e lotavam os corredores.

    “No intervalo, havia confusões, brigas, mas isso mudou”, conta o pedagogo. “Eles passaram a colocar o foco na rádio, e isso deu resultados. Acho que o melhor termômetro é a sala de leitura, que passou a ter muita procura. [A emissora] fomentou a pesquisa na escola e a procura na biblioteca. Os alunos estão procurando ler mais devido a essas sugestões de leitura, e isso melhorou o ambiente da escola”.

    A iniciativa de Reinaldo já rendeu parceria com uma rádio local, abrindo caminho para várias doações de livros à biblioteca – que, entre outros volumes, tem obras do consagrado escritor Paulo Coelho e do senador e ex-ministro da Educação Cristovam Buarque, além de peças do acervo da Biblioteca da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Por sua importância no desenvolvimento de um trabalho que reaproximou os jovens da escola, a Rádio Falante já ganhou o voto de louvor da Assembleia Legislativa de Rondônia e foi premiada pelo Instituto da Cidadania do Brasil.

    Atualmente, a emissora funciona em um expediente que não para de se expandir. De manhã, as transmissões vão das 7h15 às 7h30, quando começam as aulas. Nesse primeiro período, além do hino oficial do estado de Rondônia, há músicas instrumentais, informativos da supervisora da escola e o que o Reinaldo aponta como o maior destaque: as entrevistas, que, graças a uma câmera instalada no estúdio, podem ser acompanhadas pelos alunos em um monitor que fica nos corredores. O recurso já se desdobrou no que eles chamam de TV Paredão.

    “Nós levamos uma jornalista para entrevistar, uma aluna acompanhou o bate-papo, gostou e, hoje, está trabalhando em uma emissora de rádio em Porto Velho”, comemora o pedagogo. “Ou seja, estamos abrindo mercado de trabalho para essas pessoas. Acho que esse vale a pena investir nos jovens”, conclui.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Professor de informática educativa em escolas do Rio de Janeiro desde 1991, Siddharta Dias de Almeida Fernandes deu início, em 1997, a experiências com rádio on-line no ambiente escolar. A primeira delas no Colégio São Bento, quando criou a Rádio Interativa. Os programas, temáticos, estimulavam os estudantes a realizar pesquisas e buscas interdisciplinares.

    “Não era somente pôr no ar um programa”, diz Siddharta. “Os alunos tinham de ir a campo para entrevistar professores ou outros alunos, fazer contato com músicos e procurar, na escola, eventos ou fatos que pudessem dar uma pauta.” Isso gerou uma dinâmica ativa de envolvimento dos alunos com a escola e com toda a comunidade escolar. “Para nós, professores, a produção dos programas era a fase mais interessante, o momento de os alunos criarem e transformarem suas ideias em uma linguagem radiofônica”, afirma o professor.

    Os temas da programação, como maioridade e direitos e deveres civis dos adolescentes, eram escolhidos pelos alunos. O primeiro programa, sobre bandas alternativas, teve a participação de estudantes da instituição integrantes de grupos musicais. De acordo com o professor, a experiência foi interessante e o envolvimento dos estudantes, o melhor possível.

    Cada aluno exercia uma função diferente — repórter, locutor, redator, produtor etc. “A rádio tomou uma dimensão muito grande, e os alunos começaram a receber CDs das gravadoras para pôr no ar”, revela. Eles também eram procurados por integrantes de bandas novas interessados em divulgar o trabalho na rádio.

    Siddharta criou rádios também em outras instituições de ensino, como o Colégio Estadual Souza Aguiar. “Apesar de escola pública, com menos recursos, nela os programas ficaram muito interessantes”, salienta. No Colégio Garriga de Menezes, a rádio serviu como instrumento de análise para sua dissertação de mestrado em educação, com ênfase em novas tecnologias.

    Autoestima— Outra rádio foi criada no Centro Integrado de Educação Pública (Ciep) Presidente Agostinho Neto. Essa experiência, com a participação de alunos de um grupo de aceleração de estudos, é considerada pelo professor como a mais significativa, por envolver estudantes tidos como problemáticos, com um histórico de reprovações consecutivas. “A autoestima de todos ficou elevada quando viraram radialistas e tiveram de rodar a escola em busca de matérias”, constata. “Não eram mais os alunos-problema: eram os criadores da rádio da escola.”

    Siddharta, que hoje leciona nos colégios Pedro II, Andrews e Teresiano — colégio de aplicação da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro —, não tem mais desenvolvido projetos de rádio. Ele atua agora na área de produção de vídeos. Com licenciatura em matemática, participa de grupo de pesquisa na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) sobre redes públicas de políticas em educação.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor
  • Estudar a qualquer hora e em qualquer lugar. O ensino a distância ganha essa característica e se expande graças ao uso das tecnologias. Desde o livro até ambientes virtuais de aprendizagem, a modalidade usa todos os artifícios para transpor as barreiras de tempo e espaço e levar a educação a lugares remotos, nos quais a universidade não chega.

    Entre os meios empregados na aprendizagem estão a televisão, o rádio e a internet. Para o doutor em ciências da comunicação José Manuel Moran Costas, a educação, mediada pelas tecnologias, estabelece nova prática de ensino e cria a sala de aula virtual, que permite, apesar da distância física, a aproximação entre professor e alunos. “Existe a distância geográfica, mas professor e aluno tornam-se presentes para aprender, sanar dúvidas e trocar experiências. Eles estão conectados por essas tecnologias”, diz.

    Moran cita dispositivos conhecidos, como teleaulas, chats, plataformas, fóruns e teleconferências no processo de aprendizagem. “Alunos e professores se encontram em um mesmo ambiente colaborativo. Ao contrário do ensino presencial, o ensino a distância não é mais focado no professor, mas em um espaço no qual os próprios estudantes contribuem com o processo educacional”, explica.

    A tecnologia, segundo ele, não funciona apenas como transmissora de informações, mas serve para orientar processos. Um dos mais conhecidos é a plataforma Moodle, software livre com sistema de administração de atividades educacionais. Ela permite a interação entre professor e aluno no sistema de aprendizagem on-line. Entre os recursos estão fóruns, blogs, gestão de conteúdos, chats, glossários e base de dados. É semelhante a um site de relacionamentos, mas com finalidades educacionais.

    Moran lembra que o uso do material impresso também é fundamental na educação a distância. “Nem todos têm acesso ao computador. O livro e as apostilas garantem a mobilidade, com os polos de apoio presencial”, afirma. “E todas as mídias têm possibilidade de integração na educação a distância.”

    Rafania Almeida
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