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  • Programa destaca iniciativas que levam à celebração da data em 21 de outubro

    Uma alimentação saudável, com horários regulares, ajuda o estudante a ter melhor rendimento dentro e fora da sala de aula. É com essa visão, que o governo federal trabalha para garantir que estudantes da rede pública de ensino tenham boas refeições. Há muito o que se comemorar nesse mês em que é celebrado o Dia Nacional da Alimentação na Escola.

    Foi em 1950 que o governo começou a se preocupar efetivamente com o que as crianças comiam nas escolas. E surgiu então o programa chamado Conjuntura Alimentar – a primeira iniciativa nacional, dirigida à alimentação nas escolas públicas brasileiras. Hoje, o país conta com o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), popularmente conhecido como merenda escolar.

    Diariamente, são 50 milhões de refeições para estudantes da educação infantil, ensinos fundamental e médio de escolas públicas além de instituições filantrópicas e comunitárias. “O Pnae atende a todas as escolas públicas brasileiras, mais de 150 mil escolas, repassa recursos para o atendimento a mais de 40 milhões de estudantes”, destaca o coordenador do programa, Valmo Xavier da Silva.

    O programa funciona por meio do repasse de recursos às prefeituras e aos estados para reforçar as refeições nas escolas públicas. É considerado um dos maiores programas do mundo de alimentação escolar e é o único com atendimento universalizado. E sabe quanto o governo federal está investindo na merenda escolar este ano? R$ 4 bilhões.

    O Pnae, gerenciado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), instituição ligada ao Ministério da Educação (MEC), mostra que a importância da alimentação escolar vai muito além dos recursos investidos e dos cardápios produzidos com ajuda da agricultura familiar. Os alimentos complementam as refeições de crianças no dia a dia.

    Saiba mais – A alimentação escolar é o tema da edição desta sexta-feira, 25 de outubro, do programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC. Confira!

  • Pesquisador Vinícius Boldrini busca entender o comportamento do sistema imunológico do portador da doença

    Tudo começou ainda na graduação. O estudante Vinícius Boldrini participava de um projeto de extensão na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas e teve a oportunidade de trabalhar em um laboratório de neuroimunologias. Foi lá que ele se interessou pelo estudo da doença esclerose múltipla. Pelo trabalho que vem desenvolvendo, Boldrini foi premiado no 19º Congresso Brasileiro de Esclerose Múltipla.

    Vinícius se formou em 2013, mas a curiosidade pelo tema persistiu. Hoje ele estuda a doença em seu pós-doutorado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O estudante deve fechar 2019 com mais dois prêmios pelas pesquisas sobre sistema imunológico de pacientes com esclerose.O projeto de pesquisa de Vinícius busca entender como o sistema imunológico do paciente se comporta.

    O experimento abre novas perspectivas para se estudar a doença. “É uma doença autoimune, então as células de defesa do nosso organismo passam a atacar as nossas próprias estruturas, no caso, o sistema nervoso. Na pesquisa verificamos que algumas células do sistema imunológico parecem copiar a função de outras células que já haviam sido destruídas anteriormente”, explica.

    Atualmente o pesquisador Vinícius Boldrini trabalha em quatro artigos sobre o tema e pretende alcançar reconhecimento internacional. “Espero desenvolver terapias que sejam mais eficazes no tratamento da doença e que se baseiam nesses alvos que a gente conseguiu descrever agora nessas novas funções que até então eram desconhecidas”.

    Saiba mais – A história do pesquisador Vinícius Boldrini é o tema da edição desta sexta-feira, 6 de dezembro, do programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC.


  • Uma receita que resgata o prazer de cozinhar um alimento mais saudável e que pode se tornar uma opção de renda extra para muitas famílias. É a aposta do jovem Matheus de Jesus Gomes, de 20 anos, do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), campus Florianópolis, que tornou possível fazer em casa um pão de padaria. Essa história você ouve esta semana no Trilhas da Educação, programa produzido e transmitido pela Rádio MEC.

    Adaptado de uma receita americana, o pão sem sova e assado em panela de ferro é um dos projetos desenvolvidos ao longo do quinto módulo do curso superior de tecnologia em gastronomia. Matheus descobriu que é possível alcançar bons resultados para a panificação do pão sovado sem a utilização de equipamentos de padaria, como batedeiras e fornos, além de não utilizar o fermento químico.

    De acordo com o estudante, essa é uma receita de Nova York que ficou bem famosa. “Quando eu descobri achei bem interessante”, lembra ele. “Tinha acabado de começar o curso e ainda não tinha os equipamentos para fazer os pães em casa. Queria chegar a resultados parecidos com o que a gente fazia na faculdade”, afirma Matheus.

    Matheus procurou os professores da instituição e logo um projeto de pesquisa foi criado. Ele desenvolveu uma receita e adaptou o tempo de fermentação da massa. O preparo que demorava entre 15 e 16 horas passou para 9 horas. O estudante defende que esse pão que pode ser feito em casa é mais saudável e oferece menos riscos de alergias a ingredientes da massa, por não ser industrializado.

    O gosto pela gastronomia vem de casa, já que a família de Matheus tem experiência na área, mas segundo ele foi o ensino superior que possibilitou novas descobertas e motivou a continuidade dos estudos. “Eu tive uma experiência prática anterior, a faculdade foi muito importante para essa parte científica, de pesquisa mesmo. Atualmente, trabalho com o desenvolvimento de pães para o meu TCC, usando farinha de Ibicuí, que é um coquinho nativo da caatinga”, enfatiza o estudante.

    Após esse modelo de pão despertar interesse, Matheus pretende agora adaptar outras receitas, descomplicando e tornando mais acessível o ato de cozinhar. “É um mercado que está em crescimento. As pessoas se interessam cada vez mais pelo pão que elas consomem. Eu acho muito interessante dar oportunidade a todos de atingir esse tipo de resultado em casa, deixar de ser algo muito distante da realidade”, conclui o estudante.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Estudante do Colégio Pedro II, Adrieny Teixeira foi a única mulher a conquistar a melhor colocação na competição


    Matemática nunca foi a paixão da estudante carioca Adrieny Teixeira. Isso mudou quando ela passou no concurso para o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. A partir do sexto ano do ensino fundamental a estudante começou a participar de competições de matemática.

    Hoje, Adrieny tem mais de dez medalhas. “Eu sempre tirei notas boas em todas as disciplinas. Mas foram as competições que acabaram intensificando meu gosto”, conta.

    Em novembro, ela e outros oito estudantes participaram do mundial de matemática na China. As provas foram aplicadas em dois idiomas: chinês e inglês. A competição contou com participantes de países como Austrália, Bulgária, Filipinas e Brasil.

    Apesar de todos os desafios, a carioca de 15 anos se deu bem na competição. Foi a única mulher a conseguir a medalha de ouro. “Além de ser medalhista de ouro eu fui a única mulher brasileira a ganhar a medalha no nível advanced [avançado]. Então, realmente, foi muita felicidade”, destacou.

    Mais de 30 escolas brasileiras participaram do mundial. O Colégio Pedro II se sagrou o maior vencedor. Os nove estudantes da equipe voltaram da China com o ouro de Adrieny, uma medalha de prata e cinco de bronze.

    Saiba mais – A história da estudante Adrieny Teixeira é o tema da edição desta sexta-feira, 20 de dezembro, do programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC.

    Assessoria de Comunicação Social


  • O estudante Caio Vinicius Lima de Souza, 16 anos, criou um dessalinizador de baixo custo que retira o sal da água usando a energia solar. Aluno da Escola Estadual Professor Gabriel de Almeida Café, da cidade de Macapá, ele é o personagem desta semana do programa Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC, que vai ao ar nesta sexta-feira, 5.

    “A pesquisa se fundamentou em ajudar as pessoas mais carentes do meu estado”, explica o estudante. A ideia do projeto surgiu há dois anos, quando Caio cursava o ensino fundamental. Em uma atividade de sala de aula, um professor pediu aos alunos que pesquisassem e fizessem um levantamento sobre as comunidades ribeirinhas do estado do Amapá. O estudante resolveu visitar a comunidade ribeirinha Sucuriju. “Eles utilizam a água da chuva para consumo. Quem tem água potável lá é considerado muito próspero”, conta Caio.

    Próximo da realidade daquelas pessoas, Caio passou a pensar sobre o assunto. A intenção era desenvolver algo sem muitos custos e possível de ser colocado em prática também pelos moradores. Para fazer um dessalinizador, Caio montou um protótipo que é uma pequena casa de vidro fechada. A água primeiro evapora, depois o sal é retirado, e depois a água é condensada sem o sal. Para fazer a casa, ele utilizou espelhos quebrados, boxes de banheiro, madeira e o vidro. Tudo reciclável. A única compra foi um painel solar que custou cerca de R$ 250.

    Com o projeto, Caio conquistou o primeiro lugar na categoria ciências ambientais da Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), na cidade de Novo Hamburgo (RS). Com a premiação, ele ganhou uma bolsa de iniciação científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e teve seu trabalho selecionado para representar o Brasil na maior feira pré-universitária de ciências do mundo, realizada em maio deste ano, na Pensilvania, nos Estados Unidos. Lá, na disputa com alunos de 70 países, conquistou o primeiro lugar.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Ana Paula Melo lê todos os dias para Eva, de 5 anos, e é admiradora do Conta pra Mim

    Imaginação, criatividade e desenvolvimento intelectual. Esses são alguns dos benefícios que a leitura pode trazer para a vida das crianças. Ler para os pequenos é proporcionar a eles uma viagem ao mundo das histórias dos livros, personagens e lugares inimagináveis. Trata-se da chamada literacia familiar, incentivada pelo Ministério da Educação (MEC) por meio da Secretaria de Alfabetização.

    A estudante de pedagogia Ana Paula Melo é um exemplo disso. Ela lê para a filha Eva, de 5 anos, desde a gestação. Com as escolas fechadas por conta da pandemia do novo coronavírus, a prática se acentuou.

    A mãe de Eva pesquisou muito durante a gravidez e está sempre atualizada sobre livros infantis. “Nas minhas pesquisas, sempre encontrava algo sobre a importância da leitura, como a leitura cria laço afetivo entre a mãe e o bebê mesmo antes do nascimento. Além disso, é bom para o desenvolvimento da fala”, contou.

    Ana Paula estuda pedagogia e ensina Eva a ler, escrever e fazer cálculos em casa. “Ela gosta tanto de ler que ela decora as histórias, pega o livro, fica folheando, como se ela estivesse contando a história, lendo para alguém. Muito fofo”, relatou.

    Conta pra Mim – O MEC lançou, em dezembro de 2019, o programa Conta Pra Mim. Entre as iniciativas, está um material, ofertado pela internet, sobre como incentivar os filhos a ler e quais os tipos de livros adequados para cada idade.

    Ana Paula Melo é uma admiradora do programa. “Eu acho muito importante o Conta Pra Mim, ao incentivar o hábito da leitura, desenvolvimento da fala, o gosto pelos livros, desenvolvimento intelectual. Espero que as crianças sejam uma nova geração de leitores”, afirmou.

    Saiba mais – A história do estudante de Ana Paulo é o tema do Trilhas da Educação desta sexta-feira, 20 de março, da Rádio MEC.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Jovem recebeu bolsa do programa Junior Achievement, que pertence a uma associação sem fins lucrativos

    Estudante do Instituto Federal de Brasília (IFB), Wanghley Soares foi selecionado para participar de uma imersão em engenharia aeroespacial nos Estados Unidos. Aprovado em uma seletiva de 900 participantes, o jovem de 17 anos recebeu uma bolsa do programa Junior Achievement (JA), que pertence a uma associação sem fins lucrativos.

    “Esse programa, em específico, vai influenciar meu futuro de uma maneira muito grande, porque, bom, primeiro é a minha primeira viagem internacional. E, a partir disso, eu vou conseguir alavancar e visualizar, ainda mais, aquilo que precisa ser feito mundo a fora, porque penso eu que a ciência, a tecnologia e a educação deve ser utilizada para a resolução dos problemas do mundo real”, contou o aluno.

    Os selecionados para o curso vão aprofundar os conhecimentos em aviação por meio de estudos em ciência, tecnologia, matemática, engenharia e comunicação. “Vamos utilizar simuladores de voo nos quais problemas serão criados e nós teremos que resolvê-los, seja mecânico, seja no software, seja um problema com a tripulação”, explicou.

    Para concorrer ao processo seletivo, o candidato deveria ser estudante do ensino médio, ter ótimo desempenho acadêmico e escrever uma redação em inglês. Soares definiu a paz mundial como tema. A imersão será de sete dias e está prevista para junho deste ano, na National Flight Academy, localizada na Flórida, nos Estados Unidos.

    O aluno está matriculado no terceiro ano de Informática na modalidade ensino médio integrado com curso técnico do IFB.

    Saiba mais – A história do estudante do IFB que vai estudar engenharia aeroespacial nos Estados Unidos é o tema do Trilhas da Educação desta sexta-feira, 13 de março, da Rádio MEC.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Projeto da unidade da Paraíba já atendeu cerca de 230 pacientes que perderam alguma parte do rosto

    A educação a favor da saúde. Um projeto do Hospital Universitário Lauro Wanderley, na Paraíba, constrói próteses para reabilitação de pacientes com deformidade facial. Cerca de 230 pacientes já foram atendidos pela dentista Cacilda Chaves, professora que criou e coordenada a iniciativa, e seus alunos.

    O projeto é voltado para pacientes que perderam alguma parte do rosto, como olho, nariz ou até mesmo o céu da boca. As próteses são de resina ou silicone, de acordo com a necessidade. O principal objetivo é reinserir o paciente na sociedade, já que muitas vezes, ele acaba se isolando ou sendo isolado pela condição física.

    Uma das características do projeto é o envolvimento de várias áreas da saúde. “A reabilitação é multidisciplinar, ela precisa ora somente da prótese odontológica, mas muitos pacientes, principalmente os idosos que chegam, chegam com o estado nutricional abaixo do desejado, então há necessidade de uma avaliação nutricional”, explica Cacilda.

    Ao longo dos 10 anos de existência, além de projeto de extensão da faculdade e curso técnico, a reabilitação dos pacientes virou quatro pesquisas de mestrado e doutorado, mais de 10 trabalhos de conclusão de curso e viagens ao redor do Brasil e até do mundo, chegando ao México.

    Uma das pessoas atendidas pela iniciativa foi Jacilene Rodrigues. Aos 10 anos de idade, ela sofreu um acidente em casa. A faca escorregou e foi direto em seu olho esquerdo. Além de perder a visão, com o tempo esse mesmo olho desenvolveu um tom azulado em função de uma catarata. Aos 32 anos, recebeu o veredito: não tinha mais tratamento, teria que retirar o olho.

    Ela conheceu o projeto e em seis meses, Jacilene já estava com um olho novo e sua vida passou a ter um novo sentido. “Mudou tudo. Eu me olhava no espelho e era apenas uma visão. Hoje eu olho e me sinto uma pessoa normal. Eu era muito dependente de óculos escuro. [...] Hoje em dia não, você olha pra mim e eu sou uma pessoa normal”, ressalta.

    Saiba mais - O trabalho desenvolvido pela professora Cacilda Chaves é o tema da edição desta sexta-feira, 17 de janeiro, do programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC.

    Assessoria de Comunicação Social

  • De acordo com a pesquisa, o nutriente protege o sistema nervoso e pode ser usado no tratamento e na prevenção da doença

    O surto do vírus da zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, preocupou toda a população brasileira, principalmente as gestantes. Segundo o Ministério da Saúde, mais de três mil casos foram confirmados entre 2015 e 2019. A boa notícia é que o projeto de pesquisadoras de Brasília descobriu que o ômega-3 pode ser usado no combate vírus.

    A pesquisa foi feita pela biotecnóloga Heloisa Antoniella, atualmente mestranda pelo Programa de Patologia Molecular no Laboratório de Imunologia e Inflamação (LIMI) da Universidade de Brasília (UnB) e pela bióloga e professora da UnB, Kelly Grace Magalhães.

    Segundo as pesquisadoras, o zika vírus pode causar inflamação e morte celular nos neurônios e estresse oxidativo, que é quando o vírus libera substâncias tóxicas que causam danos à mitocôndria, uma parte importante da célula.

    O nutriente é um importante aliado no combate ao vírus porque preserva o sistema nervoso. “O ômega-3 é uma molécula neuroprotetora, ou seja, ela protege o sistema nervoso contra doenças neurodegenerativas, protege contra muitas doenças relacionadas a morte celular de neurônios e também sabemos que o ômega-3 é uma molécula anti-inflamatória”, afirmou a bióloga.

    As duas pesquisadoras trabalham juntas em um laboratório que tem uma linha de pesquisa focada no detalhamento das consequências do vírus nas células. “Pensamos que seria interessante não só mostrar como o vírus causa esse tipo de problema nessas células, esse tipo de morte, mas a gente também conseguiria proteger, explicou a biotecnóloga.

    O ômega-3 também pode apresentar bons resultados na prevenção e no tratamento de doenças virais já existentes porque torna as células mais resistentes.

    “A nossa pesquisa tem muito a acrescentar para a saúde pública do país, principalmente porque o ômega-3 é de fácil acesso. Você pode encontrar na dieta, pode encontrar facilmente na farmácia e existem faixas de preços que cabem no bolso de diferentes públicos”, afirmou Heloísa Braz de Melo.

    A pesquisa já foi publicada na revista científica Scientific Reports, uma das mais importantes do mundo no segmento.

    Saiba mais – A pesquisa sobre o uso ômega-3 no combate ao zika vírus é o tema do Trilhas da Educação desta sexta-feira, 6 de março, da Rádio MEC.


  • Linhares (ES), 15/6/2018 – Promoções corriqueiras no comércio do tipo “leve três, pague dois” valem a pena? Será mais barato comprar fracionado ou em maior quantidade? Essas questões podem passar despercebidas na correria do cotidiano, mas não mais para a turma do sexto ano da Escola Estadual Professora Regina Banhos Paixão, em Linhares, no Espirito Santo. Escolher os melhores produtos pelos melhores preços virou atividade de matemática. A dinâmica foi a forma encontrada pelo professor Hercules Smaçaro Marchiori para despertar o interesse dos alunos pela matéria. A experiência, realizada durante todo o ano de 2017, será contada no programaTrilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC nesta sexta, 15.

    Tudo era novidade para as crianças, entre 10 e 11 anos de idade, que passaram a enxergar uma simples ida ao supermercado de maneira diferente. Foi a oportunidade para que todos entendessem que a matemática está presente em várias ações rotineiras. “Na turma com que eu trabalhei, na verdade, muitos nem vão ao supermercado”, explica Marchiori. “Então, eles têm essa vivência da prática, daquilo que a gente comenta em sala de aula, no dia a dia ali, e fazem aquela relação do conteúdo em si com o que é real. ”

    O professor dividia a turma em pequenos grupos e assim dava início à pesquisa sobre os produtos do supermercado. Depois, utilizando cálculos simples, de soma e subtração, a tarefa era escolher os artigos que apresentavam o melhor custo-benefício. No supermercado visitado havia um ambiente de refeitório, local escolhido para os alunos se reunirem após a pesquisa e fazer os cálculos necessários.

    Na escola, a novidade se espalhou. Os demais professores ficaram sabendo da atividade e passaram a valorizar a iniciativa também em suas disciplinas. “A professora de português trabalhou alguns termos com eles; a de ciências foi fazer um trabalho e relatou que, no trajeto que fizemos até o supermercado, passamos em um ambiente de vegetação, um brejo, para eles relacionarem à matéria que estavam estudando”, relata Marchiori.

    Aprovação - Após as atividades que envolveram a turma toda, o resultado veio no final do ano letivo: 80% dos alunos foram aprovados na disciplina de matemática. Segundo o professor, isso foi fruto de uma didática mais inclusiva, que apostou na criatividade, em horas de reforço e de estudo da matéria. “Se a gente chegar à sala só com quadro e pincel, fica só naquela aula, os alunos perdem o interesse e aí acabam não gostando da matemática, do professor, fazendo [as tarefas] de qualquer jeito”, avalia.

    Além do melhor rendimento em sala de aula, a experiência mostrou que o empenho em cada exercício levou conhecimentos à casa dos alunos, em forma de educação financeira. Agora, esse aprendizado ajuda também os pais na hora das compras. “Às vezes a família tenta fazer esse esforço todo de economia, mas, por falta de conhecimento, nem sabe como proceder”, observa o professor. “O aluno, tendo essa noção, ajuda a estabelecer essas diferenciações e com isso acaba proporcionando aos pais poder comprar mais do que aquilo que compravam no dia a dia.”

    Hoje, Hercules Marchiori se dedica a turmas de ensino médio, mas não descarta a possibilidade de retomar o projeto em outros moldes, ainda que com atividades extraclasse. Para ele, o maior desafio é fazer com que os estudantes entendam que o aprendizado da matemática faz parte da vida. “É uma coisa que eu sempre coloco para eles: é algo que vocês não vão levar só para a vida escolar de vocês, mas para o resto da vida”, conclui.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Motivar o aprendizado da fórmula de Bhaskara, do plano cartesiano e de tantas outras operações matemáticas lançando foguetes. Essa foi a forma que o professor Fábio Aparecido da Silva, de 44 anos, encontrou para ensinar seus alunos. Essa história você escuta no Trilhas da Educação dessa semana, programa produzido e transmitido pela Rádio MEC.

    Fábio leciona na Escola Técnica Estadual Cônego José Bento, em Jacareí (SP). Para envolver os alunos em torno das questões levantadas pela matemática, o professor desenvolveu um foguete feito de garrafa pet que é fixado em uma base de tubos de PVC, num ângulo de 90º com o chão. Água e uma bomba de encher pneus de bicicleta, são o suficiente para fazê-lo ganhar os ares. A experiência, garante o professor, está diretamente ligada a teoria vista em sala de aula. “A gente vai para a parte prática. Vai resolver um problema interdisciplinar com a física e aplicando os conceitos de matemática”, destaca Fábio.

    Fábio desenvolveu essa técnica há 10 anos. Após perceber os resultados positivos, ele resolveu ensinar e incentivar o uso dessa metodologia por outros educadores do país e publicou na internet um tutorial sobre como construir os foguetes.  “A minha ideia é não segurar essas coisas comigo. Eu escrevo vários artigos relatando a experiência que eu tenho com aplicações que deram certo”, afirma o docente.

    Para o professor Fábio, outro aspecto importante de todo esse trabalho é o fortalecimento da turma como equipe. Ele nota que os estudantes passam a dividir as tarefas e apostam no companheirismo. “Este tipo de atividade trabalha muito o sentimento de equipe. Os alunos que têm mais experiência, ou até mesmo mais facilidade de aprendizado, trocam experiências com o colega, e acabam ajudando. Tem grupos que conseguem fazer um bom lançamento e que ajudam outros grupos que não conseguem”, comemora.

    O trabalho completo do professor Fábio Aparecido da Silva pode ser conferido em suas redes sociais.

    Assessoria de Comunicação Social


  • Para tornar o ensino da filosofia atraente para os alunos, o professor Uanderson de Jesus Menezes, da Escola João XXIII, de Ipatinga (MG), precisou usar da criatividade e inovar. Ele conseguiu prender a atenção e a curiosidade dos estudantes após recorrer a exposições de fotografias e fotonovelas. O docente explica seu método no programa 
    Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC.

    A iniciativa do professor rendeu a ele, em 2015, o Prêmio Professores do Brasil. Ele venceu na categoria Ensino Médio, com o projeto TV Filosofia. O prêmio é uma iniciativa do Ministério da Educação que visa reconhecer, divulgar e premiar o trabalho de professores de escolas públicas que contribuem para a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem desenvolvidos nas salas de aula.

    Uanderson ensina uma disciplina que, segundo ele, é alvo de muito preconceito. “O aluno não pergunta para que serve a matemática, ele não pergunta para que serve a geografia, mas sobre a filosofia a primeira coisa que pergunta é: para que eu tenho que estudar isso?”, destaca o professor. Ele conta que discutir filosofia com os alunos não era uma tarefa fácil, e que eles não viam na disciplina utilidade alguma para o cotidiano.

    Depois de perceber que os alunos tinham muita habilidade com imagens, audiovisual e com a edição de vídeos, veio a ideia de utilizar fotografias e fotonovelas. “Era pegar algum tema de filosofia que foi estudado em sala de aula e traduzir isso através de um miniprograma de TV com situações do cotidiano deles. Eu vi que eles compraram a ideia.”

    Desde 2012, quando o projeto começou, Uanderson percebeu que mais do que aprender filosofia, os alunos puderam problematizar e refletir sobre algumas questões que são de extrema importância para sua própria formação. Uma maneira inteligente e criativa de aproximar a filosofia do dia a dia dos jovens, tendo na tecnologia sua grande aliada.

    O professor explica que, após o vídeo estar pronto, é feita uma exibição em sala de aula com o resultado final dos trabalhos, e que diversas questões cotidianas enfrentadas pelos alunos são retratadas nos programas. “Eu tive algumas alunas que sofriam muitos ataques machistas dos colegas de sala de aula. Elas decidiram trazer o tema feminismo, abordando Simone de Beauvoir, e fizeram o vídeo de violência contra a mulher e o que é a luta por direitos iguais”, comenta.

    Atualmente, Uanderson Menezes conta que a disciplina que ele leciona não é mais vista como um bicho de sete cabeças.  “Hoje eu percebo que eles tratam a filosofia realmente como uma disciplina comum e importante.”

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Iniciativa está presente em quatro escolas públicas

    Despertar a paixão pelos livros dentro das escolas públicas. Esse é o objetivo do projeto Calangos Leitores que criou clubes de leitura para estudantes de 13 a 18 anos do Distrito Federal. A regra é simples: os alunos recebem um livro e têm 30 dias para ler. Mas não é só isso. A experiência precisa ser dividida por todos em encontros mensais onde os alunos compartilham as histórias.

    A coordenadora do projeto, Claudine Maria Duarte, explica que a atividade é extracurricular, mas há fila de espera para participar. “Essa partilha de ver o livro pelo olhar do outro é muito impressionante. Percebemos que somos um projeto cultural de impacto social”, define.

    Ao longo dos três anos de realização do clube de leitura, muitas vidas foram transformadas. A curadora do projeto, Danielle Cunha, se emociona com uma dessas histórias. “Um dos participantes estava prestes a seguir o caminho das drogas, quase abandonou a escola. Mas, quando ele conheceu o projeto se interessou e percebeu que a escola era o melhor lugar para ele”, lembrou.

    O projeto Calangos Leitores foi finalista do Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, na categoria Inovação – Formação de Novos Leitores. Atualmente, a iniciativa está presente em quatro escolas públicas do Distrito Federal: o Centro Educacional do Lago Norte, Centro de Ensino Fundamental 1 do Cruzeiro, Centro de Ensino Fundamental 15 do Gama e o Centro de Ensino Fundamental 5 do Paranoá.

    Para garantir a compra de um exemplar para cada participante, o projeto lançou a campanha “Adote um Leitor”. O site www.calangosleitores.com.brconta a história do projeto. Quem quiser pode buscar informações de como ajudá-lo.

    Saiba mais – A história do clube de leitura do Distrito Federal é o tema da edição desta sexta-feira, 29 de novembro, do programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC.


  • Na Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, o programa Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC, conta a história da professora e pedagoga Patrícia de Jesus Neves, 32, que há quatro anos se dedica a auxiliar crianças de 6 a 11 anos, matriculadas na rede pública, que leem, mas ainda não compreendem o significado das palavras e nem das frases. Ela faz parte do projeto social Apoio Pedagógico, que funciona no Bairro da Paz, em Salvador, e que é mantido pela Santa Casa da Bahia. O programa vai ao ar nesta sexta-feira, 26.

    Formada pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), a pedagoga explica que o projeto vai muito além de um reforço escolar, e que por isso recebe o nome de Apoio Pedagógico. “Trabalhamos com temas. Escolhemos dois ao longo do ano e desenvolvemos um projeto no primeiro semestre e outro no segundo semestre, e é nesse processo que acontece o incentivo à leitura e a escrita”, afirma Patrícia.

    A missão da professora é ajudar crianças que leem, juntam as sílabas, mas que não compreendem o significado das palavras e o sentido das frases. Patrícia conta que acompanhar o desenvolvimento das crianças no dia a dia é um dos seus combustíveis no exercício da profissão. “Sem falar do afeto e da energia que elas transmitem”, observa. Patrícia procura utilizar recursos lúdicos para ajudar nas dificuldades vivenciadas pelas crianças e busca desenvolver entre a garotada o hábito e o gosto pela leitura.

    De acordo com Patrícia, o projeto existe desde 2014 e atendia quatro turmas de crianças entre 6 e 7 anos. Com o sucesso, passou a atender mais quatro turmas com estudantes entre 8 e 11 anos. A docente ainda diz que em alguns casos o projeto também atua com alfabetização. “Alguns ingressam aqui com 8, mas não estão alfabetizados ainda, e com os outros que já garantiram isso nós trabalhamos o processo de letramento, para que compreendam melhor o texto. Os temas que trabalhamos no projeto também ampliam a visão de mundo”, comenta Patrícia.

    O projeto da Santa Casa atende ao todo 150 crianças da rede municipal de ensino, que moram no Bairro da Paz. Fundada em 1549, mesmo ano da cidade de Salvador, a Santa Casa da Bahia presta assistência aos baianos na área de saúde, de ensino e pesquisa, cultura, assistência social e educação infantil.

    Assessoria de Comunicação Social

     

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