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  • Iniciativa é voltada para professores e gestores das redes públicas de ensino

    Tatiana Sócrates e Dyelle Menezes, do Portal MEC

    Ensinar gerações de cidadãos a ler e a escrever. Esse é o papel dos professores da educação básica que ensinam os estudantes no início do ciclo escolar, durante o processo de alfabetização. Para cumprir esse objetivo, o Ministério da Educação (MEC) lançou nesta terça-feira, 18 de fevereiro, o programa Tempo de Aprender, voltado para o aperfeiçoamento, o apoio e a valorização a professores e gestores escolares do último ano da pré-escola e do 1º e 2º ano do ensino fundamental.

    Idealizado pela Secretaria de Alfabetização (Sealf) do MEC, o Tempo de Aprender tem orçamento de mais de R$ 220 milhões. O programa foi construído com base em um diagnóstico realizado pelo MEC, no qual foram detectadas as áreas da alfabetização que necessitam de mais investimentos. São elas:

    • formação pedagógica e gerencial de docentes e gestores;
    • materiais e recursos para alunos e professores;
    • acompanhamento da evolução dos alunos.

    Com base na Política Nacional de Alfabetização (PNA) e direcionado para a aplicação de práticas baseadas em evidências científicas nacionais e internacionais que deram certo, o novo programa do MEC traça um plano estratégico para corrigir a rota das políticas públicas de alfabetização no país. O programa será implementado por meio da adesão de estados, municípios e Distrito Federal, que já podem manifestar interesse no site alfabetizacao.mec.gov.br.

    Atualização:A portaria que institui o programa foi publicada na edição desta sexta-feira, 21 de fevereiro, doDiário Oficial da União (DOU).

    Eixos e ações – O Tempo de Aprender conta com quatro eixos e 10 ações efetivas que visam dar aos alunos, já nos primeiros anos de estudo, a formação básica de qualidade necessária para que exerçam a cidadania e alcancem o sucesso profissional. Conheça cada eixo:

    - Formação continuada de profissionais da alfabetização: para capacitar e aperfeiçoar o conhecimento de professores, os mais importantes parceiros do MEC nos esforços de melhorar o desempenho dos alunos brasileiros no processo de alfabetização, o eixo conta com três ações e orçamento de R$ 10,6 milhões.

    Será oferecido um curso, com versões on-line e presencial, para proporcionar aos docentes a aquisição de conhecimentos, habilidades e estratégias que os auxiliem a lidar com os desafios postos pelo ciclo de alfabetização. O conteúdo pedagógico foi validado por uma equipe de mais de vinte especialistas. A arte, diagramação, edição e manutenção da plataforma on-line estão sob o encargo do Laboratório de Tecnologia da Informação e Mídias Educacionais (Labtime), da Universidade Federal de Goiás (UFG). A previsão é que o início da formação on-line aconteça ainda no primeiro semestre de 2020 e que a presencial ocorra no segundo semestre. 

    Com a colaboração da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), autarquia federal vinculada ao Ministério da Economia, o MEC ofertará um curso para auxiliar gestores educacionais, como diretores e coordenadores pedagógicos, a dar o suporte necessário à alfabetização em suas escolas e redes educacionais. É prevista uma vertente on-line, com previsão de início no segundo semestre deste ano, e uma presencial a ser operacionalizada por meio de um modelo de multiplicadores.

    Além disso, para iniciar entre profissionais da alfabetização o processo de internacionalização e difusão de boas práticas, o programa Tempo de Aprender enviará profissionais do magistério para o curso Alfabetização Baseada na Ciência (ABC), promovido pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto e pelo Instituto Politécnico do Porto, em Portugal.

    O curso concilia conhecimento científico sobre literacia e práticas pedagógicas. Os selecionados deverão atender a quadros efetivos das escolas públicas de educação básica ou das secretarias de Educação e a critérios de experiência profissional e acadêmica que serão definidos em edital. A medida será implementada em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

    - Apoio pedagógico para a alfabetização: para dar suporte a professores da rede pública em todo o país, o MEC vai lançar o Sistema On-line de Recursos para Alfabetização (Sora). A ferramenta foi desenvolvida pelo Labtime, da UFG, e permitirá o acesso a recursos pedagógicos, como estratégias de ensino, atividades e avaliações formativas, com respaldo em práticas exitosas de alfabetização. Com custo de R$ 300 mil, o sistema começará a funcionar ainda no primeiro semestre de 2020 e poderá atender mais de 300 mil professores.

    Outra ação do eixo é o fornecimento de apoio financeiro para despesas de custeio de escolas para atuação de assistentes de alfabetização, profissionais que auxiliam os professores no manejo da sala. Por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), coordenado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o MEC vai destinar R$ 183 milhões para a iniciativa. Os repasses ocorrerão de acordo com o calendário oficial e deverão atender prioritariamente escolas em situação de vulnerabilidade.

    Esse eixo ainda prevê a reformulação do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) para a educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, de forma a adequá-lo a evidências científicas. A reformulação será realizada em parceria entre a Sealf, a Secretaria de Educação Básica (SEB) e o FNDE.

    - Aprimoramento das avaliações da alfabetização: entre as ações do eixo, está a implementação do Estudo Nacional de Fluência, que irá fornecer às redes de ensino uma ferramenta de diagnóstico de fluência em leitura oral para alunos do 2º ano do ensino fundamental. O estudo será aplicado no fim de 2020 para todas as redes que aderirem ao programa Tempo de Aprender. O orçamento da iniciativa é de R$ 20 milhões e pode atingir cerca de 2 milhões de alunos.

    O MEC também prevê, por meio do novo programa, realizar a reformulação das provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) voltadas à alfabetização. O intuito é adequar as avaliações do Saeb aos componentes essenciais para a alfabetização e avaliar adequadamente o desempenho dos alunos em parceria com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

    Nesse eixo, ainda está prevista a avaliação de impacto das ações do programa, um monitoramento que será realizado pelo MEC para a realização do aprimoramento contínuo do programa, bem como promoção do bom uso do dinheiro público.

    - Valorização dos profissionais de alfabetização: o MEC vai valorizar os professores que conquistarem bons resultados. O Tempo de Aprender vai premiar o desempenho de professores, diretores e coordenadores pedagógicos do 1º e 2º ano do ensino fundamental com boas práticas e atividades na área. A medida será realizada, de forma experimental, em 2020, e será expandida em 2021.

    18/02/2020 - Lançamento do Programa Tempo de Aprender

  • O curso promovido pela Secretária de Alfabetização do MEC é gratuito e tem cerca de 147 mil inscritos

     

    O curso gratuito e on-line Práticas de Alfabetização do Ministério da Educação (MEC) alcançou a marca de 1 milhão de acessos. São cerca de 147 mil inscritos. A iniciativa faz parte do programa Tempo de Aprender, lançado em fevereiro pela Secretaria de Alfabetização para aprimorar a alfabetização no país.

    A capacitação é oferecida no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AvaMec), plataforma de ensino a distância do MEC em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG). Para se inscrever basta seguir as instruções descritas pela Secretaria de Alfabetização no portal do programa.

    O secretário de alfabetização, Carlos Nadalim, destaca que a capacitação já é a maior da plataforma Avamec em participação. “Ao elaborarmos esse curso, sabíamos que as escolhas de conteúdos práticos atrairiam uma quantidade expressiva de professores e interessados no assunto. E foi o que aconteceu”, acrescenta o secretário.

    A iniciativa foca principalmente na formação de professores, coordenadores pedagógicos, diretores escolares e assistentes de alfabetização. No entanto, qualquer pessoa interessada em aprender mais sobre o processo de alfabetização, como pais e responsáveis, pode se inscrever.

    Na formação, são apresentadas estratégias de ensino, atividades e avaliações formativas destinadas ao último ano da pré-escola e ao 1º e ao 2º ano do ensino fundamental baseadas em evidências científicas e de caráter prático. São apresentadas estratégias simples, fáceis e efetivas, tanto para o ano da educação infantil quanto para a alfabetização. Elas seguem um passo a passo que pode ser adaptado conforme a realidade de cada professor e aluno, pai ou filho, e foram pensados para serem divertidas e acessíveis para crianças.

    O curso ficará disponível por tempo indeterminado e não tem limite de número de alunos, nem de turmas. Com carga horária de 30 horas, o curso se divide em oito módulos que tratam de temas como conhecimento alfabético, fluência, vocabulário e compreensão. Os últimos três módulos do curso serão disponibilizados até o fim de maio.

    Tempo de Aprender – Criado pela Secretaria de Alfabetização do MEC, o programa Tempo de Aprender, tem o objetivo de apoiar, aperfeiçoar e valorizar a formação de professores e gestores escolares do último ano da pré-escola e do 1º e 2º anos do ensino fundamental.

    O programa foi construído com base em um diagnóstico realizado pelo MEC, no qual foram detectadas as áreas da alfabetização que necessitam de mais investimentos.

    O Tempo de Aprender conta com quatro eixos e 10 ações efetivas que têm por objetivo dar aos alunos, já nos primeiros anos de estudo, a formação básica de qualidade necessária para que exerçam a cidadania e alcancem o sucesso profissional. A formação continuada de profissionais da alfabetização é uma das ações do programa.

    Assessoria de Comunicação Social

  • É a terceira publicação de série de vídeos do programa Conta pra Mim, da Secretaria de Alfabetização do MEC

    Você já leu para o seu filho hoje? Para incentivar a literacia familiar, o programa Conta pra Mim do Ministério da Educação (MEC) lançou uma série de vídeos com dicas de livros para serem lidos para meninos e meninas de acordo com a faixa etária. No terceiro episódio da série, o público-alvo são as crianças de 5 a 7 anos.

    O vídeo indica que as obras devem conter:

    • poucas frases, muitas ilustrações;
    • enredo simples (como os começados em “era uma vez”);
    • padrões repetitivos (exemplo: “Três pratos de trigo para três tigres tristes”);
    • textos rimados;
    • temas como: animais, super-heróis e esportes.

    Série – Os vídeos, que irão ajudar pais e responsáveis a escolherem livros para os filhos, são mais uma ação do programa Conta pra Mim, da Secretaria de Alfabetização do MEC. O programa foi lançado em dezembro de 2019 para incentivar uma cultura de leitura no ambiente familiar.

    As sugestões apresentadas na série também estão no Guia de Literacia Familiar do programa, que possui orientações e dicas simples e diretas para que as famílias comecem o quanto antes a colocar em prática estratégias de leitura em casa antes de os pequenos iniciarem a alfabetização na escola.

    A série abrange as seguintes faixas etárias:

    • 0 a 3 anos;
    • 3 a 5 anos;
    • 5 a 7 anos;
    • 7 a 9 anos;
    • 9 anos ou mais.
  • Shoppings de Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife e Fortaleza receberão o ursinho Tito para contar histórias e alegrar a criançada


    Tatiana Sócrates, do Portal MEC

    Férias escolares também são um momento para incentivar a leitura. Por essa razão, a mascote Tito, do programa Conta pra Mim, do Ministério da Educação (MEC), continua sua viagem pelo Brasil com muitos livros e diversão para alegrar os pequenos e seus familiares. Neste mês de janeiro, ele estará em Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife e Fortaleza. Em cada local, vai passar dois dias.

    Eis o itinerário do ursinho:

    • Porto Alegre: 10 e 11 de janeiro, das 12 horas às 20h30, no Lindoia Shopping;
    • Curitiba: 13 de janeiro, das 12 horas às 20 horas, e 14 de janeiro, das 12 horas às 20h30, no Shopping Mueller;
    • Salvador: 16 e 17 de janeiro, das 12 horas às 20h30, no Shopping da Bahia;
    • Recife: 19 de janeiro, das 14 horas às 20 horas, e 20 de janeiro, das 12 horas às 20h30, no Shopping Recife;
    • Fortaleza: 22 e 23 de janeiro, das 12 horas às 20h30, no Shopping Parangaba.

    O projeto Conta pra Mim ofertará, nos shoppings, cantinhos lúdicos onde as famílias terão acesso a uma revista com várias dicas do ursinho Tito para ajudar as crianças a desenvolverem habilidades que facilitem o processo de alfabetização. Esses espaços permanecerão durante 10 dias.

    Quem pensa que o ursinho está sozinho nessa jornada se enganou. Além dele, contadores de histórias treinados pela Secretaria de Alfabetização do MEC permanecerão nesses cantinhos ao longo dos 10 dias de duração. Eles vão ensinar práticas e atividades de literacia familiar, ou seja, técnicas de interação durante a contação de histórias e de leitura em voz alta com as crianças.

    As atividades de literacia familiar são simples, mas capazes de influenciar significativamente no desenvolvimento intelectual já na fase pré-alfabetização, antes do começo das primeiras aulas na escola. Meninos e meninas que são estimulados desde cedo à leitura e à brincadeira dentro de casa tendem a chegar mais aptos e habilidosos nos anos iniciais do ensino fundamental.

    O programa Conta pra Mim faz parte da Política Nacional de Alfabetização (PNA), lançada pelo governo federal em abril de 2019. O Tito já passou pelas cidades de Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.

  • Programa, que faz parte da Política Nacional de Alfabetização, pretende estimular o desenvolvimento intelectual na primeira infância com técnicas simples usadas pelos pais dentro de casa

     

    O ministro da Educação, Abraham Weintraub, durante o lançamento do programa "Conta pra Mim" nesta quinta-feira, 5 de dezembro (Foto: Gabriel Jabur/MEC)


    Shismênia Oliveira, do Portal MEC

    A voz suave de uma mãe cantando para o bebê ainda na barriga, o pai narrando uma história de heróis para o filho antes de dormir e muita brincadeira. É nesse ambiente familiar e de afeto que a alfabetização das crianças começa a dar os primeiros passos. Para incentivar essa cultura, o Ministério da Educação (MEC) lançou, nesta quinta-feira, o programa “Conta pra Mim”. A iniciativa faz parte da Política Nacional de Alfabetização (PNA) e reúne uma série de materiais para orientar as famílias a como contribuir na construção do projeto de vida e do sucesso escolar dos pequenos.

    Interagir durante a contação de histórias, ler em voz alta, olhar olho no olho. São gestos simples, mas capazes de influenciar significativamente no desenvolvimento intelectual já na fase pré-alfabetização, antes do começo das primeiras aulas na escola. A literacia familiar, como é chamada a técnica, é aplicada no dia a dia, na convivência entre pais e filhos. Meninos e meninas que são estimulados desde cedo à leitura e à brincadeira dentro de casa tendem a chegar mais aptos e habilidosos nos anos iniciais do ensino fundamental.

    Durante a cerimônia de lançamento do programa, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, destacou que a literacia familiar é uma atividade de carinho, amor e afetividade para desenvolver a capacidade de aprendizagem das crianças. “O programa é revolucionário, pela primeira vez existe uma iniciativa de valorização da leitura em família. [...] Cientificamente os resultados são muito robustos para as famílias que leem para seus filhos”, disse.

    E como desenvolver as atividades com os filhos? Primeiro, é preciso a sensibilização dos pais e responsáveis ao mostrá-los a importância de a educação ser conduzida no ambiente familiar. Um guia preparado pelo MEC, com apoio de especialistas na área da alfabetização da primeira infância, reúne uma espécie de passo a passo, explicando as melhores técnicas. O material e vídeos didáticos estão disponíveis para download no site do programa e também podem ser adaptados à realidade da sala de aula por professores.

    Entre as orientações contidas no guia estão:

    • Interpretação verbal: aumentar a quantidade e a qualidade dos diálogos com as crianças;
    • Leitura dialogada: interagir com a criança durante a leitura em voz alta, fazendo, por exemplo, perguntas sobre a história em si;
    • Narração de histórias: interagir com as crianças durante a contação de histórias;
    • Contatos com a escrita: familiarizar as crianças com a escrita;
    • Atividades diversas: jogar, brincar, cantar tocar instrumentos musicais, dançar, entre outros;
    • Motivação: aumentar a motivação das crianças em relação à leitura e à escrita.

    De acordo com o secretário de Alfabetização do MEC, Carlos Nadalim, o “Conta pra Mim” mostra técnicas facilitadoras, precursoras, da alfabetização. “[As práticas] são importantes para que as crianças depois sejam alfabetizadas corretamente no primeiro ano do ensino fundamental. Os pais vão encorajar seus filhos a tomar gosto pela leitura. Eles serão exemplo de pessoas que cultivam hábitos de leitura. Serão leitores para os filhos”, disse.

    Cantinhos Conta pra Mim - Para além do conteúdo virtual, o MEC vai destinar R$ 45 milhões para implantar o “Cantinho Conta pra Mim” em 2020. São cinco mil espaços que serão criados em creches, pré-escolas, museus e bibliotecas, até o fim do ano que vem, para receber as crianças e ensinar os pais a praticar as técnicas de literacia em casa.

    Uma bolsa de incentivo, entre R$ 300 e R$ 400, será paga a professores da rede pública estadual e municipal para trabalhem as atividades nesses locais. A ideia é o oferecer a cada família três oficinas com duração de uma hora, cada. Os tutores serão qualificados em um curso semi-presencial. Parte dos conteúdos serão aplicados por meio de uma plataforma online e a outra, pessoalmente, por técnicos da Secretaria de Alfabetização do MEC.

    O recurso também será utilizado para a confecção de “kits de literacia”, com distribuição de livros infantis, caderno de desenho, giz de cera e o guia de orientações.

    O ministério vai destinar esses espaços a famílias de baixa renda com crianças de 3 a 5 anos e que recebam o Bolsa Família. A previsão é de que mais de 1 milhão de brasileirinhos sejam beneficiados. O MEC estima ainda que dez mil bolsistas devam participar do programa. A adesão de municípios e estados ao programa vai acontecer no primeiro semestre do ano que vem.

    Base científica - Estudos internacionais afirmam que crianças estimuladas por meio da literacia familiar tendem a apresentar melhores resultados em testes internacionais como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), o Progress in International Reading Literacy Study (PIRLS) e o Estudo de Tendências Internacionais de Matemática e Ciências (TIMSS). As práticas de linguagem, leitura e escrita entre pais e filhos são comuns em países mais desenvolvidos, a exemplo do Canadá e dos Estados Unidos.

    A iniciativa do MEC segue a Curva de Heckman, obra do vencedor do Prêmio Nobel de Economia de 2000, James Heckman. O economista observa ser maior o retorno social quão mais cedo for feito o investimento em educação. Com isso, a iniciativa possui o intuito de elevar o desempenho social e escolar do Brasil.

    05/12/2019 - Lançamento do Programa Conta Pra Mim - Fotos: Gabriel Jabur/MEC

  • Primeira-dama esteve em simpósio sobre alfabetização de surdos

    Dyelle Menezes, do Portal MEC

    A primeira-dama da República, Michelle Bolsonaro, marcou presença no terceiro dia da 1ª Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Conabe), organizada pelo Ministério da Educação (MEC). Michelle participou de painel que mostrou estudos sobre a alfabetização de surdos, nesta quinta-feira, 24 de outubro.

    Acompanhada pelo secretário de Alfabetização do MEC, Carlos Nadalim, a primeira-dama esteve no simpósio “Dificuldades e Distúrbios da Leitura e da Escrita e Desafios na Alfabetização em Diferentes Contextos”. O principal palestrante foi o professor Fernando Capovilla, uma das maiores autoridades em alfabetização do país.

    Capovilla falou sobre a alfabetização de crianças com deficiência auditiva e surdez. O professor explicou que alunos surdos possuem como língua materna a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e adquirem o português como segunda língua. Já a língua materna dos deficientes auditivos é o português.

    Na apresentação que realizou durante o simpósio, o especialista destacou a realização do maior estudo já feito no mundo sobre o desenvolvimento de cognição e linguagem de estudantes surdos, com 9,4 mil avaliados, o Programa de Avaliação Nacional do Desenvolvimento Escolar do Surdo Brasileiro . O levantamento recebeu apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

    O resultado do trabalho mostrou diferenças na estratégia de alfabetização que tem melhores resultados para surdos e para pessoas com deficiência auditiva. “A inclusão em escola comum com aulas no contraturno é muito boa para crianças com deficiência auditiva. Para os surdos, o melhor arranjo é ensino-aprendizagem em escola bilíngue até pelo menos o 5.º ano do ensino fundamental”, afirmou.

    Também participaram do simpósio Janice Marques, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e Antonielli Martins, da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel). A Conabe segue até amanhã, 25, na sede da Capes, em Brasília.

  • Catherine Snow é referência em alfabetização e pesquisa o assunto há três décadas

    Luciano Marques, do Portal MEC

    Um dos maiores problemas da educação brasileira é o alto índice de analfabetismo. A norte-americana Catherine Snow, uma das maiores referências em alfabetização nos Estados Unidos, participou da Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Conabe), nesta terça-feira, 22 de outubro, e contou como pesquisas e dados ajudaram os Estados Unidos a melhorar sua educação.

    Psicóloga educacional e linguista, Snow é professora de pós-graduação da Harvard Graduate School of Education, uma das principais universidades do mundo. Nos últimos 30 anos, ela se concentrou na alfabetização da primeira infância, investigando fatores linguísticos e sociais que contribuem ou prejudicam a alfabetização.

    “As crianças devem ler, escrever e entender. As três habilidades cruciais que os bons leitores têm são: o entendimento do princípio alfabético, a conscientização de que é preciso compreender (o significado) e interpretar o que se está lendo e adquirir fluência suficiente na leitura”, aponta Snow.

    A especialista deu exemplos de como estudos e evidências podem melhorar a educação de um país e apontou momentos-chave nos Estados Unidos, como o “A Nation At Risk” (Uma Nação em Risco), de 1983, um relatório da National Commision on Excellence in Education (Comissão Nacional de Excelência em Educação) que alertava para a precária qualidade da educação no país. O documento informava que, à época, 23 milhões de americanos adultos eram analfabetos funcionais.

    Snow também falou sobre o programa federal “No Children Left Behind” (Nenhuma criança deixada para trás), lançado em 2001 pelo então presidente George W. Bush, como resposta às graves observações feitas pelo relatório.

    Segundo ela, para que as crianças possam se alfabetizar, é preciso focar não só apenas no código, mas também no conteúdo. “É um desafio. É sempre o código versus a linguagem. Os pequenos precisam entender, interpretar aquilo que estão lendo. Precisamos ensinar letras, ensinar que palavras são compostas por sons representados por letras, mas não podemos parar aí e esquecer o conteúdo”, destaca a norte-americana.

    Catherine Snow também ajuda a desenvolver melhorias na alfabetização norte-americana. “Temos muito trabalho ainda. Nós já tivemos aqui a mesma discussão que está acontecendo agora no Brasil. É preciso incentivar nas crianças o gosto pela leitura, mas não apenas isso. É necessário fazer com que elas tenham uma perfeita compreensão naquilo que estão lendo e também dar maior suporte e especialização aos professores”, concluiu.

    A Conabe segue até sexta-feira, 25 de outubro, na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, em Brasília.

  • Decreto editado em abril de 2019 prevê a Política Nacional de Alfabetização (PNA)

    Bianca Estrella, do Portal MEC

    A Política Nacional de Alfabetização (PNA) tem norteado os trabalhos da mais jovem secretaria do Ministério da Educação (MEC), a Secretaria de Alfabetização (Sealf), criada em 2019. Para o secretário da área, Carlos Nadalim, a ideia é apresentar mais ações e programas dessa estratégia em 2020. “A PNA é como uma bússola, uma política que deve transcender governos”, afirmou.

    Segundo Nadalim, a Secretaria de Alfabetização trabalhou arduamente desenhando ações e programas. “Neste governo, a alfabetização ganhou status de secretaria. Isso é extremamente importante, já que a situação da alfabetização no Brasil não é nada favorável e os indicadores demonstram isso”, disse em entrevista especial às equipes do Portal MEC e da TV MEC.

    Confira essas e outras perspectivas da Sealf para o ano de 2020 nesta entrevista especial.

    Portal MEC: Quais serão as principais ações da Política Nacional de Alfabetização, em 2020?

    Carlos Nadalim: A Política Nacional de Alfabetização é um marco na história da alfabetização no Brasil. Em 2020, intensificaremos os nossos esforços para continuar proporcionando à sociedade ações e programas que auxiliem professores, pais e, sobretudo, nossas crianças, o principal alvo da educação. Queremos que as crianças não fracassem no período da aquisição da leitura e da escrita. Sabemos que o fracasso neste período gera consequências irreversíveis.

    Em 2019, focamos na construção da política e suas diretrizes e um programa para leitura em família, que é de pré-alfabetização. Para o próximo ano, apresentaremos mais desdobramentos:  a criação de um programa específico de alfabetização. Para nós, isso significa uma bússola que tem um escopo muito amplo e com certeza será um instrumento muito eficaz contra ao analfabetismo. É, sem dúvida, uma política que vai transcender governos.

    Em 2020, alunos do 4º ano vão passar a ter a capacidade de leitura e compreensão de textos avaliadas por um estudo internacional, o Progress in International Reading Literacy Study (PIRLS). Como o senhor avalia essa participação?

    A primeira ação de implementação do PNA foi a adesão ao PIRLS, um importante estudo de avaliação internacional de leitura. Queremos saber como os alunos do 4º ano do ensino fundamental estão lendo textos. Essa avaliação é fundamental para comparar os nossos alunos com os de outros países. É uma avaliação que leva em consideração duas finalidades: leitura como experiência literária e a leitura como meio de utilizar e processar informação.

    Em 2020, no primeiro semestre, os alunos serão submetidos a um pré-teste e no segundo semestre ocorrerá a avaliação amostral. Teremos, então, uma amostra representativa que dará subsídios para a Secretaria de Alfabetização. No futuro, poderemos aprimorar os instrumentos de implementação da Política Nacional de Alfabetização.

    A Sealf também lançou o Conta pra Mim, que incentiva a leitura para crianças no ambiente familiar. Quais serão as principais ações no programa no próximo ano?

    O Conta pra Mim é um programa que implementa aspectos importantes da PNA porque reconhece a participação da família no processo de alfabetização. Isso não quer dizer que a família passa a alfabetizar a criança, mas ajuda no processo da pré-alfabetização, no projeto de vida dos indivíduos. Literacia familiar é o conjunto de práticas, experiências, relacionadas ao desenvolvimento linguístico, à literatura, escrita. Práticas vivenciadas entre pais e filhos no ambiente familiar. Os conhecimentos começam em casa e passam para a creche e a pré-escola e por toda a vida. 

    No primeiro semestre de 2020, abriremos o processo de adesão para que os entes federados participem, voluntariamente, do programa. Eles receberão assistência técnica e financeira. Vamos capacitar tutores que conduzirão sessões de literacia familiar nos espaços Conta pra Mim. Nossa expectativa é alcançar 1 milhão de famílias e criar 5 mil cantinhos Conta pra Mim. O orçamento disponível para o programa é de R$ 45 milhões.

    Em 2020 teremos desdobramentos da Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências, a Conabe?

    A Conabe é outra ação de implementação da Política Nacional de Alfabetização. Ainda no primeiro semestre de 2020, a Sealf apresentará o fruto desses debates, o Relatório Nacional da Alfabetização Baseada em Evidências (Renabe). O documento apresentará sugestões para as políticas nacionais relacionadas à alfabetização, com as evidências científicas mais robustas e atualizadas que nortearão as ações da secretaria de alfabetização.

    O que dizer deste primeiro ano de atuação?

    A Secretaria de Alfabetização trabalhou arduamente desenhando ações e programas. Trouxe minha experiência de sala de aula, de coordenação de escola e os anseios de famílias brasileiras que estão preocupadas com a alfabetização infantil. Lançamos uma política de Estado com base nas evidências científicas, conseguimos muito em pouco tempo.

    Em 2020, vamos intensificar os trabalhos e apresentar à população mais ações e programas que fortaleçam a alfabetização no Brasil, com o carinho que as crianças merecem.

    Saiba mais sobre a Secretaria de Alfabetização aqui e sobre o currículo de Carlos Nadalim aqui.

  • Série de entrevistas vai ao ar a partir da próxima semana


    Da equipe do Portal MEC

    O ano de 2020 ainda não chegou, mas o Ministério da Educação (MEC) já planeja os principais programas e projetos para os próximos meses. As equipes do Portal MEC e da TV MEC entrevistaram os titulares das secretarias da pasta. Os textos serão publicados nos próximos dias.

    São seis os entrevistados:

    • Ariosto Culau, secretário de Educação Profissional e Tecnológica
    • Arnaldo Lima, secretário de Educação Superior
    • Carlos Nadalim, secretário de Alfabetização
    • Ilda Peliz, secretária de Modalidades Especializadas de Educação
    • Janio Macedo, secretário de Educação Básica
    • Ricardo Braga, secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior

    Cada um falou das prioridades de suas secretarias para o próximo ano. Fique atento às publicações dos próximos dias.

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