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  • Experiências bem-sucedidas na área da educação na região do semiárido brasileiro foram apresentadas durante o Encontro semiárido e educação: ontem, hoje e perspectivas, ocorrido nos dias 12 e 13, em Juazeiro (BA). O evento foi promovido pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e pela Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), com o objetivo de elaborar uma proposta de educação contextualizada para a região.

    Entre as experiências exitosas apresentadas durante o evento estão um projeto de cisterna nas escolas e outro de acesso a água própria para consumo humano e sua reutilização nas escolas do semiárido. Ao final do encontro, foi apresentada uma carta compromisso, com propostas de implementação de novas políticas públicas. O material foi redigido por educadores, pesquisadores e especialistas presentes no evento e remetido ao Ministério da Educação.

    “Conseguimos reunir uma quantidade expressiva de experiências exitosas e uma diversidade de instituições que estão lidando com esta temática e vivenciando as questões locais”, afirmou a pesquisadora da Fundaj e coordenadora do seminário, Janirza Cavalcanti. Segundo ela, as características climáticas da região, de baixa umidade e falta de chuvas, não devem ser vistas como um obstáculo, mas sim como um “rico universo” a ser explorado. “A ideia que se tem é que o semiárido é inviável, apenas ligado a questões climáticas. Mas o semiárido é um campo de possibilidades; a cultura é muito rica e há outras coisas. O clima é para se conviver, não para se combater”.

    De acordo com dados da Fundaj, o semiárido tem população de cerca de 2 milhões de pessoas, sendo 40% delas estudantes menores de 17 anos que não contam com material didático específico que retrate a realidade da região. Por isso, entre as sugestões apresentadas no encontro, estão a inclusão de literatura local no currículo das escolas, o uso de metodologias específicas e a formação e capacitação de professores.

    O encontro é resultado de cinco reuniões técnicas e 13 meses de trabalho, com a participação de educadores, pesquisadores, estudantes, organizações não governamentais e secretarias municipais e estaduais de educação.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Três estudantes de escola técnica de Campinas desenvolveram método simples e barato para o tratamento da água usada por comunidades do sertão nordestino (arte: ACS/MEC) Todos os anos, os sertanejos esperam as chuvas, na esperança de que elas encham os açudes, molhem a terra que vai receber as sementes e façam transbordar as cisternas para o abastecimento das famílias e garantia do uso da água ao longo do ano. A realidade de milhões de brasileiros que vivem em regiões secas do país nem sempre é conhecida por todos, mas a preocupação com a escassez de chuva e falta d’água é de todos.

    Prova disso é o interesse de um grupo de estudantes de Campinas (SP), que desenvolve projeto para ajudar a melhorar a qualidade da água armazenada em cisternas na região do Semiárido nordestino, que abrange mais de 20% dos municípios brasileiros. Lá vivem mais de 22,5 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    “Ao desenvolver o projeto, percebemos a importância de ajudar porque aqui no Sudeste a água é uma coisa básica, mas lá [no Semiárido] é como se fosse uma coisa de luxo”, diz a estudante Beatriz Ruscetto, 18 anos. Ela estuda na Escola Técnica Estadual Bento Quirino. “Foi muito marcante para os alunos envolvidos no projeto porque vimos, em documentários, vídeos e fotos, o quanto é triste aquela realidade, e entendemos o que é não ter água para o que você precisa, ou fazer comida com água barrenta ou suja, e crianças morrendo com diarreia.”

    O projeto, de tratamento microbiológico da água, parte do princípio básico de que um equipamento simples pode ser acoplado a uma cisterna e produzir o cloro necessário para desinfecção e filtragem. No andamento dos trabalhos, Beatriz tem a companhia dos colegas Matheus Henrique Cezar da Silva e Gabriel Trindade, sob a orientação de professores da escola Bento Quirino e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP). Os estudantes também são bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

    Desafio — Aluna do ensino médio integrado com o curso de técnico em eletrônica, Beatriz e os colegas depararam-se com o desafio de aprender também sobre química para dar continuidade à pesquisa. “Pesquisamos mais sobre como solucionar o problema, soubemos que o cloro é um agente desinfetante muito poderoso, e procuramos saber como fabricar esse cloro com baixo custo”, afirma a estudante. “Resolvemos então adotar o método de eletrólise, reação química que ocorre pelo fornecimento de energia elétrica, que quebra a molécula de cloreto de sódio (sal), separando o sódio do cloro. E esse gás cloro que sairia da eletrólise estaria borbulhando dentro da cisterna.”

    Para garantir a viabilidade do processo, os estudantes empenharam-se na busca de materiais alternativos, práticos e baratos para que os próprios moradores possam produzir os equipamentos. “Optamos por usar peças de materiais de construções, tipo canos e conexões de PVC”, destaca Beatriz. “Tudo foi feito para facilitar, para que o morador, lá no Semiárido, não tenha de depender de nada que exija peças especiais, que seja tudo possível de comprar em lojas comuns.”

    Prêmio — O projeto, que será apresentado na conclusão de curso dos estudantes, conquistou prêmio — na edição deste ano do 5º Benchmarking Junior; Inovações & Sustentabilidade, concurso anual, promovido por uma ONG, que contempla iniciativas inovadoras de jovens para a promoção da sustentabilidade. Para Beatriz, essa conquista tem motivações ainda maiores. “Ver que podemos ajudar é muito especial, e quando ganhamos o prêmio tivemos a confirmação de que estávamos no caminho certo”, diz. “E isso deu mais incentivo para continuarmos.”

    Beatriz pretende seguir na área de pesquisa e concretizar a ideia contida no projeto desenvolvido no Semiárido. Ela espera que a proposta seja disseminada, de forma que permita a qualquer pessoa adquirir, montar e fazer a manutenção do equipamento, que, ela acredita, pode mudar a vida de milhares de pessoas.

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça:

  • Para a implantação do Proforti na região, o MEC promove cursos de capacitação com as equipes das secretarias de educação dos municípios por meio de encontros presenciais e de acompanhamento no local de trabalho.

    Os cursos abordam temas como gestão e organização das secretarias; gestão orçamentária e financeira e gestão da informação.

    Cada município recebe um total de 78 horas de capacitação. As universidades parceiras e a Undime são as disseminadoras no processo de capacitação.

  • Proforti I – 2006


    67 municípios atendidos nos estados de Alagoas, Bahia, Paraíba e Pernambuco.

    Formação de 67 gestores e 134 técnicos.

    938 pessoas foram capacitadas.

    No total, 1.072 pessoas foram beneficiadas pelo programa.


    Proforti II – 2007


    75 municípios atendidos nos estados do Ceará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

    Formação de 75 gestores e 150 técnicos.

    975 pessoas foram capacitadas.

    No total, 1.200 pessoas foram beneficiadas pelo programa.


    Proforti III – 2007-2008


    90 municípios atendidos nos estados de Alagoas, Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais, Paraíba e Pernambuco.

    Formação de 90 gestores e 180 técnicos.

    1.440 pessoas foram capacitadas.


    Proforti Piloto da Paraíba - 2008


    Em 2008, uma versão diferenciada do Proforti foi ministrada na Paraíba. Com uma configuração específica para atender a 53 municípios prioritários, esse piloto agrega três novos eixos temáticos:

    - Gestão pedagógica
    - Gestão democrática
    - Desenvolvimento gerencial / instrumentos de gestão



    Confira aqui a lista dos municípios participantes deste piloto.

  • Lista geral:  Lista em pdf dos municípios por estado.


    Lista por município

  • Parceiros


    • União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação [Undime];
    • Fundo das Nações Unidas para a Infância [Unicef]; 
    • Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Educação da Universidade Federal da Bahia [UFBA] e Rede Nacional de Formação Continuada de Professores da Educação Básica [Rede] da SEB;
    • Fórum Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas.


    Universidades Parceiras


    Universidade Federal de Alagoas - Ufal

    Universidade do Estado da Bahia – Uneb

    Universidade Federal da Bahia – UFBA

    Universidade Federal do Ceará – UFC

    Universidade Federal do Espírito Santo – Ufes

    Universidade Federal do Maranhão – UFMA

    Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG

    Universidade Estadual da Paraíba – UEPB

    Universidade Federal da Paraíba – UFPB

    Universidade Federal de Campina Grande – UFCG

    Universidade Federal de Pernambuco – UFPE

    Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE

    Universidade Federal do Piauí – UFPI

    Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN

    Universidade Federal de Sergipe - UFS

  • Composta por representantes de cinco instituições de ensino superior do Brasil, uma equipe multidisciplinar criou um sítio para divulgar informações sobre conservação e recuperação dos recursos naturais do semiárido brasileiro. O nome é Mergulhando ciências no semiárido.

    Escritos por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal do Semiárido (Ufersa), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), os materiais paradidáticos traduzem o conhecimento científico em textos compreensíveis e palpáveis para experimentos pelas populações menos esclarecidas da região.

    As publicações abordam assuntos como água, piscicultura, caatinga, animais, protozoários, plantas tóxicas e outros que, sem o devido manejo, comprometem a sustentabilidade da região.

    Para a coordenadora do projeto, Magnólia Fernandes Florêncio de Araújo, doutora em ecologia e recursos naturais e professora do Centro de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o sítio deve servir de incentivo. “A perspectiva é que os materiais produzidos funcionem como um incentivo ao ensino de ciências, com vistas à convivência com o ambiente semiárido e sua sustentabilidade”, explica.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da UFRN

    Acesse o sítio Mergulhando ciências no semiárido

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