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  • O acordo com o Sistema S está inserido no conjunto de iniciativas do Ministério da Educação para a educação profissional e tecnológica. As vagas gratuitas oferecidas pelo sistema reforçam as ações para ampliar o acesso à educação profissional e tecnológica iniciadas em 2005. Naquele ano, o MEC começou a investir na construção de escolas técnicas. Serão 354 até 2010 e cerca de 500 mil matrículas. A expansão contará com investimento de R$ 750 milhões. De 1909 a 2002, foram construídas apenas 140 escolas técnicas no país.


    Para dar sustentação à expansão, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou, em 16 de julho, lei que cria 49.025 cargos em instituições federais de educação superior e de ensino técnico. As instituições federais de educação profissional e tecnológica disporão de 9.430 cargos de técnico administrativo e 12.3 mil de professor de ensino fundamental e médio. Hoje, há 12.664 professores para 173 mil alunos nas 185 escolas da rede federal de educação profissional e tecnológica que oferecem cursos de nível médio e superior.


    Além de pessoal de qualidade, a modalidade passará a funcionar de maneira atrelada à educação básica, com a sanção, pelo presidente, de alterações na Lei de Diretrizes e Bases (LDB). Entre outras medidas, a nova redação da lei propõe que o ensino médio, atendida a formação geral do estudante, o prepare para o exercício de profissões técnicas. Assim, a articulação entre ensino regular e técnico deve ser feita de forma integrada (matrícula única, na mesma escola) ou concomitante (matrículas distintas, na mesma ou em outra instituição, para quem ingressa ou já cursa o ensino médio).


    O projeto de lei que cria os 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia tramita no Congresso Nacional. Com sua aprovação, haverá institutos em todos os estados, com a oferta de ensino médio integrado, cursos superiores de tecnologia e bacharelado em engenharias e licenciaturas. Os institutos serão importantes para reorganizar e integrar a rede de escolas técnicas. Hoje, cada uma funciona isoladamente. Cada instituto funcionará como uma espécie de campus central em cada região, com campi descentralizados — as escolas técnicas.


    Os institutos investirão em pesquisa, extensão e na formação de professores para a rede, além de abrir perspectivas ao ensino médio, a partir da combinação entre ensino propedêutico (de ciências naturais e humanidades) e educação profissional e tecnológica.


    Para orientar as escolas que oferecem cursos técnicos de nível médio, uma nova portaria, assinada em 16 de julho pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, institui novo Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio. O texto altera as diretrizes curriculares e oferece um mapeamento da oferta de educação técnica de nível médio. No catálogo estão definidas carga horária mínima e descrição dos cursos, temas a serem abordados, possibilidades de atuação dos profissionais formados e infra-estrutura recomendada para a implantação dos cursos.


    Outros programas, como o Brasil Profissionalizado e o E-Tec Brasil, estão em andamento. O objetivo do Brasil Profissionalizado é apoiar a oferta de educação profissional e tecnológica nos estados e municípios. Serão destinados R$ 900 milhões até 2010 para integração com o ensino médio e articulação das escolas aos arranjos produtivos locais.


    Lançado em 2007, o Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil visa à oferta de cursos técnicos de nível médio e de formação continuada, públicos e gratuitos, a distância, a professores da educação profissional. Os cursos serão ministrados por instituições públicas de ensino técnico de nível médio. O MEC é responsável pela assistência financeira. A meta é instituir cursos em cerca de mil escolas até 2011. Em 2008, o programa iniciou o financiamento dos projetos aprovados com R$ 68,3 milhões em 250 pólos selecionados.

    Maria Clara Machado

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  • Preparar o jovem brasileiro para o futuro, com escolaridade e formação, é o grande desafio para governos e entidades empresariais. Esta foi a tônica dos pronunciamentos feitos na quarta-feira à noite, 25, na abertura do seminário Perspectivas para a Educação Profissional no Brasil.

    O ministro da Educação, Fernando Haddad, defende pacto para mudar o quadro do ensino médio brasileiro. (Foto: Divulgação/Setec)O encontro prossegue nesta quinta-feira, 26, com debates entre dirigentes da rede federal de educação profissional, representantes das entidades do Sistema S, das centrais sindicais, dos estudantes e de governos estaduais. Ao final do evento, será assinada a Carta de Brasília, documento que propõe, entre outras ações, a criação da Câmara Brasileira de Educação Profissional e Tecnológica.

    O ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu um pacto para mudar o quadro do ensino médio brasileiro. Segundo ele, é preciso oferecer alternativas aos 70% dos jovens que não chegam à universidade. “Se houver união, conseguiremos mudar esta situação rapidamente”, disse. Haddad destacou a evolução do orçamento da educação nos últimos seis anos, passando de R$ 18 bilhões para os atuais R$ 42 bilhões. O ministro ainda citou algumas ações em andamento que estão colocando a educação profissional em um novo patamar: acordo com o Sistema S, programa Brasil Profissionalizado e criação de 214 escolas técnicas federais.

    Acordo – O presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Antonio Oliveira Santos, celebrou o acordo firmado no final do ano passado entre governo e entidades do Sistema S que beneficiará milhares de pessoas já a partir deste ano.

    Os decretos assinados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que alteram o regimento de entidades do chamado Sistema S, aumentam as vagas gratuitas na educação profissional. Para o secretário de educação profissional do MEC, Eliezer Pacheco, o seminário marca o início da segunda etapa nas relações entre governos e entidades. “É o momento de dotarmos nosso país de uma rede de educação profissional e tecnológica capaz de dar conta dos desafios que o mundo exige”, afirmou.

    Veja os decretos do Senac, Sesi, Senai e Sesc.

    Felipe De Angelis
  • Todas as informações sobre ingresso de pessoas em cursos técnicos e profissionais oferecidos pelo Senai e pelo Senac no país podem ser consultadas pela população diretamente no Portal do MEC. Para oferecer esse serviço, o ministério criou o Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica (Sistec).


    De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, o Sistec é uma ferramenta moderna que oferece dados nacionais e estaduais sobre vagas, escolas, cursos e carga horária. Ao oferecer ao cidadão o mapa da oferta da educação profissional, explica, o ministério está usando a tecnologia da informação para gerar transparência e incentivar a fiscalização do acordo celebrado entre o governo federal e o Sistema S em 2008.


    Pelo acordo, o Senai e o Senac devem evoluir na oferta de cursos profissionais gratuitos até atingir 66,6%, em 2014. Este ano, a meta para o Senai é oferecer 50% de vagas gratuitas e o Senac, 20%.


    O quadro do Sistec mostra que 884 mil pessoas são atendidas em cursos do Senai até agora, das quais 117 mil seguindo o acordo da gratuidade. A equalização – carga horária total dividida por 800 horas – feita no Sistec demonstra que se todos os cursos tivessem 800 horas, padrão de um ano letivo, seriam equivalentes a 252 mil matrículas, das quais 116 mil cumpririam o acordo de gratuidade. Isso, segundo o ministro da Educação, revela que quase a metade dos cursistas não está pagando, portanto, o acordo está sendo cumprido.


    No caso do Senac, dos 490 mil cursistas, 60 mil o fazem de forma gratuita. Com a equalização, seriam 144,7 mil vagas em cursos com carga horária de 800 horas, sendo que 40,5 mil fariam a formação totalmente gratuita. Na avaliação de Haddad, embora a oferta de vagas gratuitas no Senac seja menor em termos quantitativos, ela é representativa, porque era zero em 2008.


    Avaliação – A partir do Sistec, o Ministério da Educação trabalha na montagem de dois convênios que serão celebrados com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e com a Fundação Getulio Vargas (FGV) para avaliação da educação profissional e para auditoria dos dados cadastrados no sistema. O convênio que será formalizado com o Ipea é para avaliar o impacto da educação profissional na vida das pessoas que se beneficiarão dos cursos, segundo o número de horas de formação. Os indicadores serão definidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e pelo Ipea. Com a FGV, será celebrado um convênio para auditar os dados cadastrados pelas entidades (Senai e Senac) no Sistec.

    Ionice Lorenzoni


    Ouça também a entrevista do ministro à Rádio Jovem Pan.

  • A União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) terá participação ativa no controle social e fiscalização do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e também nos conselhos gestores das entidades ligadas ao Sistema S. O compromisso foi firmado entre a Ubes e o ministro Fernando Haddad, durante o Seminário Nacional de Educação, realizado nesta segunda-feira, 2, na sede do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), em Brasília.

    “O ensino médio é hoje uma das agendas mais importantes do país. Os estudantes, principais interessados no assunto, devem participar dessas discussões”, defendeu Haddad. No que diz respeito ao Sistema S, Haddad prometeu levar o pleito da Ubes – de participar do conselho gestor das instituições – às entidades que compõem o sistema. “Caso haja resistência, o MEC tem prerrogativa de indicar membros e os estudantes secundaristas serão indicados”, garantiu.

    Mantidas com recursos públicos, as entidades que compões o Sistema S (Sesc, Senai, Sesi e Senac) têm características híbridas. O financiamento e o controle das instituições é público, enquanto a gestão e governança é feita por entidades privadas. Como terão grande participação no Pronatec, Haddad defendeu a presença de representantes da Ubes nos conselhos gestores das entidades.  

    Demandas– A principal demanda da Ubes é que 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país seja investido em educação. O Plano Nacional de Educação (PNE), que tramita no Congresso, prevê como meta o investimento de 7% do PIB. “Esse pleito soa como música aos meus ouvidos, mas é preciso esclarecer que o PNE deve ser cumprido integralmente e não figurar apenas como uma carta de intenções”, afirmou Haddad, referindo-se a possibilidade real de aumentar o investimento.

    Ana Guimarães
  • Estudantes de unidades do Sistema S e de institutos federais de educação, ciência e tecnologia de quatro regiões do país participam este ano da Olimpíada do Conhecimento, promovida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). A oitava edição será aberta no domingo, 31, em Belo Horizonte, no Expominas [Centro de Feiras e Exposições]. De terça-feira, 3 de setembro, até sábado, 6, os estudantes apresentarão as práticas que desenvolveram em suas unidades de ensino.

    A competição reúne no total 800 jovens, com idade máxima de 21 anos, que cursam o ensino técnico ou fazem aprendizagem profissional em escolas do Senai, do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e de dez institutos federais. Nesta edição, concorrem alunos qualificados em 58 tipos de ocupações técnicas ligadas à indústria, ao setor de serviços e à agropecuária. No Expominas, uma área de 105 mil metros quadrados está preparada para receber as atividades.

    De acordo com o coordenador técnico da olimpíada na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, Eder Sacconi, professor do Instituto Federal do Sul de Minas (IFSul), o estudante apresenta aos avaliadores aquilo ele aprendeu. “Cada candidato vai mostrar sua prática”, diz. Um concorrente que estudou irrigação, por exemplo, deve demonstrar na terra como o sistema é construído e como funciona. “É o processo e o produto.”

    Para cada etapa, o aluno recebe uma nota, que será conhecida somente no fim da demonstração de todas as experiências concorrentes naquela área.

    Robótica— Do Instituto Federal de Rondônia (IFRO), um estudante do curso de eletrotécnica integrado ao ensino médio, de 18 anos, e outro do curso técnico de informática integrado ao ensino médio, de 16 anos, vão apresentar experiência profissional com robótica móvel. Professor de informática e mestre em educação no instituto, Rafael Pitwark explica que o desafio de seus dois alunos será programar, diante dos avaliadores, um computador para acoplar, a um robô, uma empilhadeira de caixas para uso na indústria. A empilhadeira, com altura de 25 centímetros e capacidade para levantar até um quilo, foi construída pelos estudantes no laboratório do instituto. Os robôs, segundo Pitwark, permitem acoplar vários dispositivos.

    O professor avalia que os estudantes, dedicados desde maio à construção da empilhadeira e à programação do computador para o uso do equipamento, superaram as expectativas. Para Pitwark, mesmo que eles não ganhem medalhas, já são destaque na área. O professor lembra que o curso de eletrotécnica do IFRO é recente e vai formar a primeira turma este ano. A turma de técnico em informática terá a formatura no final de 2015.

    Agropecuária— Da região Nordeste, participam da olimpíada estudantes e professores dos institutos federais do Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba e Pernambuco. Do Norte, os de Rondônia e Tocantins. Do Sudeste, os do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Do Centro-Oeste, o de Goiás. Dos 54 alunos de institutos federais que vão apresentar práticas, 40 fazem de cursos de agropecuária; os demais, de webdesigner, robótica móvel, mecânica automotiva, soluções de software de TI [tecnologia da informação], instrumentação e controle de processo.

    De acordo com o professor Eder Sacconi, a maior concentração de alunos dos cursos de agropecuária — nesta edição, envolve irrigação, inseminação artificial e agrimensura — deve-se à participação desses estudantes na Olimpíada Brasileira de Agropecuária, que está na quarta edição.

    Ampliação— A expectativa para as próximas edições da Olimpíada do Conhecimento é ampliar as áreas e o número de alunos dos institutos federais. Sacconi avalia que o jovem participante mostra o que sabe fazer e aperfeiçoa os conhecimentos. Ele destaca também a possibilidade de encontro com pessoas de várias áreas, colegas de outros cursos e avaliadores de alto nível de conhecimento.

    A Olimpíada do Conhecimento é promovida pelo Senai desde 2001. Naquele ano, a etapa nacional teve 111 estudantes de 26 ocupações profissionais. Em 2002, a competição passou a ter calendário bianual e a aumentar gradativamente o número de selecionados e de áreas profissionais. Na edição de 2014, são 800 concorrentes de 58 ocupações, entre candidatos de cursos do Senai, do Senac e dos institutos federais.

    Na fase nacional, o estudante mais bem colocado em cada modalidade concorre a vaga na WorlSkills Competition, que será realizada em São Paulo, em 2015. Na edição mundial de 2013, em Leipzig, Alemanha, o Brasil conquistou 12 medalhas. No ranking dos 53 países que participaram do evento, o Brasil ficou em quinto lugar em número de medalhas e obteve 52 pontos. Ficou atrás da Coreia do Sul (89 pontos), Suíça (73), Taiwan (65) e Japão (56).

    Ionice Lorenzoni

  • A presidenta da República, Dilma Rousseff, acompanhada do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, visitou a exposição de trabalhos da sétima edição da Olimpíada do Conhecimento na manhã desta quarta-feira, 14, no pavilhão de exposições do Anhembi, em São Paulo. A competição é promovida pelo sistema indústria e reúne quase 700 estudantes de cursos técnicos e profissionalizantes do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). Os estudantes vencedores vão representar o Brasil no WorldSkills, o maior torneio de profissões do mundo, que acontece ano que vem na Alemanha.

    Ao lado de Dilma e outras autoridades, o ministro participou ainda da solenidade para assinatura do documento que define o Brasil como sede do WorldSkills em 2015. Na ocasião, a presidenta saudou a parceria entre governo e indústria na formação profissional e destacou que “momentos como esse mostram o país avançando no rumo correto, que é a educação”, disse.

    Dilma apontou o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) como exemplo concreto da confiança do governo na excelência dos cursos oferecidos pelo sistema. “Desafios a gente vence melhor quando vence em conjunto com parceiros. Nossa meta para 2014 são 8 milhões de vagas; depois de pouco mais de um ano, já são 2,2 milhões de vagas para jovens e trabalhadores (1,6 milhão no Sistema S), dados de outubro. E de 1,5 milhão de jovens e trabalhadores fazendo curso de qualificação, 90% estão no Sistema S", comemorou.

    Olimpíada– O encontro começou no dia 12 e segue até 18 de novembro. O evento é realizado de dois em dois anos e é o maior torneio de educação profissional das Américas. As provas abrangem 54 profissões e são elaboradas com base nos avanços tecnológicos e nas qualificações exigidas pelo mercado de trabalho. O desempenho dos participantes subsidia indicadores que apontam as tendências tecnológicas e mudanças nos perfis profissionais, orientando os currículos das escolas do Sistema S.

    Maria Fernanda Conti
  • A presidenta lembrou que a perspectiva de desenvolvimento cria a necessidade de mão de obra qualificada. (Foto: Roberto Stuckert Filho) A presidenta da República, Dilma Rousseff, e o ministro da Educação, Fernando Haddad, lançaram nesta quinta-feira, 28, no Palácio do Planalto, em Brasília, o projeto de lei que cria o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O texto segue para o Congresso Nacional, onde tramitará em regime de urgência. Pelo projeto, R$ 1 bilhão serão investidos, ainda este ano, para concessão de bolsas e para o financiamento de cursos de educação profissional. A previsão é de que 8 milhões de pessoas sejam beneficiadas pelo programa no prazo de 4 anos.

    “Temos pela frente a perspectiva de um rigoroso processo de desenvolvimento econômico e precisamos de mão de obra qualificada para manter esse crescimento sustentável”, destacou a presidenta Dilma Rousseff, na cerimônia de lançamento do projeto. O Pronatec funcionará como uma espécie de “guarda-chuva”, unindo e financiando programas vinculados à educação profissional. O programa traz novo fôlego à expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, com a entrega de 81 novas escolas ainda este ano, com previsão de funcionamento já no primeiro semestre de 2012. Outras 120 novas escolas técnicas federais serão entregues nos próximos quatro anos.

    Pelo projeto, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) passará a atender também a estudantes de nível médio que estejam cursando cursos técnicos.

    O projeto prevê ainda a concessão de 3,5 milhões de bolsas de estudos até o final de 2014, que poderão beneficiar tanto estudantes de nível médio quanto trabalhadores. Os recursos para as bolsas são de R$ 700 milhões e vão diretamente para as instituições de ensino. Outros R$ 300 milhões serão destinados à concessão de financiamento estudantil, por meio do Fies, com os mesmos juros praticados para os cursos superiores – de 3,4% ao ano.

    “Temos 7 milhões de estudantes cursando nível médio hoje no país. A concessão de 3,5 milhões de bolsas para cursos técnicos dá a idéia do impacto desse programa”, afirmou Haddad.

    Novidades– O Pronatec modifica ações que já estão em curso e agrupa novas iniciativas ao fomento da educação profissional. O Fies, por exemplo, além de ser estendido a alunos de cursos técnicos, também poderá ser utilizado por empresas que desejem qualificar seus trabalhadores. Os empresários que desejem oferecer capacitação aos seus empregados terão, portanto, acesso às linhas de financiamento do Fies com os baixos juros praticados pelo fundo.

    Outra novidade é a conexão entre a concessão de bolsas do Pronatec e o seguro desemprego. Pelo projeto encaminhado nesta quinta-feira ao Congresso, os trabalhadores reincidentes no pedido de auxílio desemprego serão prioritários para a concessão de bolsas do Pronatec. Em contrapartida, eles só poderão receber o benefício se comprovarem estar matriculados nos cursos de educação profissional.

    Uma das novas iniciativas trazidas pelo Pronatec, a concessão de bolsas de estudos para cursos técnicos, funcionará em duas modalidades: bolsa formação estudante e bolsa formação trabalhador, sendo que esta última também poderá ser concedida para beneficiários do Programa Bolsa Família.

    O Pronatec pretende ainda aumentar a rede de escolas estaduais, por meio do programa Brasil Profissionalizado, e de instituições ligadas ao Sistema S (Sesc, Sesi, Senai e Senac).Tanto para o Brasil Profissionalizado quanto para as entidades do Sistema S haverá maior aporte de recursos, sendo que há a possibilidade de empréstimos do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) para a construção de novas escolas do Sistema S. “O Plano Plurianual de 2012 em diante já contemplará todas as ações do Pronatec”, esclareceu o ministro.

    Pesquisas- Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2008 demonstram que apenas 25,5% da população de jovens de 18 a 24 anos alcançam o ensino superior. Os cursos técnicos de nível médio despontam, portanto, como alternativa de qualificação e inserção no mercado de trabalho para mais 74% desse contingente

    Pesquisa recente da Fundação Getúlio Vargas (FGV) demonstrou que ter formação profissional aumenta em 48% as chances de um indivíduo em idade ativa ingressar no mercado de trabalho. O estudo A educação profissional e você no mercado de trabalho também constatou que os salários daqueles que têm um curso profissionalizante são até 12,94% mais altos e é de 38% a probabilidade de se conseguir um trabalho com carteira assinada, em confronto com candidatos com escolaridade inferior.

    A pesquisa da FGV reforça um estudo anterior, feito pelo MEC, com estudantes egressos da rede federal de educação profissional. O levantamento, divulgado em 2008, demonstrou a empregabilidade de 72% dos técnicos de nível médio formados de 2003 a 2007 pelos institutos federais.

    Ana Guimarães

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