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  • A biodiversidade do cerrado foi o tema dos trabalhos apresentados pela Escola-Classe 415 Norte, de Brasília, na oitava edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), realizada de 17 a 23 de outubro último. Para realizar suas exposições, tradicionais no evento, a instituição de ensino tem parceria com o Departamento de Botânica do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (UnB).

    Essa associação deu origem ao projeto Conhecendo a Natureza, Defendendo a Vida, coordenado por Lúcia Helena Soares e Silva, professora da UnB, doutora em biologia vegetal. Por meio do projeto, os professores da escola participam de cursos de capacitação em botânica e repassam as informações a cerca de 350 alunos matriculados em turmas da educação infantil ao quinto ano do ensino fundamental. “A cada ano, novos departamentos têm se agregado a essa parceria, fazendo uma interligação com os temas botânicos”, explica a professora Nailda Rocha, diretora da escola. “Zoologia, artes, física, química e paleontologia são alguns deles.”

    De acordo com a diretora, além da realização de cursos, palestras e workshops, o projeto possibilita aos estudantes a participação em atividades no Viveiro Florestal da Fazenda Água Limpa, da UnB. “Tudo é feito para que a exposição da SNCT seja realmente marcante para as crianças”, diz Nailda.

    Os professores da instituição preparam-se para a SNCT desde o início do ano letivo. Em 2011, eles decidiram que uma das formas de participação dos estudantes seria a apresentação de obras artísticas referentes às melhores exposições de anos anteriores. Os alunos usaram técnicas variadas, como modelagem com argila, cola com terra, papel picado e colado.

    Outro trabalho apresentado foi o de confecção de livros sobre plantas do cerrado, desenvolvido com alunos do segundo ano. A professora titular da turma, Cleide Camargo Barros, acompanhou as atividades, coordenadas por professores e alunos da UnB. Foram feitas visitas ao Parque Olhos D’Água, vizinho à escola, para observação da flora local. Pedagoga, com 25 anos de magistério, Cleide destacou o interesse demonstrado pelos alunos logo na primeira visita. “Eles, por si só, se juntavam para observar e conversar sobre o que viam, sentavam-se e desenhavam”, conta.

    Na segunda visita, reunidos em grupos, os estudantes escolheram e observaram plantas nativas do cerrado. O trabalho teve continuidade, como tarefa de casa, com pesquisa sobre a planta escolhida e desenhos das flores e frutos. Esse trabalho resultou em livros, feitos à mão pelos estudantes, e expostos na SNCT.

    Fátima Schenini

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  • Com o capacete multifuncional reproduzido pelos estudantes da Edusesc, pessoas sem os membros superiores podem pressionar as teclas de um computador (foto: Fátima Schenini)Com o tema Tecnologias Assistivas para Pessoas com Deficiência Física, a escola mantida pela Educação do Serviço Social do Comércio (Edusesc), em Ceilândia, Distrito Federal, marcou a participação na 11ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Na exposição, realizada de 13 a 19 de outubro no Pavilhão de Eventos do Parque da Cidade, em Brasília, a instituição apresentou materiais e tecnologias produzidos pelos próprios estudantes.

    “Procuramos mostrar tecnologias que pudéssemos construir com os alunos, usando materiais de baixo custo”, diz a diretora pedagógica da escola, Andrea Moura André. “Essas tecnologias não foram criadas pelos alunos, foram selecionadas após extensas pesquisas feitas na internet para decidir quais poderiam ser reproduzidas.”

    Assim, os visitantes puderam ver, por exemplo, um capacete multifuncional, destinado a pessoas que não tenham os membros superiores. Com ele, é possível pressionar as teclas de um computador. “Foi confeccionado a partir de um capacete de ciclista, acrescido de uma peça de persiana”, detalha Andrea.

    A escola, que tem 872 alunos, matriculados em turmas da educação infantil ao quinto ano do ensino fundamental, também mostrou peças como uma cadeira de rodas infantil, feita a partir de uma poltrona de plástico, e uma bengala luminosa para auxiliar idosos e pessoas com mobilidade reduzida a se locomover em locais com pouca ou nenhuma iluminação.

    Pedagoga, com mestrado em educação e especialização em educação infantil, Andrea atua no magistério há cerca de 25 anos. Desde 2007, trabalha no Sesc. A experiência profissional inclui a docência na educação infantil e na superior.

    Além da unidade de Ceilândia, o Sesc mantém outras quatro escolas no Distrito Federal. Uma no Plano Piloto e outras nas regiões administrativas do Gama, de Taguatinga Norte e de Samambaia. As unidades de ensino estão voltadas para o atendimento a alunos da educação infantil ao ensino médio, embora nem todas ofereçam todos os segmentos.

    Social — Segundo a coordenadora de educação para o ensino médio, educação de jovens e adultos e salas de ciências da Edusesc, Ana Maria Andreolli, os estudantes do ensino médio regular desenvolveram, este ano, dentro do tema da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, projeto pedagógico sobre saúde. As turmas de jovens e adultos optaram por mobilidade urbana. “Para a apresentação na exposição foram selecionados os cinco melhores trabalhos”, ressalta Ana Maria.

    A maior preocupação da professora é a melhoria do projeto pedagógico. “Estamos criando as diretrizes básicas da educação do Sesc no DF em todos os segmentos; vamos além do vestibular: queremos preparar o aluno para contribuir com a sociedade”, afirma. “Temos um viés social muito importante e queremos alertar os estudantes para que deixem sua marca na sociedade.”

    O Sesc também apresentou em seu estande a Sala de Ciências, espaço lúdico e interativo em funcionamento em Taguatinga Norte e em Taguatinga Sul. Abertas à visitação de alunos de escolas públicas ou particulares, as salas de ciências contam com monitores — estagiários de cursos superiores —, para mostrar e demonstrar o que estiver exposto. Na SNCT, a Sala de Ciências apresentou o Museu das Lâmpadas, que mostra a evolução da luz artificial até os tempos atuais.

    Fátima Schenini

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  • O Museu de Anatomia Humana da UnB fica aberto à visitação pública no campus Darcy Ribeiro, em Brasília, de segunda a sexta-feira (foto: fm.unb.br/morfologia/museuvirtualO Museu de Anatomia Humana da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB) apresentou parte de seu acervo no estande montado para a exposição da 11ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, realizada de 13 a 19 de outubro último, em Brasília. Os visitantes puderam acompanhar a evolução da formação do ser humano e visualizar peças anatômicas de órgãos sensoriais.

    De acordo com a professora Viviane Urbini Vomero, estudantes de medicina da universidade, futuros médicos, participam de projetos ligados à comunidade, como visitas a escolas de educação básica e participação em eventos científicos. “Uma vez por semestre, os estudantes desenvolvem atividades em postos de saúde do Paranoá, Itapoã e São Sebastião [regiões administrativas do Distrito Federal] atendidas pela faculdade de medicina”, explica.

    A professora considera a iniciativa importante, tanto para os alunos da universidade, que têm uma inserção maior na realidade, quanto para os estudantes dessas localidades, que mantêm contato maior com a universidade. “Isso serve como estímulo e meta para o futuro”, diz. Formada em fisioterapia, com mestrado e doutorado em biologia celular e estrutural na área de anatomia, Viviane está no magistério há dez anos. “Sempre sonhei em ser professora”, revela.

    Sementes — Outro destaque no estande da UnB foi o Laboratório de Sementes Florestais, com o projeto Semeando o Cerrado: Educar e Monitorar. As alunas Letícia Mendes e Ana Beatriz de Freitas, do curso de engenharia florestal, estagiárias do laboratório, deram explicações sobre árvores típicas do cerrado e mostravam sementes de baru, copaíba, jatobá, mogno, faveira e jacarandá.

    “O laboratório recebe demandas de pessoas que compraram sementes e pedem a análise para saber se são viáveis”, diz Letícia. “Nós acompanhamos os testes de viabilidade, feitos pelos alunos, que envolvem pontos como germinação e envelhecimento acelerado.”

    O Museu de Anatomia Humana da UnB fica aberto à visitação pública no campus Darcy Ribeiro, na Asa Norte de Brasília, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h. As visitas podem ser marcadas pelo telefone (61) 3107-1920 ou no endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Fátima Schenini

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  • O professor Luiz Fernando Delboni Lomba, com Pedro e Fernanda: “Todos os trabalhos de conclusão de curso de meus alunos são ligados à área de computação aplicada” (foto: Fátima Schenini)A conquista do prêmio de melhor protótipo na Feira de Ciências e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fecintec), em setembro, garantiu a participação dos estudantes Fernanda de Barros Vidal e Pedro de Brito Espinosa, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul, na exposição da 11ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), realizada em Brasília, de 13 a 19 de outubro.

    Alunos do terceiro ano do curso técnico em informática no campus de Campo Grande, os dois criaram uma placa de estimulação tátil de auxílio a deficientes visuais para aprendizagem da assinatura e do alfabeto romano. “Ao buscarmos um tema para o trabalho de conclusão de curso (TCC), percebemos que tínhamos interesse de trabalhar com um grupo que tivesse algum tipo de limitação”, explica Fernanda. Por sugestão de um professor, eles resolveram se dedicar ao tema da deficiência visual. “O professor nos falou da possibilidade de tratarmos dessa temática com José Aparecido da Costa, que tem deficiência visual congênita, com quem ele havia trabalhado, durante dez anos, no Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos Florivaldo Vargas (Ismac).

    E foi por sugestão de José Aparecido que os dois acabaram por seguir esse caminho, que na premiação. O projeto usa a vibração para auxiliar os cegos a sentir a formação da letra. “Começamos a estudar e pesquisar para ver quais as melhores possibilidades. Fomos fazendo adaptações até chegar aonde estamos hoje”, ressalta Fernanda. “Nossa intenção, com esse projeto, é oferecer uma tecnologia assistiva a pessoas com deficiência visual,” resume Pedro.

    Orientação — O projeto foi orientado pelo professor de informática Luiz Fernando Delboni Lomba. Há sete anos no magistério, ele dá aulas tanto no curso de técnico em informática quanto no curso de tecnologia de sistemas para internet.

    “Todos os trabalhos de conclusão de curso de meus alunos são na área de computação aplicada”, revela. Segundo ele, outra dupla de alunos desenvolveu um projeto para medir a intensidade sonora. “O dispositivo colocado na sala de aula pode indicar, por meio de luzes coloridas, como em semáforo, se o som está alto demais, baixo demais ou adequado aos ouvidos”, esclarece o professor.

    De acordo com Luiz Fernando, o interesse pelo magistério surgiu por acaso, apenas quando resolveu fazer também a opção de licenciatura, depois de haver concluído o bacharelado, na graduação. Apesar disso, ele se define, antes de tudo, como um professor. “Hoje eu diria que não sou um profissional da área de informática. Sou um professor e a informática é apenas a área em que atuo”.

    Fátima Schenini

  • O estudante Wellisson Oliveira (D) foi um dos alunos que colaboraram com o professor Antonio Júnior na elaboração do protótipo do quebra-cabeça (foto: Fátima Schenini)Ao perceber que seus alunos tinham dificuldade para compreender os componentes da estrutura de uma célula, por mais que explicasse, o professor Antonio dos Santos Júnior constatou que seria necessário tornar esse conteúdo mais concreto. “Usei aulas práticas, vídeos, imagens, sem resultado. Eles não conseguiam visualizar”, relata.

    Segundo Antonio, que leciona biologia em todos os cursos técnicos oferecidos pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (Ifro), campus Porto Velho Calama, até mesmo o recurso de confeccionar maquetes, geralmente utilizado por professores, era problemático nesse caso, devido à impossibilidade de representar o citoesqueleto. “Os alunos não conseguiam entender e achavam que os componentes ficavam boiando dentro da célula”, diz. Foi então que pensou em criar um quebra-cabeça, a partir do desenho de uma célula.

    O professor levou o primeiro protótipo do projeto Quebra-cabeça didático de uma célula, suas organelas e seu citoesqueleto para a exposição da 11ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, realizada de 13 a 19 de outubro, no Pavilhão de Eventos do Parque da Cidade Sara Kubitschek, em Brasília. A peça, colorida, atraiu bastante atenção no estande do Ministério da Educação.

    O protótipo foi desenvolvido com a colaboração de alunos de Antonio, que para isso utilizaram o software AutoCAD, bastante usado para a elaboração de peças de desenho técnico em duas dimensões e criação de modelos tridimensionais. “Após a impressão em 3D, foi feita a montagem e o aparafusamento das peças. Assim, eles nunca mais vão esquecer os componentes de uma célula”, ressalta o professor.

    De acordo com Wellisson Oliveira, estudante do terceiro ano do curso de eletrotécnica, ele e seu colega Rafael Pissinati ajudaram a fazer o protótipo. “Sempre gostei de desmontar coisas, a fim de tentar entender seu funcionamento”, explica o jovem, que acompanhou o professor durante a realização da SNCT.

    O estudante destaca que sempre gostou das aulas de biologia e esse projeto foi o segundo em que trabalhou com o professor Antonio. “Na primeira vez, o assunto foi uma pesquisa sobre as árvores de Rondônia – Porto Velho precisa ser mais arborizada”, conclui.

    O quebra-cabeça já foi patenteado por Antonio. Agora ele procura uma empresa interessada em produzir e vender esse produto para escolas, bem como alunos e professores que queiram testar o material.

    Biólogo com doutorado em ecologia, Antonio leciona desde 2010. Sua experiência no magistério começou na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). Atualmente, além de dar aulas nos cursos técnicos em edificações, informática, eletrotécnica e em química, também é professor nos cursos de pós-graduação em gestão ambiental e educação profissional, científica e tecnológica oferecidos pelo Instituto Federal de Rondônia.

    Fátima Schenini

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