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  • Professores da rede pública de educação básica que trabalham com adolescentes autores de atos infracionais, ou em cumprimento de medidas socioeducativas, acabam de concluir o curso de Aperfeiçoamento em Docência na Socioeducação, promovido pelo Ministério da Educação e Universidade de Brasília (UnB). Inscreveram-se 650 candidatos para 550 vagas, e cumprida a carga horária de 216 horas foi registrada uma taxa de desistência de 4%, considerada baixíssima se comparada a outros cursos de educação à distância.

    Foi a primeira edição do curso, que passa a integrar o catálogo de formação do MEC, o que significa que poderá ser ofertado por outras universidades e institutos federais, ampliando seu alcance e impacto. Foram constituídas 22 turmas, cada uma acompanhada por um tutor a distância da UnB e um tutor presencial da própria secretaria local.

    “A avaliação final feita pelos participantes indicou que o nível de satisfação geral é, para 99% deles, excelente ou bom”, comentou Cynthia Bisinoto, professora da Faculdade de Psicologia da UnB e coordenadora do curso. Entre os comentários e sugestões registradas, destacam-se duas pela maior recorrência: a de que a carga horária seja ampliada para especialização (e até mestrado) e de que haja mais encontros presenciais.

    A maioria dos concluintes são mulheres, com média de idade entre 36 e 50 anos, atuando 40 horas no turno diurno, com licenciaturas em diferentes áreas. Do total, 66% trabalham em unidades de internação. Apenas 25% havia feito algum curso na área de socioeducação. O curso alcançou 76% de aprovação. Como requisito, foi exigido curso superior completo.

    Com o curso, os professores têm a oportunidade de evolução pessoal e na atuação profissional, a partir da atualização e do aprofundamento teóricos, conceituais e metodológicos. Esse processo ocorre de forma articulada com as peculiaridades da política socioeducativa e com base nos parâmetros do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, que apoiou o curso, assim como o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

    Promovido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, o curso foi ofertado em sete estados e no Distrito Federal, alcançando todas as regiões do país. Foi realizado na modalidade semipresencial, em ambiente virtual de aprendizagem, com apoio das secretarias de educação participantes e de seus polos de apoio.

    Mylene Brum Oliveira

  • Em solenidade na UnB, foi lançado em julho último o curso de aperfeiçoamento em docência na socioeducação, direcionado a professores da rede pública que atuam com adolescentes autores de atos infracionais e em cumprimento de medidas socioeducativas (Fábio Meirelles/UnB – 11/8/14)O Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), e a Universidade de Brasília (UnB) deram início, em julho último, a curso pioneiro em aperfeiçoamento em docência na socioeducação. A iniciativa tem o apoio da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República e do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

    O curso é direcionado a professores da rede pública de educação básica, com curso superior completo, que trabalham com adolescentes autores de atos infracionais e em cumprimento de medidas socioeducativas. Com o curso, os professores têm a oportunidade de evolução pessoal e na atuação profissional, a partir da atualização e do aprofundamento teóricos, conceituais e metodológicos. Esse processo ocorre de forma articulada com as peculiaridades da política socioeducativa e com base nos parâmetros do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) da SDH.

    Para a secretária de educação continuada, alfabetização, diversidade e inclusão, Macaé Evaristo, o curso em docência na socioeducação é uma experiência inovadora. “Promoverá o fortalecimento do atendimento educacional a adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas e contribuirá para a inclusão educacional”, afirmou.

    Entre os professores indicados para participar do curso está Abadio Aparecido de Oliveira. Ele atua na área de humanas em uma unidade de internação provisória em Brasília e leciona antropologia, sociologia e filosofia em instituição de educação superior de Unaí, município mineiro do Entorno do Distrito Federal. O professor ressalta a importância do aperfeiçoamento e a oportunidade de acréscimo de conhecimentos científicos para a identidade profissional. “Espero que na interação com o adolescente possamos produzir questionamentos, inquietações e diálogos que provoquem quebras de paradigmas, instiguem a produção de perguntas próprias e a franca ousadia em acreditar e empreender movimento na construção das próprias respostas”, disse.

    Indicação — A inscrição no curso foi condicionada à indicação pelas secretarias de Educação dos estados e do DF. As vagas, restritas a professores vinculados às unidades federativas contempladas nesta primeira oferta — Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Pará, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

    Com carga horária de 216 horas, o curso é realizado na modalidade semipresencial, em ambiente virtual de aprendizagem, com apoio das secretarias de Educação participantes e de seus polos de apoio.

    Mylene Brum Oliveira

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