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  • A receita que misturou aulas de história, sociologia e culinária tornou mais atrativo o aprendizado de alunos do ensino médio de Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana do Recife. Quem conduziu todos os ingredientes para um resultado de sucesso foi a professora Daniela Martins de Menezes. A história dessas estudantes é o tema desta semana do programa 
    Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC.

    Depois de participar de um curso de formação oferecido pela Fundação Gilberto Freyre, que buscava aproximar educadores das obras desse sociólogo, antropólogo e escritor pernambucano, a professora Daniela aproveitou para incrementar os aprendizados em sala de aula. A docente mobilizou estudantes de cinco turmas da escola estadual Professor Benedito Cunha Melo, na disciplina de história, e lançou uma competição culinária.

    O ponto de partida foi a obra Açúcar: uma Sociologia do Doce, que traz uma análise histórica sobre a sociedade açucareira no período colonial, e que reúne diversas receitas tradicionais de iguarias como bolos e doces da região – presentes nas receitas dos escravos e na cozinha dos senhores de engenho.

    Daniela conta que a escola em que leciona está localizada em um bairro de periferia, com um índice muito grande de evasão e de alunos que são envolvidos com a criminalidade. “Foi um desafio aproximar os meninos da obra de Gilberto Freyre, porque eu tinha uma carência de material, eu tinha uma carência de interesse. Então, apresentei as obras aos meninos e fiz uma competição culinária de doces na escola ”, cita a professora.

    Cerca de 170 alunos foram divididos em equipes. Cada grupo escolheu um doce descrito no livro para preparar as receitas. Durante o processo, os estudantes desempenhavam tarefas que envolviam também outras disciplinas, passando por assuntos diversos e que aparecem na obra do autor. A comunidade também foi convidada a participar.

    Os competidores se organizavam e preparavam as receitas sempre um dia antes das apresentações. Um dia na casa de um, outro dia na casa de outro. Mas para garantir que todos participassem e que realmente colocassem a mão na massa, as equipes tinham que registrar todo o trabalho em pequenos vídeos-tutoriais, posteriormente postados nas redes sociais.

    O resultado do empenho e criatividade dos estudantes surpreendeu a professora.  “As aulas de história após este processo ganharam outro significado. Eles prestam mais atenção nas aulas, eles participam mais, eles leem mais. Eles entenderam a importância do ensino de História na vida deles. ”

    As atividades de culinária foram destaque no ano passado na escola estadual Professor Benedito Cunha Melo, e agora a professora Daniela planeja repetir a iniciativa com outros estudantes da instituição.  Como prêmio, a equipe vencedora visitaria o museu Gilberto Freyre, a Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre, antiga residência do famoso autor, no bairro de Apipucos, na capital pernambucana.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Usados de forma responsável e criteriosa, os filmes podem ser um recurso importante, ao lado da música, teatro e até mesmo jogos, para a diversificação das aulas e do aprendizado de sociologia. A opinião é do professor Vinícius Carvalho de Lima, do Rio de Janeiro. Ele costuma exibir filmes nas aulas de sociologia, com bons resultados.

    “Os filmes geralmente ajudam a atingir o objetivo de mostrar realidades diferentes aos alunos ou novas visões sobre a realidade em que estão inseridos, além de estimular os debates em sala de aula”, explica Vinícius, que deu aulas de sociologia no Instituto Superior do Rio de Janeiro, antigo Instituto de Educação, durante um ano. Bacharel e licenciado em ciências sociais, ele faz curso de mestrado em planejamento urbano e regional na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também atua como pesquisador do Laboratório da Conjuntura Social (Lastro) da universidade.

    Vinícius observa que a idéia de usar filmes vem da compreensão de que boa parte dos estudantes resiste ao ensino da sociologia por enxergá-la apenas como uma nova disciplina obrigatória, com temática complexa e carga excessiva de leitura. “Devemos lembrar que boa parte dos clássicos sociológicos foi escrita no século 19 e que os alunos dominam e estão enredados também nos recursos audiovisuais atuais”, salienta.

    Os filmes são usados pontualmente e em pequenas partes, eventualmente, durante as aulas, quando o professor percebe que os alunos estão com dificuldade para entender o que está sendo apresentado. Para ele, os filmes funcionam como apoio e como forma de materializar o que é abordado. Não devem ser usados excessivamente, sob o risco de perder a eficiência didática. O professor também considera interessante exibir partes de filmes e vídeos encontrados na internet.

    Opinião— O filme, segundo Vinícius, não deve ser usado apenas como uma espécie de tapa-buraco. Os estudantes devem ter sempre algum tipo de tarefa baseada no que foi visto, seja um simples questionário ou a produção de uma resenha. “Por experiência própria, prefiro os debates”, diz. “A opinião dos alunos acerca dos filmes, geralmente oriunda do senso comum, manifestada através do estímulo do professor à discussão, pode ser a matéria-prima para redirecionar o debate rumo ao pensamento sociológico.”

    Os filmes, recomenda Vinícius, devem ser exibidos pelos professores na sala de aula para que eles possam indicar os pontos de contato com o conteúdo estudado. “Sem orientação, o filme pode gerar interpretações jocosas ou mesmo perversas por parte dos alunos e impedir, assim, que o objetivo de aperfeiçoar o entendimento seja alcançado”, assinala.

    Os professores podem obter sugestões de filmes na página eletrônica do Laboratório de Ensino de Sociologia Florestan Fernandes da UFRJ.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor



  • As escolas públicas e particulares do ensino médio têm prazo de três anos, a contar de 2009, para oferecer plenamente as disciplinas de filosofia e sociologia a todos os estudantes. A regra está na Resolução nº 1/2009, da Câmara da Educação Básica do Conselho Nacional de Educação.


    O presidente da Câmara de Educação Básica do CNE, César Callegari, explica que a Lei nº 11.684/2008, que tornou obrigatório o ensino das duas disciplinas no ensino médio, não fixou prazo, mas que é atribuição do conselho interpretar as mudanças na Lei (9.394/1996) de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).


    A resolução do CNE diz que a inclusão de filosofia e sociologia deve começar em 2009 em, pelo menos, um dos anos do ensino médio, de preferência na primeira série. A inclusão das disciplinas deve se completar em 2011 nas escolas com três anos de ensino médio e em 2012 para os cursos de quatro anos.


    César Callegari diz que o número de professores habilitados (com licenciatura) em filosofia e sociologia é pequeno e que equivale às disciplinas de física, química e matemática, mas que isso não o atemoriza. Para Callegari, “é preciso ter a ousadia de garantir ao aluno o direito de aprender e empurrar as autoridades para que invistam na formação de professores e na produção de materiais didáticos”.


    As dificuldades que terão os sistemas estaduais e as escolas para oferecer filosofia e sociologia, diz o presidente da Câmara de Educação Básica do CNE, não serão diferentes do que acontece com as demais disciplinas. Ele dá dois exemplos dessa situação: 60% dos professores de português que lecionam no ensino médio têm habilitação na área; em química e física, apenas 10% que estão nas mesmas salas de aula têm a licenciatura específica. O esforço, portanto, diz, deve ser de todos, para que os estudantes brasileiros tenham garantidos direitos que têm seus colegas da Europa e dos Estados Unidos.


    Enem – Na avaliação do professor Callegari, a obrigatoriedade do ensino de filosofia e sociologia chega no momento importante da transição do vestibular tradicional praticado nas instituições de ensino superior, pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que exige interpretação e não decoreba. A filosofia, explica, oferece ferramentas que ajudam os jovens do ensino médio não só a pensar, mas desenvolver o pensamento crítico e a não achar que tudo está pronto. “O pensamento não é um estalo, é um avanço histórico.” Já a sociologia contribui para o conhecimento da sociedade, dos processos históricos e para o exercício pleno da cidadania.


    A Resolução CNE nº 1/2009 foi publicada no Diário Oficial da União, seção 1, página 92, em 18 de maio.


    Ionice Lorenzoni

  • O Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional (Profsocio) está com as inscrições abertas até 30 de janeiro. O Profsocio é gratuito e presencial, em nível de pós-graduação stricto sensu, reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia vinculada ao Ministério da Educação. O programa é oferecido em nove instituições de ensino superior públicas brasileiras, sob coordenação da Universidade Federal do Ceará (UFC). As inscrições custam R$ 60. As aulas estão previstas para começar em março.

    A oferta de vagas é simultânea em todo o Brasil, por meio do Sistema Universidade Aberta Brasil, conferindo o título de Mestre em Sociologia. O objetivo do programa é propiciar um espaço de formação continuada para professores de sociologia que atuam na educação básica ou aos que desejam atuar nesta área. As aulas poderão ser ministradas de segunda-feira a sábado, em períodos determinados, segundo o calendário de cada uma das instituições, a ser divulgado em edital específico de matrícula.

    As linhas de pesquisa são educação, escola e sociedade; juventude e questões contemporâneas, e práticas de ensino e conteúdos curriculares. O Profsocio tem a duração de 24 meses, período em que deverão ser cursadas seis disciplinas obrigatórias e duas optativas, equivalentes a 450 horas e 30 créditos, com defesa de trabalho final de conclusão de curso. 

    O processo de seleção será realizado em duas fases. A primeira é a prova escrita de conhecimentos e a segunda é a defesa da carta de intenções. A prova tem caráter eliminatório e classificatório, com peso equivalendo a 60% do resultado final, e terá duração de quatro horas. Já a defesa da carta será presencial perante a comissão de seleção e admissão da instituição associada escolhida no ato da inscrição pelo candidato.

    Instituições- Os candidatos poderão se inscrever para o mestrado em uma das instituições que participam do programa: Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), em Recife; Universidade Estadual de Londrina (UEL), em Londrina (PR); Universidade Estadual do Vale do Acaraú (UVA), em Sobral (CE); Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), em Marília (SP); Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), em Campina Grande e em Sumé (PB); Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza; Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, e a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Juazeiro (BA).

    A coordenadora nacional do programa, Danyelle Nilin, professora da UFC, explica que é a primeira vez que o programa é realizado nacionalmente. Antes, o mestrado profissional nos moldes do que está em curso era oferecido pela Fundaj.

    “A intenção é qualificar mais o professor de sociologia, refletindo sobre as práticas pedagógicas, tentando dialogar sociologicamente com a realidade em sala de aula onde o professor já atua, aplicar diferentes ferramentas de ensino, desenvolver pesquisas e, por fim, ter um intercâmbio de experiências, já que temos instituições de todo o país participando do programa”, explicou a coordenadora.

    Para Joanildo Burity, pesquisador da Fundaj que, ao lado da também pesquisadora Viviane Toraci, coordena o Profsocio pela Fundação, o mestrado cumpre um papel importante para o cenário educacional nacional.

    "Há um diagnóstico de que, entre os professores que ensinam sociologia, menos de 20% tem formação em sociologia, seja graduação ou pós-graduação. Então, o Profsocio também é voltado para esses profissionais", aponta Burity. “Participamos da concepção do Profsocio, em 2015, e lideramos esse processo de concretização da proposta. Todas as instituições estão empenhadas para cumprir os objetivos estabelecidos.”

    As inscrições deverão ser realizadas exclusivamente pela internet, por meio do preenchimento de formulário eletrônico disponível na página do programa, onde também está disponível o edital do certame.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O professor Eric em sala de aula: ''A elaboração dos livros coletivos pode corresponder a um mecanismo de complementação de conteúdo ausente nos livros escolhidos, mas importante e de interesse dos estudantes'' (foto: arquivo da Unioeste) Professor de sociologia no campus de Toledo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Eric Gustavo Cardin está no magistério há oito anos. Nesse período, trabalhou também com alunos da educação básica, sempre preocupado com a construção coletiva do conhecimento. Como as escolas não adotavam livros didáticos de sociologia, havia um leque de possibilidades na escolha do conteúdo a ser desenvolvido para a produção de obras coletivas.

    “O resultado material dependia das condições das escolas e das turmas”, lembra Eric, bacharel e licenciado em ciências sociais, com mestrado e doutorado em sociologia. “Em alguns lugares era possível pensar em livros coletivos; em outros, em jornais, fanzines ou murais.”

    A realidade hoje é diferente, diz o professor. No Paraná, foi adotado o livro didático público. No próximo ano, o Ministério da Educação vai encaminhar obras por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). “Assim, a elaboração dos livros coletivos pode corresponder a um mecanismo de complementação de conteúdo ausente nos livros escolhidos, mas importante e de interesse dos estudantes”, justifica. Ele cita temas que dizem respeito a histórias regionais, problemas locais e ao entendimento de questões contemporâneas integrantes do cotidiano dos estudantes, como o bullying.

    Para Eric, a escolha do conteúdo precisa levar em conta algumas variáveis. “Qual é o conteúdo previsto nas diretrizes curriculares?”, indaga. Qual é de interesse e está relacionado ao cotidiano dos alunos?”

    A escolha, observa, não é do professor ou do estudante, de forma isolada. “É feita dentro das opções que o professor considera relevantes e nas quais o estudante demonstra interesse”, salienta. Ele considera fundamental que o professor tenha um cronograma de trabalho bem elaborado, com clareza nas etapas a serem desenvolvidas, e que outros temas ou teorias sejam trabalhados em sala de aula, de maneira transversal, durante a confecção do livro, embora este seja destinado a um conteúdo específico.

    Tema— O educador paranaense destaca, ainda, a necessidade de aproximar os estudantes do tema escolhido e das definições sociológicas por meio de estratégias de ensino que permitam ao professor sentir-se mais seguro. “Seja através de aula expositiva, dialogada ou por meio de uma chuva de idéias”, afirma. “Depois, é preciso explicar o projeto do livro: o que vamos fazer? Como vamos fazer? Por que vamos fazer?”

    Para a confecção do livro coletivo, os alunos devem trabalhar em grupos. Cada grupo fica responsável por um capítulo, relativo a uma dimensão diferente do conteúdo. Após o levantamento de dados, os estudantes trabalham em sala de aula, orientados pelo professor, a fim de elaborar a primeira versão do capítulo, a ser apresentada aos demais. Todos podem, então, apresentar contribuição ou sugestão.

    Depois de montado, o livro é discutido e estudado em sala de aula, como um recurso pedagógico. Pode ser trocado pelos livros produzidos pelos alunos de outras turmas. “O livro deixa de ser algo abstrato e passa a ser produzido por iguais”, analisa Eric. “Os estudantes deixam de ser passivos e começam a se observar como sujeitos.”

    Aulas expositivas tradicionais são vistas por Eric como tão importantes quanto o desenvolvimento de experiências. Por isso, devem ocorrer simultaneamente. “Os estudantes precisam apreender as definições dos tipos de dominação de Weber e aplicá-los no entendimento do comportamento político retratado nas reportagens de jornal que falam do cenário brasileiro”, assinala.

    É importante também utilizar ao máximo os recursos pedagógicos existentes. “Uma música, um filme, uma fotografia, nunca é apenas o conteúdo expressado; é o resultado do trabalho humano, reflete um contexto histórico e uma estética”, afirma. “Todas as dimensões precisam ser trabalhadas a fim de que o ensino seja, de fato, um momento de enriquecimento pessoal.”

    Na Unioeste, Eric dá aulas nos cursos de graduação e de mestrado em ciências sociais. Nas matérias diretamente relacionadas com a prática docente, ele não só busca abordar as diversas possibilidades teóricas e metodológicas das relações de ensino-aprendizagem. Também trabalha com o desenvolvimento de práticas, dinâmicas e recursos adequados para o ensino de sociologia no nível médio.

    Fátima Schenini


    Saiba mais no Jornal do Professor

  • Uma equipe de 16 estudantes do curso de licenciatura em ciências sociais da Universidade Federal de Viçosa (UFV) atua, desde março de 2010, em duas escolas públicas daquele município da Zona da Mata mineira. Os universitários ajudam professores não formados na área a consolidar a sociologia na educação básica, já que as escolas de Viçosa não contam com professores da disciplina formados em ciências sociais.

    Aluna do sexto semestre de ciências sociais, Mariana de Lima Campos revela que o programa também incentiva os estudantes a optar pela licenciatura e a associar pesquisa e ensino na elaboração de técnicas de abordagem da disciplina e no desenvolvimento de material didático. “Antes do programa, era quase consensual nos cursos universitários que os bons alunos fossem direcionados para o bacharelado, com a finalidade de atuar em pesquisas, trilhando um caminho futuro na pós-graduação”, diz Mariana. “Aos demais, considerados maus alunos, restava a docência.”

    A estudante explica que uma das metas do programa é a busca de novas estratégias de abordagem da sociologia em sala de aula, de maneira a fugir da tradicional aula expositiva. Segundo ela, a equipe tem liberdade para pensar, discutir, criar e apresentar propostas aos professores e supervisores das duas unidades de ensino. Podem ainda aplicar inovações na prática de ensino.

    A percepção geral do grupo sobre o andamento das aulas apontou a necessidade do uso de outras metodologias de ensino, com o objetivo de envolver maior número de estudantes. “Foi assim que pensamos na elaboração de um jogo de tabuleiro”, relata a universitária.

    Originalmente idealizado como forma de reverter a apatia de alguns alunos durante as aulas de revisão do bimestre, o jogo foi confeccionado de maneira artesanal, numa cartolina. O ponto de partida é o mundo antigo, representado graficamente por um castelo medieval; o de chegada, o mundo moderno, representado por uma grande cidade.

    Antes de cada jogada, os participantes, organizados em duplas ou trios, lançam o dado. Assim avançam por casas e etapas, que representam as conquistas, problemas e desafios do mundo moderno, como as invenções científicas, a transformação das relações, os impactos ambientais e a favelização, entre outros. No percurso, surgem casas com perguntas sobre os autores discutidos nas aulas. Quem acerta as respostas joga o dado novamente.

    Como os resultados foram positivos, com grande envolvimento dos alunos, a equipe resolveu ampliar a experiência, com a elaboração de outros jogos, a serem adotados nas demais turmas do projeto. “De forma geral, os estudantes conseguiram esclarecer o conteúdo ministrado no bimestre de maneira lúdica, sem considerar a aula monótona”, diz Mariana.

    Consolidação
    — No início do programa, os bolsistas não tiveram boa impressão. “Parecia que a disciplina não tinha uma abordagem científica”, avalia Mariana. Segundo ela, os estudantes e os professores de outras disciplinas tendiam a ver a sociologia como o espaço do achismo, da opinião sem ciência. “Logo constatamos que se tratava de uma etapa da própria consolidação”, destaca. “Percebemos que o trabalho da equipe começou a surtir efeito, a despertar a atenção dos alunos, a envolvê-los.”

    Isso, no entendimento da futura professora, mostra que o ensino de sociologia tem futuro promissor, a partir do momento em que universidades, escolas, estudantes e professores forem capazes de construir redes de troca de experiências, material didático etc. “Uma de nossas tentativas nesse processo tem sido a manutenção de um blog da licenciatura em sociologia na UFV”, afirma. “Ali relatamos o trabalho desenvolvido.”

    Os universitários são bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), desenvolvido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação.

    Fátima Schenini



    Saiba mais no Jornal do Professor
  • As inscrições para o Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional (Profsocio) foram prorrogadas até 9 de fevereiro. O curso é gratuito e presencial, em nível de pós-graduação stricto sensu, sendo reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia vinculada ao Ministério da Educação.

    Esta é a primeira vez que o programa é realizado nacionalmente. Antes, o mestrado profissional nos moldes do que está em curso era ofertado apenas pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). O Profsocio é coordenado pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e oferecido em nove instituições de educação superior públicas do Brasil. Os interessados poderão se inscrever em uma delas.

    As instituições participantes são: Fundaj, em Recife; Universidade Estadual de Londrina (UEL), em Londrina (PR); Universidade Estadual do Vale do Acaraú (UVA), em Sobral (CE); Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), em Marília (SP); Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), em Campina Grande e em Sumé (PB); Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza; Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, e a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Juazeiro (BA).

    Para se inscrever é necessário pagamento de taxa no valor de R$ 60. As aulas estão previstas para começar em março. Cada instituição, porém, terá calendário próprio, que deverão divulgar em edital específico de matrícula. Já a duração do curso é de 24 meses. O processo de seleção será realizado mediante prova escrita de conhecimentos e defesa da carta de intenções.

    As vagas são oferecidas por meio do Sistema Universidade Aberta Brasil (UAB), conferindo o título de Mestre em Sociologia. O programa tem por objetivo propiciar formação continuada para professores de sociologia que atuam ou desejam atuar na educação básica. Constam como linhas de pesquisa educação, escola e sociedade; juventude e questões contemporâneas, e práticas de ensino e conteúdos curriculares.

    Assessoria de Comunicação Social

     

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