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  • Os jogos ajudam a desenvolver habilidades acadêmicas e ampliar a atenção, a concentração e o autocontrole (foto: carminatimaricato.blogspot.com.br)Os jogos, com suas regras, podem ser recurso pedagógico eficaz para a aprendizagem de estudantes que apresentam transtorno de déficit de atenção–hiperatividade (TDAH). Além de contribuir para desenvolver habilidades acadêmicas como leitura, escrita e aritmética, eles colaboram para a melhoria da atenção, da concentração e do autocontrole.

    A conclusão faz parte dos resultados da dissertação de mestrado em educação da psicopedagoga Rebeca Andrade, na Universidade de Brasília (UnB). Ela investigou a influência dos jogos no desempenho escolar e no desenvolvimento de habilidades sociais de crianças com TDAH. As atividades foram desenvolvidas no primeiro semestre de 2011, com estudantes de turmas do segundo ao quarto ano do ensino fundamental da rede pública do Distrito Federal.

    Com graduação em pedagogia e habilitação em magistério para séries iniciais e para educação especial, Rebeca já atuou como professora em turmas do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental, de educação infantil e de educação de jovens e adultos (EJA). Atualmente, trabalha como pedagoga institucional da Escola-Classe 10 de Sobradinho, uma das regiões administrativas do Distrito Federal. Uma de suas funções é atender demandas de dificuldades de aprendizagem, em atuação interventiva e preventiva com os alunos.

    De acordo com a professora, o primeiro passo de uma intervenção é fazer a avaliação das crianças quanto ao desenvolvimento cognitivo. São feitas aferições pedagógicas e psicológicas para investigar indícios de deficiência intelectual ou problemas de ordem psicológica, neurológica ou até mesmo psiquiátrica que estejam inibindo o processo de aprendizagem escolar. “Nesse caso, fazemos encaminhamentos externos, de modo que a família possa procurar o atendimento médico necessário para a complementação diagnóstica”, esclarece.

    Histórico — No processo de avaliação são consideradas, segundo Rebeca, informações das famílias sobre o histórico de desenvolvimento da criança e relatos dos professores quanto às dificuldades por ela apresentadas e intervenções já desenvolvidas para sanar as dificuldades percebidas. Após esse processo de investigação inicial, os alunos são encaminhados a atendimento em grupo, individual ou indireto (por meio de atividades sugeridas ao professor para desenvolvimento em sala de aula). “O atendimento sempre privilegia o uso de jogos”, ressalta.

    Rebeca também assessora o trabalho pedagógico dos professores e da direção e oferece subsídios para a realização das atividades. “Se um professor relata que os alunos não estão conseguindo aprender operações de soma com reagrupamento, minha função é planejar, com esse professor, atividades diferenciadas para alcançar essa aprendizagem.”

    Outra função que a professora exerce é a de promover formação continuada durante o ano letivo, com assuntos variados, como inclusão escolar, adaptação curricular e TDAH. “No momento, estamos desenvolvendo formação em educação matemática para atender à demanda das dificuldades identificadas no início do ano, principalmente entre alunos do quarto e do quinto anos”, salienta.

    Fátima Schenini

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  • O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) acomete cerca de 3% da população mundial, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), e pode dificultar o processo de aprendizagem de crianças e adolescentes. Esse distúrbio ainda gera muitas dúvidas. Para esclarecer o que é verdade ou mito, o programa Salto para o Futuro da TV Escola desta quarta-feira, 5, discute essa patologia, a partir das 20h.

    Para debater o tema, os apresentadores Murilo Ribeiro e Barbara Pereira conversam com a psicóloga e presidente da Associação Brasileira do Déficit de Atenção, Iane Kestelman, e com a fonoaudióloga e psicomotricista Renata Mousinho, que coordena o projeto Elo: escrita, leitura e oralidade, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

    Para Iane, para identificar o TDAH, é preciso ter atenção aos principais sinais. “É um diagnóstico que se baseia em um tripé de sintomas sendo, basicamente, desatenção, impulsividade e hiperatividade. Então, são pessoas mais agitadas, que costumam ter atividade motora elevada e, muitas vezes, com velocidade de processamento de pensamento muito rápido”, explica a psicóloga.

    Além das principais características do transtorno, o programa também debate os mitos do TDAH, como ele pode influenciar na qualidade do aprendizado de crianças e adolescentes e qual o papel dos educadores no acompanhamento dos estudantes que apresentam o transtorno.

    A psicomotricista Renata Mousinho alerta que ao educador não cabe o papel de dar diagnósticos, sendo esta uma atribuição do psiquiatra. “O educador pode levantar hipóteses, ver o que aquela criança precisa, fazer ela voltar ao foco, levar a equipe pedagógica para conversar com a família e assim desencadear todo processo que pode auxiliar no momento do diagnóstico feito exclusivamente por psiquiatras”, pontua a especialista.

    Toda quarta-feira, as 20h, a TV Escola exibe um assunto diferente no programa Salto para o Futuro. É possível assistir também no portal oficial da emissora, no canal do YouTube ou no aplicativo disponível.

    Assessoria de Comunicação Social

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