Portal do Governo Brasileiro
Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página
  • O professor Alexandre com os estudantes: “Com o projeto da agência de publicidade e propaganda, o respeito, a dedicação, o compromisso e a vontade de vencer foram mudanças evidentes em nossos alunos” (foto: arquivo do professor Alexandre Souza)O projeto de criação de uma agência de publicidade e propaganda experimental na Escola Estadual Olinda Conceição Teixeira Bacha, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, provocou mudanças positivas entre os alunos participantes. Desenvolvido na turma B do oitavo ano do ensino fundamental, que apresentava as notas mais baixas da escola, o projeto incluía, entre os principais benefícios, a elevação da autoestima dos estudantes.

    “O projeto Agência de Publicidade e Propaganda 30IdeiasPP foi um divisor de águas para nossa escola”, diz seu criador, o professor Alexandre Gonçalves de Souza. Segundo ele, “o respeito, o carinho, a dedicação, o compromisso e a vontade de vencer foram mudanças evidentes em nossos alunos”.

    Contratada, de forma fictícia, pela direção da escola, a agência funcionava de modo semelhante ao de uma real, com a tarefa de desenvolver as campanhas publicitárias solicitadas. Os estudantes foram divididos em cinco equipes, denominadas departamentos, de acordo com as habilidades de cada um. Como o projeto foi desenvolvido em parceria com professores de outras disciplinas, os departamentos estavam ligados diretamente às disciplinas envolvidas: recursos humanos (língua inglesa), contabilidade e financeiro (matemática), linguística e design (língua portuguesa), criação e finalização (tecnologias educacionais).

    O trabalho foi um dos vencedores da sexta edição do Prêmio Professores do Brasil, na categoria Educação Digital. Hoje, funciona como projeto extraclasse, aberto à participação de todos os alunos. “Criamos uma agência de cinema dentro da escola para a produção de pequenos filmes sobre a cultura de Mato Grosso do Sul”, explica Alexandre. “Com isso, realizaremos intercâmbio cultural com alunos de outros países da América Latina por meio de uma rede internacional de educadores inovadores.”

    Orgulho— De acordo com o professor, apesar de algumas dificuldades encontradas para a realização do projeto — conexão com a internet e pane nos computadores, entre outros —, o trabalho teve continuidade, com o esforço dos estudantes. “Dessa forma, quando os prêmios começaram a chegar, tudo mudou. Os alunos, orgulhosos, anunciavam na comunidade o que acontecia na escola”, destaca Alexandre. “Minha vida é dividida entre antes e depois do 30IdeiasPP e meu currículo foi enriquecido.”

    Com graduação em filosofia e em história e especialização em mídias na educação, Alexandre exerce a atividade de professor gerenciador de tecnologias educacionais e recursos midiáticos na escola Olinda Conceição Teixeira Bacha. Para ele, a evolução constante das tecnologias apresenta cenário inovador e desafiador para a educação. “Cabe à escola inserir o aluno nesse novo mundo.”

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor, no facebook e no instagram da EE Olinda Conceição

  • Os programas de rádio, com duração de 20 minutos, são gravados e podem ser ouvidos pelos estudantes nos horários de recreação (foto: arquivo da Secretaria de Educação de Volta Redonda)Uma rádio, que vai ao ar com participação ativa de crianças de 3 a 5 anos, faz sucesso entre os alunos do Centro Municipal de Educação Infantil Monteiro Lobato, suas famílias e moradores do município fluminense de Volta Redonda. Implantada em 2013, pela professora Ana Paula Corrêa de Oliveira Coelho, a Rádio Monteiro Lobato tornou-se conhecida na cidade como Rádio Monteirinho.

    “Desenvolver um projeto de rádio, com a participação ativa das crianças, foi meu maior desafio”, diz a pedagoga, pós-graduada em psicopedagogia, há 21 anos na área de educação infantil. Ana Paula, que trabalha como implementadora de informática desde 2007, explica que o projeto foi uma orientação da Coordenação de Informática Aplicada à Educação de Volta Redonda. Ele foi desenvolvido anteriormente por Patrícia Osório, implementadora de informática na Escola Municipal Rubens Machado, com alunos do ensino fundamental.

    A grande referência de Ana Paula em seu trabalho é o educador Paulo Freire [1921-1977]. Para ele, ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou sua construção. Por isso, as atividades que ela promove no laboratório de informática visam a um trabalho integrado com a sala de aula, a fim de tornar a aprendizagem significativa para as crianças.

    Com uma programação variada, a rádio divulga notícias, relata as atividades de destaque nas salas de aulas, transmite a troca de recados entre as crianças e presta homenagem a aniversariantes, com mensagens e oferecimento de músicas a estudantes, professores e funcionários.

    A definição dos temas é feita durante as chamadas “reuniões de pauta”, quando Ana Paula reúne os representantes de cada turma. “Em conversa com os alunos, vou instigando e anotando as ideias que vão surgindo”, revela. O passo seguinte é a realização das entrevistas. Os estudantes percorrem as salas de aula para ouvir professores e demais colegas.

    Difusão — Os programas, com duração total de 20 minutos, são gravados e podem ser ouvidos pelos estudantes nos horários de recreação. São apresentados também durante as reuniões com pais e responsáveis. Para que qualquer pessoa possa ouvir os programas, em qualquer lugar e a qualquer momento, arquivos de áudio (podcast), geralmente no formato MP3, são postados no blogue dos implementadores de informática de Volta Redonda.

    “A experiência da Rádio Monteirinho foi maravilhosa. Os alunos ficaram empolgados, e a comunidade abraçou o projeto”, ressalta a pedagoga Tatiana da Silva Vicente, que em 2013 trabalhava com uma das turmas participantes. Com pós-graduação em psicopedagogia e experiência de 14 anos na área da educação, Tatiana salienta que o projeto foi bem-sucedido.

    “As crianças desenvolveram a linguagem oral, a percepção e a atenção auditiva, ampliaram o período de atenção e a concentração”, destaca. Além disso, ela cita a melhoria na socialização e no desenvolvimento da expressão corporal. “Os alunos sentavam-se juntos para ouvir os programas e, quando tocava alguma música agitada, logo criavam coreografias.”

    Atual diretora-adjunta do Centro de Educação Monteiro Lobato, Tatiana está empolgada com as novidades previstas para este ano. “A implementadora Ana Paula pretende abrir um espaço na rádio para as famílias atuarem ativamente e divulgarem seus produtos artesanais”, afirma.

    Repercussão — Segundo a diretora da escola, Paula Cristina de Souza Silva, o projeto teve boa repercussão. “Recebemos cumprimentos até de pessoas de outros municípios da região”, ressalta.

    Pedagoga, com pós-graduação em gestão escolar, há 22 anos no magistério, 12 dos quais na direção, Paula Cristina entende ser de fundamental importância o uso de novas tecnologias na escola. “O trabalho se torna mais dinâmico e instigante, contemplando assim todas as linguagens — visual, auditiva e cinestésica”, diz. Para ela, as tecnologias estão presentes no uso de jogos on-line e off-line, produção de fotos, vídeos, músicas, filmes e outros meios que contribuem para dinamização e enriquecimento de todo processo de ensino-aprendizagem.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

  • Com o foco em disseminar a tecnologia entre estudantes e professores das escolas públicas de todo o país, o Ministério da Educação lançou, na última semana, três editais – dois no âmbito do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) e um para inscrição, avaliação e precificação de tecnologias educacionais que serão incluídas no Guia de Tecnologias Educacionais.

    De acordo com a ministra interina da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, o programa incorporou um formato mais dinâmico com a ampliação do PNLD para obras literárias e material didático como obras pedagógicas, softwares e jogos educacionais, materiais de reforço e correção de fluxo.  “Essa alteração vem na direção do que acontece dentro da sala de aula, tornando o PNLD um programa mais integrado e mais próximo da realidade didática dos professores e estudantes”, destaca.

    O novo formato do PNLD, conforme estipulado pelo Decreto 9.099/2017, prevê a distribuição anual para os estudantes tanto de obras didáticas quanto literárias para uso em sala de aula.

    Editais - Entre os dois editais do Programa Nacional do Livro e do Material Didático, o PNLD 2018 Literário prevê a avaliação e distribuição de obras literárias para os estudantes da educação infantil, dos anos iniciais do ensino fundamental (primeiro ao quinto ano) e ensino médio. Já o PNLD 2020 ofertará obras didáticas e literárias destinadas a estudantes e professores dos anos finais do ensino fundamental (sexto ao nono ano).

    O PNLD 2020 inicia o formato de atendimento no qual, a cada ano, são avaliadas e distribuídas obras didáticas e literárias a professores, estudantes e, alternadamente, para a composição de acervo para as escolas de determinada etapa de ensino da educação básica.

    A partir de 2017, o programa passou a abranger entre suas ações a aquisição e distribuição dos materiais anteriormente vinculados ao âmbito do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE). O atual PNLD inovou ao permitir que os estudantes e as escolas recebam obras literárias para as ações de incentivo literário e apoio pedagógico, em quantidade e diversidade adequadas ao cotidiano escolar.

    O secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares da Silva, explica que, nesse novo formato do PNLD, os estudantes terão acesso a obras de literatura em sala de aula, da educação infantil até o terceiro ano do ensino fundamental e, individualmente, a partir do quarto ano do ensino fundamental. “No formato anterior, os livros de literatura eram direcionados apenas para a biblioteca, e agora passam a compor trabalho em sala de aula em quantidade suficiente para cada estudante e também acervo para a escola/biblioteca”, detalha.

    O atual formato do PNLD possibilita, ainda, a compra de softwares e jogos educacionais, materiais de reforço e correção de fluxo, materiais de formação e destinados à gestão escolar, entre outros itens de apoio à prática educativa, incluídas ações de qualificação de materiais para a aquisição descentralizada pelos entes federativos.

    Guia de tecnologias – O Guia de Tecnologias Educacionais é um catálogo que contém tecnologias a serem utilizadas nas escolas públicas brasileiras, previamente aprovadas e precificadas por especialistas, com o objetivo de servir de referência no processo de aquisição desse tipo de material didático.  O edital prevê avaliação em quatro ciclos de seis meses, garantindo um maior acesso aos interessados. São aceitas licenças de uso Recurso Educacional Aberto (REA) e Creative Commons.

    O guia terá vigência de quatro anos a partir da validação dos resultados de cada um dos quatro ciclos pelo comitê técnico instituído pelo MEC. Os interessados já podem se inscrever na Plataforma Evidências.

    A diretora de apoio às Redes de Educação Básica do MEC, Renilda Peres de Lima, explica que o guia vem para aprimorar o processo de ensino e aprendizagem nas escolas públicas de educação básica, garantindo o padrão dos materiais escolares e facilitando a contratação de tecnologias educacionais para a melhoria do ensino no país.

    É considerado tecnologia educacional todo sistema de apoio ao processo de ensino e aprendizagem, composto de um produto inovador, como software ou hardware utilizado para trabalhar conteúdos educacionais específicos, e que facilite as atividades educacionais de alunos, professores e gestores, oferecendo, quando necessário, orientações didáticas, de uso e de gestão para a efetiva adoção no ambiente escolar.

    O Guia de Tecnologias Educacionais será elaborado a partir dos resultados das avaliações pedagógicas e tecnológicas. Essas avaliações visam garantir acessibilidade, além da indicação de referenciais de preços que servirão para subsidiar as contratações no âmbito federal, estadual e municipal, garantindo um processo administrativo mais ágil e transparente em todos os níveis.

    “O proponente também precisa informar para qual etapa está prevista a proposta, qual o objetivo e o resultado esperado, a temática e o manual de orientação”, atenta Renilda. “Diferentemente de outros editais, chegaremos a um modelo de negócios, com análise documental e o processo de precificação, preço e referência das tecnologias para facilitar que as redes possam efetivamente comprar essas tecnologias e facilitar o processo de licitação, quando houver. É uma revolução porque propõe a produção de novas tecnologias. ”

    Os projetos podem ser voltados a todas as etapas da educação básica: educação infantil, ensino fundamental – anos iniciais e finais – e ensino médio. Também podem ser focados nas modalidades escolar indígena, educação de jovens e adultos, educação do campo, educação especial e educação escolar quilombola.

    Clique aqui para acessar o Edital Guia de Tecnologias 2018.

    Conheça mais sobre a Plataforma Evidências no PNLD Literário. Acesse também o PNLD 2020.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Em seu segundo dia de debate, o Seminário Latino-Americano de Disseminação de Conteúdos Digitais contou com relatos de representantes dos países participantes acerca das políticas para a implantação desses conteúdos nas escolas do continente. Foram destacados os avanços e dificuldades encontradas pelos participantes com relação a esse tema.

    O vice-presidente da Fundação Padre Anchieta (TV Cultura), Fernando Almeida, conferencista convidado desta quinta-feira, 14, lembrou que a tecnologia não nasceu como um instrumento de ensino. Segundo ele, é necessário que os principais atores ligados ao processo de aprendizagem permitam que a escola se aproprie da tecnologia para uso na educação. “Quem pilota essa mudança é o educador que está em sala de aula”, destaca.

    O professor Almeida ressaltou em sua apresentação pela manhã que o modelo de ensino e de escola pública dos países participantes é algo recente, e a tecnologia é um eixo importante nesse processo de estruturação do novo modelo escolar. Ele também observou que as experiências compartilhadas no evento são fruto de trabalhos desenvolvidos há décadas e que ainda se encontram em implantação. “É um longo trabalho de gestação de experiências. São projetos interessantes que hoje representam uma grande riqueza na América Latina”, afirmou.

    Almeida destacou o papel da universidade nessa apropriação das tecnologias digitais pelas escolas. Ele também lembrou a necessidade de uma aproximação entre universidades e escolas, por meio da realização de pesquisas sobre o uso da tecnologia no ambiente escolar e da formação de professores para o uso pedagógico das mídias. “As universidades brasileiras são bandeiras fundamentais para a apropriação dessas tecnologias”, disse.

    O Seminário Latino-Americano de Disseminação de Conteúdos Digitais, que discute a presença e implantação das tecnologias digitais nas escolas do continente, termina nesta sexta-feira, 15

    Assessoria de Comunicação Social

  • Nas saídas de campo, os estudantes, ao filmar, fotografar, observar e comparar, estabelecem nova relação com o ambiente (foto: arquivo EcoWeb)Professora de ciências na Escola Municipal de Ensino Fundamental 25 de Julho, em Campo Bom, região metropolitana de Porto Alegre, Margarida Telles da Cruz avalia as tecnologias como ferramentas importantes para sensibilizar os alunos. São mecanismos capazes de “fazer mágicas” quando associados a uma boa pedagogia. “Nossos alunos são nativos digitais e já não podem aprender apenas dentro da sala de aula ou fechados em uma biblioteca ou laboratório de informática, com programas de busca na internet”, diz Margarida.

    Para a professora, que dá aulas a três turmas do sexto ano e a duas do nono, é necessário levar os estudantes a ter contato com diferentes ambientes para conhecer os diversos ecossistemas, aprender sobre a história desses locais, verificar se está ocorrendo depredação e saber como preservá-los.

    De acordo com Margarida, as tecnologias da informação e comunicação (TIC) permitem aos estudantes divulgar fotos, vídeos, relatórios e ações, além de compartilhar com a comunidade questões relacionadas a qualidade e quantidade de água do rio ou à função dos banhados. “Os alunos são desafiados a ir além de respostas simples, a sair dos muros da escola, a desenvolver habilidades de pensar criticamente e a resolver problemas do dia a dia”, destaca.

    “Nas saídas de campo, ao filmar, fotografar, observar e comparar, os estudantes podem ter uma nova relação com o ambiente, fazer mapeamento e minimizar impactos como depósitos de lixo, assoreamento, erosão e falta de matas ciliares”, diz a professora. “Além disso, podem trocar informações, pesquisar, discutir, formular e testar hipóteses e tirar as próprias conclusões.” Margarida salienta que os estudantes, ao se apropriarem desse conhecimento, vão se sentir parte da natureza e descobrir razões para a preservação.

    Prêmio — Há 27 anos no magistério, com licenciatura plena em biologia, licenciatura curta em ciências e pós-graduação em gestão regional de recursos hídricos, Margarida foi uma das vencedoras da sétima edição do Prêmio Professores do Brasil, com o projeto EcoWeb. Premiado na subcategoria Educação Digital Articulada ao Desenvolvimento do Currículo, o projeto usa as TIC como ferramentas para sensibilizar as pessoas sobre a importância de agir de forma sustentável visando à preservação e à conservação dos diferentes ecossistemas.

    Criado em 2011, o trabalho continua. “O projeto está alicerçado em questões como sensibilização, reeducação, comprometimento e mudança de comportamento, o que deve ser retomado constantemente”, justifica a professora.

    Nas atividades do projeto EcoWeb, os estudantes usam ferramentas tecnológicas diversas e postam todo o material produzido nas redes sociais (foto: arquivo EcoWeb)O projeto envolve alunos da escola, do maternal ao nono ano do ensino fundamental, e de outras unidades de ensino do município, além de grupos de professores. Inclui ainda estudantes com deficiência. “Trabalhamos com alunos que apresentam diferentes níveis de aprendizagem. Uns ajudam os outros e todos se sentem valorizados”, relata a professora. “Usando diferentes tecnologias associadas à sustentabilidade, todos aprendem (dentro de suas limitações) e ensinam os colegas.”

    De acordo com Margarida, alunos que muitas vezes não conseguem escrever na sala de aula ou têm dificuldades de acompanhar a turma aprendem com maior facilidade a partir da vivência em práticas de campo. “Com o auxílio de tecnologias, eles podem dar contribuição oral na hora de fazer um relatório, um vídeo, de ajudar na escolha das fotos. Todos se sentem valorizados.”

    Os estudantes usam ferramentas tecnológicas como tablets, smartphones, filmadoras, equipamento de GPS e máquinas digitais. Todo o material produzido é postado nas redes sociais — facebook, blogues e twitter do EcoWeb. “A partir das vivências no EcoWeb, consideramos que não temos alunos com problemas de aprendizagem, mas crianças e adolescentes que aprendem de formas e em ritmos diferentes”, analisa a professora. Ela ainda coordena outros projetos, em parceria com o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos (Comitesinos) e com a prefeitura.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor no blogue do projeto Eco Web e no blogue da EEF 25 de Julho

  • Estudar a qualquer hora e em qualquer lugar. O ensino a distância ganha essa característica e se expande graças ao uso das tecnologias. Desde o livro até ambientes virtuais de aprendizagem, a modalidade usa todos os artifícios para transpor as barreiras de tempo e espaço e levar a educação a lugares remotos, nos quais a universidade não chega.

    Entre os meios empregados na aprendizagem estão a televisão, o rádio e a internet. Para o doutor em ciências da comunicação José Manuel Moran Costas, a educação, mediada pelas tecnologias, estabelece nova prática de ensino e cria a sala de aula virtual, que permite, apesar da distância física, a aproximação entre professor e alunos. “Existe a distância geográfica, mas professor e aluno tornam-se presentes para aprender, sanar dúvidas e trocar experiências. Eles estão conectados por essas tecnologias”, diz.

    Moran cita dispositivos conhecidos, como teleaulas, chats, plataformas, fóruns e teleconferências no processo de aprendizagem. “Alunos e professores se encontram em um mesmo ambiente colaborativo. Ao contrário do ensino presencial, o ensino a distância não é mais focado no professor, mas em um espaço no qual os próprios estudantes contribuem com o processo educacional”, explica.

    A tecnologia, segundo ele, não funciona apenas como transmissora de informações, mas serve para orientar processos. Um dos mais conhecidos é a plataforma Moodle, software livre com sistema de administração de atividades educacionais. Ela permite a interação entre professor e aluno no sistema de aprendizagem on-line. Entre os recursos estão fóruns, blogs, gestão de conteúdos, chats, glossários e base de dados. É semelhante a um site de relacionamentos, mas com finalidades educacionais.

    Moran lembra que o uso do material impresso também é fundamental na educação a distância. “Nem todos têm acesso ao computador. O livro e as apostilas garantem a mobilidade, com os polos de apoio presencial”, afirma. “E todas as mídias têm possibilidade de integração na educação a distância.”

    Rafania Almeida
Fim do conteúdo da página