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  • O projeto Cafeteria Sabor Literário, mais do que um momento cultural, permite aos pais e à comunidade participar de um momento de confraternização na escola de Parnamirim (Foto: Arquivo da escola de Parnamirim)Nos Estados Unidos, na Europa e até em algumas capitais brasileiras é comum encontrar ambientes nos quais o público assiste a uma peça, a recitais de poesia e a apresentações de dança enquanto lancha ou toma um café. Pensando nisso, a professora Claudia Maria Gomes de Araújo decidiu criar um espaço diferente na Escola Presidente Roosevelt, em Parnamirim (RN). Lá, 1,4 mil alunos do ensino médio saem da sala de aula para oferecer cultura a pais, colegas e comunidade. O projeto Cafeteria Sabor Literário rendeu à professora uma recompensa na quarta edição do Prêmio Professores do Brasil.


    Claudia teve a inspiração após viagem a Campina Grande (PB). Ela conheceu o Café com Poesia, espaço no qual os clientes podem ler e acompanhar apresentações culturais. “Havia um salão pouco utilizado no colégio. Resolvi lançar o desafio, a mim e aos alunos, de transformá-lo em uma cafeteria durante uma semana inteira”, lembra.


    A proposta da professora era decorar o espaço, organizar apresentações de dança, teatro, canto e recitais para os convidados. Além disso, os estudantes deveriam elaborar cardápio, receitas, convites, lembranças e se revezar no trabalho de garçom. “É mais do que um momento cultural. Os pais e a comunidade participam em um momento de confraternização”, afirma Claudia.


    Os resultados, segundo a professora, impressionam. “Os alunos aprenderam que a leitura e a educação como um todo podem abrir caminhos. Eles não têm mais dificuldade com a leitura, despertam a criatividade, levam isso para outras disciplinas e ainda conquistam mais alunos para o projeto”, garante. A escola conta com mais de dois mil alunos nos três turnos. Este ano, participaram apenas os estudantes da manhã e da tarde. “Para o ano que vem, os estudantes do turno da noite pediram para ser incluídos.”


    Em 25 anos de magistério, ela afirma estar realizada. “Com todo esse tempo de trabalho, eu poderia estar acomodada. Mas minha realização é a sala de aula, que os alunos reconheçam minha importância como educadora e a importância da educação.”


    Inclusão — No interior do Paraná, a professora Bernardete Terezinha Costa decidiu promover a inclusão digital na escola de ensino médio Casa Familiar Rural de Pato Branco. Com o trabalho As Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação do Campo, ela foi uma das ganhadoras do Prêmio Professores do Brasil e ajudou 60 alunos da escola, filhos de produtores rurais, a aprender a usar a tecnologia na educação e no campo.


    Professora da área de humanas, Bernardete decidiu pôr em prática os conteúdos trabalhados em sala com auxílio de computadores e televisão. “Escolhemos um tema — no caso, a horticultura — e o trabalhamos em 11 etapas, que envolvem desde a teoria até a prática em casa”, explica. Os estudantes discutem o tema, estudam a teoria, usam laboratórios de informática para pesquisa e avaliação de resultados, assistem a vídeos com orientações e casos bem-sucedidos, visitam plantações, redigem textos sobre o assunto, fazem cálculos e criam uma horta.


    “Para o aluno do campo, ter acesso a essas tecnologias é mais difícil. Mas esse aprendizado os leva a mais do que bons resultados na plantação”, diz a professora. “Eles praticam o respeito mútuo, o trabalho compartilhado e aproximam-se de suas famílias, que vão querer, como produtoras, aprender mais sobre o tema com os próprios filhos.”


    Bernardete avalia que ficou mais fácil ensinar com o uso das tecnologias de informação. Para ela, os estudantes de 13 a 18 anos podem se tornar mais participativos na vida e no trabalho das famílias e na economia da região. A professora avalia o prêmio como um reconhecimento de seu esforço, mas acredita que o maior ganho é o aprendizado por parte dos alunos.

    Rafania Almeida


    Saiba mais no Jornal do Professor

  • Foto: Arquivo/SeedA Escola Municipal Professora Maria Celina, em Serrana (SP), já teve problemas com evasão, violência e chegou a registrar até morte de alunos em sala de aula, mas conseguiu reverter este quadro crítico. Hoje é referência de ensino no interior de São Paulo. A estratégia da instituição foi utilizar as tecnologias da informação e comunicação a seu favor para driblar os problemas que enfrentava e promover a educação. A história é contada no programa Caminhos da Escola, que vai ao ar nesta quinta-feira, 14, às 22h, na TV Escola.

    Em um ano, a escola teve turma que iniciou com 52 estudantes e terminou com apenas cinco, mas agora são raros os registros de falta de alunos nas aulas. O estudante do ensino fundamental Bryan Lennon, 10 anos, mostra como o computador e a internet facilitam seu aprendizado e tornam as aulas mais atrativas. O diretor e professores do colégio contam como eram avessos à tecnologia. Uma delas lembra que não sabia ligar um computador. Mas o cenário mudou com a chegada do Programa Nacional de Informática na Educação (Proinfo), do Ministério da Educação, que tem como objetivo introduzir o uso das tecnologias de informação e comunicação nas escolas da rede pública.

    O programa Caminhos da Escola também viaja até o Rio de Janeiro e vai até a Escola Pedro Álvares Cabral, em Copacabana. É nela que acontece o debate dos estudantes com a escritora e atriz Elisa Lucinda. Ela fala sobre sua carreira, seu tempo de escola e como as artes podem influenciar na vida das pessoas. O colégio realiza oficinas de dança, música e teatro e os estudantes conversam com Elisa sobre como a escola pode se reaproximar das artes.

    A atriz já foi professora e jornalista e aproveita a oportunidade para recitar alguns poemas de sua autoria para os jovens.  

    Nesta edição, os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental do Campo Hermínio Pagotto cumprem o desafio de criar uma cartilha sobre o cultivo de abelhas nativas para produtores rurais de Araraquara (SP). O material será distribuído para que donos de pequenas propriedades trabalhem na preservação dessas abelhas que correm risco de extinção devido ao desmatamento, às queimadas e ao uso de agrotóxicos.

    O programa Caminhos da Escola é uma parceria do MEC com a TV Cultura, realizado pela Conspiração Filmes. O objetivo é mostrar como a educação é capaz de transformar trajetórias individuais e sociais, dentro e fora da escola. O programa é exibido toda quinta, às 22h na TV Escola, com reprises aos sábados, às 17h e segundas, às 22h. A TV Escola pode ser sintonizada via antena parabólica (digital ou analógica) em todo o país e por meio da internet no Portal do MEC. O sinal está disponível também nas televisões por assinatura via Embratel (canal 123), Sky (canal 112) e Telefônica (canal 694).

    Assista à chamada do programa.

    Assessoria de Imprensa Seed/MEC
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