Em solenidade que reuniu cerca de quatro mil pessoas, foram formados os primeiros 23 tecnólogos em agroecologia do Brasil, em Francisco Beltrão, Paraná, na semana passada. O curso é resultado de parceria entre a Escola Latino-Americana de Agroecologia (Elaa) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná. O juramento foi lido em guarani e em português.
O instituto federal do Paraná é a primeira instituição de ensino no Brasil a formalizar a criação de cursos técnicos em agroecologia — o primeiro foi desenvolvido em 2003. De acordo com o coordenador do curso, Valter Schaffrath, a agroecologia tem contribuído para melhorar a produção dos assentamentos. “Nosso objetivo é a construção de um modelo de desenvolvimento para o país baseado nas multidimensões da sustentabilidade — econômica, social, ambiental, política, cultural e ética —, que são a base do ensino em agroecologia”, afirmou.
Segundo o reitor do instituto, Alipio Leal, o pequeno agricultor terá prioridade. “Temos o curso de agroecologia como uma proposta de formação estratégica e faremos a inserção em todas as cidades nas quais o instituto estiver presente. Vamos dar prioridade aos pequenos agricultores e à produção de alimentos sem agrotóxicos, gerar desenvolvimento e sustentabilidade”, destacou.
O curso é desenvolvido em dois momentos educativos, chamados de tempo-escola e tempo-comunidade. No primeiro, os alunos desenvolvem o conhecimento teórico a ser aplicado no campo, com os agricultores. Para o professor Schaffrath, a principal vantagem da metodologia é a integração entre teoria e prática.
Assessoria de Imprensa da Setec
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