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  • Em conjunto com o Ministério do Turismo (MTur), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) abre, por meio do Edital nº 2/2017, o Programa de Qualificação Internacional em Turismo e Hospitalidade, destinado a alunos de turismo ou hospitalidade. A iniciativa faz parte do Plano Brasil + Turismo, que já enviou estudantes para cursos em Portugal e na Espanha.

    A oportunidade contempla vagas no Reino Unido. Dentre os interessados, que deverão se inscrever de 17 de julho a 25 de agosto, serão selecionados 120 candidatos para capacitação em técnicas de turismo, hospitalidade e habilidades linguísticas.

    Capacitação– Com formato exclusivo para o programa, o curso terá aulas teóricas e práticas e duração de aproximadamente 11 semanas. A definição do critério de distribuição dos grupos para cada instituição de ensino britânica será feita pela Association of Colleges.

    Os candidatos devem ter nacionalidade brasileira e estar regularmente matriculados em curso de bacharelado, licenciatura ou tecnólogo em turismo ou hospitalidade de instituição de ensino superior pública ou privada no Brasil. São também requisitos para a candidatura, entre outros, comprovar proficiência em língua inglesa; carga horária completa de 20% a 80% do curso e ter obtido nota igual ou superior a 600 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

    Estudantes selecionados recebem da Capes três mensalidades (bolsas) no valor de 420 libras, auxílio-deslocamento de 1.022 libras para aquisição de passagem aérea e auxílio para seguro-saúde de 90 libras mensais. A Capes vai repassar diretamente à Association of Colleges os valores referentes a taxas escolares, alimentação e alojamento.

    Os termos do programa podem ser vistos no Edital nº 2/2017. Demais informações devem ser solicitadas por meio do endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e pelo telefone (61) 2023-8291.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes 

  • Uma oportunidade para discutir a metodologia e os benefícios do TedQual, iniciativa da Organização Mundial do Turismo (OMT) que certifica os cursos de formação, os programas e as instituições de ensino superior de turismo. Esse foi o tema central abordado no seminário internacional Qualidade em Educação no Turismo, realizado nesta quarta-feira, 12, em Brasília, pelo Ministério do Turismo (MTur), em parceria com o Ministério da Educação e a Fundação Themis, instituição responsável pelo programa.

    “O MEC não poderia se furtar a participar ativamente desta discussão, importante para a qualificação das escolas que temos hoje no Brasil”, afirmou o ministro substituto da Educação, Henrique Sartori. “A gama de cursos de turismo que temos no país exige que o MEC se aproxime cada vez mais e coloque a sua mão para auxiliar no desenvolvimento dessas instituições que ofertam esse importante curso, que detém uma base significativa de alunos, dentro do universo de mais de 8,5 milhões de brasileiros no ensino superior.”

    A certificação TedQual, da OMT, é de natureza voluntária e tem um papel preponderante, pois procura facilitar a melhoria contínua dos programas de educação, treinamento e pesquisa em turismo, por meio da definição de um conjunto de padrões de qualidade para a educação na área. Atualmente, 35 países possuem instituições com essa certificação.

    Qualidade – O ministro destacou que o MEC tem o compromisso de sair do seminário com as propostas levantadas e as visões compartilhadas para aplicar esse processo de certificação internacional nas escolas de turismo. “Assim, poderemos reconhecer os cursos com uma velocidade maior, certificá-los em uma base do MEC e dar as bonificações regulatórias, por exemplo, para o aumento de vaga, facilitando também os processos de visita e melhora da qualidade dos cursos”, explicou.

    Já o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, reforçou que o governo federal pode criar níveis para que as escolas de turismo do Brasil elevem a sua qualidade, associando-se a essa marca da OMT e da ONU, com a qual a Fundação Themis, o Ministério do Turismo e o MEC hoje se associam. “Quando se levanta o patamar, se diz exatamente o que se quer e as pessoas seguem”, afirmou. “O referencial e a cooperação internacional servem para isso. Quanto mais nós fizermos de cooperação internacional, mais rapidamente aprenderemos, mais rapidamente as instituições vão se transformar, por competição, por motivação, e melhores profissionais serão formados.”

    Durante o seminário, o ministro substituto da Educação, Henrique Sartori, destacou o compromisso do MEC com a certificação dos cursos superiores de turismo (Foto: André Nery/MEC) Para o secretário nacional de Qualificação e Promoção do Turismo, Bob Santos, a proposta do seminário é dar oportunidade às principais instituições de ensino superior e técnico do Brasil que ofertam cursos e programas de turismo de conhecer os critérios e os processos de solicitação das metodologias da certificação, bem como a experiência de outras universidades já certificadas pelo programa da OMT. “A importância desse evento se baseia no papel essencial que o MTur possui de incentivar a aplicação da certificação TEdQual, chancela considerada um diferencial competitivo para os nossos profissionais, já que eles terão uma formação determinada pela maior e mais importante entidade do turismo mundial”, concluiu.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O turismo é uma das principais atividades econômicas dos municípios da Serra Gaúcha: oferta da disciplina na escola de Canela atende demanda da comunidade (foto: divulgação)Da comunidade e para a comunidade. Assim é a Escola Estadual de Educação Básica Neusa Mari Pacheco, na Serra Gaúcha, com 1.150 alunos matriculados em turmas do ensino fundamental e do ensino médio politécnico. Os projetos oferecidos incluem áreas como agricultura, artes, cultura, ecologia, desporto e turismo, além de reforço de conteúdos. Eles foram escolhidos em função das expectativas da comunidade de Canelinha, no município de Canela, a 123 quilômetros de Porto Alegre.

    “A escola trabalha com os anseios dos alunos e da comunidade, de um crescimento na educação”, diz a professora Rosângela Marisa da Silva, que atua na área do projeto cultural. “Ela busca garantir a formação integral com a inserção de atividades que tornam o currículo mais dinâmico, atendendo às expectativas dos alunos e às demandas da sociedade local”, destaca.

    Segundo Rosângela, que está no magistério há dez anos, há uma diferença dos estudantes do período integral em relação à cultura e ao rendimento escolar. “Uma criança que passa a tarde sozinha em casa dificilmente usará o tempo ocioso para estudar”, diz. Os estudantes que permanecem na escola têm horários para fazer as tarefas escolares, recebem acompanhamento pedagógico, de professores especializados, e dispõem de infraestrutura e recursos como quadra de esportes e sala de informática. “Eles têm vivências muito mais ricas”, avalia.

    Com licenciatura em pedagogia e pós-graduação em psicopedagogia e em orientação educacional, Rosângela desenvolve atividades diversificadas em turmas do ensino fundamental. “Todos os alunos participam de maneira exemplar. Eles aprendem e se divertem”, garante.

    Confiança — Na visão do professor de natação Jonas Luís Stange, que atua na área do projeto de esportes, lazer e recreação, os alunos apresentam melhor repertório motor, pois a escola oferece atividades variadas. “As aulas de natação, dança, recreação e educação física auxiliam no desenvolvimento integral dos alunos, para que enfrentem os desafios com autoestima elevada, confiança e disciplina”, diz.

    No magistério há 16 anos, Jonas tem graduação em educação física e pós-graduação em treinamento desportivo. A natação é considerada disciplina obrigatória. Ele dá aulas em turmas dos três anos do ensino médio.

    Valores — “Os alunos são mais engajados e participativos”, afirma a professora Mercí Kurschner, do projeto turístico. “Atribuo isso a todo o histórico de participação comunitária, que vai desde a conquista de espaços como a piscina, o centro agrícola e o centro ecológico à manutenção desses espaços em perfeitas condições de funcionamento.”

    De acordo com a professora, os estudantes apresentam autonomia na realização das atividades propostas e uma peculiar visão de mundo. “A escola mescla os valores de uma comunidade que emergiu de uma situação de extrema pobreza, mas procura se adequar aos novos tempos e à nova realidade”, diz. “A escola passou a ser procurada até por alunos oriundos de segmentos sociais com uma situação mais privilegiada.”

    Professora de turismo no ensino fundamental, Mercí lembra a importância dessa disciplina na região — o turismo é uma das principais atividades econômicas da Serra Gaúcha. “Procuro sempre estabelecer conexões interdisciplinares, principalmente com história e geografia, que também leciono para as mesmas turmas.” Com graduação em história, ela exerce o magistério há oito anos e faz curso de direito.

    Comunidade — A escola oferece aulas em turno integral há 21 anos, quando foi transformada em centro integrado de educação pública (Ciep). “Nesse período, os principais benefícios foram a diminuição da evasão e da repetência, a manutenção dos alunos nove horas por dia na escola (o que possibilita aos familiares trabalhar com tranquilidade), a melhora da autoestima dos alunos e o engajamento da comunidade com a proposta”, explica o professor Márcio Gallas Boelter, diretor da instituição. Para ele, a participação da família é fundamental. “A família precisa acreditar na escola, estar presente nas reuniões e atividades esportivas, sociais e culturais.”

    O diretor acentua, ainda, a necessidade da colaboração. “Em 2014, 44% de todos os recursos investidos na manutenção da instituição foram provenientes da comunidade, apesar de a mesma ser pobre e trabalhadora.”

    Há 17 anos no magistério, Boelter atua na direção há mais de dois anos. Graduado em letras, com pós-graduação em gestão escolar e mestrado em filosofia, já lecionou no ensino fundamental e médio e na educação superior.

    Fátima Schenini

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